Beruflich Dokumente
Kultur Dokumente
1.00 €
II série nº 15 Mensal
6 de Janeiro de 2010
Director: Rui Miranda
Fundado em 1997
Cipreste
Solidariedade:
Um retrato da esperança Associação de Beneficiários
de Macedo de Cavaleiros
AZIBO RURAL
Nº 13 - Mensal - 29 de Dezembro de 2010 - Director: Helder Fernandes
EDITORIAL
Com o Ano 2010 terminado e sem
deixar saudades em muitos aspectos,
Cooperativa Agrícola dos Olivicultores de
Murça que com menos de mil produtores Exportação
também transporta muito futuro incerto e 1.800 Toneladas transformadas, agi-
para 2011, em todas as áreas a qual não
é alheia a área agrícola, ao longo dos úl-
timos anos o Meio Rural tem sido ataca-
ganta-se, ganha prémios internacionais e
vende o Azeite de Murça com mais-valias
nos mercados como o Canadá, Japão,
de azeite
do pela desertificação, pelo aumento do
abandono das Explorações Agrícolas e
da área Agrícola, pelo aumento dos cus-
Macau, França, Estados Unidos, Alema-
nha, Holanda, Brasil, etc., marcando ter-
reno no Mercado e em novas economias
aumenta 20%
tos de produção (mão-de-obra, gasóleo, emergentes que aumentarão no futuro o
impostos, etc.) e sobretudo a dificuldade seu consumo, caso do Brasil, outro caso
no escoamento dos produtos agrícolas, idêntico é o da Cooperativa Agro-Pecuária
deixando os agricultores cada vez mais Mirandesa que com novas instalações
dependentes dos subsídios agrícolas ou pretende exportar Carne de Raça Miran-
seja da “esmola dos Governos”, ou des- desa, comercializá-la de diversas formas,
governo da aplicação da fraca Politica valorizando-a, criar emprego e desta forma
Agrícola Comum. promover o aumento do efectivo da raça
Mas nem tudo são más notícias, por Mirandesa com proveitos para os produto-
exemplo esta colheita 2010/2011 de azei- res e para a Agricultura da Região.
tona bate todos os recordes fruto do au- No futuro a Agricultura e sobretudo o As exportações na- estrangeiro cresceram
mento das plantações de novos olivais nosso Meio Rural dependerão cada vez cionais de azeite vão 120% no segmento
nas últimas décadas, o mesmo acontece mais da capacidade de Organização dos crescer este ano cerca do azeite virgem extra,
com a área de castanheiro que aumentou Produtores para produzir para o cada vez de 20%, ultrapassan- que fechou o ano pas-
muito nos últimos quinze anos trazendo mais exigente Mercado Nacional e Glo- do as 40 mil toneladas sado com um volume
aumentos de produção e exportação, já o bal e não perder terreno sabendo que a e atingindo um volu- de exportações de 18
ditado popular bem antigo diz “quem não ausência de estratégia tornará cada vez me de facturação de 969 toneladas. Um
semeia não colhe”, e o sector Olivícola já mais pobre a região onde estão inseridas 130 milhões de euros. crescimento notável
está a colher os frutos com o aumento de as Organizações de Produtores. Trata-se do dobro da para o sector que tem
20% na exportação de Azeite, e nalguns A Direcção e os Órgãos Sociais da quantidade exportada vindo a conquistar o
casos com organizações viradas para o AMBC, desejam a todos um Excelente em 2006. Entre 2006 reconhecimento inter-
Mercado Internacional como é o caso da 2011. A Direcção e 2009, as vendas ao nacional.
cresce em
Macedo |P 9
Restaurante * Residencial
Avenida
almoços
jantares
2011
casamentos
batizados
Tel.: 278 421 236
festas
Av. D. Nuno Álvares Pereira
Macedo de Cavaleiros
Em ano de contenção de despesa o orçamento da euros. Há várias obras, de que há muito se fala, e poderão
autarquia macedense para o ano de 2011 teve um cres- começar este ano, como a Central de camionagem ou a
cimento de cerca de 10%, são cerca de 30 milhões de Biblioteca.
Macedo |P 20 quartos equipados: aquecimento central
ar condicionado - wc privativo - televisão
ORÇAMENTOS GRÁTIS
2 | 6 de Janeiro de 2011 | Cipreste |
O Natal é uma altura do ano em que a solidariedade está em destaque, por um lado pelo acentuar das carências de
algumas famílias, por outro pela maior disponibilidade das pessoas em ajudar. Em Macedo de Cavaleiros, são algumas as
entidades e instituíções que promovem acções e iniciativas que ajudam os mais necessitados, não só na ajuda alimentar,
mas também em eventos culturais e acompanhamento, incluindo novos e velhos, desde as crianças em risco aos idosos
em situações de solidão.
Reportagem
Centro Dom Abílio Vaz das Neves
A época do Natal pede-
nos uma maior atenção “ O nosso trabalho visa que a rein-
e solidariedade para tegração das crianças nas suas fa-
com os outros, sobre- mílias biológicas aconteça no me-
tudo os mais pobres.
nor espaço de tempo possível. “
Mas quem são estas
Cipreste - Quem são estas condições para que as crianças
pessoas? E quais são crianças e jovens? Porque ra- regressem ao ambiente familiar.
as suas carências? zões não vivem com as suas Quando se criaram estas condi-
famílias? ções as crianças são reintegra-
Que pobreza existe em Irmã Estela e Sónia Dou- das. Quando não há condições
tel - São crianças e jovens cujas familiares apoiamos as crianças
concelhos do interior
famílias são negligentes ao nível de modo a integrarem-se no
do país como o de dos cuidados básicos como são trabalho e a conseguirem a au-
a higiene, a alimentação, o acom- tonomia necessária para viver e
Macedo de Cavaleiros? panhamento escolar, a disciplina serem felizes.
Que privações mate- nos horários, etc. Outra das ra-
zões para aqui estarem prende- Que tipo de necessidades
riais e desigualdades se com as más condições físicas existem no Centro Dom Abílio
existem? E que institui- da habitação familiar. Vaz das Neves?
A instituição não é rica vive
ções e respostas há? Centro Dom Abílio Vaz das Neves Na sua opinião quais são dos apoios da Segurança Social
as principais causas, a raiz e como tal têm que ser bem ge-
O Centro Dom Abílio escolaridade, enfim todas as ne- ga Sónia Doutel. E foram estas
dos problemas de pobreza que ridos para responder às nossas
cessidades intrínsecas à pessoa responsáveis que descreveram
Vaz das Neves, em existem nesta região? despesas. Para reduzir estas
humana. a realidade desta instituição e o
Considero que a maior pobre- despesas é importante referir
Macedo de Cavaleiros é A instituição compreende dia-a-dia no cuidado e educação
za é a disfunção psíquica, assim que o trabalho das Irmãs é to-
também o Centro de Reabilita- destas crianças.
uma destas respostas. como as limitações no âmbito da talmente voluntário o que só por
ção Profissional para Jovens
economia doméstica nomeada- si evita a contratação de muitos
Esta instituição acolhe com Deficiência ao qual afluem O dia-a-dia das mente na gestão do dinheiro. funcionários e os respectivos en-
diariamente 28 jovens provenien- crianças cargos dos seus salários.
crianças e jovens pro- tes dos concelhos de Mirandela,
Como tem evoluído a pre- Relativamente às necessida-
venientes de famílias Bragança, Vila Flor e Macedo Às sete da manhã é a hora
sença do número de crianças des do Centro precisamos reno-
de Cavaleiros. Aí, estes jovens de acordar. Depois da higiene
aqui no Centro? var o sistema de detecção de in-
em que o desleixe e a de idades compreendidas entre pessoal e do pequeno-almoço
Tem-se mantido estável ao cêndios, e realizar a manutenção
os 16 e 35 anos têm formação as crianças preparam-se para ir
insuficiente formação longo dos anos, no entanto te- e restauro do exterior do edifício
em áreas como a jardinagem e para a escola. Algumas vão nos
mos registado nos últimos anos que está mesmo com necessida-
dos pais não favorece agricultura, lavandaria e limpeza, transportes públicos, e os mais
várias solicitações para a inte- des.
restauração e hotelaria e borda- pequenos são transportados
o desenvolvimento e a gração de crianças e jovens com
dos e malhas. pelo Centro. Todas as crianças
idades mais avançadas. E temos Para além das crianças e
educação destas crian- O Centro Dom Abílio Vaz das se integram nas actividades e na
recebido muitos pedidos do lito- jovens que outros grupos de
Neves foi confiado à responsa- comunidade escolar. O almoço é
ças e jovens. ral e sul do país, nomeadamente pessoas são mais vulneráveis
bilidade das Irmãs Franciscanas feito na escola ou aqui no Cen-
de Lisboa, Almada, etc. à Pobreza e à Exclusão So-
cujo carisma está também voca- tro. No regresso das aulas, as
Inaugurado a 25 de Julho de cial?
cionado para a juventude. Actual- crianças têm ainda estudo acom-
1996, o Centro Dom Abílio Vaz O que acontece às crianças O Centro Dom Abílio Vaz das
mente, no Centro Dom Abílio Vaz panhado por muitos voluntários
das Neves foi criado com a fina- quando crescem? Neves também atende muitos
das Neves trabalham dia e noite que se oferecem para lhes dar
lidade de dar resposta às neces- O nosso trabalho visa que a pobres que vêm pedir roupa e
sete Irmãs Franciscanas em es- explicações. Aos feriados e nos
sidades de várias crianças priva- reintegração das crianças nas géneros alimentares. São pesso-
treita colaboração com uma equi- fins-de-semana têm ainda a pos-
das do ambiente familiar. suas famílias biológicas aconte- as que trabalham sazonalmente
pa técnica constituída por três sibilidade de participar em ateliês
O Centro Dom Abílio Vaz das ça no menor espaço de tempo na apanha da castanha, da azei-
Educadores sociais, duas Assis- de música, ginástica, informática,
Neves acolhe crianças e jovens possível. Daí que enquanto as tona, etc., passam por dificulda-
tentes sociais e três Psicólogas, inglês, pintura, bordados, etc., de
em risco que são colocadas crianças estão connosco rea- des monetárias e vivem em ha-
a equipa educativa e a equipa de acordo com as suas aptidões e
pela Comissão de Protecção de lizamos também um trabalho bitações com poucas condições,
apoio. Desta vasta equipa fazem gostos.n
Crianças e Jovens e por ordem com as famílias de modo a criar etc. n
parte a Irmã Estela e a psicólo- Hugo Anes
dos tribunais. Segundo o regu-
lamento interno da instituição aí
podem viver crianças dos 3 aos
18 anos, contudo têm-se aberto
“Na nobre tarefa de educar, a criança deve crescer num ambiente
algumas excepções à perma- de amor e carinho”
nência de jovens com mais idade
de modo a que se concretize o Dom Abílio Vaz das Neves foi Bispo da Diocese de Bragança-Miranda e fundador da Congregação
projecto de vida que se define das Servas Franciscanas de Jesus Sacramentado. Natural da aldeia de Ifanes, Miranda do Douro, Dom
para cada uma delas. Abílio nasceu a 8 de Junho de 1895. Depois de intenso labor missionário, esteve na Índia, dá entrada
Neste momento vivem no na sua diocese de origem Bragança-Miranda onde exerceu enorme actividade ao longo de 27 anos de
Centro Dom Abílio Vaz das Ne- Episcopado. Viria a falecer em Macedo de Cavaleiros a 7 de Março de 1980. Dom Abílio desde sempre
ves 62 crianças e jovens. O Cen- se interessou pela educação e o bem-estar das crianças e dos jovens daí que esteja na memória como
tro proporciona-lhes a satisfação um educador e mestre e uma pessoa inteligente com um olhar muito clarividente. Como foi fundador
de todas as suas necessidades da Congregação das Servas Franciscanas a atribuição do seu nome a esta instituição foi uma home-
básicas como são a alimenta- nagem que se prestou ao saudoso senhor Bispo.
ção, os cuidados de saúde, a
Reportagem | Cipreste | 6 de Janeiro de 2011 | 3
Projecto C3 – Comigo, Contigo, Connosco
Alargar horizontes
No passado dia 30 de Pires, o projecto C3 teve como cação e sobretudo muita vonta- E foi deste workshop que dias de feira de modo a facilitar
grande finalidade mostrar aos de de fazer alguma coisa dife- surgiu a ideia do projecto C3. o transporte e a participação de
Novembro, realizou-se participantes que “há algo mais rente. E para além disso, fazer Na altura, a intenção foi a de pessoas vindas das aldeias.
no Centro Cultural o do que o que as suas vidas artesanato pode muito bem ser criar em Macedo de Cavaleiros, Cada uma destas sessões
contêm.” E a técnica de Serviço um caminho de sobrevivência um projecto sem as regras e as teve como objectivo trabalhar
Fórum “Olhar a Pobre- Social explica “cada um de nós económica para a vida de cada formalidades típicas de outros o grupo de pessoas de modo
za com Olhos de Ver tem a sua vida com um deter- um de nós. E há em Macedo projectos. O objectivo foi então a oferecer-lhes perspectivas e
minado limite, mas penso que alguns artesãos que o podem o de lidar com a pobreza atra- horizontes mais abrangentes.
– Olhar a Pobreza em quanto mais lato for o nosso ho- afirmar – revelou. vés da informalidade. E esta E para tal, todas as sessões
Macedo de Cavaleiros”. rizonte mais capazes somos de informalidade começou desde incidiram na área da arte e da
Entre os participantes lá chegar. Inversamente, se o A génese do C3 logo pelo convite dirigido às cultura: na dança, no teatro,
nosso horizonte está muito pró- Comigo, Contigo, pessoas para participarem no na música, na pintura que teve
esteve a Cláudia Pires, ximo de nós a nossa ambição Connosco C3. É assim de realçar que as uma grande participação e na
também é curta e acabamos pessoas que aderiram ao pro- qual o grupo pintou mesmo
Técnica Superior de
por nos resignar”. E é esta re- O C3 nasceu de um semi- jecto C3 fizeram-no livremente uma tela – estas sessões do
Serviço Social do Cen- signação e apatia que mais pre- nário intitulado “Pessoas, Desa- já que não existiu nenhum sub- projecto C3 permitiram mos-
ocupam a assistente social “de fios e Solidariedades” realizado sídio económico pela adesão, trar às pessoas que ser pobre
tro Distrital de Seguran-
facto o que me preocupa mais é em 2009, sob a tutela do muni- nem nenhuma medida de políti- não é somente a ausência de
ça e Solidariedade So- o acomodamento das pessoas cípio de Macedo de Cavaleiros, ca social que obrigasse as pes- recursos económicos, é tam-
cial, a qual apresentou na pobreza, na inexistência de e mais concretamente da Rede soas a participar. O que existiu bém o impedimento ou a falta
rendimentos, na falta de uma Social. Ao longo deste seminá- foi um convite a cerca de 70 de iniciativa para participar em
os resultados finais de casa condigna e quente, na rio foram organizados vários pessoas do concelho de Mace- eventos culturais, em espectá-
um trabalho de comba- culos, etc.
O projecto C3 destacou-se
te à pobreza e exclusão ainda pelo original envolvimen-
Na sessão de pintura realizada to e a participação dos parcei-
social, o Projecto C3. no Centro de Arte Contemporânea de ros da rede social. Dadas as
Bragança, o grupo do projecto C3 vi- actuais dificuldades económi-
Há pobreza em Macedo de sualizou a exposição “Procissão” da cas das instituições públicas, as
Cavaleiros? Sim há, segundo pintora Graça Morais. A professora várias entidades da rede social
o diagnóstico e as palavras Inês Barrios explicou os símbolos, deram o seu contributo através
de Cláudia Pires “há de facto as cores, o traço e o tipo de pintura dos técnicos, por exemplo: na
pobreza material em Macedo, e de desenho dos vários trabalhos. aula de dança a Câmara Muni-
como em qualquer outra parte No final, o grupo desenhou e pintou cipal facultou uma sala e o bai-
do mundo, há portanto pessoas numa tela as várias impressões que larino Pedro Pires ministrou a
e famílias com carências eco- receberam da visita à exposição. aula; a professora Inês Barrios
nómicas para fazer face às des- Esta tela foi leiloada no passado foi a responsável pela activida-
pesas, e particularmente nos dia 30 de Novembro, aquando da realização do Fórum, e foi o Professor Roque Amaro quem de da pintura que se realizou
dias que correm. Mas também ofereceu mais dinheiro pela tela, tendo-a oferecido ao concelho de Macedo de Cavaleiros e de- no Centro de Arte Contempo-
há uma pobreza interior, que se volvendo-a ao projecto C3. O resultado final da tela foi tão bem recebido que deu origem a vários rânea de Bragança; na sessão
traduz na incapacidade de não produtos, como marcadores de livros, etc. E estes produtos estão à venda na rede social, sendo de artesanato, a Associação
saber gerir recursos e de que- que o valor da sua venda reverte a favor de actividades futuras. Também nesta iniciativa houve a dos Diabéticos disponibilizou
rer viver acima das suas pos- colaboração da gráfica que possibilitou o adiamento do pagamento da impressão para depois uma técnica; na música houve
sibilidades. E esta atitude cria da venda. a colaboração do Agrupamento
imensos conflitos e problemas, de Escolas e de alguns profes-
como são as dívidas”. Perante falta de refeições diárias e em workshops, entre os quais o do de Cavaleiros para a sessão sores; etc.; em suma, houve um
esta problemática a técnica de condições. Esta é a pobreza workshop da Acção Social or- de apresentação do projecto interesse e uma vontade por
Serviço Social está convicta de que me preocupa em Macedo ganizado e dinamizado pela que ocorreu no centro cultural. parte das pessoas em participar
que “as pessoas têm que ser de Cavaleiros” – indicou. Professora Hermínia Gonçal- Ao convite responderam com a e apoiar este projecto, não de
trabalhadas interiormente de No combate a esta resigna- ves, da UTAD. À docente uni- sua presença 54 pessoas, das um modo material, mas através
modo a encarar melhor a vida. ção e apatia o projecto C3 foi versitária juntaram-se também quais 14 decidiram participar do seu know-how.
Por exemplo, não há muita ofer- um instrumento muito útil para vários técnicos do Centro de activamente no projecto C3. O Fórum do dia 30 de No-
ta de emprego em Macedo. No alargar os horizontes e oferecer Emprego, da Segurança Social, Estes 14 homens e mulheres vembro foi a última actividade
entanto, ainda acontece que novas experiências e perspec- do Agrupamento de Escolas, tinham idades compreendidas do C3, e nesta data voltou a
pessoas que estão desempre- tivas a todas as pessoas parti- e também esteve presente um entre os 18 e os 64 anos. Ainda reunir todos os intervenientes
gadas recusam trabalhos” – re- cipantes. Concluiu-se também casal de beneficiários do Rendi- que fossem dirigidos convites a no projecto, desde os beneficiá-
velou. que quando o horizonte é alar- mento Social de inserção (RSI). determinadas pessoas, houve rios, os técnicos e os parceiros
E o tal trabalho interior que gado não aparecem só coisas A participação deste casal foi a preocupação de publicitar o sociais. No decorrer do fórum
urge fazer com as pessoas boas, também aparecerão obs- particularmente importante, projecto de modo a envolver e fez-se o balanço do projecto
pode muito bem começar com táculos e problemas, mas de na medida em que para além a chamar a comunidade mace- e das actividades realizadas e
projectos como o C3. Mas que acordo com Cláudia Pires “este da perspectiva dos técnicos, o dense a participar. ganhou especial relevo o tes-
projecto foi este, o C3 – Comi- é o caminho que vale a pena testemunho activo deste casal E assim nasceu o C3, que temunho dos participantes que
go, Contigo, Connosco? E como percorrer”. E indicou o exemplo permitiu ouvir a sua opinião decorreu de Janeiro de 2010 expressou o seu agrado e o de-
reduziu as situações de pobre- do artesanato “fazer artesanato pessoal sobre a raiz da pobreza a Novembro, e que consistiu sejo de continuidade de iniciati-
za existentes em Macedo de não é obra de nenhum génio, é e as medidas necessárias para numa sessão mensal, na tarde vas como o C3. n
Cavaleiros? Segundo Cláudia obra de quem tem alguma vo- combater este problema social. de um dia, realizada sempre em Hugo Anes
4 | 6 de Janeiro de 2011 | Cipreste | Reportagem
Conselho Local de Acção Social de Macedo de Cavaleiros (CLASMC)
“partir em averiguações pelos desígnios dos astros e outros oráculos numa tentativa de encontrar laivos de es-
perança que nos rasguem a escuridão que se adivinha no novo ano não será de estranhar.”
Virginia do Carmo
EDITORIAL
Ideias & debate
O Horóscopo de
Portugal para 2011
Foram evidentes as dificuldades financeiras da au-
tarquia macedense no final de 2010. Aos empresários
era dito que “não estavam previstos pagamentos” e
um pouco por todo o lado se viram indícios de reten-
ção da despesa. n Virgínia do Carmo
Um dos sinais visíveis da contenção de despesa foi
a iluminação de Natal, este ano consideravelmente re- É sabido que em tempos de aflição e difi- ões “poderão contar com grandes alegrias e
duzida em relação a anos anteriores, e os presépios, culdades a busca de respostas e soluções na realizações e uma vontade enorme de fazer
que nos últimos anos decoravam o centro da cidade. esfera do esotérico aumenta. Não será à toa, mudanças, embora deva ter em atenção que a
Compreendo que se tenha diminuído à iluminação as perguntas crescem - agressivamente - na opinião dos outros também é importante”. (Pa-
medida proporcional à ausência de respos- trícia Bernardo). E aqui pensei: Esta senhora
de Natal, afinal, também Morais ou Mirandela ou Bra-
tas. deve saber que Portugal é leão.
gança ou Murça… têm iluminação natalícia nas suas Mas depois da diversidade das incursões,
E como estamos a chegar ao fim de mais
ruas, o que não têm é um conjunto de presépios, di- um ano, e se convencionou ser este um tempo percebi, em síntese, que não fiquei esclare-
versificado, com qualidade, imaginação e capazes de de balanços e planeamentos, partir em averi- cida. Aliás, das posteriores reflexões só me
atrair visitantes, como Macedo teve mas este ano per- guações pelos desígnios dos astros e outros nasceram perguntas:
deu. oráculos numa tentativa de encontrar laivos O país de hoje tem essa coisa a que cha-
Macedo não tem presépios por contenção de des- de esperança que nos rasguem a escuridão
pesas. Não conseguimos saber os montantes envol- que se adivinha no novo ano não será de es-
vidos e que a autarquia poderá ter poupado sem os tranhar.
presépios, mas conseguimos imaginar o que perdeu. Foi o que eu fiz, em nome do país.
A minha primeira dificuldade no arranque
O país de hoje tem essa
A qualidade dos presépios era notável, Macedo ti-
nha desenvolvido, à volta dos presépios de natal, uma
desta missão foi estabelecer a data de nas- coisa a que chamamos
cimento de Portugal para daí deduzir o seu
cultura de dedicação que resultava em alguns presé- signo astrológico. Isto porque, enfim… o que estrutura para suportar
pios cheios de imaginação, com o recurso a materiais,
técnicas e design que faziam dos presépios de Mace-
pode considerar-se o parto de um país? Terá
sido a batalha de Ourique, a 25 de Julho de
uma reestruturação? E
do uma referência. 1139, o momento em que Portugal pode dar- como vai expandir-se o
Há também a considerar que o facto de serem de- se por parido? Ou será que os pulmões da
senvolvidos pelas instituições do concelho, Juntas de nossa nação só se abriram com a assinatura país? Afundando-se no
freguesia, Associações… fazia com que se criassem, do tratado de Zamora, no dia 5 de Outubro de
Atlântico e fugindo de
ou estimulassem, dinâmicas de grupo e confraterniza- 1143?
ção dentro dessas instituições. Cercada pela urgência da decisão optei TGV para Espanha? E
pela primeira data e considerei a segunda
Só pelos presépios já valia a pena visitar Macedo
como correspondendo a uma espécie de re- quanto ao rigor, quem
na época natalícia, e isso foi conquistado paulatina-
mente, durante os últimos anos, pela actual autarquia
gisto de nascimento.
Sendo assim, Portugal é do signo Leão.
é que vai a Lisboa ex-
macedense. Fui então ver que augúrios marcam as previ- plicar o que isso é? E
Pelo facto de não ter implementado o concurso de sões para os nativos deste signo e a primeira
presépios em 2010 a autarquia não reconheceu o tra- consulta resultou nisto: “as palavras-chave quanto aos projectos
balho que ela própria tinha vindo a desenvolver, nem o são reestruturação e mudança: no primeiro
novos… será uma boa
esforço das associações que se tinham envolvido. semestre, acrescem impulsos de expansão,
Para 2011 os presépios são uma necessidade em de ousadia e do assumir da criatividade; no ideia? Quanto às ale-
segundo semestre, sobretudo manter e nutrir
Macedo. A região agradece. grias, será que Portugal
o que merece a pena manter. O que não será
Rui Miranda
possível é a acomodação, em nenhum nível.”
(Vera Faria Leal)
vai ganhar o euromi-
Director: Rui Miranda Redacção: Paulo Nunes dos Santos; ce que a vibração do ano 2011 é o 4. “Significa
Hugo Anes que a essência do ano é o Rigor, a Ordem,
Colaboraram nesta edição: Virginia do Carmo, Raquel Mourão; a Estrutura, a Organização. (…) É um ano mamos estrutura para suportar uma reestrutu-
Ilustração: Fiachra Lennon
de «fazer», de colocar em prática, o que se ração? E como vai expandir-se o país? Afun-
Paginação: Edições Imaginarium, Lda.
Publicidade: Eduardo Brea aprendeu.” E também um ano de “organização dando-se no Atlântico e fugindo de TGV para
Impressão: Casa de Trabalho - Bragança; Tiragem: 1.000 ex. do caos” que sobrou de 2010 (Eva Veigas). Espanha? E quanto ao rigor, quem é que vai
Sede: Edificio Translande Loja, 49 Apartado 82 - 5340 219 Sábias sugestões, pensei. a Lisboa explicar o que isso é? E quanto aos
Macedo de cavaleiros Telf. /Fax 278 431 421 Mas depois a previsão do tarot cigano projectos novos… será uma boa ideia? Quan-
e-mail: geral@jornalcipreste.com estava mesmo ali à mão… e lá fui. Segundo to às alegrias, será que Portugal vai ganhar o
Sitio Internet: www.jornalcipreste.com esta arte mística “para o nativo de Leão este euromilhões?
Propriedade e editor: Rui Jorge Miranda da Silva; Macedo de
ano chegará cheio de novidades, depois de Pensando bem, a resposta pode estar na
Cavaleiros
Registado no ICS com o n.º 125688 alguns momentos menos bons em 2010. (…) organização do caos. Acho que é por aí. Mas
Novas propostas serão colocadas em cima da talvez seja preciso que tudo expluda. Pois não
mesa e projectos novos não irão faltar” Os le- é assim que nascem as estrelas? l
Opinião | Cipreste | 6 de Janeiro de 2011 | 7
Passagem Escorregadia
n Raquel Mourão
C
omeça um novo ano, e Segunda-feira quando o Domingo cações, 500 milhões de euros são
enquanto finalmente des- se desvanecer, e o mundo real me trocos. Para nós, é o abono dos
canso das festas e cele- atropelar. Afinal, sempre fui daque- nossos filhos.
brações próprias da época, depois las pessoas com manias dos prin- À Electricidade de À Electricidade de Portugal, po-
cípios, começar a dieta à Segun- brezinha, que aguentou nas costas
da-feira, fazer a partir de dia um do Portugal, pobrezi- os aumentos e não os aplicou na
mês tal, de manhã, para o ano. factura e agora vem surfar a onda
Mas, manias à parte, agrada-me nha, que aguentou da crise com incrementos no que
E este ano, como imenso a passagem de ano. Não já é ridiculamente caro, peço que
porque vá a uma qualquer festa nas costas os au- iluminem meu ano e poupem mas
em todos os ante- glamorosa e bombástica, que exis- é nos vossos lucros. Poupem nos
te apenas na minha imaginação e mentos e não os prémios, nos salários e represen-
riores, tenho alguns na qual provavelmente não saberia tações, nos grandes carros dos
o que fazer nem vestir, mas porque aplicou na factura e gestores e nos vencimentos milio-
pedidos a fazer ao estou sempre cheia de esperança. nários. Poupem nisso tudo, porque
E este ano, como em todos os agora vem surfar a o vosso monopólio é grande, e
universo, às entida- anteriores, tenho alguns pedidos pode. Porque estão inundando me-
a fazer ao universo, às entidades onda da crise com tade de Portugal em busca de mais
des cósmicas todas cósmicas todas e mais algumas, lucro, dando uma migalha a quem
as existentes e as que ainda nem incrementos no que afogam. Porque acredito que são
e mais algumas, as são adoradas, à pedra, ao sol, ao humanos, ainda que certamente
vento e aos céus, mas especial- já é ridiculamente deformados, e ainda há uma cen-
existentes e as que mente àquelas criaturinhas senta- telha de solidariedade em vós.
das no trono do poder nos mirando caro, peço que ilu- Aos bancos, do estado e priva-
ainda nem são ado- como gigantes e nós meras formi- dos, por favor travem o crescimen-
guinhas. minem meu ano e to dos vossos lucros. Eu percebo o
radas, à pedra, ao Excelentíssimos Senhores, te- vosso sofrimento com todos aque-
nho a certeza que estão no quen- poupem mas é nos les que acabam por não vos pagar,
sol, ao vento e aos tinho algures enquanto meu pés e os milhões perdidos em negócios
gelam, e que as vossas barrigas vossos lucros. Pou- da China (ou ganhos, nunca sabe-
céus, mas especial- estão cheias ao ponto de enfarta- remos…), e simpatizo. Mas será
mento quando a minha ronca de pem nos prémios, possível, nesta altura de crise, ao
mente àquelas cria- fome, e que vossas carteiras e menos pararem de cobrar mais,
contas bancárias transbordam fun- nos salários e re- em spreads gigantes para taxas
turinhas sentadas dos, inchando com o esvaziar da de juro baixinhas? Será que con-
minha. Apesar destas certezas, e presentações, nos seguem abdicar de 1 ou 2% dos
no trono do poder porque sou uma pessoa tão colori- vossos lucros?
da e positiva, decidi fazer a vós, ó grandes carros dos E a tantos outros, gananciosos,
nos mirando como grandezas que lucrais com a misé- estupidamente ricos, peço o mes-
ria alheia, este pequeno apelo. gestores e nos venci- mo, ou semelhante. Partilhem a
gigantes e nós me- À Portugal Telecom, coitadinha, crise.
que teve um ano tão mau, por fa- mentos milionários. Senão, tenho um pedido espe-
ras formiguinhas. vor juntem-se os sócios ganância e cial, que espero ser cumprido e
companhia e colectem os prémios Poupem nisso tudo, ouvido.
no ano que vem, optando por par- A estes senhores avarentos e
tilhar o fardo da raia miúda que vê porque o vosso mo- gananciosos ninguém apanhe o
tudo subindo, mais caro, mais im- lixo, nem sirva café, nem conserte
posto, menos abono, menos apoio. nopólio é grande, e carro, nem limpe casa de banho,
de muita cozinha, de gordura até Tentem lembrar-se que se essas nem faça ou disponha qualquer
aos cotovelos, enjoo e azia q.b., pessoas que vocês desprezam, pode. Porque estão serviço. Deixem-nos afogar em
ponho-me a pensar no que vem aí, nas vossas reuniões de cadeirões sua riqueza e morrer de fome nos
e no que acabou de passar. de cabedal e mesas polidas, são inundando meta- seus palacetes de mau gosto. Não
Honestamente, sinto alívio em quem vos enche o papo e fornece é pedir muito, pois não?
ver este tempo como passado. Não os lucros. Portanto tentem devol- de de Portugal em Para mim, apenas desejo mais
é que vá acabar a crise, a minha, ver um pouco do que vos foi dado, um ano respirando e sorrindo, com
pessoal, e a dos outros em geral, muitas vezes com esforço, suor, busca de mais lucro, meus amados ao lado. Que a mi-
mas simplesmente a passagem de baba e ranho, e até lágrimas. E já nha filhota chegue bem ao mundo
algo dá uma sensação de início, agora, deixem de fazer negócios dando uma migalha e que o meu rebento prospere no
de novas possibilidades, de renas- da treta em Holandas Offshore e seu crescimento. E que todos, os
cimento e renovação. outras iguais, e paguem os vossos a quem afogam. que amo e nem conheço, tirando
É claro que, se tudo correr impostos aqui onde são necessá- os senhores gananciosos mencio-
como o habitual, o mais provável rios. Afinal, para vós, entidade cor- nados em pedidos anteriores, te-
é o panorama estar na mesma, porativa, gigante das telecomuni- nham um ano melhor. l
Restaurante
Publicação Moagem
João do Padre
de Justificações Notariais Alheira
Linguiças
Posta
278 422 511 / 96 205 72 01 Rodeão
Leitão
Bacalhau
Edifício Translande loja 49 Pudim de Castanha
Podence
Macedo de Cavaleiros
Macedo de Cavaleiros
Telf. 278431002 / 968726158
www.quintadamoagem.com
8 | 6 de Janeiro de 2011 | Cipreste |
Lançamento de Biografia
Macedo
Adriano Moreira
homenageado em casa
N
o passado mês de junta de freguesia, de uma lápi-
Dezembro, Adriano de inscrita com o nome da mãe Adriano Moreira Nasceu em 1922, em Grijó,
Moreira foi homena- de Adriano Moreira, Leopoldi- no concelho de Macedo de Cavaleiros.
geado na sua terra Natal, Gri- na do Céu Alves. Esta decisão Foi um aluno brilhante, e licenciou-se em Di-
jó, tendo na mesma celebração baseia-se nas declarações de reito na Universidade de Lisboa em 1944, tendo
sido apresentada uma biografia Adriano Moreira, que afirmou posteriormente obtido o grau de Doutor na mes-
da autoria de Manuel Vieira Pin- serem em homenagem à mãe ma área pela Universidade Complutense de Ma-
to. as obras que ajudou realizar na drid.
A obra intitula-se “Adriano, capela, e pelas quais havia já Foi director da Escola superior Colonial, onde
Vida e Obra de um Grande Por- recebido uma lápide com o seu implementou o estudo da Sociologia, das Ciên-
tuguês”, e é o resultado de cinco nome e que entretanto desapa- cias Políticas e das Relações Internacionais. Em
anos de investigação, aglome- receu. Esta espécie de reposi- 1961 exerceu o cargo de Ministro do Ultramar, e
rados em quase 400 páginas, ção deixou o professor emocio- foi repudiado por tal durante a era PREC.
e uma imensidão de notas ex- nado e agradecido. Apenas em 1979 regressa à vida política ac-
plicativas e de rodapé. O autor Adriano Moreira, que acu- tiva, tendo sido eleito deputado da Assembleia
decidiu escrever sobre Adriano mula várias homenagens e da República pelo círculo eleitoral de Bragança
Moreira por o considerar um reconhecimentos, considerou e exercido funções de deputado até 1991, e de
grande Português, alguém que esta especial por se tratar da Vice-presidente da Assembleia até 1995. Em
soube ultrapassar as dificulda- sua aldeia, do local onde nas- 1986, e durante dois anos, foi presidente do en-
des e aproveitar oportunidades. ceu, e onde se encontra ainda a tão CDS.
Escolheu Grijó para apresentar sua família. Declarou ainda, so- Actualmente, goza a sua reforma tendo dedi-
a obra por Adriano Moreira con- bre a actualidade e a crise, que cado muitos anos da sua vida ao ensino e é consi-
siderar a sua terra natal o berço serão necessárias mais que derado um intelectual e estudioso português, com
do seu patriotismo. uma geração para a ultrapassar numerosas condecorações e cargos honorários
A homenagem incluiu a colo- e que o país deverá manter a em universidades nacionais e estrangeiras.
cação na capela da aldeia, pela esperança. n
Tentativa de
homicídio
Quando passavam cerca de vinte minutos na
madrugada de 26 de Dezembro houve uma tentati-
va de homicídio, na rua Alexandre Herculano, perto
do quartel dos bombeiros Voluntários de Macedo de
Cavaleiros.
A vítima foi baleada com dois tiros no peito, tendo
Igreja de São Pedro encerrada por motivos de segurança sido transportado para o hospital de Bragança depois
de ter sido assistido em Macedo de Cavaleiros. Em
Bragança foi submetido a uma intervenção cirúrgica
F
oi roubada uma imagem nas gravações. saltadas por duas vezes. Das duas
do Menino Jesus, do sé- Segundo o cónego Melo, páro- houve identificação dos autores do e encontra-se fora de perigo.
culo XVII da igreja de S. co de Macedo, o sistema de vídeo crime por parte das forças policiais, Devido à sua natureza, o caso está entregue à
Pedro de Macedo de Cavaleiros. O vigilância deverá ser reforçado de após o recurso aos sistemas de vi- polícia judiciária, por enquanto ainda não são públi-
furto deverá ter ocorrido entre o dia modo a permitir o arquivo das ima- deovigilância. cos o motivo do crime nem o seu autor.
24 e o dia 30 de Dezembro. Que gens durante mais tempo. Este tipo de assalto é muito A vítima dedica-se à segurança privada, é de
são as datas entre a última vez que A imagem agora furtada faz mais frequente que o de obras de Bragança, e é conhecido pelo nome de Hulk. n
se confirma que a imagem estava parte de um conjunto de três ima- arte qaue podem indiciar a existên-
no local e a data em que foi dado gens que compõem a Sagrada cia de crime organizado já que há
o alarme pela pessoa responsável
pela limpeza do templo.
A igreja está protegida com
Família, o responsável pela igre-
ja informou o nossa reportagem
que deverão ser tomadas medidas
redes que se dedicam ao comércio
e recepção de obras de arte sacra.
A igreja de Santa Maria, embo-
Vários assaltos
um sistema de videovigilância que para prevenir o desaparecimento ra um templo novo, conta já com o O mês de Dezembro foi prolífico em casos que
guarda as imagens capturadas por das outras imagens que compõe o registo de um assalto às esmolas. envolveram desordem ou assalto. Registaram-se
um período de 72 horas. Ao que o conjunto. Neste assalto não foi possível iden- pelo menos o assalto de duas lojas no edifício Trans-
Cipreste conseguiu apurar o furto É a primeira vez que há regis- tificar os autores, devido, também, lande, no centro de Macedo de Cavaleiros, e o roubo
deverá ter acontecido antes desse to de furto de uma obra de arte da ao facto do sistema de videovigi- de uma carrinha de transporte de pão que foi furtada
período, portanto entre os dias 24 e igreja, já o mesmo não acontece lância só guardar as imagens por às 6.00 h da manhã e viria a aparecer no mesmo dia,
27, já que não há indícios do crime com as esmolas, que terão sido as- 72 horas. n sem combustível, perto da aldeia de Cortiços. n
O nível da Feira é
para manter
Não assumo a
responsabilida-
de, nem faria a
Feira, se deixas-
se aos próximos
directores uma
Feira como algu-
mas feiras que
há por aí, sem
viabilidade ne-
nhuma.
Educação Ambiental
Cultura Novo livro de Fernando Mascarenhas
Expanda os horizontes
da sua empresa
internet
serviços
multimédia
publicações
design gráfico
www.terranordeste.com
Email: geral@terranordeste.com | Telefone: 96 205 72 00 Fax: 278 42 25 11
Edificio Translande, 2º Andar, 1º Escritório, Apartado 82, 5340 Macedo de Cavaleiros
Edições Imaginarium
comunicação com inovação
Cultura | Cipreste | 6 de Janeiro de 2011 | 13
Virginia do Carmo
ver
ço. Aproveite para descansar
22 de Julho do ritmo mais acelerado.
Pequenos electrodimésticos
Artigos de decoração
!
Loiças
r i u Vidros e cristais
Já ab Brinquedos
Artigos de papelaria
Artigos de limpesa
Calçado
Estacionamento Vestuário
Artigos de iluminação
Bricolage
Ferramentas
Presidenciais 2011
Aníbal Cavaco Silva Defensor Oliveira Moura Fernando Nobre
Actual Presidente da República desde Candidato Independente Candidato Independente
2006, apoiado pelo Partido Social Demo- Deputado do PS
crata, pelo CDS – Partido Popular e pelo
Movimento Esperança Portugal
A solta na net
Impressão digital Factura da EDP: Contribui- de 3 milhões de Euros… Reencaminhar para toda a
ção Audiovisual??! Mas isso Onde anda esse dinhei- lista e também para:
Juliano Silva
Suaves
Sabia que... Macedo no seu melhor
D
ia 16 de Dezembro em que há um aumento de cer- humanos continuam a aumen-
foi aprovado o or-
çamento municipal
ca de 3 milhões de euros devido
à participação em programas
tar. Há em relação a 2010 um
aumento de 4.5%; no ano pas-
Para o ano 2011 a autarquia
para 2011, em Assembleia mu- comunitários co-financiados. sado, ano seguinte às eleições, destaca os seguintes investimentos:
nicipal interrompida para um Ainda sobre a receita, o o aumento foi mais evidente, já
jantar de Natal. executivo de Beraldino Pinto que o aumento de 2010 em re-
Para Beraldino Pinto, “com tem expectativas de recolher lação a 2009 é de 10.7%, que Biblioteca e arquivo Requalificação urbana de
este orçamento, e apesar das mais 67% em rendas do que o representa cerca de 500.000 municipal Macedo de Cavaleiros
limitações impostas pelo Or- ano passado, a que correspon- euros a mais. 329.000 euros 2.285.000 euros
çamento de Estado de 2011, de um aumento de 1.0 milhões Em relação às despesas fi-
através da redução de transfe- de euros em 2010 para 1.65 nanceiras, o valor previsto para Pavilhão gimnodesportivo de Beneficiação do troço urbano
rências, há uma aposta clara milhões em 2011. Para este au- 2011 é 1.82 milhões de euros, Morais da EN 102
no investimento de proximidade mento contribui essencilamen- semelhante ao valor orçamen- 300.000 euros 670.000 euros
de forma a que o investimento te um aumento da renda paga tado em 2010, 1.86 milhões de
público seja um estimulo e uma pelo parque eólico instalado na euros. Requalificação do pavilhão Criação de parques de esta-
alavanca da economia do con- serra de Bornes, que passa de Segundo o documento de municipal de Macedo de cionamento
celho.” 226.000 euros, para 400.000 orçamento e plano, a autar- Cavaleiros 630.000 euros
euros e pelas águas de Trás- quia prevê um endividamento 375.000 euros
Receita os-Montes, com um aumento de cerca de 11.700 milhões de Infra-estruturas na Zona
que passa de 60.000 euros em euros em 31/12/2011, o que é Requalificação e Beneficia- industrial de Macedo de
O documento que conden- 2010 para 250.000 em 2011. inferior ao limite previsto na lei ção das piscinas municipais Cavaleiros
sa todas as opções de investi- As expectativas da autar- das finanças locais, meta que 98.000 euros 347.000 euros
mento e de fontes de receita do quia são também o encaixe fi- não foi alcançada em 2010.
município para o ano de 2011 é nanceiro de 3.5 milhões de eu- Beneficiação de edifícios no Construção da Central de
caracterizado por um aumento ros pela venda de terrenos. Já Investimentos âmbito do projecto “sitio de Camionagem
da receita em cerca de 10%, no plano e orçamento de 2010 Morais”
em relação ao ano anterior, que a rubrica tinha uma dotação de São os investimentos os 281.000 euros Beneficiação da Casa dos
passa de 27,7 milhões de euros 4.4 milhões de euros, mas, pelo responsáveis por grande parte Magistrados
para 30,3 milhões em 2011. que o Cipreste conseguiu apu- da despesa orçamentada para Equipamentos de informa-
Apesar dos tão falados cor- rar, recentemente a autarquia o ano 2011. Como já foi dito ção no âmbito do projecto Centro Ambiental de Macedo
tes orçamentais, mesmo por pôs em hasta pública a venda atrás, grande parte do financia- “Macedo Natura” de Cavaleiros
parte da administração central, de alguns terrenos mas não mento para as obras previstas 125.000 euros
o orçamento apresentado por apareceram interessados em para este ano tem origem em
Beraldino Pinto reflecte um au- consumar negócio. programas co-financiados. Na
mento das transferências cor- caixa do texto estão os princi-
rentes por parte do estado, que Despesa pais investimentos que a au- três razões para justificar esse se como deve ser” e por ultimo
passa de 7,7 milhões de euros tarquia se propõe realizar em voto: “A primeira, é que mais “é vergonhoso o tratamento
para 8,3 milhões em 2011 o Apesar do Estado ter dimi- 2011. uma vez e como vem sendo dado às Freguesias do Partido
que se deve essencialmente a nuído o salário aos funcionários hábito, a oposição não foi tida Socialista,o que não está cor-
participação em programas co- públicos com vencimentos su- Voto contra nem achada na elaboração recto sendo uma atitude anti-
munitários co-financiados. O periores a 1.500 euros mensais, deste documento”, por outro democrática e de falta de res-
mesmo acontece em relação em cortes que podem variar en- O partido socialista votou lado, “o documento foi entregue peito para com as populações
às transferências de capital por tre 3.5% e 10%, as despesas contra a aprovação do orça- para análise em cima da hora, das freguesias que estão em
parte da Administração Central da autarquia com os recursos mento. Foram apresentadas não sendo possível uma análi- causa”. n