Beruflich Dokumente
Kultur Dokumente
CAPITULO 1 – HISTÓRIA
1. O TERMO HISTÓRIA:
CONCEITO DE HISTÓRIA:
1
como as outras formas de conhecimento da realidade, está sempre se
constituindo: o conhecimento que ela produz nunca é perfeito ou acabado.
È importante lembrar também que o historiador não é homem neutro,
imparcial e isolado de sua época. O mundo de hoje contagia de alguma
maneira nos afazeres do historiador, refletindo-se na reconstrução que ele
elabora do passado.
2. O AGENTE DA HISTÓRIA:
4. CULTURA:
A forma de
vivermos em
comunidade e uma
das estruturas de
nossa cultura
2
FONTES HISTÓRICAS:
Também as
caricaturas
podem ser
uma FONTE
Histórica
6. FATO HISTÓRICO:
O fato histórico é o objeto de estudo da História. É um acontecimento
determinante para a compreensão história e objeto de estudo do historiador.
3
7. PERIODIZAÇÃO HISTÓRICA:
A Periodização Tradicional:
4
ou ao primeiro se o ano tiver apenas três. Nos anos terminados em 00, o
século correspondente ao número que antecede os dois zeros finais:
1500: século XV.
6
2 CAPITULO – A PRÉ-HISTÓRIA
7
Corrente: Conceito:
MONOGENISTAS O aparecimento do homem
ter-se-ia processado numa
área do globo bem
localizada antes de se
espalhar a outras regiões.
POLIGENISTAS O homem teria surgido
simultaneamente em zonas
distintas do planeta.
8
Relação evolução do homem e o clima
9
terço do cérebro do homem atual e tal como os chipanzés utilizam pedras e
paus como ferramentas rudimentares. Eram desconhecidos os instrumentos
que fabricavam, mas utensílios líticos foram encontrados em muitos países da
Europa, África e Ásia. Os primeiros grupos alimentavam-se de vegetais e de
carnes de animais mortos.
A descoberta do Pitecantropo marcou época no progresso das idéias a
respeito da evolução da humanidade. O primeiro crânio de Pitecantropo foi
encontrado em 1891 pelo pesquisador de origem holandesa, Eugen Dubois,
em Java.
Em 1924, na África do Sul, foi descoberto um crânio de um
hominídeo muito remoto, que recebeu o nome de austrolopiteco, as suas
características o aproximavam do homem arcaico, como, por exemplo, testa
deprimida, os dentes bem unidos, os caninos pouco desenvolvidos, seu índice
cefálico oscilava entre 500 a 600 cm3.
As primeiras espécies humanas desenvolveram-se a partir deste tipo a
cerca de 2,4 milhões de anos, com o surgimento do o Homo habilis (homem
hábil) na cadeia evolutiva, o cérebro já era metade do cérebro do homem atual
foi apelidado de por ser capaz de fabricar instrumentos rudimentares de pedra.
Centenas de milhares de anos depois, o homo habilis deu ascendência a uma
nova espécie, o Homo Erectus, com locomoção bípede, porem ainda eram
muito primitivos, em relação aos homens atuais.
No meio do caminho entre o Homo Erectus, de quem possui algumas
características arcaicas, e o Homo Sapiens existiram varias espécies entre
estas, a mais célebre é o Homem de Neanderthal (Homo Sapiens
Neanderthalensis). Descoberto na Europa, Ásia e África. Suas características
são: perfil do crânio mostra uma fronte baixa, arcadas espessas e caixa
craniana alongada, de tamanho variável.
A tendência atual é, aliais, a de classifica-lo no gênero Sapiens, sob o
nome de Homo Sapiens Neandretalensis. Os primeiros restos fósseis que
podem ser atribuídos com relativa segurança à nossa espécie, Homo Sapiens,
têm mais de 400.00 anos.
10
Os homens "os únicos objetos da história - de uma
história que não se interessa por um qualquer homem
abstrato, eterno, imutável e perpetuamente idêntico a
si próprio - os homens, analisados sempre no quadro
das sociedades de que são membros. Os homens,
membros dessas sociedades, numa época bem
determinada do seu desenvolvimento - os homem,
dotados de múltiplas funções, de atividades diversas,
com preocupações e atitudes diferentes, que se
misturam, se chocam, se contradizem, acabando por
firmar uma paz de compromisso, um modus vivendi a
que se chama Vida."
Lucien Febvre, 'Combates pela História'
11
A IDADE DA PEDRA
A Arte Rupestre
13
(pinturas rupestres em Altamira, Espanha).
A Religião no paleolítico
NEOLÍTICO:
14
ferramentas de pedra, fez cerâmica e aprendeu a tecer. Tão importantes foram
essas realizações que são chamadas de Revolução Neolítica.
A Revolução Neolítica esta baseada na agricultura e a domesticação de
animais e realmente elas transformaram a vida na a pré-história. Enquanto os
caçadores e coletores do paleolítico eram compelidos a utilizar qualquer
recurso que a natureza colocasse à sua disposição, os agricultores do neolítico
modificavam o meio em que viviam de modo a atender a suas necessidades.
Em vez de gastar tempo à busca de grãos, raízes e frutos, as mulheres e
crianças cultivavam.
Homens podiam abater os animais domesticados. A agricultura deu
origem a um novo tipo de sociedade ao favorecer o surgimento de povoados
permanentes, uma vez que os agricultores tinham de viver próximo dos
campos que cultivavam e podiam armazenar alimentos para os tempos de
carestia.
As aldeias alteraram os padrões de vida do homem do neolítico. O
excedente de alimentos permitiu que alguns indivíduos dedicassem parte de
seu tempo ao refinamento de suas habilidades corno produtor de cesto ou
instrumentos. A necessidades de matérias-primas e as criações de artesãos
habilidosos fomentaram as trocas. Muitas vezes através de longas distâncias e
estimularam a formação de povoamentos de comércio. Começa então a
emergir a noção de propriedade privada.
Os caçadores haviam acumulado poucos bens. Já que os pertences
representavam um fardo quando tinham de se deslocar de um lugar a outro. Já
os homens sedentarizados tinham a noção e a posse de propriedades e
pretendiam protege-las de qualquer um que queira toma-la, e que por acaso
atacassem a aldeia. Portanto é nos grupamentos agrícolas, que surge uma elite
governante possuidora de possui riqueza e domina o poder.
Os povos neolíticos fizeram grandes avanços na tecnologia. Modelando
e cozinhando o barro, construíram recipientes de cerâmica para cozinhar e
armazenar alimentos e Água. A invenção da roda do ceramista permitiu a
fabricação mais rápida e precisa de cuias e pratos. Amolando a pedra na
rocha, obtiveram instrumentos afiados para diversos fins. A descoberta da
roda e da vela melhorou o transporte e promoveu o comércio; o
desenvolvimento do arado e a atrelagem dos bois facilitaram aos agricultores
a tarefa de cultivar a terra.
15
Durante o neolítico, o provimento de alimentos tornou-se mais regular, a
vida nos aldeamentos melhorou e a população cresceu. As famílias que
adquiriram riqueza passaram a ter uma posição social mais elevada e
assumiram a liderança da aldeia A religião tornou-se mais formal e
estruturada; os espíritos naturais foram convertidos em deuses, cada qual com
poderes específicos sobre a natureza ou a vida humana. Foram construídos
altares em sua honra, e realizaram-se cerimônias conduzidas por sacerdotes
cujo poder e riqueza aumentavam com as oferendas feitas pelo povo aos
deuses. A sociedade neolítica tornava-se mais organizada e complexa; estava
no limiar da civilização.
16
UNIDADE II –
As Civilizações Antigas do Oriente
Introdução unidade
17
Cap 1 O Crescente fértil
Introdução
18
• Egito
A Localização e a Importância do Nilo para o Egito.
Há mais 10000 anos, quando os primeiros habitantes pré-históricos se
estabeleceram na região nordeste da África, devido a profundas alterações
climáticas que ocorriam na área saariana, depararam-se com um ambiente
impar. Um poderoso rio, que hoje conhecemos como Nilo, com margens
férteis, cruzava uma extensa área desértica seguindo seu curso por mais de
950 quilômetros. Ao Sul o Nilo vencia as regiões rochosas, que
proporcionavam-lhe um aspecto filiforme ( que tem forma de fio) ; já ao
Norte dilatava-se, ramificando-se em uma série de canais que desaguavam no
Mediterrâneo. Os egípcios históricos denominavam estas regiões distintas de
“as duas terras”: o Alto e Baixo Egito. O Alto Egito compreende toda porção
do vale, enquanto que o Baixo Egito é formado pela região do Delta.
A área fértil junto ao rio, com verdejantes pastagens, bosques de
papiros e árvores de pequeno porte, contrastava com a aridez avermelhada
dos desertos da Líbia á Oeste e Arábico à Leste. A terra fértil era chamada
pelos egípcios de Kemet, literalmente “a negra”. Já o deserto era denominado
Desheret, ou “a vermelha” em egípcio. Os antigos egípcios se
autodenominavam de “remet ne Kemet”, cuja tradução é “povo do Egito”, de
certa forma se conectando a terra fértil habitável, enquanto que ao deserto
associavam idéias de limites, terras distantes, cemitérios, em suma, todas as
áreas fora de seu ambiente quotidiano. Mas as regiões desérticas também
serviam de barreira contra eventuais ataques de povos estrangeiros, embora
não impedissem a circulação de caravanas que partiam a procura de matérias
primas minerais ou viajavam para realizar trocas comerciais.
O Nilo é para o Egito a fonte de toda vida, o próprio historiador
grego Heródoto já havia afirmado, por volta de 450 a.C., que “o Egito é uma
dádiva do Nilo”. Sua cheia anual dava início à estação akhet, ou da
inundação. A cheia trazia consigo sedimentos aluviais que garantiam a
fertilidade dos campos.
No período seguinte, a estação peret ou da lavra, que corresponde aos
meses de novembro a março, os campos eram preparados para o cultivo do
19
trigo, da cevada e do linho. Para garantir o crescimento e a vida das
plantações, canais de irrigação eram escavados próximos ao rio. O
abastecimento de água era feito com o shaduf (nome árabe do artefato) que
contém um recipiente para água em uma extremidade, e na outra um
contrapeso que serve para elevá-la.
Na última estação chamada shemu, período correspondente aos
meses de março a junho, era efetuada a colheita. Mas um rio que trazia
benefícios também representava perigo. Animais como crocodilos e
hipopótamos estavam presentes em todas as regiões e eram responsáveis pela
morte de adultos e crianças.
O Nilo foi também a principal via de comunicação do Egito, unindo
seus habitantes. Barcos navegavam para o Norte seguindo a corrente e para o
Sul aproveitando os ventos durante o ano todo. Tal como a agricultura, a
pecuária também foi importante para a economia egípcia, criava-se o gado
vacum, o caprino, o ovino e o suíno.
As aves, a exemplo de patos e gansos, eram também criados ou
capturados nos pântanos. Entre os animais de estimação estavam os cães, os
gatos e macacos. Os cavalos só foram introduzidos no Egito com a chegada
dos Hicsos – entre 1640 e 1532 a. C.
20
Nilo. Como já vimos o fator geográfico também influenciava nesta divisão.
Antigos relatos egípcios, foi um rei do Alto Egito, chamado Menes, o
primeiro a unificar os “dois reinos”. Desde aquele momento os reis egípcios
poderiam governar o Alto Egito e o Baixo Egito e um dos muitos nomes
usados para o país foi "os dois paises", referindo-se a dualidade original do
Egito. A unificação promovida por Menes ou Narmer (3.300-3.100 a.C), pos
fim ao período Pré-dinástico e deu inicio ao período Dinástico propriamente
dito.
O PERÍODO DINÁSTICO:
21
Entre as causas que levaram ao fim do Antigo Império se encontram
os excessivos impostos para a manutenção do culto funerário e do crescente
poder dos sacerdotes e da nobreza, os diretos individuais, e as normas reais
tinham que satisfazer a um numero maior de interesses. Este período de caos
administrativo os egiptólogos chamam de 1º período intermediário.
22
herege Ahkenatón que levou a Egito do politeísmo ao monoteísmo
reconhecendo um único culto ao deus Aton), o famoso Tutankhamon. Na a
XIX Dinastia. Temos o faraó mais famosos graças aas suas construções
espanhadas por todo o Egito, Ramsés II, que depois de derrotar os Hititas na
batalha de Kadech, fortaleceu-se no império reinando durante 66 anos.
Depois de Ramsés III o Egito se enfraqueceu et por volta de 670 a.C. , os
assírios invadiram e dominaram o pais , seu domínio durou pouco porem o
Egito e novamente conquistado pelos persas após a batalha de é ser
conquistado pelos persas comandados pelo rei Cambises, transformado o
Egito em uma colônia do império persa.
Escrita
A palavra hieroglyphica tem origem grega significando “as (letras)
sagradas esculpidas”, daí derivam “hieroglífica” e “hieróglifos”. O Estudo da
escrita egípcia está longe de ser concluído,e seu surgimento e debatido alguns
estudos recentes apontam-na como uma invenção autóctone, já outros
pesquisadores insistem na influência ou na importação da Mesopotâmia. Para
os egípcios a escrita era uma invenção do deus Toth, o qual decidiu ensiná-la
aos homens contrariando a uma ordem de Ra.
Os primeiros hieróglifos a aparecerem são na maioria legendas,
escritas sobre artefatos variados, incluindo nomes de personagens históricos.
No Período Tardio os egípcios empregavam duas escritas distintas, na
realidade derivados cursivos da Hieroglífica, respectivamente a Hierática e a
Demótica. Estas três escritas deixaram de existir com a conquista romana,
sendo substituídas pelo Copta - o qual baseia-se no alfabeto grego. Com o
advento do cristianismo o sistema egípcio de escrita, considerado pagão, caiu
em completo desuso.
23
A escrita egípcia é formada por três tipos de sinais (ideográficos,),
cada um com um valor gramatical diferente. Os sinais ideográficos
representam uma palavra completa. Os sinais fonéticos representam um som
específico .
A religião egípcia pode se dizer que seja a más completa das religiões
antigas. Homens e mulheres adoravam a muitos deuses e buscavam a
proteção divina em todos os aspectos da vida cotidiana.
Também os corpos celestes e os fenômenos cósmicos podiam assumir
aspecto de divindades. O povo egípcio não tinha um conceito transcendente
dos deuses; supunham que o cosmo a natureza (o vento, a chuva, as cheias do
Nilo... etc) eram os resultados de uma ação divina.
O estudo do fenômeno religioso no Antigo Egito requer a analise das
crenças de diferentes regiões e cidades. Os habitantes pré-históricos do vale
do Nilo provavelmente praticaram um fetichismo totêmico. Una serie de
novas divindades ocuparam o lugar das primitivas crenças e entre o ano 3000
a.C., e o séc IV da era cristã prevalecendo o politeísmo. Neste processo os
deuses maiores absorveram as divindades menores. Conhece-se mais sobre a
forma dos deuses doque sobre as crenças associadas a estas divindades. Os
deuses do antigo Egito revelam variedade e complexidade, assim como
formas estranhas.
No Egito se adoravam as divindades que tinham a faculdade de
mostrasse com aspecto humano ou com aspecto de animal ou ambos
(humano-animal), portanto a religião egípcia é antropozoomorfica. Há
deuses antropomorfos, zoomorfos e híbridos. A composição das imagens
divinas com corpo humano e cabeça de um determinado animal exprime uma
mistura entre o pensamento antropomorfo (abstrato), e as aparências animais
(força natural). As imagens não representam sua forma real, apenas refletem
uma idéia do divino.
Certamente para cada deus era prestado um culto local, mas alguns
transcenderam estes limites, sendo adorados em regiões vizinhas. Isto pode
ser associado ao crescimento do poder político de determinada localidade.
Alguns deuses adquiriram proeminência nacional, um bom exemplo é Amon,
primeiramente adorado em Hermópolis e posteriormente, através de seu
25
sincretismo com Ra, tornou-se Amon-Ra garantindo sua ascensão a deus
nacional, permanecendo assim até o final da história egípcia.
Culto aos mortos era popular entre os egípcios: a alma descia ao mundo
subterrâneo para ser julgada por Osíris. A parte material do homem, seu corpo
o “khat” devia mumificasse e alcançar a imortalidade. O “ka” era o duble da
pessoa que deixa o corpo quando morre. Os egípcios faziam um imagem do
morto, e a colocavam na tumba e a proviam de bebida e alimentos para evitar
que sofresse fome.
O Faraó Akenaton
26
Trecho do Hino a Aton Composto por Akenaton
Mitologia egípcia
Representação Deus
Amon: um homem com uma
barba curva, coroado com
duas plumas. Seu nome
significa “oculto”, daí sua
associação com os ventos. À
princípio era deus integrante
da Ogdoáda, junto com sua
esposa Amaunet e
posteriormente deus padroeiro
de Tebas. Associa-se com
Min e Ra. Os animais à ele
consagrados eram o carneiro e
o ganso.
27
Anúbis: um homem com
cabeça de chacal, ou um
chacal deitado. Era filho de
Osíris e Néftis. Deus dos
mortos e do
embalsamamento. Protetor
das necrópoles e das múmias.
28
Hórus: um homem com
cabeça de falcão com a coroa
do Alto e Baixo Egito, ou um
falcão. Filho de Ísis e Osíris.
Dentre as várias formas de
Hórus podemos citar:
Horakhti, “Hórus dos dois
horizontes”, identifica-se com
Ra, chamado então de Ra-
Horakhti, o sol do meio dia;
Ísis: mulher que traz um
hieróglifo em forma de trono
sobre a cabeça. Era a mãe
simbólica do rei e senhora da
magia. Esposa de Osíris e
mãe de Hórus. Identifica-se
com a deusa Hátor.
29
Osíris: homem com barba
curva, portando a coroa
branca com os cetros do
Alto e Baixo Egito, ou
mumiforme com os
referidos paramentos.
Adorado primeiramente
como deus ctônico e da
vegetação, posteriormente
tornou-se juiz e rei dos
mortos, estritamente ligado
ao culto funerário.
Ptah: homem enfaixado,
como uma múmia,
portando um cetro formado
por vários amuletos. Deus
protetor dos artesãos e
criador do mundo em seu
mito cosmogônico.
30
Ra: homem com cabeça de
falcão coroado com o disco
solar circundado pela serpente
Uraeus. É o deus-sol em seu
explendor. Possui numerosas
associações (Kepri, Atum,
Amon e Hórus)
Sekhmet: mulher com cabeça
de leão coroada com o disco
solar. Seu nome significa “A
Poderosa”. Personifica os
poderes destrutivos do sol.
Associa-se a Bastet e Mut.
31
Toth: homem com cabeça de
íbis, segurando os
instrumento da escrita, ou um
íbis e ainda um babuíno. Deus
O MITO DE OSÍRIS da escrita, das ciências e do
conhecimento.
“ Osíris e Ísis foram os responsáveis pelos conhecimentos dos antigos
egípcios; os ensinaram a agricultura, as leis, a confecção de artefatos, em suma
tiraram o povo da barbárie. Ao civilizar os egípcios Osíris resolveu partir,
continuando sua missão na terra.
Osíris era invejado por Seth, devido a seus atos. Aproveitando-se da
ausência de Osíris, Seth decide tomar o trono e resolve conspirar contra ele:
ordenou(Adaptado
que construíssem uma Moacir
texto prof arca esplêndida com as(Egiptólogo))
Elias Santos medidas de Osíris. Ao
regresso do irmão, Seth homenageia-o com um banquete. Durante a festa Seth
exibiu a arca, e esta seria um presente para o convidado que nela coubesse.
Quando Osíris entrou na arca, suas medidas ajustaram-se perfeitamente, foi
então quando Seth ordenou a seus conjurados que a lacrassem. Em seguida a
arca foi jogada no Nilo, chegando, posteriormente ao mar.
O mito então descreve a agonia de Ísis e suas peregrinações em busca do
corpo de Osíris. A deusa acaba chegando a Bíblos, onde transforma-se em uma
jovem e descobre o local para onde a arca havia sido levada. Ao retornar ao
Egito, de pose do corpo de Osíris, Ísis decidiu escondê-lo em um pântano do
Delta. Em seguida Ísis viaja, e Seth acaba encontrando o cadáver, enquanto
caçava. Tomado pelo ódio, Seth partiu o corpo de Osíris em quatorze partes e as
espalhou pelo Egito. A deusa Ísis, auxiliada por outras divindades, percorre o
país na busca pelos restos de seu marido. Treze partes foram recuperadas, e
novamente unidas. Através dos conhecimentos de Anúbis, Osíris foi mumificado.
Ísis utilizando-se de sua magia, conseguiu despertar Osíris para uma nova vida e
por um instante o casal concebe Hórus. Outros mitos concluem esta história, a
qual resume-se nas lutas de Hórus e Seth pelo trono do Egito. Depois de uma
disputa de mais de oitenta anos, o poder é conferido a Hórus, o qual torna-se rei
do céu e da terra, enquanto quer seu pai partiu para governar o outro mundo.
Se analisarmos os mitos supracitados veremos que estes justificam o mito
do rei divino, na qual o faraó era descendente dos deuses, e conseqüentemente
dono de todo universo ordenado. O faraó enquanto governava era identificado
com Hórus, depois de morto se equiparava a Osíris. Outra grande influência do
mito de Osíris refere-se ao costume da mumificação. Osíris havia sido o primeiro32
ser submetido a este processo, conseguindo assim, passar à uma nova vida. Tal
como Osíris toda pessoa que seguisse os rituais prescritos, e tivesse seu corpo
mumificado se equiparava ao deus, podendo viver eternamente. Os mortos são
freqüentemente referidos nos textos como “Osíris Fulano”, expressão que
significa “o falecido fulano”.”“.
Adaptado texto Prof. Moacir Elias Santos (Egiptólogo)
33
AS CIVILIZAÇÕES DA MESOPOTAMIA
Mesopotámia é uma palavra grega que significa “terra entre rios”. Foi
ali, nos vales do Tigre e do Eufrates, que teve início a primeira
civilização. O primeiro povo a desenvolver uma civilização urbana na
Mesopotâmia (atual Iraque) foram os sumérios, ao colonizar os
pantanais do Baixo Eufrates — que, somando-se ao Tigre. deságua no
golfo Pérsico.
Pelo trabalho constante e pela imaginação, os sumérios
transformaram os pantanos em campos de cevada e pequenos bosques
de tamareiras. Por volta de 3000 a.C., suas aldeias de cabanas
desenvolveram-se gradualmente em doze cidades-Estado independentes,
cada uma consistindo numa cidade e nas terras que a circundavam. As
realizações dos sumérios são impressionantes: um sistema de escrita
com simbolos em tabletes de argila (cuneiforme), para representar
idéias; casas, palácios e templos sofisticados, feitos de tijolos;
ferramentas e armas de bronze; obras de irrigação; comércio com outros
povos; uma forma primitiva de dinheiro; instituições religiosas e
políticas; escolas; literatura religiosa e secular; formas variadas de arte;
códigos de leis; drogas medicinais e um calendário lunar.
A história da Mesopotâmia é marcada por uma sucessão de conquistas.
Ao norte da Suméria havia uma cidade semita chamada Akkad. Por volta
do ano 2350 a.C., os ácades, liderados por Sargão, o Grande, o rei
guerreiro, conquistaram as cidades sumérias. Sargão construiu o primeiro
império do mundo, que se estendia do golfo Pérsico ao Mediterrâneo. Os
ácades adotaram as formas culturais sumetianas e as difundiram para
além das fronteiras da Mesopotâmia, com as suas conquistas. A religião
mesopotâmica tornou-se uma mistura de elementos dos dois povos.
Nos séculos que se seguiram, as cidades sumerianas foram anexadas a
varios remos e impérios. A língua suméria, substituida por uma língua
semítica, tornou-se obscura, conhecida apenas dos sacerdotes, e os
34
sumérios desapareceram gradualmente como um povo distinto. Mas suas
realizações culturais perduraram. Ácades, babilônios, elamitas e outros
adotaram as formas de religião, arte, leis e literatura sumérias. O legado
sumeriano serviu de base a uma civilização mesopotâmica que manteve
um estilo peculiar durante três mil anos.
• Sumérios
Os sumérios, de origem desconhecida, ocuparam o Sul do vale no
início do terceiro milênio antes de Cristo. A história deste povo está envolta
em muitas lendas – o que parece certo é que os sumérios nos tempos pré-
históricos, já utilizavam formas primitivas de irrigação. Pacíficos,
desempenharam relevante sistema de escrita chamada ''cuneiforme'' e
elaboram leis. Construíram casas de tijolos cozidos ao sol, aplicando o
princípio do arco. Fundaram bibliotecas, escolas e cidades-estados, também
se dedicaram à agricultura, à indústria e ao comércio. Eram baixos,
atarracados, com barba e cabelo raspados.
• Acádios
36
Babilônia era a capital dos amoritas, e de uma pequena cidade do
Eufrates se tornou à sede do poderoso império e grande centro comercial.
Hamurabi (1792 a 1750 a.C.) - O mais famoso soberano de Babilônia,
foi o verdadeiro fundador do Império. Fortificou a capital, cercando-a com
muralhas, pois os territórios da Mesopotâmia foram cenários de incontáveis
batalhas. A Babilônia também é o berço de algumas das primeiras
manifestações literárias: os épicos, as lamentações e as disputas. Estendeu
suas conquistas e realizou grandes obras públicas. Em torno de 1775 A.C., o
rei babilônio Hamurabi redigiu o famoso código legal com penas para os
delitos e transgressões, mas também com disposições de proteção para as
mulheres. O Domínio Cassita, no começo do II milênio, sacudiu o poderio
babilônico por invasões de povos indo-europeus, provenientes da Ásia
Central. Essas tribos bárbaras possuíam o cavalo e usavam o ferro.
Destacaram-se os hititas, cassitas e militanos. Os cassitas estabeleceram-se
nos encostas do Tigre. O cavalo por eles introduzido na região era chamado
pelo povo ''animal das montanhas''. Babilônia caiu em seu poder e entrou em
declínio. Com a decadência de Babilônia, um povo começou a erguer-se nos
arredores de Assur: os assírios.
Império Assírio
37
Os assírios eram semitas, nômades, pastores e caçadores, foram
vassalos dos babilônios por muito tempo. As lutas contra os indo-europeus
favoreceram a sua ascensão. Formaram um pequeno reino com sede em Assur
transferida, mais tarde, para Nínive. A belicosidade do povo, a arides do solo
e a explosão demográfica contribuíram para as conquistas assírias e a
formação de um poderoso império. Os soberanos assírios que mais se
destacaram na luta pela expansão foram: Teglatfalazar, conquistador de
Babilônia, A Sagrão II, fundador da dinastia dos sargônidas, Senaqueribe e
Assurbanipal.Sagrão II (722 a 705 a.C.) apoderou-se do trono pela violência.
Destruiu Samaria, capital do Reino de Israel. Conquistou a Síria e fez do
exército assírio notável instrumento de conquista. Seu filho, Senaqueribe,
estabeleceu a capital em Nínive e continuou as conquistas militares.
38
Muitos foram os fatores que contribuíram para o declínio do Império Assírio,
destacando-se o tratamento cruel e sanguinário aos vencidos, que eram
cegados e esfolados vivos; pouco interesse pelas atividades econômicas;
revoltas dos povos dominados; expedições militares dispendiosas; intrigas
palacianas. Nabopolassar, de Babilônia, aliado aos medos, sitiou a odiada
Nínive que caiu em 612 a.C. Surgiu o Segundo Império Babilônico.
Organização Política
39
considerado um ser divino, como no Egito. Mas um cerimonial minuciosos o
separava dos mortais comuns.
Organização Social
Religião e Mitos
41
Economia
Artes
A arquitetura era a mais desenvolvida das artes, porém não era tão notável
quanto a egípcia. Caracterizou-se pelo exibicionismo e luxo. Construíam
42
templos e palácios de tijolos, por ser escassa a pedra na região. Já a escultura
era pobre, representada pelo baixo-relevo. A pintura mural existia em função
da Arquitetura.
Ciências
Letras
O Império Persa
43
Não havia existido até então um império tão grande.
Abrangia um território que ia desde o mar
mediterrâneo até as margem do rio Indo..
Era uma potencia mundial para o mundo
conhecido até então, nos Séculos VI ao
Século IV a.C. Portanto não podemos
estranhar que o soberano do Império persa
se denominava “ o rei dos reis”. Formado
por dois povos os Medos e os Persas ,
povos de origem indo européias,
provenientes de algumas tribos nômades que
emigraram no século XIX a.C. do Cáucaso
para golfo pérsico. Mil anos depois haviam
se estabelecido na parte ocidental do atual
Iran.
Os Medos e os persas
45
A civilização chinesa “O Império do Centro”
46
Império Persa
O apogeu do império persa
47
Organização do Império Persa
Satrápias Dario dividiu o território em 23
regiões administrativas, as
satrápias. Confiou a sua chefia a
Zoroastrismo pessoas de confiança, que tinham o
titulo de Satrapas.
Religião monoteísta originária da Pérsia, cujos conceitos fundamentais,
em sua maioria, encontram paralelos na filosofia da Grécia antiga, e
acredita-se que influenciaram elementos (principalmente o DUALISMO)
Funcionários reais
da filosofia grega e as teoLogiasTrabalhavam
do JUDAÍSMO,nas satrápias era e
do CRISTIANISMO
formada por um general e por
do ISLÃ. Foi fundada pelo sacerdote e filósofo Zaratustra (ou Zoroastro,
secretário de estado junto
na forma grega), que tradicionalmente se considera ter vivido por volta de
do
satrapa eram responsáveis pela alta
600 a.C., mas hoje se acredita ter vivido por volta de 1000 a.C. ou poucos
hierarquia local, e deviam ordem
séculos antes. O zoroastrismo foi a religião
somente oficial da Pérsia durante um
ao rei.
milênio, mas foi quase extinta após a ascensão e o predomínio do islã no
Correioséculo VII d.C. e hoje sobreviveDario estabeleceu
principalmente na India,
o primeiro
entre os descen-
sistema de correio do mundo,
dentes dos imigrantes chamados constavam de “persas”).
pársis (que significa mensageiros,
utilizavam
Zaratustra rejeitava os cultos caminhosde organizados
PANTEÍSTAS sua época e
proclamou um deus único, Ahura Mazda (“Sábioa Senhor”),
com pousadas cada 15 Km, o queda
a essência
VERDADE e da justiça, que criou o mundo e seus habitantes. Eletodo
permitia a comunicação entre e seus
o império em poucos dias.
anjos-guerreiros (ahuras) enfrentam a oposição de Angra Manyu (ou
MoedaAhriman, “Espírito Maligno”), Dario cunhou uma moeda de ouro o
o criador da maldade e da destruição, e
dárico, para simplificar o
suas legiões de demônios (daevas). O mundode
pagamento é um campoAdecunhagem
tributos. batalha onde
as forças do bem e do mal lutamdepela supremacia.
moedas Zaratustra
era uma pregava
raridade. Estaque
o mundo logo terminaria em um idéia foi copiada dos lídios.
grande holocausto, no qual somente os
bons sobreviveriam. Mas tarde, a cosmologia zoroástrica reviu essa
previsão e dividiu a história do mundo em quatro períodos de 3.000 anos,
o
último dos quais começou com o nascimento de Zaratustra. Nesse período,
surgirão três salvadores sucessivos. O último deles supervisionará a última
batalha, a derrota de Angra Manyu e o Juízo Final, quando os mortos
ressuscitarão e serão recompensados no Céu ou castigados no Inferno (cf.
ESCATOLOOIA). Os seres humanos receberam o livre arbítrio para
escolher o bem ou o mal, e essa escolha enfraquece ou fortalece Angra
Manyu. Escolher o bem resulta na preservação e na perpetuação da vida,
isto é, ter uma ocupação útil e constituir família. 48
A principal escritura zoroastrista é o Avesta, que contém 17 hinos, os
Gathas, atnbuídos a Zaratustra. Esses hinos são o núcleo da liturgia do
yasna, a cerimônia de purificação realizada diariamente por dois
sacerdotes; concentra-se na reverência ao fogo, considerado o
ELEMENTO principal e associado à vida e à verdade. Para evitar a
49
• Israel
DIVISÃO
50
Apos a morte de Salomão, as tribos do Norte de Israel queixaram-se do
modo como eram tratadas pelo seu sucessor, Reboão (928-911 a.C.). Quando
este se recusou a ouvi-los, desencadeou-se uma revolta que terminou com a
divisão do reino em duas partes independentes: Israel no norte e Judá no sul.
ASSÍRIA E BABILÓNIA
• Os Fenícios
52
UNIDADE DIDÁTICA III –
INTRODUÇÃO
53
A ÍNDIA
A Cultura e os produtos da Índia sempre estiveram presentes na
História do Brasil, tendo em vista que, a frota de Pedro Álvares Cabral, que
descobriu o Brasil em 1500 estava em busca das especiarias deste fantástico
país, nos dias atuais a Yoga ( Ginástica e filosofia), dança e vestimentas
indianas são apreciadas em nosso País. A Índia existe uma rica história,
religiosa e cultural, com soluções e renovações que muito contribuíram
para a avanços culturais na Humanidade.
A ÍNDIA HINDU
Os guptas
O primeiro imperador gupta, como os seus antecessores da Dinastia Mauria,
estabeleceu a capital em Patna e a sua dinastia governou o norte da Índia
unido a partir do Vale do Ganges. A paz e a certeza de estarem livres de
invasões, sentimentos propiciados pela era gupta, mais tarde levariam muitos
indianos a considerá-la uma época áurea de paz e bom governo, um período
clássico durante o qual muitas artes puderam ser apreciadas pela primeira
vez. Da era gupta sobrevivem os primeiros dos numerosos templos de pedra
ricamente decorados com esculturas, tão importantes para a história da arte e
da arquitetura da Índia quanto as catedrais góticas da Idade Média para o
desenvolvimento da arte européia.
A literatura floresceu; durante o reinado dos guptas começou a longa tradição
do drama popular indiano com base em histórias contidas nos grandes épicos
sânscritos. Também foi uma época de avanços do conhecimento e da
filosofia.
No século V, matemáticos indianos inventaram o sistema decimal, de enorme
importância para a humanidade, que chegou mais tarde ao Ocidente por meio
dos árabes.
Alguns dos mais importantes progressos dos guptas nada tiveram a ver
com a dinastia: foram continuações do hinduísmo clássico. Desde o tempo
dos guptas estão em vigor o complicado sistema hindu de estruturas sociais e
as crenças a ele associadas. As raízes do hinduísmo retrocedem muito no
passado, talvez antes das invasões, pois já nas civilizações do Vale do Indo
eram venerados deuses que podem ter sido precursores do Shiva hindu.
Crença e sociedade
A base da sociedade hinduísta da Índia era o sistema de castas, na época já
proveniente da antiga divisão da sociedade védica em quatro classes. Se
55
existe um princípio prático fundamental no hinduísmo, é viver a vida de
acordo com o lugar de cada um no esquema das coisas. Existiam cultos mais
generalizados, a deuses ou deusas maiores, como Shiva e Krishna. No
entanto existia também um hinduísmo puramente filosófico, bem distante da
crueldade dos sacrifícios de animais e da veneração de imagens que ocorriam
56
em nível. Sua forma mais desenvolvida era chamada de Vedanta,. Ela ensina
que os homens precisavam se desvencilhar deste mundo, conquistando um
verdadeiro conhecimento da realidade, ou brahma.
O SISTEMA DE CASTAS
57
No que se refere à doutrina, o hinduísmo tinha algo para atender a todas as
necessidades. Mas a maneira pela qual funcionava na vida diária tendeu a
torná-lo mais rígido e estrito. Nos séculos V e VI o casamento infantil e a
introdução de uma prática chamada de sati (que forçava as viúvas a se
deixarem queimar nas piras funerárias junto com os restos mortais dos seus
maridos) acompanham muitos outros sinais de que as mulheres tiveram de
aceitar um lugar muito inferior na sociedade com o passar do tempo. No
início, os brâmanes permitiam que as mulheres tivessem acesso ao
conhecimento das escrituras védicas, mas isto acabou.
58
O budismo
Outros invasores
61
apenas uma contextualização das duas realidades tão diferentes que iremos
encontrar pela frente: a européia e a asiática.
Durante séculos, sua cultura foi protegida pelo seu isolamento. A China
mantivera com os povos da Ásia Central um relacionamento próximo porém
complicado; contudo, depois de unificada, durante muitos séculos não teve
nas suas fronteiras nenhum grande Estado com que precisasse se relacionar.
Com isto a China permaneceria distante e inacessível à maioria das
correntes que mudavam outras partes das terras européias, e bem distante das
fontes de distúrbios de outras grandes civilizações. Até mesmo o islamismo,
ao chegar lá, influiu muito menos do que em outros lugares. A China também
era dotada de grande capacidade de absorver as influências estrangeiras que
chegassem. Sua capacidade de assimilação se apoiava na cultura de uma elite
administrativa que sobreviveu às dinastias e aos impérios e que a manteve
num mesmo curso. Deve-se muito do conhecimento atual sobre a China aos
escribas, que mantinham registros escritos desde tempos muito remotos, e
que fornecem incomparável documentação, repleta de fatos muitas vezes
confiáveis. Essas histórias enfatizam a continuidade e o tranqüilo curso dos
acontecimentos. Devido às necessidades de administração de um país tão
grande, isto é perfeitamente compreensível: a uniformidade e a regularidade
deviam ser claramente desejadas. A narrativa oficial é um pouco mais fácil
de se estabelecer. A História da China, findo o período dos Estados
Combatentes, tem uma espinha dorsal de várias classes alternando períodos
de crescimento e decadência de dinastias. Uma dinastia poderia levar décadas
para tornar realidade o seu poder sobre todo o império, e ainda mais tempo
para perdê-lo. No entanto, feita esta ressalva, o estudo dinástico é útil: ele
fornece as principais divisões da História chinesa até o século XX. Os
primeiros períodos com que precisamos nos preocupar são o Ch’in e o Han.
Os Ch’in
Os Ch’in vieram de uma região à oeste, por volta do século IV a.C.. Os
Ch’in prosperaram, em parte talvez devido a uma radical reorganização
levada a efeito, por volta de 356 a.C.; talvez também porque os seus soldados
usassem armas de ferro. O auge do sucesso Ch’in foi derrotar o seu último
opositor, em 221 a.C., e unificar a China pela primeira vez como império
dirigido por uma dinastia que daria o nome ao país. Foi um grande feito. A
62
partir disto a China pode ser considerada como a sede de uma civilização
única e centralizada. A unidade política conseguida pela conquista Ch’in
durante um século foi, em certo sentido, o desencadeamento lógico de uma
unificação cultural já em andamento. O sentido de nacionalidade chinesa já
podia ser discernido antes de 221 a.C.; e foi um fator de facilitação da
unificação e da conquista. No entanto, menos de vinte anos depois os Ch’in
seriam depostos.
Os Han
63
A religião na China
64
T’ang
Em 618 a civilização chinesa entrou numa fase nova e madura, tendo a seu
favor impressionantes realizações. Nos mil anos seguintes, assim como nos
oitocentos anteriores, pode-se estabelecer mais facilmente a moldura formal
da sua evolução como uma seqüência dinástica. Depois dos Han, a desordem
dividiu a China por mais de 350 anos. Então, um general de sangue mestiço
de chinês e bárbaro reunificou o país em 581. A Dinastia Sui que ele fundou
durou apenas perto de trinta anos quando outro general (também de
ascendência mestiça) tomou o trono e inaugurou a Dinastia T’ang, com a
qual a China foi novamente uma unidade por aproximadamente três séculos e
meio. Seguiu-se outro período de desordem, mas desta vez durou apenas
cinqüenta anos antes que os Sung ascendessem ao trono imperial em 960.
Embora perdessem o controle do norte da China para povos da Manchúria no
século XI, os Sung se mantiveram no sul até 1279. Neste ano, Kubilai Khan,
neto de Gêngis Khan, completou a conquista mongol da China. Adotou o
nome dinástico chinês de Yuan, e os seus sucessores governaram a China até
1368, a partir da nova capital, em Pequim, quando foram substituídos pela, a
Dinastia Ming, que durou até 1644.
66
Sung
67
68
A China mongol
Os Ming
O JAPAO
Como o Japão é uma ilha, o mar o protegeu , nunca foi invadido com
sucesso e ajudou a alimentar o seu povo sendo a alimentação básica
população japonesa a pesca responsável pelo volume de proteínas
consumido pelos japoneses. Foi também o mar que fez dos japoneses
marinheiros, embora por um longo tempo isto tenha se revelado mais na
pesca litorânea do que em outras experiências arriscadas em mares distantes.
71
A Coréia é a terra do continente asiático mais próxima do Japão, e os
japoneses sempre foram muito sensíveis com relação àquele país. Numa certa
época, no século VIII d.C., governantes japoneses mantiveram um território
ali, e por grande parte do século XX o dominaram. Mas a China foi durante
muito mais tempo a soberana nominal da Coréia e sempre foi o poder
estrangeiro cujo comportamento importava mais do que qualquer outro para
o Japão. Desde tempos muito remotos a China influenciou profundamente o
Japão. Embora seus idiomas sejam diferentes, tanto japoneses como chineses
são de origem mongol . Nos tempos pré-históricos a tecnologia do bronze
parece ter passado da China para o Japão. Posteriormente, depois do colapso
dos Han, quando os japoneses começaram a demonstrar muito mais interesse
pela Coréia, multiplicaram-se rapidamente os contatos com a grande
civilização continental. O título de imperador dado ao governante do Japão,
junto com o confucionismo, com o budismo, com o conhecimento do
trabalho em ferro, tudo passou da China para o Japão. Os ceramistas chineses
influenciaram os ceramistas do Japão em data muito remota. A escrita
chinesa foi adaptada para escrever a língua japonesa e o governo também
começou a mostrar traços da influência chinesa. Nos séculos VI e VII,
quando a influência chinesa estava no auge, políticos japoneses reformadores
lutaram para estabelecer um governo centralizado, nos moldes chineses,
baseado no mérito e não na origem, e com um imperador que fosse um
legitimo governante e não apenas o chefe do clã mais respeitado.
As primeiras crônicas japonesas (compiladas no século VIII) explicam
como a terra e o povo do Japão foram feitos pelos deuses, mas a mais antiga
e segura cronologia provém de fontes chinesas e coreanas de três séculos
antes. Mostra que no início do século VII governo já era centrado num
imperador. Supunha-se que ele fosse descendente de uma deusa-sol e
exercesse uma chefia geral sobre a família nacional japonesa, a partir dos
seus domínios ancestrais, situados no que mais tarde seria a província de
Yamato. Esta família nacional era organizada em clãs, principais unidades da
sociedade japonesa. De tempos em tempos um clã conseguia poder maior do
que os outros, em geral influenciando ou mesmo controlando os imperadores.
Entre 500 e 1500 houve dois importantes períodos, onde clãs individuais
dominaram o Japão. No século VIII os Fujiwara chegaram ao topo. Nos dois
ou três séculos seguintes eles efetivamente controlaram os imperadores por
72
meio de alianças matrimoniais e relacionamentos que se seguiram. No
Período Fujiwara, a capital imperial era Heian, atual Kioto. Mas o poder dos
Fujiwara decaiu. Houve uma luta entre alguns clãs, e um general, Minamoto
Yoritomo, assumiu o poder em 1185; foi o início da ascendência dos. Os
próprios Minamoto abdicaram no século XV, e o Japão se dissolveu em
violentas e sangrentas guerras civis até o século XVI.
O xogunato
73
Outra importante tendência nestes séculos dirigiu-se a uma sociedade
muito mais militarizada, em que as virtudes marciais de lealdade, resistência
e bravura passaram a ser tidas em grande conceito. A importância da figura
do Samurai surge neste período, a mais respeitada classe abaixo da grande
nobreza, cujos ideais cavalheirescos. Em parte isto aconteceu porque a
pequena nobreza e os fidalgos rurais se tornaram mais independentes à
medida que a era Fujiwara chegava ao fim. As guerras civis em que os
guerreiros se empenhavam para servir aos seus senhores como criados
fortaleceu ainda mais o espírito militar.
A admiração japonesa pelo guerreiro continuou com um crescente senso
74
de superioridade e invencibilidade militar, que muito se deveu à resistência
bem-sucedida a duas tentativas de invasão mongol, a primeira em 1274 e a
segunda em 1281. Houve enormes combates, com expedições bem. Na
segunda tentativa a frota mongol foi efetivamente destruída e afundou numa
tempestade — o Kamikaze, ou “vento divino”, visto como intervenção
celestial em favor do Japão.
75
CULTURA E ECONOMIA
INTRODUÇÃO
76
O hemisfério ocidental depois do contato europeu tem sido chamado
com freqüência de “Novo Mundo”, mas os povos os indígenas que criaram as
sociedades americanas não parecem tê-lo visto desta maneira. Em vez disso,
os grupos funcionavam dentro de mundos já bastante estruturados, conjuntos
inteiros de práticas sociais, culturais e tecnológicas, que deram forma e cor a
tudo o que fizeram. Durante quase 2000 anos, floresceu na América central
uma sofisticada civilização. Constituiriam-se pirâmides de pedra ligadas a
rituais religiosos e desenvolvesse a escrita, Tenochititlan era maior e mais rica
do que qualquer cidade européia do Séc. XV, nos Andes os incas foram os
criadores do ultimo grande império da América pré-colombiana, que se
estendia pelos Andes, desde o equador até ao centro do Chile , e era
percorrido por uma rede de estradas e fontes suspensas.
DO HOMEM AMERICANO
77
grandes unidades políticas, Os primitivos habitantes da América eram os mais
isolados dos grandes centros culturais da Europa e da Ásia. Povos, técnicas e
cultura constantemente eram trocados entre povos do eixo Europa-Ásia-
África durante séculos até os tempos modernos, enquanto os povos
americanos pré-colombianos, ainda que tenha havido algum contato eventual,
ficaram por alguns milhares de anos sem contato contínuo com o resto do
mundo habitado.. Apesar de todas as diferenças de histórico e de status a eles
conferido, em alguns aspectos os ibéricos e africanos eram, no Novo Mundo,
um único grupo invasor, com alguns traços importantes em comum não
compartilhados pelos índios.
Em tecnologia, europeus e africanos sabiam, por exemplo, fabricar e usar
armas de aço, e bastava isso para lhes dar total superioridade militar no Novo
Mundo, pois, embora alguns grupos tivessem construído grandes cidades,
pirâmides, impérios e comércio de longa distância, nenhum tinha ferro e aço.
Assim, a América era um conjunto de civilizações em vários estágios e em
grande variedade de sociedades, de bandos de caçadores e coletores a
agricultores de base urbana
Milhares de anos de história estendem-se desde o tempo das supostas
migrações da Ásia e do estágio de grandes caçadas por toda a extensão e
largura de ambos os continentes ocidentais. A Agricultura remonta a milênios
no continente americano assim como a vida sedentária e as artes da cerâmica
e da tecelagem. O primeiro milênio d.C. viu o crescimento de cidades e de
grandes unidades políticas, assim como conquistas nas artes aplicadas que
igualavam ou ultrapassavam tudo o que existia quando os europeus
chegaram..
Ainda não se determinou com certeza se algumas inovações básicas foram
ou não trazidas de fora do hemisfério. O que importa é que, na época do
contato com a Europa, tudo nos sistemas de vida dos primitivos habitantes da
América havia passado por longos processos de evolução independente e
apresentava sua própria característica.
As inovações sociais e tecnológicas do hemisfério ocidental tendiam a
centrar-se em duas áreas, a Mesoamérica e o centro dos Andes, e a espalhar-
se para outras regiões a partir daí. No entanto, a variedade da geografia
americana impediu o desenvolvimento de quaisquer tentativas centralizadora
por parte das grandes civilizações.. A posse, pelos povos centrais, de
78
agricultura intensiva permanente, cidades e aldeias estáveis, mecanismos
rígidos de tributação e população densa coloca-os, em muitos aspectos, na
mesma categoria da maioria dos povos da Europa em 1500.
POVOS SEDENTÁRIOS
Os MAIAS E OS ASTECAS
82
As origens da civilização na América Central assentam
na adoção da cultura do milho, por volta de 2700
a.C. As chuvas regulares e o clima quente
ao longo de todo o ano permitiam fazer
quatro colheitas anuais nas férteis
planícies fluviais do sudeste do México. Em
1250 a.C., surgiram sociedades tribais e
pequenos estados entre os quais os Olmecas,
que construíam grandes centros cerimoniais com
túmulos de terra em forma de pirâmide e
monumentais esculturas de pedra; posteriormente
criaram o primeiro calendário astronômico.
Também entre os povos Zapotecas do vale do
México formaram complexas sociedades. A escrita
mais antiga da América, à base de grifos (símbolos
pictóricos), apareceu nesta região, por volta de 800 a.C.
e floresceu entre 400 a.C. e 700 d.C. .
Os maias apareceram nas terras altas da Guatemala.
Por volta de 1000 a.C., começaram a expandir-se pelas
terras baixas da península de Yucatán, onde, para
cultivar a terra, abriram canais que se
destinavam a drenar os pântanos. No séc.
VII a.C., construíram pirâmides
monumentais com templos e começaram
a aparecer as cidades-estado. E provável que tenham adotado a
escrita dos olmecas e zapotecas, assim como o uso do calendário astronômico
e o jogo sagrado da bola.
A guerra era necessária para conseguir prisioneiros para os sacrifícios
humanos, que se celebravam em certas datas ou para comemorar
acontecimentos. As vítimas eram torturadas e mutiladas, antes de lhes
arrancarem o coração.
Os maias utilizavam um complexo calendário, muito elaborado e baseado
83
em observações astronômicas muito precisas. Posteriormente produziram
livros sagrados, feitos de casca de árvore, que ilustravam com pinturas
complicadas. São estas pinturas que, juntamente com as suas pedras
trabalhadas, nos permitem conhecer a violência do seu mundo e o poder dos
seus deuses.
As guerras e a fome, provocada pelo cultivo excessivo da terra, devem ter
sido o motivo do rápido colapso e abandono das cidades maias das terras
baixas, a partir do ano 800.
Em princípios do séc. X, os toltecas, grupos de povos que tinham
emigrado para o México Central ergueram a sua capital em Tula. A partir dela
expandiram a sua influência pelo vale do México. Um grupo de aventureiros
toltecas invadiu Yucatán por volta de 987, fundando uma dinastia que
governou a cidade maia de Chichén Itzá durante 200 anos; muitas das suas
construções inspiravam-se nas de luta. Em finais do séc. XLI, Tula foi
destruída e o povo tolteca desmembrou-se. Os seus únicos vestígios são
grandes pirâmides com templos e guerreiros de pedra.
SACRIFÍCIOS HUMANOS
Os sacrifícios humanos faziam parte da religião asteca. No Grande
Templo de Tenochtitlán, os sacerdotes ofereciam sacrifícios diários ao
deus da guerra, Huitzilopochtli. Se o não fizessem, não poderiam
combater as trevas e, no dia seguinte, o sol não apareceria. Havia
também outros deuses que exigiam terríveis sacrifícios. Para honrar
Xipe Totec, deus da primavera, os prisioneiros eram assassinados em
guerras simuladas por guerreiros astecas. Depois de esfolados, a sua
OS pele era usada pelos vencedores que se cobriam com ela para invocar a
ASTECAS
descasca do milho.
84
A grande Civilização da América Central foi a Asteca. Os astecas
afirmavam que eram descendentes dos toltecas, que consideravam sobre-
humanos por terem construído monumentos de pedra de grande estruturas.
Adotaram muitos aspectos da cultura tolteca, incluindo a adoração de muitos
deuses, entre eles Quetzalcóatl, a serpente emplumada. Na realidade, os
astecas tinham-se instalado no vale do
México após a decadência do
Império Tolteca. Em 1325,
fundaram a grade cidade de
Tenochtitlán, numa ilha do lago
Texcoco, servindo como
mercenários aos estados
vizinhos até estabelecerem um
império militar no vale do
México, durante o reinado de
Itzcóatl (reinado 1427-1440).
Com os seus sucessores, o
império cresceu, atingindo a
sua máxima expansão
durante o reinado de
Montezuma II (reinado
1502--1520). Os astecas,
como os maias, tinham
necessidade de estar sempre
em guerra, para obterem
prisioneiros para os
sacrifícios humanos.
85
Os astecas tinham um complexo sistema de classes, que era bem
definido: o estatuto social de cada pessoa conhecia-se
através do penteado e de alguns
pormenores do seu
traje. No nível
superior estava o rei,
cujo título oficial era
“grande orador”.
Abaixo dele havia
uma elite de nobres
que afirmavam
descender do
primeiro rei
asteca. O povo
comum pertencia
por nascimento a
um dos vinte
clãs, que viviam
nos diferentes
bairros de
tenochtitlán,
com os seus
próprios templos e escolas. Os membros do clã eram proprietários e
cultivadores da terra em regime comunitário e, em tempo de guerra, os
homens do clã lutavam juntos. Os guerreiros podiam obter prestígio e fama
fazendo prisioneiros.
Nenhum homem era considerado adulto até fazer um prisioneiro em
combate. Abaixo do povo comum, havia uma classe constituída pelos povos
conquistados, que trabalhavam a soldo ou como arrendatários agrícolas.
Havia também escravos (prisioneiros de guerra) e uma classe de comerciantes
que, apesar de serem muito ricos, não podiam exibir as suas riquezas.
86
O IMPÉRIO INCA
87
O ESTADO INCA
88
Unidade didática V- O Mundo Grego
Introdução
89
A época dos palacios heroicos, especialmente, o de Agamenon em
Micenas constituíe o primeriro período da historia grega, a discurção sobre a
validade histórica dos poemas homéricos pode ser infinita. Porem foi sua
leitura que abiu as portas aos achados arqueológicos gregos em Itaca, no
Peloponeso e em Tróia acompanhados e guiados pela leitura dos mesmos
poemas. As ruínas achadas em Tróia as diversas recostruçôes detectadas,
assim como os achados micénicos organizados a partir das primeiras tumbas
reais, foram um impulso para mais profundos estudos. Palácios, templos e
sepultamentos permitem descobrir um tipo de sociedade Hierarquizada, com
uma realeza e um aparato estatal capaz de controlar populações
coletivamente.
90
• A economia primitiva da Grécia mediterrânea
91
afresco da era micenica
92
Os Genos :Cada geno constituía uma unidade econômica, social,
política e religiosa da sociedade grega. De fato, esses pequenos
agrupamentos humanos conseguiam, isoladamente, assegurar sua
sobrevivência com uma economia natural e coletivista. Os meios de
produção (terra, sementes), assim como os bens produzidos
(alimentos, objetos), pertenciam a todos os indivíduos, ou seja, a
propriedade não tinha caráter particular. Na organização hierárquica
dos genos, o patriarca, ou pater, era a autoridade máxima,
exercendo as funções de juiz, chefe religioso e militar. O critério
que definia a posição dos indivíduos na comunidade era o seu grau
de parentesco com o pater.
95
pagamento, o que aos poucos transforma e desenvolve as estruturas
econômicas de distribuição soicial.
• Esparta
96
grego de tratar um inimigo derrotado, os espartanos conservaram-nos como
servos do estado, ou hilotas
A organização social e política de Esparta é inconfundível, quando a
comparamos com as instituições das outras cidades-estado gregas.
Profundamente conservadora atribuía suas leis e formação social a um
Legislador lendário Licurgo, a quem consideravam divino, Apolo encarnado
(Apolo Licurgo), as leis eram imutáveis tendo em vista ser feita por um
elemento divino, no entanto a legislação espartana legada a um só homem é
puro mito, os historiadores acreditam que as leis espartanas não foram feitas
por uma só pessoa mem em uma só época.
Organização política:
A organização politicamde Esparta oferece aspecto original, em relação a
outras cidades gregas:
.
Instituições Características
Monarquia Dual Dois reis governavam Esparta , em caso
de guerra um ficava na cidade e outro
comandava o exercito, no entanto as
funções dos Reis eram muito reduzidas,
senpre vigiados pelos eforos.
Gerusia A realeza de Esparta mantém-se apenas
como uma tradição. O poder residia de
fato na Gerusia, presidida pelos reis. Era
formado por 28 anciãos, com mais de 60
anos de idade, escolhidos por aclamação
popular.
Apela A assembléia popular, era formada por
todos os Espartanos com mais de 30 anos,
e que tivessem recebido educação militar.
Os eforos os eforos eram cinco magistrados eleitos
por um anos dentre todos os cidadãos,
exerciam autoridade absoluta sobre todos
os habitantes, na guerra vigiavam os reis.
97
Organização Militar:
Famosos por sua estrutura militar, Esparta, a rigidez das leis espartanas é
a responsável pela complexidade de sua formação, as crianças ao nascer eram
apresentadas ao conselho dos anciões, para que estes verificassem se
apresentavam à robustez e resistência necessárias a vida militar. As fracas ou
com algum defeito físico eram mortas, as fortes ficavam aos cuidados da mãe
até os sete anos de idade, apartir de então os jovens espartanos começavam a
aprendizagem militar em comum, sob a direção de mestres escolhidos pelo
estado eles se exercitavam, treinavam, competiam e suportavam provações
físicas. A cultura física desempenhava grande papel na educação, aos 20 anos
estava terminada a formação do jovem espartanol, mas como todo o
espartano continuava como soldado até os 60 anos.
Organização política;
Espartanos
periecos
Hilotas
• Atenas
101
O amadurecimento da democracia ateniense
A Guerra do Peloponeso
104
A Guerra do Peloponeso foi a grande crise da história helênica. As cidades-
estados jamais se recuperaram. As cidades-estados em litígio instituíram
novos sistemas de alianças e persistiram em seus ruinosos conflitos. Enquanto
as cidades gregas estavam imersas numa guerra fratricida, emergia ao norte
uma nova potência, a Macedônia. Para os gregos, os macedônios, um povo
selvagem das montanhas que falava um dialeto grego e adquiria um verniz de
cultura helênica, pouco diferiam das outras populações não-helênicas, a quem
davam o nome de bárbaros. Em 359 a.C., aos 23 anos de idade, Filipe 11(382-
336 a.C.) tornou-se rei da Macedônia. Convertendo a Macedônia numa
potência militar de primeira ordem, ele deu início à conquista da Grécia.
Por não avaliarem corretamente a força de Filipe, os gregos tardaram em
organizar uma coalizão contra a Macedônia. Em 338 a.C., em Queronéia,
Filipe infligiu contundente derrota aos gregos, e toda a Grécia passou a ser
sua. As cidades-estados não deixaram de existir, mas perderam a
independência
Alexandre tomou-se rei da Macedónia aos 18 anos, após o assassinato de seu
pai, Filipe II, em 336 a.C. Teve uma excelente educação ,o seu tutor foi o
filósofo grego Aristóteles.. Ainda rapaz, já sonhava realizar os feitos dos
heróis gregos Hércules e Aquiles, antepassados lendários da dinastia mace-
dónia. Ainda bem jovem, já tinha mostrado grande habilidade para lutar no
exército de seu pai..
• A expansão de Alexandre
As ÚLTIMAS CAMPANHAS
107
INTRODUÇÃO
• A ITÁLIA PRÉ-ROMANA
Antes do nascimento da
civilização romana, o povo mais
poderoso da Itália era o etrusco,
originário da atual Toscânia. Por volta
de 800 a.C.,já se desenvolvia a
primeira civilização urbana da Europa
Ocidental. Navegadores e
comerciantes, tinham estabelecido
estreitas relações culturais com os
gregos, cujo alfabeto adotaram. Quase
tudo o que se sabe dos etruscos provém
dos seus túmulos, construções
subterrâneas semelhantes a casas, que
eram ricamente mobiliadas com
objetos funerários e pintadas com
cenas de banquetes.
108
O centro da península era ocupado pelos itálicos, grupo formado por
vários povos, entre os quais se contavam os latinos, os sabinos e os
samnitas. Até 500 a.C., a maioria deles tinha uma organização tribal,
embora entre os latinos se tivessem desenvolvido já as cidades-estado, uma
das quais era Roma. Quando Roma alcançou o predomínio cultural e
político da península, perderam-se os conhecimentos sobre as outras línguas
e culturas italianas.
110
A sociedade durante a Monarquia
• Patrícios: cidadãos de Roma, possuidores de terra e gado, que
constituíam a aristocracia
• Plebeus: a maioria da população, correspondiam aos pequenos
agricultores, pastores, comerciantes e artesãos.
• Clientes: indivíduos subordinados a alguma família patrícia, cumpridores
de diversas obrigações econômicas, morais e religiosas. O patrício era seu
patrono, um “protetor” econômico, político e jurídico; em troca os
clientes seguiam as decisões políticas de seus patronos, cumprindo o
obsequium (submissão política), além de dedicar jornadas de trabalho
para o seu senhor. Eram, enfim, os dependentes, alguns de origem
estrangeira, outros de origem plebéia que, para sobreviver, buscavam a
proteção dos abastados e poderosos patrícios.
• Escravos: normalmente, prisioneiros de guerra. Durante a Monarquia, o
escravismo não possuiu grande significação, ganhando importância
somente com a expansão do período Republicano.
Alguns elementos ricos, fora da classe patrícia, formavam a classe dos
equites...
• Equites (cavaleiros): homens que podiam equipar-se com armas e um
cavalo (equus) e servir na cavalaria...
Res Publica ou ‘coisa pública’ (509 a 27 a.C.)
111
que perdeu gradativamente suas prerrogativas para a Assembléia Centuriata
(comitia centuriata). Mas esta também era dominada pelos patrícios e equites.
O principal factor da ascensão de Roma ao poder foi o seu sistema de gover-
no, único naquele tempo. A cidade era governada por funcionários eleitos,
chamados magistrados. Estes governavam com a ajuda do Senado, assembleia
de antigos magistrados, que decidia a política do governo. Embora as classes
superiores, os chamados “patrícios”, dominassem o governo, pessoas
talentosas das classes inferiores, os plebeus, podiam chegar a ser magistrados
ou senadores. As decisões políticas do governo eram votadas por uma
assembleia formada por todos os cidadãos romanos. Embora na assembleia o
sistema de votação estivesse organizado de forma a favorecer as classes mais
privilegiadas, os plebeus tinham a sua própria assembleia independente e
elegiam os seus próprios dirigentes, os tnbunos da plebe. Na prática, os
tnbunos eram ricos e usavam o seu cargo para ascender a posições melhores.
Este sistema governamental facilitou a Roma uma sólida liderança, que
garantia o apoio público à política de governo e tornava os romanos um povo
unido.
113
SOLDADOS E CIDADÃOS
EXPANSÃO ULTRAMARINA
Ditaduras e Triunviratos...
Num clima de crescente instabilidade e crise generalizada, diversos chefes
militares passaram a disputar o poder. Roma conheceu os governos
autoritários dos generais Mário e Sila. Este último derrotou Mário e se tornou
ditador vitalício, mas abdicou em 79 a.C., abrindo caminho para os
triunviratos.
O Primeiro Triunvirato (governo de três pessoas) foi composto por três
políticos de prestígio: Pompeu, Crasso e Júlio César. Em 53 a.C., com a morte
de Crasso, os senadores aproximaram-se de Pompeu e afastaram César do
governo...
116
O Segundo Triunvirato
Após eliminarem os opositores de César, os novos triúnviros iniciaram suas
disputas internas. Otávio, aproveitando-se da ausência de Marco Antônio, que
se encontrava no Egito, tentou ampliar seus poderes. Desconsiderou Lépido e
declarou guerra Marco Antônio, o qual foi derrotado na batalha naval de
Actium, em 31 a.C.
Em seguida Otávio recebeu do Senado o título de princeps (primeiro
cidadão), primeira etapa para obter o título de imperador (o supremo). Otávio
tornou-se progressivamente senhor absoluto de Roma, recebendo, além dos
dois títulos, o de Augustus (o divino), até então inédito entre os governantes
romano. O ano: 27 a.C.
O FIM DA REPÚBLICA
Panem et circences
Procurando reduzir as tensões sociais, Augusto promoveu a aliança entre a
nobreza e os cavaleiros e apaziguou a plebe romana com a famosa política de
“pão e circo”. Até hoje utilizada por vários governos (entre eles o do nosso
país), esta política consistia na distribuição de trigo para a população carente
associada à organização de grandes espetáculos públicos.
Após a morte de Otávio Augusto, em 14 da era cristã, sucederam-se quatro
dinastias de imperadores.
118
A crise do Império Romano
O Baixo Império (séc.III a V)
Um dos grandes orgulhos da Roma Imperial era a rapidez e eficiência de seus
transportes. Navios de três cobertas transportavam de 250 a 1000 t de
mercadorias. A uma velocidade média de 5 nós (cerca de 9 km/h), com ventos
favoráveis, embarcações levando o máximo de carga percorriam 220 km por
dia. Em quatro dias, ia-se de Óstia a Tarragona, na Espanha; em dois dias
chegava-se em Cartago; em três, em Marselha; em nove dias atingia-se
Alexandria, no Egito. De março a outubro, os mares eram cruzados por
navios abarrotados de mercadorias destinadas a Roma e outras cidades
italianas...
Migrações e invasões...
No século V tiveram início as chamadas grandes migrações dos povos
bárbaros. Pressionados pelos hunos, os grupos germânicos dos godos e
visigodos cruzaram as fronteiras do Danúbio e se estabeleceram no território
do Império. De início, a penetração ocorreu pacificamente. Em 378, porém, a
cavalaria dos visigodos esmagou as tropas imperiais na batalha de
Adrianópolis...
O Cristianismo
“Eu vos dou um novo mandamento: Que vos ameis uns aos outros, assim
como eu vos amei, para vós também mutuamente vos ameis...”
122
O Cristianismo surgiu na Galiléia, região conquistada e anexada pelos
romanos em 40 a.C. Segundo os Evangelhos, baseava-se nos ensinamentos de
Jesus, que nasceu em Belém de Judá durante o governo de Otávio Augusto
(27 a.C. a 14 d.C.). Segundo a tradição judaica, anunciado pelos profetas,
havia nascido o Messias, para anunciar o reino dos justos e a salvação da
humanidade.
Aos 30 anos, Jesus iniciou suas pregações e recrutou um grupo de seguidores,
os apóstolos...
123
“... Escravos, obedecei ao vossos amos... com temor e respeito, e toda a
retidão do coração, como a Cristo...”
(S. Paulo, “Espítola aos Efesos)
Durante 250 anos os cristãos sofreram inúmeras perseguições até que, em 3l3,
o Imperador Constantino publicou o Edito de Milão, que concedeu liberdade
de culto a todas as pessoas. Mais tarde, no governo Teodósio, o cristianismo
se tornou religião oficial do Estado...
“Se alguém ousar fazer dessas oferendas que, embora de pouco valor, fazem...
injúria à religião (cristã), esse indivíduo, como culpado de violar a religião,
será despojado da casa ou da propriedade onde se verifique que ele praticou
alguma superstição gentílica.” (Edito imperial de 392, iniciando a perseguição
aos pagãos.)
124
UNIDADE DIDÁTICA VII - A IDADE MÉDIA NO ORIENTE
INTRODUÇÃO
A construção do Império
JUSTINIANO, O GRANDE
Corte de jutiniano
129
As revoltas de Nika
marcam um momento de
virada no reinado de
Justiniano. Depois de as
haver sufocado, iniciou a
conquista do Ocidente e a
reconstrução da cidade, ao
acabamento da codificação
das leis. Apesar do colapso
imperial no Ocidente ter
sido completo, existiam
certas condições favoráveis
à reconquista bizantina.
Para as populações o
imperador de
Constantinopla representava
a personificação das
instituições religiosas e da
justiça.
A invasão bizantina da
península itálica foi
grandemente facilitada pela
conjuntura política em que esta se encontrava. A invasão da Sicília em 535
marcou o início da reconquista da Itália, que durararia mais de duas décadas e
devastaria a península. A dificuldade da campanha foram devidas à escassez
dos braços e dos recursos financeiros que Justiniano pusera à disposição do
general Belizário, seu chefe da campanha na Itália. A fraqueza das tropas de
Belisário permitiu aos Godos manter uma demorada resistência e,
freqüentemente, reconquistar terras e cidades aos bizantinos (Roma mudou de
mãos cinco vezes).
Explorando o isolamento diplomático dos seus inimigos no Ocidente, e
assumindo uma atitude defensiva no Oriente, Justiniano conseguiu converter,
mais uma vez, o Mediterrâneo em lago imperial e dar ao seu nome um brilho
temporário, mercê da destruição dos reinos bárbaros. As concepções
imperiais e cristãs levaram-no, além da ação política da reconquista, ao
130
enorme embelezamento arquitetônico e artístico do império. A arte bizantina
deveu muito ao gosto heleno-oriental da Anatólia, Síria e Egito, mas a obra
resultante destes elementos não foi de modo algum uma copia.
• A centralização e a Cidade de Constantinopla
A centralização política, econômica e religiosa do império em
Constantinopla foram decisivas para a arte bizantina, e o aparecimento de um
monarca inspirado, servido que os arquitetos e artistas tivessem possibilidade
de construir grandes monumentos e criou as condições favoráveis ao seu
apogeu. De Constantinopla saiam, para as províncias, não só arquitetos mas
também plantas de igrejas, de edifícios civis, de fortificações. A influência de
Constantinopla estende-se aos mínimos detalhes.
Constantinopla crescera tão rapidamente depois de 330 que, no século V,
tiveram de ser construídas novas muralhas do lado da terra para proteger a
metrópole, tão grandemente aumentada. Como os distúrbios de 532 haviam
devastado grandes setores do bairro vizinho do palácio, incluindo Santa Sofia
e os edifícios do Senado, Justiniano resolveu reconstruir a igreja
magnificamente, para o que adquiriu as casas que tinham ficado de pé, para
demolição. A nova igreja de Santa Sofia é o edifício mais significativo da
arquitetura religiosa da Europa Ocidental e do Oriente Próximo. A evolução
realizada durante os três séculos que decorreram da coroação de Diocleciano
à morte de Justiniano suscitou mudanças dramáticas na sociedade
mediterrânica. As instituições nascidas desta evolução conquistaram
uniformidade política e econômica, mas, apesar dos esforços de Justiniano,
não conseguiram alcançar homogeneidade religiosa e cultural.
A religião e o Estado
• IsIã
135
INTRODUÇÃO
• Migrações e invasões
OS POVOS BÁRBAROS
AS INVASOES GERMÂNICAS
OS VÂNDALOS NA AFRICA
OS OSTROGODOS NA ITÁLIA
OS VISIGODOS NA ESPANHA
OS FRANCOS
Dinastia merovingia
Anteriormente a Clóvis, os francos, provenientes das margens inferiores
do Reno, haviam conquistado todo o norte da Gália. Clóvis não abandona
140
toda a herança política de Roma, recebe as tábuas consulares enviadas pelo
imperador de Constantinopla e usa o diadema e a túnica púrpura dos
imperadores. Instala sua capital em Paris, cidade onde permaneciam
numerosos e influentes administradores romanos.
Toda a vida política repousa no poder absoluto do rei conquistador. O
serviço do rei estabelece uma hierarquia precisa em favor de uma nobreza de
corte formada por companheiros, fiéis ou da estima do soberano. Os outros
homens livres, romanos ou guerreiros francos, perdem, seus direitos políticos
e militares. Os francos continuam a ser temíveis guerreiros e obtêm por
muito tempo êxitos decisivos sobre seus vizinhos. Após sua morte, em 511,
os sucessores de Clóvis, que invocavam um ancestral legendário, Meroveu, e
que os historiadores chamam de merovíngios, intervêm diversas vezes em
direção leste.
Mas Clóvis, que considerava o poder real como uma espécie de
propriedade pessoal, havia dividido seu reino entre seus quatro filhos a
história dos filhos e dos netos de Clóvis, a partir de então, foi apenas a de
unia seqüência inextricável de conflitos familiares, intrigas, assassinatos e
guerras civis. Ensangüentaram e enfraqueceram todas as regiões francas. O
poder real dissolve-se na medida em que se afirma o poder dos duques,
comandantes dos exércitos, e sobretudo o dos membros do palácio. que
formam uma verdadeira casta enriquecida com a posse de grandes domínios
de terras e capaz de arrancar importantes concessões aos soberanos.
Os carolingios
142
Esta restauração imperial coloca aos conselheiros muitos problemas.
Chocou-se ela prontamente com a hostilidade de Bizâncio, pouco
disposta a abandonar suas prerrogativas. Uma mulher, Irene, reinava
então em Constantinopla e os conselheiros francos pensaram em
solucionar o conflito propondo um casamento politicamente os dois
soberanos. Irene, porém, foi deposta e somente em 812 um acordo
permitiu a proclamação de Carlos como imperador do Ocidente.
LUÍS, O PIEDOSO
Carlos Magno, não obstante, em 806, dividiu ele seus Estados entre seus
três filhos e somente a morte de dois deles permitiu a Luís, o Piedoso, reinar
sobre o conjunto das províncias. Seu reinado (814-840) assinala de início, sob
a influência de clérigos do palácio e dos bispos, um nítido reforço da idéia
imperial. Em 817, Luís proclama a unidade indissolúvel do Império e designa
seu filho mais velho, Lotário, como seu único sucessor; o Império deve
constituir um “só corpo em Cristo”, os dois outros, Pepino e Luís, teriam
somente reinos pequenos conquistados.
145
UNIDADE DIDÁTICA IX –
A CIVILIZAÇÃO SENHORIAL CRISTÃ
INTRODUÇÃO
O Sistema Feudal:
146
O feudcilisnio na Europa ocidental
147
• O vassalo só se liga assim em troca do feudo, cuja importância determina
desde logo a de seu serviço militar. Desse feudo, sem dúvida, possui
apenas o usufruto, a propriedade real, e não pode dispor dele• como uma
propriedade pessoal. Mas o vassalo cede o feudo a seus herdeiros.
150
151
A mulher na Idade Média
mulher na idade média vive muitas vezes a margem do poder e do universo
masculino porém de forma nenhuma ela deixa de participar e de interferir
dentro deste universo, a qual esta subjugada politicamente a mulher poderia
apoiar a parentalha em detrimento do seu marido porém o mais comum era
segundo Duby o contrário.
A casa era considerada o santuário da vida privada. Para manter a pureza
feminina era necessário evitar o estupro e o rapto. Existiam várias leis a
respeito deste delito. Nestes casos, quando não havia um consentimento, o
casamento era um fato consumado ou ela podia tornar-se escrava. As
mulheres usavam sobre a túnica, um vestido até o calcanhar, erguido na
frente com uma corrente para que pudessem andar. No inverno, usavam
coletes de couro ou pele e um manto de lã. Os cabelos femininos não eram
cortados e eram presos com alfinetes. A nudez era considerada sagrada,
uma afirmação da condição de uma criatura boa dependente de Deus e só
era permitida durante o banho e para dormir. A nudez adquiriu um caráter
sexual e genital, a partir de então parou-se de fazer o batismo por imersão.
A religião contribuiu tanto para a privatização do corpo que se chegou a um
ponto que, no século VI, os crucifixos que mostravam Cristo nu tiveram
que ser recolhidos ou cobertos e recomendava-se que dormissem vestidos.
Texto prof Luciana de Abreu Curitiba - Paraná
A ESCOLÁSTICA
152
das universidades precedeu o grande movimento intelectual de, que surge
sobretudo nos séculos XI e XII com pensadores do porte de Abelardo, Pedro
Lombardo, São Bernardo, Santo Anselmo etc. Paralelamente o ensino é
enriquecido com novas matérias de estudo e se aperfeiçoa e se define o
método que se chamará escolástico.
Já nos começos do século XII a fama de Abelardo converteu Paris no centro
de instrução mais popular da França.
A tradução dos textos gregos principalmente, através da escola dos
tradutores de Toledo, tornou-se decisiva, sobretudo quando entraram em
contato com Aristóteles, não somente sua obra lógica, mas também a
metafísica, a física e a biologia. O enorme interesse pela síntese entre o
aristotelismo e o pensamento cristão reside não na sua perfeição lógica, mas
no modo com que o pensamento da cristandade ocidental reconquistou o
mundo clássico grego,
Santo Tomás de Aquino (1226-1274), discípulo de Santo Alberto Magno
(1193-1280), foi provavelmente o filósofo e teólogo escolástico mais
importante, capaz de descobrir novos métodos e de empregar novos sistemas
de provas. Para Santo Tomás a teologia coroa o edifício do saber e determina
os setores da competência das demais disciplinas. Admite-se assim a relativa
autonomia das ciências profanas, a unidade do trabalho intelectual humano e
a impossibilidade de uma contradição entre ciência e fé. Fazendo a junção do
pensamento de Aristóteles com o do cristianismo são tomas de Aquino passa
a ser considerado doutor da igreja católica.
155
UNIDADE DIDÁTICA X - A BAIXA IDADE MÉDIA
INTRODUÇÃO
1 . AS CRUZADAS NO ORIENTE
A idéia de Cruzada
157
cruzados se recusam devolvê-la aos bizantinos. o Estado de Antioquia
mantêm-se até 1268. O principado de Edessa confiado, a Balduíno I
de Bolonha. O reino de Jerusalém. Conquistada em julho de 1099,
após dura campanha e um cerco difícil, a cidade toma-se desde logo a
capital política e religiosa dos latinos. Godofredo de Bulhões assume
somente o título de “advogado do Santo Sepulcro”, mas por ocasião
de sua morte, seu irmão Balduíno proclama-se rei (em 1100).
Entretanto, os cristãos apenas definham a rota da cidade santa; a
conquista das outras cidades foi freqüentemente penosa e longa: vinte
anos de lutas obstinadas paro barrar aos egípcios a pista do Sul
(construção de castelos fortificados) e investir, graças às frotas
italianas, subjugar urna a uma, as cidades da costa. São João de Acre
cai somente em 1104, Sídon e Beirute em 1110, Tiro somente em
1124. O condado de Trípoli ocupado em 1109 e dado a Raimundo de
Saint-Gilles, conde de Toulouse. Em 1187, após urna crise de
sucessão, esse condado se encontra reunido ao principado de
Antioquia. Em 1176, o senhorio, vassalo do Reino de Jerusalém,
é enfeudado a Reinaldo de Châtillon que dirige audaciosas
campanhas contra as rotas e as cidades dos muçulmanos. Em 1182,
lança no mar Vermelho navios fabricados no Mediterrâneo, em
Ascalon, e transportados desmontados através do deserto. A
expedição ataca os comboios de peregrinos e ameaça Meca. O reino
de Jerusalém, enfraquecido pela morte do jovem rei leproso Balduino
1V (em 1185) ‘e pela de seu filho ainda criança. Balduino V, sofre a
ofensiva de do chefe mulçumano Saladino, esta ofensiva ocorre
igualmente. em toda parte, o recuo dos latinos e desordena o mapa
político da Terra Santa. Batidos em Hatfin (1187), os francos perdem
Jerusalém. São Jõão de Acre, toma-se então a capital de um segundo
reino de Jerusalém, reduzido às cidades da costa.
159
pelos mulçumanos e vendidas como escravas.
• AS ORDENS MILITARES
160
Desde os inicias da conquista, as ordens da Terra Santa colocam-se a
serviço dos peregrinos, asseguram seu alojamento e sua segurança. Em 1118,
um cavaleiro da Champagne, Hugo de Payens, organiza uma força militar
para guardar as estradas e os acampamentos; seus companheiros deveriam
formar, mais tarde, a ordem dos Templários, nome derivado do Templo de
Salomão, em Jerusalém. Os Hospitalários instalam-se no hospital São João,
fundado outrora, em Jerusalém, para alimentar os pobres viajantes, e os
hospedar daí seu nome. Os Templários constroem, na costa, ao sul de Haifa, o
Castelo-Peregrino (Athiet), vasto campo de abrigo fortificado. Suas primeiras
operações financeiras estiveram, também, ligadas às viagens na Terra Santa;
eles entregavam aos peregrinos, em Paris e em outras cidades do Ocidente,
títulos, espécie de letras de câmbio, pagáveis em Jerusalém; mais tarde
forneceram-lhes empréstimos hipotecários.
Os estatutos dos Templários, inspirados por São Bernardo, apresentado
no Concílio de Roma em 1128, foram aprovados por Inocêncio III, em 1139,
que lhes concede, a mais, diferentes privilégios entre os quais a isenção
episcopal. Os Hospitalários, em 1120, redigem sua regra, inspirada na de
Santo Agostinho.
Formam cada uma um corpo sólido de 200 a 300 cavaleiros, possuindo
cada um três cavalos, servidos por um escudeiro, bem armados (lança, escudo
triangular, massa de armas), perfeitamente treinados e auxiliados por
mercenários muçulmanos a soldo. O rei e os príncipes confiam-lhes a guarda
dos principais castelos: Gibelin aos Hospitalários, Gaza aos Templários. No
fim do século XII, toda a parte norte do condado de Trípoli os Templários
mantêm aí 20 fortalezas, entre elas a de Saphet com 1 700 soldados. No
principado de Antioquia, os Hospitalários possuem uma casa da ordem em
cada cidade e numerosos feudos com castelos, abadias, aldeias e terras.
Seus êxitos e seu prestígio lhes valem, no Oriente e no Ocidente, fortunas
consideráveis. Reúnem assim feudos e territórios imensos; vários milhares de
castelos pertencem, na Europa, aos Templários. Enquanto na Terra Santa seu
poder ultrapassa o dos barões, e sua autoridade a do patriarca de Jerusalém,
no Ocidente, o Templo e o Hospital mantêm por longo tempo a idéia de
cruzada e de ordem cavalheiresca.
161
2. O RENASCIMENTO COMERCIAL E URBANO
• AS TRANSFORMAÇÕES DA ÉPOCA
A GRANDE PESTE
Resumindo
— A Grande Peste marcou, quase em toda parte, uma suspensão brutal
da expansão demográfica;
— A segunda metade do século XIV conheceu, de uma maneira bem
desigual, forte contração demográfica e numerosos distúrbios
econômicos;
— A recuperação, demográfica e econômica, se situa em data bem
variável segundo os países.
OS NOVOS COMËRCIOS
164
fortunas num pequeno volume, capazes de absorver consideráveis custos e de
proporcionar importantes benefícios. Nos Séculos XIV e XV ocupam-se de
mercadorias pesadas, relativamente baratas. Se o comércio das especiarias e
das sedas sempre se mantém, os produtos de pouco valor se constituem agora
no essencial dos carregamentos e viagens de um extremo a outro do mundo
conhecido. Os portos da Itália recebem trigo do mar Negro e das planícies da
Alemanha do Norte. Os vinhos de Creta e da Andaluzia atingem Bruges e
Londres. A Espanha despeja seus jarros de azeite no Oriente. As frotas de
Dantzig, todo ano, vão abastecer-se de sal em Setúbal, em Portugal.
Principalmente, o desenvolvimento da indústria de tecidos mais baratos
provoca uma crescente demanda de matérias-primas: lãs da Espanha, algodão
do Oriente, produtos de tinturaria.
AS TËCNICAS. O CAPITALISMO
Inovações Características
À contabilidade. As contas, públicas ou privadas, fazem-se,
agora por partidas dobradas, o que permite, a
cada momento, fazer o balanço de uma
operação em curso ou terminada, precisar o
estado das dividas e dos créditos de um cliente.
A moeda. Diferentes procedimentos permitem evitar o
manejo de peças metálicas e a perda de
dinheiro. Parecem ser principalmente um
remédio diante da penúria de metais preciosos e
reduzem assim as desvalorizações monetárias.
O uso do cheque e da letra de câmbio expande-
se amplamente. A transmissão dos créditos é
166
feita com facilidade seja pelas transferências de
contas, seja pelo endosso de cheques, letras ou
títulos.
o banco. Os bancos privados, muito numerosos e
controlando várias filiais nas regiões
estrangeiras, recebem depósitos, concedem
empréstimos, asseguram as operações de
câmbio, efetuam transferências de contas para
seus clientes. Controlam também importantes
companhias de comércio, pois a atividade dos
homens de negócio jamais é especializada. Na
Itália, os bancos públicos, associações de
credores do Estado, distribuem dividendos
anuais, para cada título da divida pública
O crédito A prática de venda a prazo e com base em
amostras estende-se a importantes comércios;
da lã na Inglaterra, do açafrão em toda a
Europa ocidental. Se o empréstimo sobre
penhor continua sendo uma operação
reprovada pela Igreja ,o empréstimo para
negócios generaliza-se entre os mercadores.. A
fim de contornar as proibições eclesiásticas,
sempre em vigor contra a usura, os homens de
negócio imaginam novos processos, destinados
a diversos fins. O recâmbio consiste em
reexpedir um câmbio a um curso diferente do
válido no momento: esta diferença representa o
beneficio do emprestador. Essa prática do
recâmbio, muito divulgada na Itália no século
XV, fez a fortuna das praças financeiras
correspondentes, aonde eram enviadas as letras
de câmbio (Bruges, Londres, Sevilha), depois
das feiras de câmbio que conheceram, já no fim
do século XV, uma atividade considerável.
As companhias de O comerciante empresário domina toda a
167
comércio indústria. Indubitavelmente, não encontramos,
então, nas cidades do Ocidente e mesmo na
Itália, qualquer fábrica. Mas os artesãos das
pequenas oficinas de tecelagem, por exemplo,
trabalham por peça e percebem somente um
salário correspondente à sua produção; os que
operam a domicilio e se dedicam a tarefas mais
rudimentares (lavagem, fiação
) dependem ainda mais do comerciante, capitão
de indústria, capitalista, que possui todas as
matérias-primas e distribui o trabalho em todos
os estágios da fabricação.
AS ALDEIAS ABANDONADAS
O abandono das aldeias antigas parece, o mais das vezes, ser o aspecto
mais espetacular das transformações da economia agrária, na Europa
ocidental. Os camponeses fogem de suas terras, abandonam seus bens para
correrem as estradas ou se refugiarem nas cidades. Os matagais e os
espinhais, na Alemanha mesmo as florestas, tomam novamente conta dos
campos cultivados, apagam os caminhos e os limites das parcelas de terreno.
As casas e a igreja caem em ruínas. São agora apenas aldeias desertas, vazias
de homens, largadas ao abandono.
De fato, quase em toda parte, os abandonos das aldeias foram mais
provocados por uma severa reorganização da economia agrária. No Sul,
seguem o desenvolvimento dos latifúndios. Esses grandes domínios,
outorgados, por razões políticas, pelos soberanos a seus fiéis após as
expedições da Reconquista ou das guerras civis, reúnem terras imensas e,
bem depressa se especializam na criação de ovelhas ou gado. Daí a ruína das
atividades agrícolas tradicionais, a extensão abusiva dos terrenos para
pastagens, as devastações dos campos arados pelas tropas que descem das
montanhas no inverno. Daí a fuga dos camponeses para as cidades ou seu
agrupamento em grandes burgos fortificados, submissos à autoridade do
barão. É então que desaparece a pequena propriedade.
Essas transformações da vida agrária e o abandono das aldeias não são
sempre sinais de empobrecimento econômico. Na Inglaterra, a criação,
sedentária aqui, provoca certamente o abandono de inúmeras aldeias mas
enriquecem da mesma forma as zonas rurais. O reagrupamento dos habitantes
em aldeias maiores, cercadas de bairros com campos compactos, sublinha
então os progressos da economia de cereais.
É inexato dizer que, desde o fim do século XIII, os senhores dos grandes
domínios tinham abandonado a exploração direta do solo, alugado ou cedido
suas terras, e se contentavam em perceber rendas anuais. Importantes
169
senhorios são mantidos sempre na França do Norte e do Sul; possuem grandes
reservas, tropas, numerosos edifícios de exploração, granjas para suas
colheitas; se deixam de exigir corvéias camponesas, empregam grupos de
trabalhadores agrícolas. Os Nobres, proprietárias dos grandes domínios,
aplicam à gestão de suas terras rigorosos métodos que lembram os da
indústria e do comércio.
Mas este senhorio rural, na Europa ocidental, é vítima de um
desequilíbrio financeiro. Inicialmente devido ao aumento considerável das
despesas pois o estilo de vida dos senhores rurais evolui de urna maneira
radical decisiva. As contas dos senhorios demonstra que os senhores
compram muitos produtos importados principalmente para a alimentação:
especiarias, óleo, frutas, amêndoas, azeitonas, até mesmo bois; as vestes de
veludos, os costumes de belo tecido custam fortunas.
Na mesma época. as rendas habituais do senhorio diminuem. Os preços
dos cereais e dos produtos agrícolas mantêm-se estacionários ou sobem mais
lentamente que os dos utensílios, da madeira ou do ferro. Dessa forma esses
senhores tentam compensar suas perdas e a escassez de suas rendas elevando
mais as taxas pessoais sobre os camponeses. Tentam, também, na Inglaterra,
impor, com o apoio do rei, um retomo aos antigos salários. Proíbem aos
camponeses, desejosos de mudar para as cidades. o abandono de suas
propriedades.
REVOLTAS SOCIAIS
173
O soberano apóia-se principalmente na classe burguesa em ascensão e a
menbros de sua família ou diretamente ligados a ele. O pessoal político é
recrutado de uma maneira bem mais ampla. Certamente os nobres reagiram
vivamente Contra a influência dos legistas, plebeus, familiares do rei, sobre
os principais motores do Estado. Mas essas pretensões não puderam erguer
por muito tempo um obstáculo sério diante da ascensão de homens novos, os
elementos designados então como os conselheiros do rei. São magistrados,
juristas, financistas, contadores, técnicos, freqüentemente clérigos,
eclesiásticos; formados nas universidades do reino, foram aí então acolhidos
nos colégios fundados pelos grandes burgueses ou pelos prelados, e
receberam, após sua ordenação, importantes benefícios da Igreja. Esta
evolução política precipita a concentração econômica e demográfica em
proveito das cidades principescas, sedes dos governos e das cortes.
Na França mesmo, outras cidades se beneficiam com o dinheiro e a
atividade das cortes principescas. Avignon ergue o Palácio dos Papas,
inicialmente uma fortaleza e depois residência suntuosa, e outros grandes
palácios para os cardeais, em Villeneuve. Acolhe os banqueiros italianos,
protege os financistas ou os negociantes judeus, atrai os pintores de Siena, faz
encomendas aos fabricantes de seda e aos tingidores. Às margens do reino,
cria-se entli, a fortuna de Pau, Todas essas cidades não são somente
brilhantes centros literários e artísticos, as residências de príncipes mecenas,
mas centros de comércios e de indústrias, bastante ativos.
174
assembléia características
Parlamento inglês órgão de governo regular, reúne-se todos os
anos, urna a três vezes conforme as
circunstâncias. As reuniões sEio curtas. Esta
assembléia conta somente com duzentos ou
trezentos pessoas, representantes de toda a
Inglaterra e de todas as categorias sociais; o rei
designa os “lords temporais e espirituais”,
escolhidos, nExo como grandes proprietários,
mas como chefes responsáveis por importantes
comunidades. Convoca também os curi ai es,
conselheiros técnicos, juizes, financistas, ou
administradores. Entre os Comuns sentam-se,
eleitos sob o controle do sheriff, dois
cavaleiros para cada condado, dois delegados
para cada cidade ou burgo. Esses homens,
lords ou membros do Comum, não somente
combinam o imposto, como lhe estabelecem o
regulamento e lhe -asseguram a arrecadação.
O rei trata com deputados responsáveis. Estes
desempenham também um papel político,
através de seus pareceres e conselhos
freqüentemente solicitados, por petições que,
apresentadas ao rei, podem precisar ou
modificar a legislação tradicional. Apesar de
sérios dificuldades no momento de algumas
crises financeiros e políticas, malgrado por
vezes violentas oposições (a do Good
Pariarnent em 1376), o rei e o Parlamento as
mais das vezes colaboram. A assembléia atua
perfeitamente como um órgão do governo.
Os Estados gerais O rei convoca, principalmente, os senhores dos
grandes feudos: nobres e prelados. Os
175
delegados representam somente as cidades,
eleitas por votação limitada; não se encontra
qualquer membro da pequena nobreza. O rei
os convoca raramente, somente em ocasiões
catastróficas, para fazer face às necessidades
prementes de dinheiro. Os delegados
esforçam-se então, naturalmente, por
apresentar suas reivindicações, por impor
reformas. Esses estados agrupam
representantes dos três Estados:nobreza, clero
e povo
O cativeiro de Avignon
178
UNIDADE DIDÁTICA XI - OS TEMPOS MODERNOS
INTRODUÇÃO
Hoje, não se vê mais na Renascença uma ruptura brutal com a época me-
dieval. mas o resultado de uma lenta evolução ue mergulha suas raízes na
Idade Média. Alguns, históriadores, situam os começos da Renascença a
partir do despertar da vida urbana, no século XIII e, mesmo, no XII. A
maioria afirmar que a Renascença despertou muito cedo, não apenas na Itália
mas também em grande parte da Europa Ocidental.
O conceito de reforma é ainda mais antigo que o de renascença. A
História da Igreja, na Idade Média, é a de uma seqüência de reformas tímidas
feitas por papas, concílios, Santos , que procuraram conduzi-la à pureza
primitiva eliminando os abusos causados pela presença do clero na época.
Poucos homens tinham ousado abandonar o seio da Igreja a fim de perseguir
esse ideal de pureza clerical. Nem bem nem mal, até que uma solução viesse
intervir no seio da Igreja romana. Enquanto a ação de Wyclif e João Huss
permanecera limitada a seu país, a revolta de Lutero deu o sinal de um
movimento que repercutiu em toda a Europa Ocidental.
1. Renascimento
O particularismo Veneziano
2. A REFORMA
CAUSAS DA REFORMA
• As causas religiosas
.
183
A religião se individualiza pelo efeito de práticas mais pessoais. Torna-se
mais interior. Os progressos da mística seguem no mesmo sentido, dissociara
fé e razão, condenara a escolástica à decadência e criara uma insatisfação
intelectual. Em vista disso, não deixava aos cristãos senão a possibilidade de
duas atitudes: uma fé ritual e dissecada ou, então, a pesquisa do conhecimento
místico.
No momento em que começa a Reforma, a Igreja continua a lutar contra
heresias nas quais se encontram inúmeras idéias que formarão o essencial do
protestantismo. Sob os termos “heresia boêmia”, Roma confundia, não apenas
os discípulos de João Huss, mas também os de Wyclif, que proclamavam a
Escritura única fonte de verdade, rejeitando a autoridade de Roma e da
tradição, os sacramentos, à exceção do batismo e da comunhão, o Purgatório
e o culto dos santos, e que se esforçavam por praticar fraternidade e pobreza.
João Huss fizera, igualmente, da Escritura a fonte única da verdade, mas
reconhecia a autoridade de Roma e admitia que cada qual podia interpretar a
Bíblia livremente.
Todos esses movimentos tendem a rejeitar a tradição católica e a fazer da
Bíblia o fundamento único da crença. O retorno à Bíblia foi auxiliado pela
invenção da imprensa que permitiu a sua difusão para os leigos.
• As causas morais
Antes de 1520, Erasmo, mais que Lutero, insistira sobre os abusos de que
o clero era prova. Tais abusos enfraqueceram a resistência da Igreja e, uma
vez consumada a ruptura, forneceram argumentos polêmicos aos seus
adversários. Os abusos do clero eram reais. Muitos bispos tinham comprado
os sufrágios de seu capítulo. acumulavam rendimentos e muito raramente
rezavam missa. Padres viviam com companheiras mesmo tendo feito voto de
castidade, vendiam os sacramentos e levavam a mesma vida de seus
paroquianos.
A Santa Sé, particularmente, estava paralisada. A difícil reconstituição do
Estado pontifício, após o Grande Cisma, o mecenato dos papas, seu papel
político faziam deles príncipes italianos e lhes reduziam a autoridade sofre a
Igreja no momento em que os sentimentos nacionais se desenvolviam e
incitavam os fiéis a afirmarem a autonomia das Igrejas nacionais, A
184
Inquisição espanhola estava nas mãos dos soberanos. A venda de
indulgências escandalizava o povo..
A revolta de Lutero
186
doutrina luterana nas regiões
convertidas, mantendo,
porém, a proibição no
restante do país), havendo
protestos (daí o nome de
protestantes).
Na Dieta de Augsburgo o desacordo originou sérias
(1530), lutas entre o imperador
(Carlos V) e os nobres (Liga
de Smalkade): guerra de
religião.
A confissão de Augsburgo
187
Anabatistas
CALVINISMO
188
O tom cresceu com a provocação dos “Cartazes” (18 de outubro de
1534). Cartazes fixados simultaneamente em Paris, em Orléans e até na porta
da câmara do rei atacavam com violência a missa. O fato assumia o aspecto
de um negócio de Estado. Francisco I, castigou ou Luteranos que foram
queimados, os chefes da Reforma fugiram, enquanto procissões expiatórias
revelavam a força do apego à fé tradicional. Foi então que Calvino se
transformou em defensor dos reformados perseguidos e publicou a
“Instituição Cristã” em latim (1538), depois em francês (1541).
Calvino
A expansão do calvinismo
A REFORMA ANGLICANA
• antecedentes
A nostalgia da unidade
O concílio de Trento
1. AS TRANSFORMAÇÕES DO SÉCULO XV
196
A crise da Idade Média do século XIV criava uma massa faminta
que, sem maiores expectativas de vida, que perambulava pelo
continente. Os aumentos anteriores da produção (Séc XIII) que você já
estudou no ano passado não tiveram continuidade. Agravando ainda
mais a situação, houve também a Peste Negra ou Peste Bubônica. Os
árabes mantinham as linhas comerciais sob controle, restando aos
monarcas reforçar o estimulo à exploração marítima.
198
Você esta certo sentinela, e os interesses desta burguesia da Idade
Média eram extremamente limitados pelo poder dos senhores
feudais, que seriam de obstáculos também às aspirações políticas
dos Reis. Por isto que a cada passo, burgueses e monarcas aliavam-
se para lutar contra a nobreza feudal, surgindo assim um dos
fundamentos da Monarquia Nacional.
Sentinela, preste atenção! A caminhada da burguesia de simples
habitantes dos Burgos a grandes Co-participantes da formação do
Estado Nacional foi longo e cheio de etapas, O conceito atual de
burguesia e mais complexo do que o inicial. Vamos conhece-lo;
199
dedicavam sendo a base para o desenvolvimento do comércio e da
burguesia, as mais importantes rotas eram:
FEIRAS MEDIEVAIS:
Associação
Comercial Conceitos
Características Associações de comerciantes de
Guildas uma mesma cidade.
Objetivando Garantir o monopólio do comércio
local, e controle dos preços das
mercadorias.
200
Associação
Comercial Conceitos
Características Associações de comerciantes de
HANSAS várias cidades: comércio em
grande escala Dinamizaram as
cidades e os mercados.
Objetivando Defender os interesses comerciais
da burguesia urbana. Divulgar
concepções de lucro e
capitalização.
Principais Merchants of the Staple:
Hansas controlava a exportação de lã da
Inglaterra e a importação de
produtos de várias cidades
flamengas.
Hansa Teutônica ou Liga
Hanseática:
controlava o comércio no norte da
Europa
MOVIMENTO COMUNAL:
As cidades passaram a lutar pela independência: autonomia urbana
(emancipação da tutela feudal). Cidades Francas: cidades que
conseguiram sua autonomia por meios pacíficos através de acordos
(Carta de Franquia) com os senhores feudais (indenizações).
Cidades Comunas: cidades que conseguiram sua autonomia através
da luta armada, buscando o apoio real diante da resistência dos
senhores feudais. A burguesia assume o controle administrativo das
201
cidades: os serviços urbanos eram proporcionados pelos grandes
comerciantes.
Na Cidade
medieval, a
Burguesia era
tributária dos
Senhores
feudais.
CORPORAÇÕES DE OFÍCIO:
202
Organização hierárquica de uma Oficina de uma Corporação
de oficio:
Mestre
Oficial
Aprendiz
Jornaleiro
203
Sentinela o jornaleiro da oficina medieval, não
era quem vendia jornal, mas aquele que recebia
pagamento por uma jornada de trabalho. A
jornada poderia ser de um dia, uma semana, mês
ou ano dependendo do contrato.
Introdução
206
Observem
a figura e
como o rei
esta em
posição de
destaque
em posição
maior a do
que o Bispo
Séc XV )
207
consideravelmente daquelas que se desenvolveram mais tarde, no
monárquica.
208
eliminação do particularismo feudal (submetendo a nobreza) e do
209
Inglaterra é o país valorizar o seu pequeno número
em que esses papel quando o de seus agentes, o
privilégios locais soberano lhes rei se desobriga de
são menos solicita ajuda inúmeras tarefas.
numerosos; financeira.
210
Resumindo o estado nacional moderno tinha as seguintes
características
Definição de absolutismo
Teorias do absolutismo
211
Teórico Obra Síntese do Pensamento.
Nicolau Maquiavel O príncipe A grande meta de Maquiavel é fo
(1492-1527) arte de dirigir uma nação dentro d
justificam os meios”. Ou seja o s
tudo quando o busca o interesse d
Jaen Bodin Os seis livros da Que de todas as formas de gove
(1530-1596) República ele. O estado popular, o estado ar
monárquico.
É no estado monárquico que o r
como um Pai pelo bem de todos o
defesa da soberania da nação.
Thomas Hobbes Leviatã A elaboração complexa de uma te
(1588-1679) o Estado é uma grande entidade
dominaria todos os cidadãos, seg
primitiva estava mergulhada em
que para obter a ordem os mem
deveriam delegar poder a um
ordem no caos.
Leviatã é um monstro mítico, mu
outros monstros que poderia
sociedade (Leviatã segundo Hob
rei).
Jacques Bossuet Política segundo a Defesa do Principio do direito div
(1627-1704) sagrada escritura poderes reais provem de Deus, a a
sagrada, revoltar-se contra o rei eq
contra Deus.
212
Esta é a capa da primeira
edição da obra Leviatã,
Observem como o corpo
A características do absolutismo
do rei é formado pelo
corpo de seus súditos.
Para o rei,
o absolutismo
consiste na
ausência de
controle sobre
sua ação e não
na ausência de
limites à sua
autoridade. O
príncipe
apresenta-se
como o arbitro
supremo entre
as ordens e os
súditos. Deve
impor a sua
vontade aos
mais poderosos
de seus súditos.
Consegue este
intento na
medida em que
esses
necessitam
213
desse arbitramento.
O domínio real estende-se sobre grande parte do reino. Existem,
contudo, feudos importantes sobre os quais o rei exerce menor ou
maior autoridade. O centro do governo é a Corte, que acompanha o rei
em suas deslocações. Compreende a Casa do rei ligada ao serviço da
pessoa real, cujos órgãos principais são a Câmara, a Capela, a
Cavalariça e o Conselho do rei composto dos pares de França e grandes
oficiais da Coroa, membros de direita, e de grande dignitários
convocados pelo rei. A esse Conselho demasiado numeroso e pouco
manejável, o rei prefere alguns conselheiros, que formam o Conselho
secreto ou Conselho restrito.
Os grandes dignitários são o chanceler, presidente da chancelaria e
da justiça que preside o Conselho na ausência do rei, trabalham na
Chancelaria os secretários do rei; entre eles se destacam os secretários
de Estado. As ordens do rei são transmitidas e executadas por oficiais
ou por comissários incumbidos de missão tomados, amiúde, no corpo
dos oficiais Alguns têm, ao mesmo tempo, atribuições militares,
judiciárias e administrativas, mas entregam suas funções judiciárias a
seus lugares-tenente togados, que são magistrados, e conservam suas
funções militares. No começo do século XVI é possível distinguir
diversos corpos de oficiais reais: oficiais militares, de justiça, de
finanças.
Entre os oficiais militares, podemos distinguir oficiais permanentes
da estrutura militar, do Estado (governadores de províncias ou de
cidades encarregados da manutenção da ordem, portanto de poderes
militares e de “policia” ou de administração), e oficiais temporários
(capitães comandantes de tropas).
No alto da organização judiciária acabava de surgir o Grande
Conselho, instrumento da justiça pessoal do rei (direito de evocação
que tinha o rei sobre todas as causas), espécie de tribunal dos conflitos.
Deparavam-se a seguir as cortes soberanas.
Com a ascensão do Estado Absolutista. As nações reforçam o
214
poder dos reis face ao papa. Porem pela própria estrutura do
absolutismo europeu o poder espiritual e poder temporal aparecem
como que inseparáveis Ninguém contesta o principio capital do
absolutismo, onde a ação dos soberanos deve ser inspirada pela
religião. O papado, todavia, teve de abrandar suas pretensões em
relação aos reis. Ele conserva em certos casos, um papel de árbitro
supremo entre as nações. Assim, em 1496, Alexandre VI partilha as
terras novas entre espanhóis e portuguesas, mas isso provoca os
protestos dos franceses e dos ingleses. Entretanto, no que respeita ao
temporal. Os soberanos se libertaram dos conselhos da Igreja. Em seus
conselhos privativos que procuram a inspiração cristã de seus atos. Eles
estão, de resto, investidos de um caráter religioso. No que dizer
respeito ao sagrado. Só devem o seu cetro a Deus. Os reis da França e
da Inglaterra possuem poderes taumatúrgicos reconhecidos pela Igreja.
218
século XVII, os reis franceses procuraram enfraquecer as bases de
poder dos protestantes.
Bourbons na França
219
A adesão da França na Guerra dos Trinta Anos fortaleceu
categoricamente o poderio francês no continente.
Richelieu morreu em 1642, e Luís XIII no ano seguinte. O cardeal
Mazarin, que chefiou o governo durante a menoridade de Luís XIV
(este tinha cinco anos quando Luís XIII morreu), continuou as políticas
de Richelieu.
Com a morte do cardeal Mazarin, Luís XIV, “O Rei Sol”, finalmente assumiu o
governo, em 1661. Durante seu reinado ele conseguiu o maior grau de poder
absolutista obtido na Idade Moderna, suas idéias podem ser resumidas na frase
“L’État c’est moi”, o Estado sou Eu. Na verdade, nenhum monarca absoluto na
Europa ocidental, antes ou depois dele teve tanta autoridade pessoal ou comandou um
grupo administrativo tão eficiente, promoveu a ascensão da burguesia, e recrutando
burgueses entre seus ministros a exemplo de Colbert, promotor da política de
industrialização. O reinado de Luís XIV representa a culminação do processo de
ascenção da autoridade monárquica. Inteligente, astuto e dedicava muitas horas a
construção de sua grandeza pessoal. O majestoso palácio de Versalhes foi
arquitetado com este fim, mostrar ao mundo o poder do Rei Sol.
Tudor na Inglaterra
221
Capitulo 3- Mercantilismo
Introdução
O papes da riqueza como meio de poder não deixava de ser uma evidencia
para os governantes europeus no começo da idade média. O dinheiro permitia
levantar e manter exércitos, financiar guerras, sustentar a burocracia estatal, em
resumo custear ambiciosos programas de governo. Não é de se estranhar, portanto a
constante interferência na economia dos governantes do Estado Nacional Moderno, a
interferência na economia resultava n interferência do comércio. A pratica econômica
desta época resulta de uma série de conceitos que se conhece como o Nome de
Mercantilismo. Classicamente, o mercantilismo é a política econômica do
Absolutismo. Com uma doutrina feita mais basicamente de observações, o
Mercantilismo se organizava e se reforçava na medida em que crescia a possibilidade
de atuação do Estado Moderno. Ele caracteriza o período da Revolução Comercial
(Séculos XVI – XVIII) marcados como já Vimos pela desintegração do feudalismo e
pela formação do Estado Nacional moderno. O mercantilismo é chamado também de
Capitalismo mercantil.
(imagem de um porto na época moderna)
222
Os Portos passaram na época do
mercantilismo a ter uma nova
dinâmica.
A dinâmica do mercantilismo
223
Muito bem sentinela, você esta me ajudando. Então vamos definir o
conceito de mercantilismo, leia o quadro abaixo.
224
(elaborar esquema dentro destes moldes)
Mercantilismo
226
várias práticas mercantilistas, mas, basicamente, eles estavam ligados
às riquezas que cada nação poderia extrair de suas colônias.
Tipo: Conceito:
Bulionista ou Caracterizado pela idéia de que quanto mais
Metalismo quantidade de metais preciosos tiver uns pais
( Espanha) mais rico ele será, característica do
mercantilismo espanhol,
Comercial O comércio foi considerado pelos Holandeses e
(Portugal, até 1580, pelos portugueses a forma mais efetiva de
e Holanda) promover a riqueza da nação. As políticas
econômicas mercantilista eram com guia, neste
processo de garantir uma balança favorável de
pagamentos para a economia nacional por meio
da promulgação de medidas legais de caráter
protecionista. As leis aduaneiras fizeram um
papel importante para adquirir este objetivo.
Industrialista O Estado inglês pretendeu implementar a
(Inglaterra) indústria privada vigorosamente como o
objetivo de estimular o desenvolvimento das
fábricas nacionais. O desenvolvimento da
indústria não dependeu exclusivamente, porém,
da difusão da fábrica rural para casa. O
protecionismo industrial representou outro fator
importante. Para isto era fundamental para
impedir a importação volumosa de
227
manufaturas, para fomentar a produção
nacional. No caso Inglês da industria de lã. O
sucesso desta política dependia não só do
trabalho o empregado rural na produção de lã,
mas também da barateza da lã inglesa e
irlandesa que saturou o mercado.
Cameralista Representava um anplo sistema de
(Alemanha e administração pública e organização dos
Austria) negócios financeiros do estado. Defendiam o
aumento populacional como forma de
incrementar o produto nacional e instimulavam
o mercado interno mediante o incentivo ao
consumo de produtos locais. Para eles a ação
do governo dentro desta ótica era a mais
importante elemento de riqueza de uma nação.
Colbertista (França) Nome dado à política mercantilista da França
durante o período em que Jean-Batiste Colbert
(1619-1683), foi ministro das finanças de Luis
XVI. Pregava uma taxa sobre os lucros visando
o enriquecimento do tesouro nacional, e
incentivava a industria de bens de Luxo, para
equilibrar a balança comercial. (o Colbertismo
é um industrialismo especializado, em bens
de luxo)
228
Isto mesmo sentinela, o espanhol Pedro de Valencia também escreveu em 1608:
“O dano veio de ter muita prata e muito dinheiro que é e sempre foi (...) o veneno
que destrói as Repúblicas e as cidades. O pensam que o dinheiro os mantém e não
é deste modo: as propriedades figuradas e os gados e pescas são esses que dão
amparo”. La época mercantilista. Eli F. Heckesher. Fundo de cultura
econômico ed. México. 1980.
Pacto colonial
229
do controle efetivo das áreas coloniais. Pacto colonial era, na verdade,
a forma com que as metrópoles dominavam suas colônias. As colônias
só poderiam fazer comércio com a metrópole. A colônia fornecia
produtos tropicais e matéria-prima para a metrópole e esta vendia
manufaturas à colônia. Plantation, plantação em inglês, é o termo que
se convencionou chamar as grandes fazendas com atividades
monoculturas nas colônias de exploração.
231
manufaturas
matérias primas
Colonia
Matéria prima (fumo-Cachaça)
Escravos
África
A escravidão que nunca tinha sido definitivamente
extinta na Idade média, mas reduzida a alguns prisioneiro
de guerra, será efetivamente e durante a revolução comercial e na
época mercantilista, a escravidão assume um aspecto racial até então
não existente, por interesse econômico famílias e tribos inteiras foram
escravizadas, esta assunto se aprofundara nos capítulos posteriores.
232