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NOVE DE JULHO
UNINOVE
MATERIAL DE APOIO
ALUNO: TURMA:
1º SEMESTRE – 2008
Quando me amei de verdade
Charles Chaplin
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Plano de Ensino – 2008
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BIBLIOGRAFIA BÁSICA
BLIKSTEIN, Isidoro. Técnicas de comunicação escrita. 4. ed. São Paulo: Ática, 1987.
BOAVENTURA, Edivaldo. Como ordenar as idéias. 8. ed. São Paulo: Ática, 2002.
CITELLI, Adilson. Linguagem e Persuasão. 15. ed. São Paulo: Ática, 2002.
GARCIA, Othon Marques. Comunicação em prosa moderna. 14. ed. Rio de Janeiro:
Fundação Getúlio Vargas, 1988.
KLEIMAN, A. Oficina de leitura: teoria & prática. Campinas: Pontes/Editora da Unicamp,
1993.
KOCH, I.G.V. A inter-ação pela linguagem. São Paulo: Contexto, 1997.
KOCH, I. V. e TRAVAGLIA, L. C. . Texto e coerência. São Paulo: Cortez, 1989.
MARCUSCHI, Luiz Antônio.Da fala para a escrita: atividades de retextualização. São Paulo:
Cortez, 2001.
ROJO, R. H. (org.). A prática da Linguagem na sala de aula. São Paulo: EDUC /
Mercado das Letras, 2000.
SOARES, Magda Becker; CAMPOS, Edson Nascimento. Técnica de Redação. Rio de
Janeiro: Editora ao Livro Técnico, 1978.
VAL, Maria da Graça Costa. Redação e textualidade. São Paulo: Martins Fontes, 1999.
BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR
ABREU, Antônio Suárez. Curso de Redação. 11. ed. São Paulo: Ática, 2001.
FARACO, Carlos Alberto; TEZZA, Cristóvão. Prática de texto para estudantes
universitários. Petrópolis, RJ: Vozes, 1992.
KLEIMAN, A. Leitura: ensino e pesquisa. Campinas: Pontes, 1987
PÉCORA, Alcir. Problemas de redação. São Paulo: Martins Fontes, 1983.
SERAFINI, Maria Teresa. Como escrever textos. 10. ed. Coleção dirigida por Humberto
Eco. São Paulo: Editora Globo, 2000.
VALENTE, André. A linguagem nossa de cada dia. Petrópolis: Ed. Vozes, 1977
VIANA, A. C. Roteiro de Redação: lendo e argumentando. 1. ed. São Paulo: Scipione,
1999.
VANOYE, Francis. Usos da linguagem: problemas e técnicas na produção oral e escrita.
São Paulo: Martins Fontes, 1998.
Horários manhã:
07h50min – 09h30min
09h30min – 09h50min – intervalo
09h50min – 11h30min
Horários Noite:
19h15min – 20h55min
20h55min – 21h20min - intervalo
21h20min – 23h00min
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Metodologia
Aulas expositivas;
Trabalho individual e em grupo;
Leitura e produção de textos diversos;
Atividades diversificadas.
Presença:
A aprovação na disciplina está condicionada, além do aproveitamento de notas – média 6,0, à
presença de 75%, portanto o limite de faltas corresponde a 25%, ou seja :
Carga horária de 40 horas – limite de faltas = 10 faltas
Licença maternidade
Doenças infecto contagiosas / crônicas
Regime domiciliar
Nestes casos, e demais previstos por lei, os atestados deverão ser entregues
diretamente à Secretaria, no prazo máximo de 48 horas.
Faltas em avaliações:
O calendário de aulas e provas será seguido rigorosamente.
NÃO HAVERÁ PROVA SUBSTITUTIVA.
Acompanhe sempre o calendário escolar. Você tem nele todas as informações acadêmicas
importantes
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Para as nossas avaliações:
Instruções para a realização da Avaliação
1º semestre
2º semestre
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Seção 1: Linguagem, Língua entre outros assuntos iniciais
Linguagem:
Língua:
É o tipo de código formado por palavras e leis combinatórias por meio do qual
as pessoas se comunicam e interagem entre si.
Variedades lingüísticas:
Dialetos:
Conceituado:
Texto: é uma unidade lingüística concreta, percebida pela audição (na fala) ou pela
visão (na escrita), que tem unidade de sentido e intencionalidade comunicativa.
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Para a Linguística, os gêneros textuais englobam estes e todos os textos produzidos
por usuários de uma língua. Assim, ao lado da crõnica , do conto, vamos também
identificar a carta pessoal, a conversa telefônica, o email, e tantos outros exemplares
de gêneros que circulam en nossa sociedade.
Tipos textuais: em linguística, tipos textuais refere-se ao modo como o texto está
escrito.
Assim, um tipo textual pode aparecer em qualquer gênero textual, visto que o gênero
textual não está limitado à forma, mas obedece aos princípios comunicativos de uma
comunidade discursiva.
A LÍNGUA DO ADOLESCENTE
LINGUAGEM ESPECIAL OU GÍRIA?
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Sabemos que a gíria dá um novo significado as formas já existentes ou que tenham
sido alteradas nesse sistema lingüístico comum. O objetivo da gíria é não se fazer entender
por quem não pertence a um determinado grupo. Logo, ela pretende manter a identidade e a
consciência de um determinado grupo social.
Por isso, a diferença básica entre a gíria e a linguagem especial está no paradoxo
existente entre a originalidade e o anonimato. Ou seja: a criação de termos e expressões
pode servir ao desejo de não se fazer entender por estranhos ao grupo, mas a esse objetivo
pode-se acrescentar a natural necessidade de auto-afirmação desse mesmo grupo, o que o
levaria a buscar meios de imposição de sua expressão lingüística. De sua parte, a
comunidade geral tende a receber essas inovações também de forma antagônica, opondo
os sentimentos de conservadorismo e de curiosidade. Assim, estamos diante de um dos
mecanismos mais interessantes no que tange à evolução da língua.
Frise-se também que, de um modo geral, a criação dessas línguas especiais atende
a uma necessidade do falante, que emprega vocábulos que dão mais clareza a um conceito
ou que designam significações novas.
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Observando o léxico das línguas especiais, vemos que ele é organizado pela
formação de novos vocábulos, a partir de elementos da língua comum, através de
significação nova, ou pelo uso de estrangeirismos. Encontramos também muitos casos de
elipse e de troca de classe gramatical, o que serve de excelente material para a
comprovação da vitalidade da língua. Além disso, mesmo nas vezes em que os vocábulos
originais ou os oriundos de línguas estrangeiras não são entendidos da forma como
deveriam, isso não impede sua utilização, ainda que foneticamente alterada ou adaptada
pela pronunciação. Como esses vocábulos são utilizados por muitas pessoas, acabam
sendo incorporados com as eventuais modificações provocadas pelo princípio do menor
esforço ou da economia de energia ou pela analogia.
Além disso, muitos estudiosos e teóricos vêem a gíria como o conjunto de expressões
pertencentes ao linguajar popular e aos modismos de certas épocas.
Língua especial de um grupo social diferenciado, usada por seus falantes apenas
enquanto membros desse grupo social. Fora deste, falam a língua geral. [3] (1974: 251).
Por este conceito, a língua do adolescente não é gíria porque pretende atingir de
forma original as pessoas de fora do seu grupo, a fim de incorporá-las a ele. Todavia, não
deixa de ser gíria porquanto, fora do universo do adolescente, seus falantes adotam a língua
geral.
Essas definições mostram como o termo "gíria" pode ser tomado ou empregado de
maneiras variadas, o que também se depreende das palavras de Mattoso Câmara Jr.:
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se projeta num fundo de tela que não é gíria" (KRAPP, 1927, 64); ela abrange o
vocabulário propriamente dito e a fraseologia. A origem pode estar em: – a)
derivações anômalas (ex.: bestialógico, da gíria dos estudantes), b) deformação de
vocábulos usuais (ex.: brilharetur, idem), c) metáforas ou metonímias (ex.: burro,
idem, para um texto grego ou latino com tradução literal), d) especialmente digna
de nota a gíria dos malfeitores, designada como calão. Há gírias em classes e
profissões não só populares, mas também cultas, sem qualquer intenção de chiste
e petulância, que comumente caracteriza as primeiras; mas em todas há uma
atitude estilística. Quando se trata de mero vocabulário técnico, sem essa atitude,
tem-se a LÍNGUA ESPECIAL, como a dos médicos baseada em helenismos
técnicos. Em sentido lato, a gíria é o conjunto de termos que, provenientes das
diversas gírias em sentido estrito, se generalizam e assinalam o estilo na
linguagem coloquial popular, correspondendo aí ao papel da língua literária na
linguagem poética. Amplia-se com o uso de termos obscenos ou pelo menos
grosseiros para a expressão de uma violenta linguagem afetiva. (1986: 127)
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
CÂMARA JR., Joaquim Mattoso. Dicionário de lingüística e gramática. 15ª ed. Petrópolis:
Vozes, 1986.
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CARDONA, Giorgio Raimondo. Diccionario de lingüística. Barcelona: Ariel, 1991.
CARVALHO, Nelly. Empréstimos lingüísticos. s/ed. São Paulo: Ática, 1989. 83p.
CUNHA, Antônio Geraldo da. Dicionário etimológico da língua portuguesa. 2ª ed. Rio de
Janeiro: Nova Fronteira, 1989.
CUNHA, Celso Ferreira da. Conservação e Inovação no Português do Brasil. In: O eixo e a
roda, Revista de literatura brasileira, Belo Horizonte: v.5, 1986.
––––––. Em torno dos conceitos de gíria e calão. In: PEREIRA, Cilene da Cunha. Sob a Pele
das Palavras. Rio de Janeiro: Nova Fronteira: Academia Brasileira de Letras, 2004.
JOTA, Zélio dos Santos. Dicionário de lingüística. Rio de Janeiro: Presença, 1976.
[1] il désigne exclusivement une forme de langue dont le lexique spécifique est lié à un groupe social, soit parce que le
groupe a une vie fermée (l'argot de Polytechinique), soit parce qu'il a élaboré une langue secrète qui le protège (l'argot
des malfaiteurs, l'argot des maquignons).
[2] Variedad lingüística compartida por un grupo restringido (por idad o por ocupación) que es hablada para excluir a
las personas ajenas de la comunicación y para reforzar el sentimiento de identidad de los que pertencen al grupo.
[3] Lengua especial de un grupo social diferenciado, usada por sus hablantes sólo en cuanto membros de ese grupo
social. Fuera de él hablan la lengua general.
...........................................................................................................................................................
Copyright © Círculo Fluminense de Estudos Filológicos e Lingüísticos
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TRABALHANDO O TEXTO:
Contexto de produção
Contexto físico Contexto social
Lugar de produção: Lugar social:
Receptor:
Conteúdo temático:
Gênero:
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Seção 4: Conceito de texto verbal e não verbal
Linguagem Não-Verbal
Como você percebeu, todas as imagens podem ser facilmente decodificadas. Você notou
que em nenhuma delas existe a presença da palavra? O que está presente é outro tipo de
código. Apesar de haver ausência da palavra, nós temos uma linguagem, pois podemos
decifrar mensagens a partir das imagens.
O tipo de linguagem, cujo código não é a palavra, denomina-se linguagem não-verbal, isto é,
usam-se outros códigos (o desenho, a dança, os sons, os gestos, a expressão fisionômica,
as cores).
http://www.brasilescola.com/redacao/linguagem.htm
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verbal, é também uma linguagem mais racional. Daí poder explicitar o raciocínio
lógico, talvez, mais que o movimento, uma cor, ou o som de uma música. Mas isso
não é um julgamento de valor. Depende da necessidade de uso da linguagem.
Normalmente nós usamos mais de uma. Por exemplo: escrevemos um texto,
colocamos um gráfico, uma foto e com isso, nos apoiamos também na linguagem
visual. Das linguagens, talvez a mais pobre em eficiência, em certo sentido, seja a
escrita. Na linguagem escrita não temos modulação de voz, não temos a entonação.
Ao falar, posso ser irônica, engraçada, tremer a voz, demonstrar emoção e na
linguagem escrita não há como fazer isso. Escrevo “amor” e está escrito a palavra
“amor”.
Acredito que seja sempre por uma necessidade de comunicação. Aliás, por exemplo,
se a linguagem verbal é oral, ela sempre vem acompanhada, em comunicações
“face a face”, do gesto, da expressão do rosto e, de qualquer maneira, ela sendo
oral, sempre tem uma entoação. Posso dizer uma mesma frase de uma forma
alegre, triste, irônica. Isso vai depender. Quando a comunicação não é face a face,
algumas coisas se perdem. Não se sabe do contexto do interlocutor, onde ele está,
qual a sua expressão, como ele reage a o que se diz. Então se trabalha com
suposições que não são tão eficientes quanto se a conversa fosse realizada “frente-
a-frente”.
Vejo dois movimentos. O primeiro é que a sociedade como um todo valoriza muito o
visual. Vivemos em uma sociedade de imagem, alavancada , talvez, pela
publicidade, pela sociedade de consumo. Por todos os lados nos batem imagens,
outdoors, a televisão, o cinema, a moda, as vitrines enfeitadas. A sociedade de
consumo é altamente visual. Fui há quatro ou cinco anos a Cuba e lá nota-se
exatamente o oposto. Quase não há lojas e as poucas que há são muito mal
arranjadas. No próprio interior dos estabelecimentos os produtos são mal arranjados,
não exploram o aspecto apelativo que há na sociedade de consumo ocidental em
geral. Como o regime não baseia-se no consumismo como tal, o modelo ainda é
contra o capitalismo, sobretudo o norte-americano, fica evidente o que falta de apelo
visual. Talvez possamos aprender mais, olhando o diferente. Então começamos a
entender o que somos. Não é uma questão de ser bom ou ruim, apenas é, está aí na
sociedade. O outro dado é de que a sociedade ocidental é altamente alfabetizada.
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Tudo tem que acontecer via papel escrito. Por exemplo: no ônibus há o nome e o
número da linha para onde ele vai. Quando precisamos ir para determinado lugar,
tudo é informado através da palavra escrita e isso faz com que ela seja um tipo de
linguagem extremamente valorizada, o verbal escrito.
Usam sobretudo, a imagem e a música, creio. Além disso, há as novelas, que são
uma linguagem oral e manipulam extremamente o comportamento do brasileiro. Há,
sem dúvida alguma, uma relação de causa e efeito entre a cultura de massa e o
comportamento. E com muitas outras linguagens além da linguagem verbal. Os
costumes em geral, a moda, a alimentação, a bebida. Em todas as novelas é
possível observar que, sempre que uma personagem entra em um espaço,
geralmente na casa de alguém, o dono da casa oferece uma bebida, seja água,
uísque, um licor, um suco, para estimular o hábito de beber. Criam-se modos de
falar: há o “carioquês, o “gauchês”, dependendo da novela, ou o “nordestês”. Por
isso que as novelas são muito mais atuais, do que de época, pois ela estabelece um
distanciamento com a vida de hoje, ela é menos eficiente nesse sentido.
http://www.facasper.com.br/cultura/site/entrevistas.php?id=134
Leia o texto:
Brilho dourado
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em conteúdo para internet. Ele coordena desde o ano passado toda a operação da
empresa na América Latina (veja suas qualidades no quadro abaixo).
Como o nadador Thiago Pereira, Fernando exercita toda sua versatilidade na
posição que ocupa na empresa para superar suas metas, por que não dizer, seus
recordes. No comando de cinco funcionários no Brasil e no México, Fernando
responde pelas áreas de finanças, recursos humanos, planejamento, marketing,
vendas e novos projetos. Para dar conta de tanto trabalho, o executivo tem a seu
favor uma característica comum também a esportistas: a determinação para seguir
em frente apesar das adversidades. "Também é preciso ter maturidade para
administrar as cobranças pessoais e as da empresa", diz. "Sem isso, não tem como
alcançar os melhores resultados."
QUALIDADES
Thiago Fernando
http://vocesa.abril.com.br/edicoes/0108/aberto/informado/mt_235416.shtml acesso em
13/02/08
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1. Após leitura do texto acima, fale sobre o efeito visual das fotos em branco e preto e o
detalhe colorido.
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Candidato – Pode ser duas palavras?
Entrevistador - Várias pessoas que se sentaram aí nessa mesma cadeira são gerentes.
Candidata – Puxa, o fabricante da cadeira vai ficar muito feliz em saber disso.
Perguntas:
1) Quais são os problemas que os candidatos apresentaram durante a entrevista? Em que nível eles
se apresentam?
RUBEM ALVES
Por outro lado, outro sapo que seja jogado neste recipiente, já com água
fervendo, salta imediatamente para fora. Meio chamuscado, porém vivo !
Temos vários sapos fervidos por aí. Não percebem as mudanças, acham que
está muito bom, que vai passar, que é só dar um tempo ! Estão prestes a morrer,
porém ficam boiando, estáveis e impávidos, na água em que se aquecem a cada
minuto. Acabam "morrendo" inchadinhos e felizes, sem ter percebido as mudanças.
E para que isso aconteça, tem que haver um crescimento profissional com
espaço para diálogo, para a comunicação clara, para o compartilhamento, para o
planejamento e para a relação adulta. O desafio ainda maior está na humildade de
atuar de forma coletiva. Fizemos durante muitos anos o culto ao individualismo e a
turbulência exige, hoje, o espaço coletivo, que é a essência da eficácia como
resposta.
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Acordem sapos fervidos! Saiam dessa! O mundo mudou! Pulem fora antes
que a água ferva. Precisamos estar vivos, meio chamuscados, mas vivos e prontos
para agir!
1. Qual a ligação deste texto que você leu com o livro “Quem mexeu no meu queijo”?
http://www.geocities.com/historiaeravirtual/sindromedosapofervidopb.html
acesso em 15/02/08
http://portalexame.abril.com.br/revista/exame/edicoes/0910/economia/m0149847.html
acesso em 13/02/08
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1. Qual o assunto do texto?
2. Quais os verbos utilizados que representam as ações do presidente segundo o autor da
reportagem? Elenque-os e segmente, a partir deles, as ações apresentadas pelo presidente
Lula.
Ajuda?
Resenha: Substantivo feminino. 1. Ato ou efeito de resenhar. 2. Descrição
pormenorizada. Resenhar: (do lat. Resignare.). Verbo transitivo direto. 1. Fazer
resenha de; relatar minuciosamente as partes. (Dicionário Aurélio.)
Seção 9: Leia:
Livro da série "Folha Explica" aborda profissões do século 21; leia capítulo da
Folha Online.
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A nova economia funciona com base em redes de
conhecimento e exige que, para competir no mercado, o
profissional esteja disposto a se atualizar. Mas cresce o
conflito entre os que apontam um futuro sombrio, para a
maioria sem acesso às novas tecnologias, e os que
apostam num futuro radiante, em que o ócio será mais
valorizado que o trabalho, com oportunidades crescentes
para todos.
Como o nome indica, a série "Folha Explica" ambiciona explicar os assuntos tratados
e fazê-lo em um contexto brasileiro: cada livro oferece ao leitor condições não só
para que fique bem informado, mas para que possa refletir sobre o tema, de uma
perspectiva atual e consciente das circunstâncias do país.
http://www1.folha.uol.com.br/folha/publifolha/ult10037u351846.shtml
Acesso em 13/02/08
O dicionário ajuda?
Resenha: [Dev. de resenhar.] Substantivo feminino. 1 .Ato ou efeito de resenhar. 2
.Descrição pormenorizada. Resenhar: [Do lat. resignare.] Verbo transitivo direto. 1
.Fazer resenha de; relatar
Minuciosamente as partes. (Dicionário Aurélio)
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Resumo: [Dev. de resumir.] Substantivo masculino. 1 Ato ou efeito de resumir. 2.
Exposição abreviada de uma sucessão de acontecimentos, das características
gerais de alguma coisa, etc., tendente a visão global: síntese, sumário, epítome,
sinopse. (Dicionário Aurélio)
• Leia:
"[...] É sensacional! Méritos para o estreante, roteirista e diretor Sylvain Chomet, que
criou um universo charmoso e criativo, no qual opta por espelhar - se no cinema
mudo apresentando uma mistura de raros diálogos, canções e movimentos. Além da
simples história que exibe uma trama cativante e envolvente o encanto certamente
está no gráfico em 2D, devido aos divertidos traços caricaturados das feições
humanas e dos ambientes com cores leves.[...]"
"Leonardo Boff inicia o artigo ‘A cultura da paz’ apontando o fato de que vivemos em
uma cultura se caracteriza fundamentalmente pela violência. Diante disso, o autor
levanta a questão da possibilidade de essa violência poder ser superada ou não.
Inicialmente, ele apresenta argumentos que sustentam a tese de que seria
impossível, pois as próprias características psicológicas humanas e um conjunto de
forças naturais e sociais reforçariam essa cultura da violência, tornando difícil sua
superação. Mas, mesmo reconhecendo o poder dessas forças, Boff considera que,
nesse momento, é indispensável estabelecermos uma cultura da paz contra a
violência, pois essa estaria nos levando à extinção da vida humana no planeta.
Segundo o autor, seria possível construir essa cultura, pelo fato de que os seres
humanos são providos de componentes genéticos que nos permitem sermos sociais,
cooperativos, criadores e dotados de recursos para limitar a violência e de que a
essência do ser humano seria o cuidado, definido pelo autor como sendo uma
relação amorosa com a realidade, que poderia levar à superação da violência. A
partir dessas constatações, o teólogo conclui incitando-nos a despertar as
potencialidades humanas para a paz, construindo a cultura da paz a partir de nós
mesmos, tomando a paz como projeto pessoal e coletivo.”
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2) Diga qual dos textos exprime a opinião do autor e destaque os termos que
expressam essa condição: onde o autor do texto informa as questões mais
relevantes e onde ele se posiciona. Destaque as passagens.
3) Que texto não exprime as observações daquele que o produziu? . Onde não
ocorre a interferência desse autor? Se não há comentários, como o autor do texto se
posiciona? Destaque no texto esse posicionamento.
CINEMA
DVDs
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(Disponível em: http://veja.abril.com.br/090507/p_134.shtml. Acesso em: 11 maio
2007.)
CDs
Myths of the Near Future, Klaxons (Universal) -- Nos anos 60, os Beatles e os
Rolling Stones foram ícones da chamada "invasão britânica" -- a dominação das
paradas de sucessos dos Estados Unidos por astros da Inglaterra. Desde então, não
há nenhum roqueiro da ilha que não ganhe um título pomposo. É o caso do Klaxons.
O trio se autodefiniu como "new rave" porque emularia o estilo das bandas do início
da década de 90, que tinham por costume misturar rock a elementos eletrônicos. Na
verdade, o rótulo nasceu de brincadeira. Foi criado devido à insistência de um
repórter, que pediu ao grupo que definisse seu estilo. Firulas à parte, Myths é uma
aula de cultura pop. Há canções inspiradas na fase eletrônica de David Bowie (Isle
of Her) e baladas de boa cepa, como Gravity's Rainbow.
Outra Praia, Swami Jr. (Independente) -- Em trinta anos de carreira, esse violonista
e compositor paulistano acompanhou (e em muitos casos melhorou) o trabalho de
astros como Chico César, Vanessa da Mata e da lenda viva da música cubana
Omara Portuondo. Outra Praia, seu primeiro disco-solo, mostra que o lugar certo
para ele é a frente do palco. Swami possui uma voz pequena, porém afinada. As
canções mais, digamos, "complicadas" contam com a ajuda de intérpretes como
Luciana Alves, Zélia Duncan e a própria Vanessa, em Livrai-me. Como compositor,
Swami sabiamente evita a síndrome de modernidade que infesta o cenário atual da
MPB. Outra Praia é um álbum sem ruídos eletrônicos nem misturas bizarras, e sim
repleto de canções equilibradas, que vão da "morna", gênero musical de Cabo Verde
(Desamparinho), à bossa nova (Dois).
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LIVROS
• Leia:
"[...] É sensacional! Méritos para o estreante, roteirista e diretor Sylvain Chomet, que
criou um universo charmoso e criativo, no qual opta por espelhar - se no cinema mudo
apresentando uma mistura de raros diálogos, canções e movimentos. Além da simples
história que exibe uma trama cativante e envolvente o encanto certamente está no
gráfico em 2D, devido aos divertidos traços caricaturados das feições humanas e dos
ambientes com cores leves.[...]"
(MORGAN, Ricardo. As bicicletas de Belleville. In: MACHADO, Anna Rachel; LOUSADA, Eliane; ABREU Lília Santos.
Resenha. São Paulo: Parábola Editorial, 2004. p. 17)
Seção 12: Distribuição das vozes: verbos adequados do dizer das ações do
autor:
• Abaixo, encontramos uma lista de verbos que podem ser utilizados para
indicar diferentes atos do autor de textos a ser resumido:
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esclarecer – discorrer – apontar – definir – descrever – elencar – enumerar –
classificar – caracterizar – exemplificar – contrapor – confrontar – comparar –
diferenciar – começar – iniciar – concluir – julgar – afirmar – questionar – criticar –
criticar – acreditar – defender tese – relatar – argumentar – justificar – apresentar –
mostrar – sugerir
Um amigo me disse:
- Não guarde nada para uma ocasião especial. Cada dia que se vive é uma ocasião
especial.
Ainda estou pensando nestas palavras... já mudaram minha vida. Agora estou lendo
mais e limpando menos. Sento-me no terraço e admiro a vista sem preocupar-me
com as pragas. Passo mais tempo com minha família e menos tempo no trabalho.
Compreendi que a vida deve ser uma fonte de experiências a desfrutar, não para
sobreviver. Já não guardo nada. Uso meus copos de cristal todos os dias. Coloco
uma roupa nova para ir ao supermercado, se me dá vontade. Já não guardo meu
melhor perfume para ocasiões especiais, uso-o quando tenho vontade.
(Mensagem distribuída por email – In: MACHADO 2004:50.)
a) Resumindo, teríamos:
O autor relata o que um amigo lhe disse e mostra como as palavras desse
amigo influenciaram sua vida, elencando diversas ações de seu cotidiano que ele
realiza de forma diferente.
Observe:
Trecho 1
Chat, pra quem não sabe, é um lugar onde fica uma porção de chatos, todos com
pseudônimos (homem diz que é mulher e mulher vira homem) a te perguntar: você
está aí? (Mário Prata, Chats e chatos pela Internet. O Estado de S. Paulo,
02/12/1998)
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Resumo do trecho 1:
O autor ( ) o chat de forma irônica.
Trecho 2
As obras mais significativas no campo da economia foram redigidas por
especialistas de outras áreas. Adam Smith, por exemplo, tido como o ´´pai da
economia``, era um professor de filosofia moral.
Resumo do trecho 2:
O autor ( ) que as obras mais importantes da economia são feitas por
especialistas de outras áreas, ( ) com Adam Smith.
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industriais e agrotóxicos. Estima-se que 30% das maiores bacias hidrográficas
perderam mais da metade da cobertura vegetal original, o que levou à redução da
quantidade de água. Nove de cada dez litros de água utilizados no Terceiro Mundo
são devolvidos à natureza sem nenhum tipo de tratamento. Por causa disso, o
conceito de água como uma dádiva inesgotável e gratuita da natureza é coisa do
passado.
Uma das recomendações do Banco Mundial e da ONU para reduzir o
desperdício é considerar a água como uma mercadoria, com preço de mercado. A
Organização para Alimentação e Agricultura das Nações Unidas (FAO) estima uma
perda de 60% da água nos projetos de irrigação. Isso numa atividade, a agricultura,
que consome 70% de toda a água doce usada em escala mundial. No Texas, um
dos Estados mais secos dos EUA, o aumento no custo da água levou os fazendeiros
a trocar os sistemas de irrigação antigos, com aproveitamento de 50% do líquido,
por outros mais modernos, com perdas de apenas 5%. O mesmo raciocínio vale
para as regiões urbanizadas. Na Europa, em países como a França, a Alemanha e a
Holanda, cobra-se cerca de 0,17 centavo de dólar para cada metro cúbico de água
(1.000 litros), sem contar as tarifas de abastecimento e tratamento de esgoto. Tornar
a água mais cara é uma das providências necessárias para garantir o abastecimento
futuro. Há consenso internacional sobre outras providências mais urgentes. Uma
delas é melhorar a rede de distribuição, tanto para a agricultura como para a região
urbana. Nos países industrializados, a perda de água é causada por sistemas
obsoletos de distribuição. No Terceiro Mundo, o problema é a falta de esgotos e de
água encanada.
Hoje há tecnologia para a reciclagem de água. A cidade de Durban, na África
do Sul, por exemplo, trata o esgoto doméstico e revende a água para uso industrial.
Isso significa uma economia de 10% do volume de água utilizado. Também é preciso
diminuir a captação dos lençóis freáticos, que estão sendo exauridos além da
capacidade de recuperação. Há quarenta anos, poços de 30 metros de profundidade
eram suficientes para atingir o aqüífero de Ogallala, o enorme depósito subterrâneo
de água sob oito Estados americanos. Atualmente, é necessário perfurar 100
metros. Uma coisa é certa: a água é uma mercadoria de valor crescente. Estima-se
que a indústria encarregada de captar a água das fontes, entregá-la na torneira do
consumidor e tratá-la antes que volte para a natureza movimente 400 bilhões de
dólares, entre empresas públicas e privadas. Isso equivale a 40% do setor petrolífero
e é 30% maior que o setor farmacêutico. Como o petróleo no passado, a água está
no cerne de um número cada vez maior de tensões internacionais. A ONU calcula
que 300 rios são objeto de conflitos fronteiriços. Uma controvérsia séria envolve a
disputa entre três países do Oriente Médio pelo uso das águas do Eufrates. A
Turquia, onde está a cabeceira do curso de água, ergueu várias represas para
projetos de irrigação. O resultado foi a diminuição do volume de água disponível na
Síria, que depende do Eufrates para suprir metade de sua demanda, e no norte do
Iraque. Um dos pontos sem acordo entre Israel e os palestinos diz respeito ao
aproveitamento das reservas aqüíferas da Palestina, hoje superexploradas pelos
israelenses. Ninguém quer ceder um líquido tão precioso numa região com sede.
(Revista Veja, 18/09/2002 com adaptações)
29
SEGMENTAÇÃO DO TEXTO
1º parágrafo
Segmento 2 = A intervenção humana afetou drasticamente o ciclo natural
causa de renovação dos recursos hídricos.
2º parágrafo
Segmento 3 = Considerar a água como mercadoria, com preço no
soluções possíveis mercado;melhorar a rede de distribuição (agricultura e região
urbana);reciclagem;diminuir a captação dos lençóis freáticos.
3º e 4º parágrafos
Um possível RESUMO:
Resumo é _________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
Resenha é __________________________________________________________
30
Seção 14: Comportamento exemplar
Isso tem a ver com a história da psicanálise e da psiquiatria, que surgiu da observação
dos pacientes com distúrbios mentais que procuravam médicos como Freud, Adler e
Jung. O universo de observação ficava assim restrito e enviesado. Por isso, chega-se a
conclusões como "os normais são raros, mas existem". Raros são os normais que
procuram terapias, raros são os analistas que vão a campo identificar e "analisar" as
pessoas excepcionais e que fazem a diferença por aí.
Os grandes exemplos humanos não são mais exaltados em verso e em prosa pelos
poetas, cineastas e historiadores de hoje, como antigamente. Superar-se e realizar
sonhos tem sido a seara quase exclusiva dos autores de livros de auto-ajuda, razão do
seu franco crescimento, com raras exceções. Quem são os pequenos heróis de hoje, as
pessoas felizes, as famílias bem-sucedidas, cujos exemplos nos seriam uma lição?
Gostaríamos de saber.
Quando a jornalista Gail Sheehy escreveu o livro Pathfinders, em 1981, achei que ela
provocaria a mesma revolução no estudo do ser humano. Conhecida pelo livro
Passagens, Gail inovou o sistema de observação do ser humano entrevistando pessoas
consideradas exemplares pelos seus pares. Ela catalogou 40.000 questionários
perguntando: "Quem na sua cidade você admira, quem na sua cidade você emula e
gostaria de ser?". Pesquisa jamais replicada no Brasil. Os 200 identificados não eram
pessoas "bem-sucedidas" conforme a definição materialista atual por ter dinheiro ou
poder, mas pessoas que outros consideravam um exemplo. Gail buscou identificar o
positivo, em vez do negativo. Todas as pessoas entrevistadas por Gail quando jovens
eram otimistas quanto ao próprio futuro. Tinham uma visão positiva de si e do mundo.
Aprenderam essas lições de seus pais, não de seus professores. Tiveram enormes
reveses na vida, perderam um filho, separaram-se mais de uma vez, e assim por diante.
Todo ser humano tem problemas, e o segredo é saber administrá-los e não se deixar
desesperar por causa deles. Ao contrário, foi justamente a correta administração desses
problemas que as fez crescer como pessoas. Elas passaram a acreditar em si mesmas
como construtoras da própria realidade.
Eu conheço dezenas dessas pessoas excepcionais – como por exemplo irmã Lina, a quem
me referi aqui, em VEJA, na edição de 24 de abril de 2002 – que, infelizmente, nossos
31
poetas, cineastas e intelectuais insistem em manter anônimas. Um único dia ao lado
dessas pessoas maravilhosas é um tônico revigorante, uma lição de vida e muito melhor
do que qualquer antidepressivo que alguém possa receitar.
Revista Veja, Editora Abril, edição 2008, ano 40, nº 19, 16 de maio de 2007, página 24
Acesso em 13/02/08
http://www.kanitz.com/veja/administrador.asp
Por que os Estados Unidos são o país mais bem-sucedido do mundo? Porque são um país
que resolveu
o problema da miséria e da estagnação econômica, ao contrário do Brasil?
Infelizmente, o Brasil nunca foi bem administrado. Sempre fomos administrados por
profissionais de outras áreas, desde nossas empresas até o governo. Até recentemente,
tínhamos somente quatro cursos de pós-graduação em administração, um absurdo!
De 1832 a 1964 a profissão mais freqüente no Brasil era a de advogado, e foi essa a
profissão que exerceu a maior influência no país, tanto que nos deu a maioria de nossos
presidentes até 1964. A revolução de 1964 acabou com a era do advogado e a
legalidade, e tivemos a era do economista, que perdura até hoje.
Nos próximos dez anos isso lentamente mudará. O Brasil já tem 2.300 cursos de
administração, contra 350 em 1994. Estamos logo depois dos Estados Unidos e da Índia.
Administração já é hoje a profissão mais freqüente deste país, com 18% dos formandos.
Antes, nossos gênios escolhiam medicina, direito e engenharia. Agora escolhem
medicina, administração e direito, nessa ordem.
32
O que o aumento da participação dos administradores na gestão das empresas significará
para o Brasil? Uma nova era muito promissora. Finalmente seremos administrados por
profissionais, e não por amadores. Daqui para a frente, 75% das empresas não
quebrarão nos primeiros quatro anos de vida, e nossos investimentos gerarão empregos,
e não falências.
Administradores nunca foram ouvidos por políticos e deputados nem concorriam a cargos
públicos. Em 2010, é muito provável que teremos nosso primeiro presidente da República
formado em administração. Por incrível que pareça, nunca tivemos um executivo no
Executivo.
Não quero exagerar a importância dos administradores, mas somente lembrar que eles
são o elo que faltava. Ordem não gera progresso, estabilidade econômica não gera
crescimento de forma espontânea, sempre há a necessidade de um catalisador.
Não será uma transição fácil, pois as classes dominantes não aceitam dividir o poder que
têm. Há muita gente interessada em manter essa bagunça e desorganização, como
vivem denunciando Luiz Nassif, Arnaldo Jabor e José Simão. Gente que é contra
supervisão, eficiência e organização.
Administradores têm pouco espaço na imprensa para defender suas idéias e soluções.
Em pleno século XXI, sou um dos raros administradores com uma coluna na grande
imprensa brasileira, e mesmo assim mensal. Peter Drucker há quarenta anos tem uma
coluna semanal em dezenas de jornais americanos, ele e mais trinta gurus da
administração.
Administradores têm outra forma de encarar o mundo. Eles lutam para criar a riqueza
que ainda não temos. Economistas e intelectuais lutam para distribuir a pouca riqueza
que conseguimos criar, o que só tem gerado mais impostos e mais pobreza.
Se esses 2 milhões de jovens administradores que vêm por aí ocuparem o espaço político
que merecem, seremos finalmente um país bem administrado, com 500 anos de atraso.
Desejo a todos coragem e boa sorte. Stephen Kanitz é administrador por Harvard
(www.kanitz.com.br)
Editora Abril, Revista Veja, edição 1886, ano 38, nº 1, 5 de janeiro de 2005, página 21
1. Após a leitura dos dois textos acima, informe quais são os temas de cada texto.
2. Qual o objetivo do autor?
3. Quais as conclusões a que chegam?
33
4. Elabore o contexto de produção de cada um dos textos.
34
particularidades de algum fato, idéia ou texto próprio como resposta.
ocorrência.
• Responda exatamente o que está sendo pedido, não tente “complementar” suas
respostas com informações desnecessárias achando que elas irão compensar o que
você não souber responder.
• Não se esqueça de que uma resposta a uma questão dissertativa, por menor que seja, é
sempre um texto, sendo assim, seja claro, coeso, coerente.
35
• Respeite o número de linhas especificado para as suas respostas. Não seja muito
sucinto nem muito prolixo – responda de maneira que você dê conta do que está sendo
pedido.
• Toda boa resposta geralmente se inicia com traços da questão que a originou.
Ex.: Pergunta: De acordo com o texto, qual o nível financeiro daquela população?
Resposta: De acordo com o texto, o nível financeiro daquela população é muito
baixo.
• Não use em suas respostas gírias e/ou construções típicas da linguagem coloquial.
Calcula-se que 30% dos brasileiros apresentem mau hálito crônico. Acostumados
com os próprios odores, a maioria se dá conta do fenômeno. Por volta de 90% dos casos
têm origem na boca. Mas as causas podem ir de problemas dentários a sinusite. Vale a
pena consultar um otorrinolaringologista, porque felizmente halitose tem cura.
Esteja atento. Se os amigos e até familiares fazem questão de permanecer distantes
de você durante as conversas, pode ser indício de que seu hálito não anda agradando. A
maioria das pessoas em geral nem percebe isso. Acostuma-se com os próprios odores e só
descobre que tem mau hálito, ou halitose, quando alguém avisa. Mas, como não é nada fácil
tomar uma atitude dessas, o mais provável é que você continue sem se dar conta de seu
problema.
Estudos indicam que 85% a 90% dos casos de mau hálito têm origem na boca. A
halitose é mais comum em adultos. Ocorre mais de manhã, em conseqüência do jejum
prolongado e do ressecamento da região posterior da língua no período do sono, que
favorece a ação das bactérias. Pode ser aguda – ou seja, manifestar-se e desaparecer
pouco tempo depois – ou crônica. O tipo agudo pode atingir qualquer pessoa. Deve-se em
especial à ingestão de alimentos como alho, brócolis, cebola, repolho, couve-flor, carnes e
laticínios. Ao serem triturados e engolidos, tais alimentos liberam partículas odoríferas que
grudam na porção posterior da língua. Essa região é povoada por grande quantidade de
bactérias que decompõem tais partículas, provocando a liberação de cheiro de enxofre. A
halitose é o resultado, portanto, da mistura das partículas dos alimentos com os odores
bacterianos.
De outro lado, 30% da população brasileira – segundo as pesquisas – apresenta
halitose crônica. O fenômeno resulta especialmente de problemas na boca. A causa mais
importante é a falta de higiene bucal, ou seja, não se escova os dentes nem se passa fio
dental depois das refeições para eliminar restos alimentares que se deterioram e provocam
odores desagradáveis. O problema aparece também se a pessoa faz uma higiene bucal
malfeita. O mau hálito é a conseqüência também de dentes cariados e gengivas inflamadas.
Provocam halitose ainda doenças como amidalites (inflamação das amídalas),
sinusite (cujas secreções caem na garganta e na base da língua, favorecendo a ação das
bactérias) e polipose renal, que leva ao acúmulo de secreções malcheirosas. Alguns
medicamentos de uso contínuo – para arritmia cardíaca ou depressão, por exemplo -,
refluxo gástrico durante o sono e respiração pela boca ressecam as mucosas da garganta,
levando ao mau hálito. Finalmente, o fenômeno resulta às vezes em febre, desidratação e
tabagismo, também por causa do ressecamento das mucosas da boca. 1
Pessoas que têm mau hálito correm o risco de discriminação por colegas. Seu
convívio social fica, portanto, bastante prejudicado. Freqüentemente são preteridas em
36
empregos. Apresentam dificuldade para encontrar parceiros e estabelecer relações
amorosas duradouras. Quando têm consciência do próprio mau hálito, de outro lado, elas
mesmas muitas vezes se sentem diminuídas e evitam contatos sociais.
A maioria dos portadores de halitose, como dissemos, muitas vezes nem percebe
seu problema. Por mais difícil que seja, é fundamental que parentes ou amigos as alertem
sobre o fenômeno. Precisam saber, em especial, que é possível diminuir o problema com
medidas práticas. Escovar os dentes e utilizar fio dental depois das refeições. Fazer
gargarejos com medicamentos. Escovar bem e raspar – existe aparelho próprio – a língua.
Consumir pelo menos 8 copos de água por dia para manter a garganta bem hidratada.
Evitar jejuns prolongados. Não fumar. Ir freqüentemente ao dentista. Quem tem halitose
depois de consumir alimentos específicos, naturalmente, deve evita-los.
Se mesmo com essas medidas a halitose continuar, vale a pena consultar um
otorrinolaringologista. Esse profissional é capaz de diagnosticar as causas do fenômeno e
combatê-las. Quando o mau hálito resulta de problemas dentários, encaminha o paciente a
um dentista. A maioria dos casos, felizmente, tem solução.
Atividade:
2. Defina halitose.
Halitose é uma doença que causa mau odor na boca, decorrente do contato entre partículas
de alimentos e bactérias que povoam a região posterior da língua, da má higienização bucal,
de alguns problemas do nariz e da garganta, da ingestão de alguns medicamentos e do
ressecamento das mucosas da garganta e da boca.
37
medicamentos de uso contínuo; pelo ressecamento das mucosas da garganta, provocadas
pelo refluxo gástrico e pela respiração bucal; e pelo ressecamento das mucosas da boca,
advindo de febre, desidratação e tabagismo.
5. Destaque a recomendação feita pelo autor caso as medidas sugeridas não surtirem
efeito e teça comentários sobre ela.
Caso nenhuma das medidas preventivas indicadas apresente resultados positivos, o autor
orienta o leitor a procurar um otorrinolaringologista, que é o profissional gabaritado para
diagnosticar as causas da halitose. A meu ver, a indicação é bastante procedente, visto que
a doença pode não estar relacionada a problemas dentários e bucais, a cargo do dentista,
mas a problemas orgânicos de outra ordem, que apenas um profissional da medicina é
capaz de constatar.
Vamos lembrar dos nossos primeiros anos de vida, de como éramos inteiramente dependentes de
alguém para nos alimentar e dar segurança. Quando bebês, chorávamos por fome, sede, frio e entre
outras circunstâncias. Lógico que de acordo com a ciência e a religião já vínhamos praticando essa
relação, ou seja, a de se comunicar com nossos pais muito antes de nascermos. Após alguns anos
muitas coisas mudaram em nossas vidas e outras necessidades surgiram. Vou iniciar essa reflexão a
partir desta comunicação espontânea que surge por meio de uma necessidade.
Maslow, um psicólogo e consultor americano, apresentou uma teoria chamada teoria da motivação
segundo a qual as necessidades humanas estão organizadas e dispostas em níveis formando uma
pirâmide. Em sua base estão as necessidades mais baixas, chamadas de necessidades fisiológicas,
no topo, as necessidades mais elevadas, as necessidades de auto-realização. As necessidades
primárias são representadas pelas necessidades fisiológicas e de segurança e as necessidades
secundárias são representadas pelas necessidades sociais, estima e auto-realização. Mas, para
Frederick Herzberg, um outro psicólogo e consultor americano, professor de Administração, formulou
a teoria dos dois fatores o qual procurou explicar a satisfação e a não-satisfação das necessidades
humanas básicas. Herzberg considera os fatores higiênicos (extrínsecos) ou os fatores motivacionais
(intrínsecos).
Talvez nem Maslow e Herzberg estivessem tão certos de suas teorias. Para mim a maior
necessidade dos seres humanos foi, é e será a de se comunicar; seja na escrita, por código ou
verbalmente onde possuem grandes chances de serem entendidos e atendidos quanto às suas
necessidades.
A comunicação nada mais é do que a troca de informações entre uma ou mais pessoas que
possibilita sua socialização. Para o mestre em Ciência da Comunicação, Reinaldo Polito, a
38
comunicação deve ser desenvolvida com assertividade, no lugar certo e trabalhando os sentimentos.
Trazendo essa realidade para o ambiente organizacional, pude observar situações em que
profissionais colocam-se em autodefesa utilizando muito mal sua forma de se comunicar
expressando extrema autoridade, com medo de ser esmagado por sua própria deficiência e em não
saber comunicar-se assertivamente, garantindo o direito do outro em expor seu ponto de vista.
De fato, todos nós temos sempre algo a melhorar e a aprender até mesmo para nos sentirmos
compreendidos, inteligentes e necessários.
Desde o final do século XX as organizações vêm passando por uma fusão que é uma mistura que
compreende profissionais que lidem bem com suas competências técnicas e comportamentais.
Contudo, devem estar centrados de forma a darem o melhor de si, mantendo sempre o controle de
suas emoções.
A cada dia esses profissionais são surpreendidos com uma avalanche de deveres, sentindo-se
pressionados pelo trabalho, pelo cotidiano, pelas dificuldades de se relacionarem e, de lidarem com
suas necessidades e, principalmente, pelas adversidades.
Na década de 90 já havia sido muito difícil para as pessoas compreenderem a chegada da era
informática e Internet, e logo depois, a chamada era do conhecimento que faz com que as pessoas
venham descontroladamente buscar conhecimento para continuarem empregáveis e competitivas ao
mercado de trabalho.
Agora parece que saber se comunicar tornou-se a competência número um em que qualifica um bom
profissional do mal profissional.
Posso citar alguns motivos para sermos comunicadores assertivos: saber se comunicar com
assertividade reduz nossa ansiedade, deixa nosso corpo mais relaxado, possibilita a solução de
problemas, nos torna mais objetivos e a cima de tudo melhores profissionais.
Neste contexto, teremos que assumir nossas dificuldades e enfrentar algo muito maior do que nós
mesmos; respeitando ao próximo e interpretando a vida a cada momento.
O comunicador assertivo fala por si mesmo, possui uma expressão corporal que condiz com sua fala,
e não tem medo de perguntar "Por quê?" e dizer "Não". O importante é saber que você pode praticar
uma comunicação ganha-ganha, fazendo-se entender e acima de tudo estabelecendo um
relacionamento agradável.
39
Seção 19: O parágrafo dissertativo
Estruturalmente teremos:
40
Idéia central:
Em conseqüência da II Guerra Mundial, as relações mundiais de poder viram-se
drasticamente alteradas.
Desenvolvimento:
A Alemanha, a Itália e o Japão haviam sofrido uma derrota tão esmagadora que
apareceram, durante algum tempo, destinados a desempenhar um papel subalterno nos
assuntos mundiais. Oficialmente, a lista de grandes potências incluía cinco estados: União
Soviética, Estados Unidos, Grã-Bretanha, França e República da China. Eram esses os
cinco grandes que, ao chegar o fim da guerra, pareciam fadados a dominar o mundo.
Entretanto, a China logo se viu engolfada numa revolução comunista, enquanto a Grã-
Bretanha e a França se tornavam cada vez mais dependentes dos Estados Unidos
Conclusão:
Em resultado disso, durante dez anos, depois de 1945, a comunidade das nações
assumiu um caráter bipolar, com os Estados Unidos e a União Soviética competindo
pela supremacia e esforçando-se por arrastar os estados restantes para sua órbita.
TÓPICO FRASAL: frase inicial que expressa de maneira geral e sucinta a idéia central que
vai ser desenvolvida.
41
Propostas básicas de como elaborar tópicos frasais:
• Uso de indicadores de aspectos temporais = aqui podemos usar fatores que indicam
o momento em que acontecem (ou aconteceram) os fatos.
Ex.: “Comparando-se os dias de hoje com o momento em que surgiram os primeiros
casos de AIDS, não há como negar o grande avanço da medicina com as constantes
pesquisas, pois hoje vemos portadores do vírus HIV tendo um ritmo de vida normal:
trabalhando, estudando, amando...”
• Uso de uma afirmação categórica = iniciar um texto já afirmando uma posição pode
também ser um bom artifício.
Ex.: “A AIDS, além de ser um problema de saúde pública, é também uma questão de
vontade política dos governantes...”
42
horário de entrar no trabalho, tudo isso abala as pessoas, produzindo o stress que ataca o
coração.”
(introdução) A poluição que se verifica principalmente nas grandes capitais do país é uma
questão relevante e para cuja solução é necessária uma ação conjunta de toda a sociedade.
(desenvolvimento) Primeiramente deve ser conscientizado o empresariado industrial,
principal agente poluidor do ar e dos rios; em segundo lugar, o governo deve tomar medidas
enérgicas de proteção ao meio ambiente; por último, deve haver a colaboração da
população em geral, principalmente quanto ao transporte individual. (conclusão) Portanto
qualquer iniciativa isolada de um destes três setores não alcançará o resultado desejado.
43
2. Definição (tema: o mito)
3. Divisão
(tema: exclusão social)
Ao dizer que há duas convicções errôneas, fica logo clara a direção que
o parágrafo vai tomar. O autor terá de explicitá-las na frase seguinte.
4. Oposição
(tema: a educação no Brasil)
44
O autor estabelece a oposição e logo depois explica os termos que a
compõem.
5. Alusão histórica
(tema: globalização)
6. Uma pergunta
(tema: saúde no Brasil)
8. Adjetivação
(tema a educação no Brasil)
45
9. Citação
(tema: política demográfica)
“As pessoas chegam ao ponto de uma criança morrer e os pais não chorarem
mais, trazerem a criança, jogarem num bolo de mortos, virarem as costas e irem
embora.” O comentário, do fotógrafo Sebastião Salgado, falando sobre o que viu em
Ruanda, é um acicate no estado de letargia ética que domina algumas nações do
Primeiro Mundo.
DI FRANCO, Carlos Alberto. Jornalismo, ética e qualidade. Rio de Janeiro,
Vozes, 1995. p. 73.
Para Marx a religião é o ópio do povo. Raymond Aron deu o troco: marxismo é o
ópio dos intelectuais. Mas nos Estudos Unidos o ópio do povo é mesmo ir às
compras. Como as modas americanas são contagiosas, é bom ver de que se trata.
Cláudio de Moura e Castro, Veja, 13 nov. 1996.
12. Comparação
(tema: reforma agrária)
46
favoráveis e contrários a ela, também hoje há os que são a favor e os que são contra
a implantação da reforma agrária no Brasil.
OLIVEIRA, Pérsio Santos de. Introdução à sociologia. São Paulo, Ática, 1991. p.
101.
O corriqueiro adágio de que o pior cego é o que não quer ver se aplica com
perfeição na análise sobre o atual estágio da mídia: desconhecer ou tentar ignorar
os incríveis avanços tecnológicos de nossos dias, e supor que eles não terão
reflexos profundos no futuro dos jornais é simplesmente impossível.
Jayme Sirotsky, Folha de S. Paulo, 5 dez. 1995.
Sempre que você usar esse recurso, não escreva o provérbio simplesmente.
Faça um comentário sobre ele para quebrar a idéia de lugar-comum que todos eles
trazem. No exemplo acima, o autor diz “o corriqueiro adágio” e assim demonstra que
está consciente de que está partindo de algo por demais conhecido.
14. Ilustração
(tema: aborto)
Você pode começar narrando um fato para ilustrar o tema. Veja que a coesão
do parágrafo seguinte se faz de forma fácil: a palavra tema retoma a questão que vai
ser discutida.
47
O que se deve observar nesse tipo de introdução são os paralelismos que
dão equilíbrio às diversas frases nominais. A estrutura de cada frase deve ser
semelhante.
(tema: ética)
Mas o que significa, afinal, esta palavra, que virou bandeira da juventude?
Com certeza não é algo que se refira somente à política ou às grandes
decisões do Brasil e do mundo. Segundo Tarcísio Padilha, ética é um estudo
filosófico da ação e da conduta humanas cujos valores provêm da própria
natureza do homem e se adaptam às mudanças da história e da sociedade.
O Globo, 13 set. 1992.
48
As duas primeiras frases criam no leitor certa expectativa em relação ao
tema que se mantém em suspenso até a terceira frase. Pode-se também
construir todo o primeiro parágrafo omitindo o tema, esclarecendo-o apenas
no parágrafo seguinte.
49
Seção 21: Exercícios X
Escolha um tema e sobre ele crie um parágrafo com formas diferentes de introdução
e desenvolvimento. Não se esqueça de que seus parágrafos terão de possuir
desenvolvimento e conclusão.
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
50
Dadas as idéias centrais, desenvolva os parágrafos abaixo tentando, inclusive,
concluir tais idéias. Comece reescrevendo os tópicos.
51
Seção 22: FORMAS DISCURSIVAS DO PARÁGRAFO
(Moysés, Carlos Alberto. Língua Portuguesa – atividades de Leitura e Produção de textos. Ed Saraiva. SP. 2005)
EXERCITANDO:
52
que mãos os tinham criado? E que pessoas iam sorrir de alegria ao recebê-las? Eu não era
mais criança, porém minha alma ficava completamente feliz.
Houve um tempo em que a minha janela se abria para um terreiro, onde uma vasta
mangueira alargava sua copa redonda. À sombra da árvore, numa esteira, passava quase
todo o dia sentada uma mulher, cercada de crianças. E contava histórias. Eu não a podia
ouvir, da altura da janela; e mesmo que a ouvisse, não a entenderia, porque isso foi muito
longe, num idioma difícil. Mas as crianças tinham tal expressão no rosto, e às vezes faziam
com as mãos arabescos tão compreensíveis, que eu participava do auditório, imaginava os
assuntos e suas peripécias e me sentia completamente feliz.(...) (MEIRELES, Cecília.
d) Quem disser que nunca se rendeu aos apelos da moda que o mercado nos impõe
estará, certamente, mentindo. Somos praticamente bombardeados todos os dias com uma
série de propagandas e anúncios nos dizendo como nos vestir, o que vestir, o corte de
cabelo adequado, o corpo perfeito que devemos alcançar e uma infinidade de outras “dicas
de beleza”. Aquele que resolve não se curvar aos ditames da moda, muito provavelmente
será chamado de cafona, antiquado, sem estilo etc.
f) Durante anos, João Manoel sempre fez a mesma coisa, todos os dias: acordava
muito cedo, ia para o trabalho sem tomar um café da manhã que garantisse forças até o
horário do almoço. No trabalho, a rotina também era sempre a mesma: uma pilha de
papéis, latas, entulhos que deveriam ser separados e compactados, pois poderiam render
algum dinheiro que garantisse o arroz e o feijão do mês. Mas um dia, João Manoel
encontrou um papel com alguns números. Ele os achou interessantes. Dirigiu-se a uma
casa lotérica e apostou naqueles números. Hoje João Manoel é dono de uma grande rede
de fábricas de reciclagem de lixo.
53
g) “Algumas lavadeiras enchiam já as suas tinas; outras estendiam nos coradouros a
roupa que ficara de molho. Principiava o trabalho. Rompiam das gargantas os fados
portugueses e as modinhas brasileiras. Um carroção de lixo entrou com grande barulho de
rodas na pedra, seguido de uma algazarra medonha...”
temos o sujeito (S) Marcos; verbo (V) foi; e os complementos (C) onde Marcos foi e quando
ele foi.
Observe que um dos complementos que geralmente ficaria no final da frase foi colocado no
início – o que não é muito usual, portanto para marcar essa mudança de local do
complemento, usamos a vírgula. Vejamos de uma bem sintética outros casos em que a
vírgula deve aparecer:
54
Separar elementos • Fomos à loja e lá compramos: duas camisas, uma
seqüenciais quando não calça, um sapato e um pr de meias.
acompanhados por e, nem • Fomos à loja e não compramos calças nem camisas
nem meias nem sapatos.
Com as conjunções: mas, • Perdemos a hora do vôo, mas tudo terminou bem.
portanto, todavia, contudo, • Estude mais, pois os exames serão difíceis.
entretanto, porém, pois,
porque, etc
Indicar a ausência do • Eu fui para Campinas. Meu irmão, não.
verbo (elispe) • Estudamos muito. Marcos, pouco.
EXERCÍCIOS:
a) Paulo você sabe onde Carlos o aluno mais indisciplinado foi que ainda não voltou?
b) Durante todo o período de férias ficamos sem ver nossos melhores amigos sem falar
com os funcionários que mais gostamos e sem rir muito com as piadas de João o
conhecido pelo bom humor.
c) Dias atrás na cidade do Rio de Janeiro Cláudia uma menina trabalhadora e pobre
arriscou a sorte e jogou na loteria o resultado foi fantástico.
d) Estudamos muito mas muito mesmo entretanto o professor muito severo e pouco
amistoso não fez uma avaliação muito fácil.
e) Outro dia vi numa fotografia antiga meu bisavô o meu avô e meu dois tios.
i) Todos exceto João fizeram altas dívidas e agora não querem saber de pagá-las.
m) O caminhão muito carregado tombou com o peso de sua carga contudo nenhum
acidente mais grave aconteceu pois a estrada estava praticamente vazia.
n) Cristina sempre fofoqueira e inquieta foi contar tudo para o diretor sobre o que
aconteceu com Carlos o nosso mais fiel amigo.
o) A casa do vizinho com todas aquelas rachaduras não poderia ser alugada por um
preço tão alto.
55
p) “Mas hoje Primo Altamiro embora nunca tivesse trabalhado resolveu aposentar. Abriu
um escritório de corretagem para contrabando tráfico de entorpecentes e prostituição
em massa. É do que vive embora não precisasse disso pois nunca deixou de ser
gigolô de certas velhotas ricas da sociedade que lhe dão do bom e do melhor e lhe
pagam em dólar conforme ele mesmo exige para não ficar desmoralizado no mundo
do crime. Tem certeza de que poupa a humanidade porque poderia explorá-las muito
mais”.
a) Alice Vieira gerente média é responsável pela direção das atividades de gerentes de
primeira linha como Jorge de Oliveira chefe do setor de pesquisas de mercado devendo
também atender à direção de seu chefe que é o vice-presidente da empresa. Alice muito
dedicada e prestativa também é responsável por todos os processos de administração. Ela
tem de planejar seu orçamento para o próximo ano entender por que a empresa está
gastando mais do que havia orçado e garantir que tudo sai bem portanto ela tem de
controlar os gastos. Alice conversou com o seu chefe sobre a reorganização do
departamento e o fato de parar de fumar mostrou seu desejo de liderar pelo bom exemplo.
b) Márcia quer que seus funcionários deixem de focalizar tarefas e passem a focalizar
processos como: agregar pessoas aplicar pessoas desenvolver pessoas recompensar
pessoas e assim por diante. Devem olhar a floresta e não cada árvore. Deixar de executar
tarefas especializadas e separadas como recrutar selecionar integrar comunicar reinar
remunerar avaliar desempenho para atuar de maneira global e estratégica. Devem mirar
horizontalmente os clientes internos e não verticalmente os chefes. Saber das necessidades
e das expectativas dos clientes internos e como satisfazê-los. Devem focalizar metas e
resultados a serem alcançados e não apenas os métodos de trabalho ou seja quais os
objetivos a atingir e como atingi-los da melhor maneira.
d) Otávio você me parece meio cansado hoje aconteceu algo de errado no trabalho. Antonio
o nosso amigo mais fiel me disse que você anda desanimado no trabalho por conta dos
baixos salários.
56
Seção 24: Coesão textual
A maioria dos professores, de qualquer grau, concorda que os alunos não lêem, não gostam
de ler e têm dificuldades para compreender o texto escrito.
Muitos relutam em assumir sua parcela de responsabilidade na formação do aluno leitor.
A escola deveria ser o local de “aprendizado de leitura” por excelência.
A escola acaba atuando ao contrário.
A escola usa o texto fragmentado (muitas vezes sem referência de título e autor).
O texto aparece no livro didático apenas como escada para o ensino de gramática.
O professor, na verdade, acaba “ensinando” que a leitura é uma atividade chata, inútil e que
provoca sofrimento.
Embora seja possível perceber de modo vago que as frases acima se referem ao assunto
“leitura”, não podemos dizer que elas façam sentido. Algumas parecem soltas, não fazem
parte do conjunto. Não podemos perceber a relação de sentido existente entre elas.
Portanto, esse conjunto de frases não constitui um texto.
Considere agora:
A maioria dos professores, de qualquer grau, concorda que os alunos não lêem, não gostam
de ler e têm dificuldades para compreender o texto escrito, porém muitos relutam em
assumir sua parcela de responsabilidade na formação do aluno leitor. Assim, a escola que
deveria ser o local de “aprendizado da leitura” por excelência, acaba atuando ao contrário:
ao usar o texto fragmentado (muitas vezes sem referência de título e autor) que aparece no
livro didático apenas como escada para o ensino de gramática, o professor, na verdade,
acaba “ensinando” que a leitura é uma atividade chata, inútil e que provoca sofrimento.
Agora é bem diferente! Podemos perceber o assunto bem como a relação entre as idéias,
pois as frases estão interligadas. Esse conjunto de frases constitui um texto.
A relação entre as frases é estabelecida pelo emprego de certas palavras:
- cria-se uma relação de oposição quando é utilizada a conjunção porém que estabelece
um conexão com a frase seguinte
Assim:
Coesão é a ligação, a conexão que ocorre entre os vários enunciados que compões
um texto.
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que estabelecem relações entre os parágrafos. São as conjunções, as preposições,
pronomes, entre outros.
2) Bill Clinton tem evitado repórteres. Ele prefere não fazer declarações no momento.
3) Ricardo diz que está muito feliz no novo emprego. O pai dele não acha que isso seja
verdade.
Coesão ou coerência?
Observe:
o anil
o anzol
o azul
o silêncio
o tempo
o peixe
a agulha
vertical
mergulha
a água
a linha
a espuma
o tempo
a âncora
o peixe...
(Affonso Romano de Sant’Anna)
Observe:
“Hoje pela manhã, acordei muito cedo, mas não tomei café da manhã devido ao meu atraso, entretanto
meu irmão não trouxe o livro que eu lhe pedi porque a minha mãe não fez o café muito cedo hoje, sendo
assim, acho que vou viajar no final de semana com os amigos da faculdade e tentar, na próxima semana,
arrumar um emprego, pois sempre acordo muito atrasado; meu pai está comprando uma casa agora.”
EXERCITANDO:
1) Abaixo temos alguns fragmentos de textos que apresentam algum tipo de incoerência.
Aponte-os e discuta a razão delas:
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a) Conheci Sheng no primeiro colegial e aí começou um namoro apaixonado que dura até
hoje e talvez para sempre. Mas não gosto da sua família: repressora, preconceituosa,
preocupada em manter as milenares tradições chinesas. O pior é que sou brasileira,
detesto comida chinesa e não sei comer com pauzinhos. Em casa, só falam chinês e de
chinês eu só sei o nome do Sheing. No dia do seu aniversário, já fazia dois anos de
namoro, ele ganhou coragem e me convidou para jantar em sua casa. Eu não podia
recusar e fui. Fiquei conhecendo os velhos, conversei com eles, ouvi muitas histórias da
família e da China, comi tantas coisas diferentes que nem sei. Depois fomos ao cinema
eu e o Sheing.
c) Diante daquelas situações que todo mundo só falta arrancar os cabelos de raiva e de
intolerância como ficar horas esperando o atendimento numa fila qualquer, ou ser
enrolado por alguém com um discurso sem-vergonha, eu costumo manter meu equilíbrio
– afinal, perder a paciência por quê? No final do ano passado, quando as aulas
terminaram, eu e minha turma fomos viajar para o litoral nordestino a procura apenas de
sol, praia, sombra e água fresca. Tudo estava simplesmente perfeito. O hotel onde
ficamos parecia uma estação paradisíaca: tudo muito limpo, comida excelente, serviço
de quarto muito bom. As praias, essas nem preciso mencionar: todas maravilhosas e
cheias de gente bonita e bronzeada e vendendo saúde. Na primeira semana de viagem
ficamos muito cansados, pois queríamos conhecer várias praias, mas na última semana,
resolvemos nos divertir em apenas uma, assim não ficaríamos muito cansados tendo
que pegar a estrada toda manhã e depois voltar para o hotel que não possuía um
serviço de atendimento noturno muito bom. No penúltimo dia, acho que fiquei um pouco
demais ao sol e o resultado foi desastroso: fiquei um pimentão, ardendo mais que
pimenta. Fui para o quarto, tomei banho, me enchi de creme, mas não senti muito
resultado – eu ardia como o cão! Marcos, o nosso amigo mais brincalhão, vendo aquela
minha situação, deu-me um tapa nas costas que me paralisou de dor. A minha reação foi
imediata: um soco na boca de Marcos que chegou a quebras um dos seus dentes
caninos.
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que, exceto se...
Oposição branda Mas, porém, contudo, todavia, entretanto, no entanto...
Contradição e Ainda que, apesar de que, embora, mesmo que, conquanto que, se
concessão bem que, por mais que, posto que etc.
Comparação Como, qual, do mesmo modo que, como se, assim como, tal
como...
Conformidade Conforme, segundo, consoante, de acordo com, em conformidade
com...
Adição E, não só...mas também, não apenas...como, nem....
Proporcionalidade À medida que, à proporção que, ao passo que, quanto mais, quanto
mais, quanto menos
Tempo Quando, enquanto, assim que, logo que, todas as vezes que, desde
que, depois que, sempre que, assim que, previamente,
subseqüentemente, simultaneamente, recentemente
EXERCITANDO
1) Complete o texto abaixo usando as preposições adequadas (a, ante, após, até, com,
contra, de, desde, em, entre, para, perante, por, sem, sob, sobre):
“O aspartame, um ....... adoçantes mais usados atualmente, foi descoberto ...... puro acaso, ..... 1965,
...... laboratório dos Estados Unidos. O químico James Schlatter, ..... companhia Searle, estava
pesquisando um remédio ..... úlcera, baseado..... mistura ...... quatro aminoácidos diferentes.
Aminoácidos são os compostos .... carbono que formam as proteínas. Schatter estava aquecendo a
mistura ..... frasco, quando algumas gotas espirraram ..... fora. ....... dar importância ........ o fato, ele
prosseguiu seu trabalho. Um pouco mais tarde, ....... lamber o dedo ...... pegar uma folha ...... papel,
percebeu um sabor doce muito forte. Primeiro, achou que era um resto de açúcar ....... café ...... manhã.
Depois, percebeu que isso não podia ser verdade, pois havia lavado as mãos ...... chegar .......
laboratório. Deduziu, então, que a origem ........ sabor só podia ser o frasco usado ....... experiência.
Como nenhuma ....... substâncias usadas era tóxica, Schlatter provou a mistura e reconheceu o gosto
que saboreava ...... dedo, momentos antes.”
2) Use em cada frase abaixo o melhor conectivo a fim de tornar as frases coesas e
coerentes.
a) Não fales sem pensar........................não terás do que te arrepender.
b) Todos prometeram ajudar, muitos........................não cumpriram a promessa.
c) Vamos embora,............o filme está muito chato.
d) Analisamos o projeto com muita atenção, .................... estamos aptos a executá-lo.
e) Este diploma poderá facilitar teu ingresso na firma, .................. não penses que o
trabalho será sempre fácil.
f) .................................... o velho professor entrou, as autoridades levantaram-se e
aplaudiram-no.
g) Ele agradeceu a mim ................. todos os presentes pela ajuda recebida.
h) Esforcemo-nos ................................ tudo dará certo no final.
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3) Considere as orações abaixo dando continuidade a elas empregando as
conjunções indicadas nos parênteses:
a) O progresso técnico e científico alcançado pelo homem, ao longo dos tempos, tem sido
questionado por muitas pessoas, pois ...
c) O grande número de pessoas que se aglomera nas metrópoles vive sonhando com a
vida no campo visto que ...
Um argumento cínico
(1) Certamente nunca terá faltado aos sonegadores de todos os tempos e lugares o
confortável pretexto de que o seu dinheiro não deve ir parar nas mãos de
administradores incompetentes e desonestos. (2) Como pretexto, a invocação é
insuperável e tem mesmo a cor e os traços do mais acendrado civismo. (3) Como
argumento, no entanto, é cínica e improcedente. (4) Cínica porque a sonegação, que
nesse caso se pratica, não é compensada por qualquer sacrifício ou contribuição
que atenda à necessidade de recursos imanentes a todos os erários, sejam (5) eles
bem ou mal administrados. (6) Ora, sem recursos obtidos da comunidade não há
policiamento, não há transportes, não há escolas ou hospitais. (7) E sem serviços
públicos essenciais, não há Estado e não pode haver sociedade política. (8)
Improcedente porque a sonegação, longe de fazer melhores os maus governantes,
estimula-os à prepotência e ao arbítrio, (9) além de agravar a carga tributária dos
que não querem e dos que, mesmo querendo, não têm como (10) dela fugir – os que
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vivem de salário, por exemplo. (11) Antes, é preciso pagar, até mesmo para que não
faltem legitimidade e força moral às denúncias de malversação. (12) É muito
cômodo, (13) mas não deixa de ser, no fundo, uma hipocrisia, reclamar contra o mau
uso dos dinheiros públicos para cuja formação não tenhamos colaborado. (14) Ou
não tenhamos colaborado na proporção da nossa renda.
(Vilela, Jão Baptista. Veja, 25 set. 1985 in: Platão & Fiorin – Para Entender o Texto – Leitura e Redação)
Como vimos, a coesão textual organiza e confere seqüência lógica às idéias e é importante
na organização de um texto.
As partes de um texto para estarem em coerência, precisam estar ajustadas umas às outras
e não apresentar contradição. Deve-se tomar cuidado de, ao trabalhar uma idéia, ir até o
seu fim para só depois iniciar outra.
Observe a seqüência lógica dos vários parágrafos de uma carta enviada por uma
seguradora de saúde.
Texto correto:
Prezado Cliente,
Nosso objetivo maior é a sua completa satisfação. Meta atingida com o oferecimento de
serviços de alta qualidade e com a busca constante de aperfeiçoamento.
Outra medida que contribui para a prestação de um atendimento cada vez melhor é ouvir a
sua opinião sobre nossos serviços. Nesse sentido, a partir deste mês, você receberá a cada
bimestre um Demonstrativo de Atendimento, relacionando os procedimentos realizados
durante os últimos meses.
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Seção 26: Exercício
O texto que segue foi desmontado, propositalmente, sua tarefa será a de reestruturá-lo.
Portanto, todas essas formas parciais de comunicação são vivas, não possuem limites
fixados, horizontes delimitados, não fecham a mensagem.
Há certas formas de comunicação que são, por sua própria natureza, parciais. Isto é, elas deixam
sempre um espaço livre para a participação criativa do receptor e possibilitam com isso a expansão do
seu imaginário. Esses vôos da imaginação restringem-se, contudo, àquilo que o receptor já conhece.
Na literatura temos um texto, mas faltam as imagens. Estas são construídas pela
fantasia do leitor e são diferentes de pessoa para pessoa. Cada um as vê ampliando ou
reduzindo os aspectos que mais interessam dentro dos limites do enredo. A literatura
figurativa, nesse sentido, é mais rica e apresenta mais possibilidades que a linear (estilo
jornalístico).
O disco e o rádio, trabalhando apenas com uma dimensão – o som – também permitem que o
ouvinte se transporte, imagine e participe, a seu modo, de sua composição.
(Ciro Marcondes. Televisão – A vida pelo vídeo. São Paulo, Moderna, 1988, p.26-7.)
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Seção 27: QUEM SOU EU?
Conteúdo Dicas
Desenvolvimento e elaboração de idéias Uma boa redação deve conter três
elementos básicos: a abertura (na qual se
O assunto proposto serve mais como um define o assunto tratado) , o
estímulo para escrever. A idéia é ver como desenvolvimento (ou defesa da idéia) e o
o candidato estrutura o pensamento desfecho (uma solução ou conclusão sobre
desenvolve e encadeia idéias, por exemplo. o tema) Obedecer a esta estrutura e seguir
A visão de mundo também é colocada à os padrões corretos da gramática é meio
prova, assim como os valores e a maneira caminho andado para obter um bom
de refletir a respeito de um assunto. resultado.
Domínio das regras da linguagem É preciso ter conhecimento prévio das
regras fundamentais da linguagem. Tudo
O uso correto da normas de português é um será avaliado: pontuação, acentuação,
item avaliado na maior parte dos testes. concordância, grafia. Tente revisar o que
Questões gramaticais e ortográficas, com aprendeu no ensino fundamental. Troque
maior ou menor exigência, de acordo com o por sinônimos, palavras cuja grafia deixa
cargo pretendido, sempre fazem parte do dúvida e preste atenção à utilização de
exame do texto proposto na seleção. termos estrangeiros, colocando-os sempre
entre aspas.
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conhecimento técnico do profissional e discorrer sobre uma situação do dia-a-dia, o
verifica se o candidato está ligado nas ideal é traçar um diagnóstico primeiro e
tendências do mercado. Na área de depois redigir. Uma dica é informar-se com
tecnologia da informação, por exemplo, antecedência sobre os negócios e o ramo
temas como a influência da Internet nas da empresa.
organizações podem ser freqüentes.
Tema atual
Estar bem informado é pré-requisito. Leia
Estar “antenado” é um requisito básico em bastante e acompanhe as notícias. Exponha
qualquer função e, por isso, as a sua opinião sem ser agressivo ou causar
organizações aliam os objetivos reais da polêmica. Lembre-se que termos
redação com a análise do nível de rebuscados não agregam valor ao conteúdo
atualização. Temas como terceiro setor, do texto.
ambiente e qualidade de vida são comuns.
Tema livre ou de auto- análise
Priorize informações da vida profissional.
Dentre os assuntos de análise psicológica, Exponha os pontos fortes e também
o “Quem sou eu?” é o mais comum. Serve aqueles passíveis de melhorias. Destaque
para verificar se a pessoa tem dificuldades algumas características que correspondam
de falar sobre si mesma e até traça um às expectativas da empresa. No tema livre,
perfil psicológico do candidato. O tema livre a escolha deve ser cuidadosa. Aborde
geralmente investiga a criatividade. pontos sérios e de interesse geral (políticos,
econômicos ou sociais). Evite tratar de
futilidades ou polemizar falando de futebol e
religião, por exemplo.
Análise de idioma estrangeiro
A estrutura tem de seguir as mesmas regras
Além do teste oral, o nível em um idioma do texto em português. Se o tema for livre,
estrangeiro pode ser avaliado por meio de prefira aqueles relacionados ao trabalho.
redação. Neste caso, a estrutura do texto e
os aspectos gramaticais são os itens mais
importantes.
Em uma análise grafológica
Fique tranqüilo e seja natural. Não adianta
Algumas empresas usam a grafologia, que tentar passar uma imagem que não é a real
estuda a personalidade de uma pessoa por porque a análise grafológica não costuma
meio da observação de sua letra, para determinar a aprovação. Mais tarde, os
traçar um perfil psicológico do candidato. O dados podem ser confrontados com outros
que importa neste caso não é o conteúdo, testes. Já que não há como saber se a
mas, sim, o material que o conjunto das análise será m,esmo grafológica, não
palavras escritas fornecerá para basear o descuide do conteúdo da redação e
estudo. entregue um texto apresentável, sem muitas
rasuras ou erros.
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Seção 28: BÔNUS
100 Erros Gramaticais e Ortográficos
MARTINS, Eduardo.‘Os cem erros mais
comuns’. In: Manual de Redação e Estilo de
OESP. 10 - "Porque" você foi? Sempre que estiver
clara ou implícita a palavra razão, use por
Erros gramaticais e ortográficos devem, por que separado: Por que (razão) você foi? / Não
princípio, ser evitados. Alguns, no entanto, como sei por que (razão) ele faltou. / Explique por
ocorrem com maior freqüência, merecem que razão você se atrasou. Porque é usado
atenção redobrada. O primeiro capítulo deste nas respostas: Ele se atrasou porque o
manual inclui explicações mais completas a trânsito estava congestionado.
respeito de cada um deles. Veja os cem mais
comuns do idioma e use esta relação como um 11 - Vai assistir "o" jogo hoje. Assistir como
roteiro para fugir deles. presenciar exige a: Vai assistir ao jogo, à
missa, à sessão. Outros verbos com a: A
1 - "Mal cheiro", "mau-humorado". Mal opõe- medida não agradou (desagradou) à
se a bem e mau, a bom. Assim: mau cheiro população. / Eles obedeceram
(bom cheiro), mal-humorado (bem-humorado). (desobedeceram) aos avisos. / Aspirava ao
Igualmente: mau humor, mal-intencionado, mau cargo de diretor. / Pagou ao amigo. /
jeito, mal-estar. Respondeu à carta. / Sucedeu ao pai. / Visava
aos estudantes.
2 - "Fazem" cinco anos. Fazer, quando
exprime tempo, é impessoal: Faz cinco anos. / 12 - Preferia ir "do que" ficar. Prefere-se
Fazia dois séculos. / Fez 15 dias. sempre uma coisa a outra: Preferia ir a ficar. É
preferível segue a mesma norma: É preferível
3 - "Houveram" muitos acidentes. Haver, lutar a morrer sem glória.
como existir, também é invariável: Houve muitos
acidentes. / Havia muitas pessoas. / Deve haver 13 - O resultado do jogo, não o abateu. Não
muitos casos iguais. se separa com vírgula o sujeito do predicado.
Assim: O resultado do jogo não o abateu.
4 - "Existe" muitas esperanças. Existir, bastar, Outro erro: O prefeito prometeu, novas
faltar, restar e sobrar admitem normalmente o denúncias. Não existe o sinal entre o
plural: Existem muitas esperanças. / Bastariam predicado e o complemento: O prefeito
dois dias. / Faltavam poucas peças. / Restaram prometeu novas denúncias.
alguns objetos. / Sobravam idéias.
14 - Não há regra sem "excessão". O certo
5 - Para "mim" fazer. Mim não faz, porque não é exceção. Veja outras grafias erradas e,
pode ser sujeito. Assim: Para eu fazer, para eu entre parênteses, a forma correta: "paralizar"
dizer, para eu trazer. (paralisar), "beneficiente" (beneficente), "xuxu"
(chuchu), "previlégio" (privilégio), "vultuoso"
6 - Entre "eu" e você. Depois de preposição, (vultoso), "cincoenta" (cinqüenta), "zuar"
usa-se mim ou ti: Entre mim e você. / Entre eles (zoar), "frustado" (frustrado), "calcáreo"
e ti. (calcário), "advinhar" (adivinhar), "benvindo"
(bem-vindo), "ascenção" (ascensão), "pixar"
7 - "Há" dez anos "atrás". Há e atrás indicam (pichar), "impecilho" (empecilho), "envólucro"
passado na frase. Use apenas há dez anos ou (invólucro).
dez anos atrás.
15 - Quebrou "o" óculos. Concordância no
8 - "Entrar dentro". O certo: entrar em. Veja plural: os óculos, meus óculos. Da mesma
outras redundâncias: Sair fora ou para fora, elo forma: Meus parabéns, meus pêsames, seus
de ligação, monopólio exclusivo, já não há mais, ciúmes, nossas férias, felizes núpcias.
ganhar grátis, viúva do falecido.
16 - Comprei "ele" para você. Eu, tu, ele,
9 - "Venda à prazo". Não existe crase antes de nós, vós e eles não podem ser objeto direto.
palavra masculina, a menos que esteja Assim: Comprei-o para você. Também: Deixe-
subentendida a palavra moda: Salto à (moda os sair, mandou-nos entrar, viu-a, mandou-
de) Luís XV. Nos demais casos: A salvo, a me.
bordo, a pé, a esmo, a cavalo, a caráter.
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17 - Nunca "lhe" vi. Lhe substitui a ele, a usado com objeto direto: Nunca o vi. / Não o
eles, a você e a vocês e por isso não pode ser convidei. / A mulher o deixou. / Ela o ama.
22 - Vive "às custas" do pai. O certo: Vive à 31 - O peixe tem muito "espinho". Peixe tem
custa do pai. Use também em via de, e não "em espinha. Veja outras confusões desse tipo: O
vias de": Espécie em via de extinção. / Trabalho "fuzil" (fusível) queimou. / Casa "germinada"
em via de conclusão. (geminada), "ciclo" (círculo) vicioso, "cabeçário"
(cabeçalho).
23 - Todos somos "cidadões". O plural de
cidadão é cidadãos. Veja outros: caracteres (de 32 - Não sabiam "aonde" ele estava. O certo:
caráter), juniores, seniores, escrivães, tabeliães, Não sabiam onde ele estava. Aonde se usa
gângsteres. com verbos de movimento, apenas: Não sei
aonde ele quer chegar. / Aonde vamos?
24 - O ingresso é "gratuíto". A pronúncia
correta é gratúito, assim como circúito, intúito e 33 - "Obrigado", disse a moça. Obrigado
fortúito (o acento não existe e só indica a letra concorda com a pessoa: "Obrigada", disse a
tônica). Da mesma forma: flúido, condôr, moça. / Obrigado pela atenção. / Muito
recórde, aváro, ibéro, pólipo. obrigados por tudo.
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37 - A questão não tem nada "haver" com 39 - Vou "emprestar" dele. Emprestar é ceder,
você. A questão, na verdade, não tem nada a e não tomar por empréstimo: Vou pegar o livro
ver ou nada que ver. Da mesma forma: Tem emprestado. Ou: Vou emprestar o livro (ceder)
tudo a ver com você. ao meu irmão. Repare nesta concordância:
Pediu emprestadas duas malas.
38 - A corrida custa 5 "real". A moeda tem
plural, e regular: A corrida custa 5 reais.
40 - Foi "taxado" de ladrão. Tachar é que a, os e as tomam a forma no, na, nos e nas:
significa acusar de: Foi tachado de ladrão. / Foi As pessoas esperavam-no. / Dão-nos,
tachado de leviano. convidam-na, põe-nos, impõem-nos.
41 - Ele foi um dos que "chegou" antes. Um 50 - Vocês "fariam-lhe" um favor? Não se usa
dos que faz a concordância no plural: Ele foi um pronome átono (me, te, se, lhe, nos, vos, lhes)
dos que chegaram antes (dos que chegaram
antes, ele foi um). / Era um dos que sempre depois de futuro do presente, futuro do pretérito
vibravam com a vitória. (antigo condicional) ou particípio. Assim:
Vocês
42 - "Cerca de 18" pessoas o saudaram.
Cerca de indica arredondamento e não pode lhe fariam (ou far-lhe-iam) um favor? / Ele se
aparecer com números exatos: Cerca de 20 imporá pelos conhecimentos (e nunca "imporá-
pessoas o saudaram. se"). / Os amigos nos darão (e não "darão-nos")
um presente. / Tendo-me formado (e nunca
43 - Ministro nega que "é" negligente. Negar tendo "formado-me").
que introduz subjuntivo, assim como embora e
talvez: Ministro nega que seja negligente. / O 51 - Chegou "a" duas horas e partirá daqui
jogador negou que tivesse cometido a falta. / Ele "há" cinco minutos. Há indica passado e
talvez o convide para a festa. / Embora tente equivale a faz, enquanto a exprime distância ou
negar, vai deixar a empresa. tempo futuro (não pode ser substituído por faz):
Chegou há (faz) duas horas e partirá daqui a
44 - Tinha "chego" atrasado. "Chego" não (tempo futuro) cinco minutos. / O atirador estava
existe. O certo: Tinha chegado atrasado. a (distância) pouco menos de 12 metros. / Ele
partiu há (faz) pouco menos de dez dias.
45 - Tons "pastéis" predominam. Nome de
cor, quando expresso por substantivo, não varia: 52 - Blusa "em" seda. Usa-se de, e não em,
Tons pastel, blusas rosa, gravatas cinza, para definir o material de que alguma coisa é
camisas creme. No caso de adjetivo, o plural é o feita: Blusa de seda, casa de alvenaria, medalha
normal: Ternos azuis, canetas pretas, fitas de prata, estátua de madeira.
amarelas.
53 - A artista "deu à luz a" gêmeos. A
46 - Lute pelo "meio-ambiente". Meio expressão é dar à luz, apenas: A artista deu à
ambiente não tem hífen, nem hora extra, ponto luz quíntuplos. Também é errado dizer: Deu "a
de vista, mala direta, pronta entrega, etc. O sinal luz a" gêmeos.
aparece, porém, em mão-de-obra, matéria-
prima, infra-estrutura, primeira-dama, vale- 54 - Estávamos "em" quatro à mesa. O em
refeição, meio-de-campo, etc. não existe: Estávamos quatro à mesa. / Éramos
seis. / Ficamos cinco na sala.
47 - Queria namorar "com" o colega. O com
não existe: Queria namorar o colega. 55 - Sentou "na" mesa para comer. Sentar-se
(ou sentar) em é sentar-se em cima de. Veja o
48 - O processo deu entrada "junto ao" STF. certo: Sentou-se à mesa para comer. / Sentou
Processo dá entrada no STF. Igualmente: O ao piano, à máquina, ao computador.
jogador foi contratado do (e não "junto ao")
Guarani. / Cresceu muito o prestígio do jornal 56 - Ficou contente "por causa que" ninguém
entre os (e não "junto aos") leitores. / Era se feriu. Embora popular, a locução não existe.
grande a sua dívida com o (e não "junto ao") Use porque: Ficou contente porque ninguém se
banco. / A reclamação foi apresentada ao (e não feriu.
"junto ao") Procon.
57 - O time empatou "em" 2 a 2. A preposição
49 - As pessoas "esperavam-o". Quando o é por: O time empatou por 2 a 2. Repare que
verbo termina em m, ão ou õe, os pronomes o,
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ele ganha por e perde por. Da mesma forma: 59 - Não queria que "receiassem" a sua
empate por. companhia. O i não existe: Não queria que
receassem a sua companhia. Da mesma forma:
58 - À medida "em" que a epidemia se passeemos, enfearam, ceaste, receeis (só
espalhava... O certo é: À medida que a existe i quando o acento cai no e que precede a
epidemia se espalhava... Existe ainda na terminação ear: receiem, passeias, enfeiam).
medida em que (tendo em vista que): É preciso
cumprir as leis, na medida em que elas existem.
60 - Eles "tem" razão. No plural, têm é assim, com substantivo: Chamei-o e ele não atendeu. / Os
acento. Tem é a forma do singular. O mesmo ocorre funcionários públicos reuniram-se hoje: amanhã o
com vem e vêm e põe e põem: Ele tem, eles têm; país conhecerá a decisão dos servidores (e não
ele vem, eles vêm; ele põe, eles põem. "dos mesmos").
61 - A moça estava ali "há" muito tempo. Haver 70 - Vou sair "essa" noite. É este que desiga o
concorda com estava. Portanto: A moça estava ali tempo no qual se está ou objeto próximo: Esta noite,
havia (fazia) muito tempo. / Ele doara sangue ao esta semana (a semana em que se está), este
filho havia (fazia) poucos meses. / Estava sem dia, este jornal (o jornal que estou lendo), este
dormir havia (fazia) três meses. (O havia se impõe século (o século 20).
quando o verbo está no imperfeito e no mais-que-
perfeito do indicativo.) 71 - A temperatura chegou a 0 "graus". Zero
indica singular sempre: Zero grau, zero-
62 - Não "se o" diz. É errado juntar o se com os quilômetro, zero hora.
pronomes o, a, os e as. Assim, nunca use:
Fazendo-se-os, não se o diz (não se diz isso), vê- 72 - A promoção veio "de encontro aos" seus
se-a, etc. desejos. Ao encontro de é que expressa uma
situação favorável: A promoção veio ao
63 - Acordos "políticos-partidários". Nos encontro dos seus desejos. De encontro a
adjetivos compostos, só o último elemento varia: significa condição contrária: A queda do nível
acordos político-partidários. Outros exemplos: dos salários foi de encontro às (foi contra)
Bandeiras verde-amarelas, medidas econômico- expectativas da categoria.
financeiras, partidos social-democratas.
73 - Comeu frango "ao invés de" peixe. Em
64 - Fique "tranquilo". O u pronunciável depois de vez de indica substituição: Comeu frango em
q e g e antes de e e i exige trema: Tranqüilo, vez de peixe. Ao invés de significa apenas ao
conseqüência, lingüiça, agüentar, Birigüi. contrário: Ao invés de entrar, saiu.
65 - Andou por "todo" país. Todo o (ou a) é que 74 - Se eu "ver" você por aí... O certo é: Se eu
significa inteiro: Andou por todo o país (pelo país vir, revir, previr. Da mesma forma: Se eu vier (de
inteiro). / Toda a tripulação (a tripulação inteira) foi vir), convier; se eu tiver (de ter), mantiver; se ele
demitida. Sem o, todo quer dizer cada, qualquer: puser (de pôr), impuser; se ele fizer (de fazer),
Todo homem (cada homem) é mortal. / Toda nação desfizer; se nós dissermos (de dizer),
(qualquer nação) tem inimigos. predissermos.
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nem fale "exploda" ou "expluda", substituindo reouvesse. Por isso, não existem "reavejo",
essas formas por rebente, por exemplo. "reavê", etc.
Precaver-se também não se conjuga em todas
as pessoas. Assim, não existem as formas 79 - Disse o que "quiz". Não existe z, mas
"precavejo", "precavês", "precavém", apenas s, nas pessoas de querer e pôr: Quis,
"precavenho", "precavenha", "precaveja", etc. quisesse, quiseram, quiséssemos; pôs, pus,
pusesse, puseram, puséssemos.
78 - Governo "reavê" confiança. Equivalente:
Governo recupera confiança. Reaver segue 80 - O homem "possue" muitos bens. O certo:
haver, mas apenas nos casos em que este tem O homem possui muitos bens. Verbos em uir só
a letra v: Reavemos, reouve, reaverá, têm a terminação ui: Inclui, atribui, polui. Verbos
Igualmente: Comprido (extenso) e cumprido
(concretizado).
em uar é que admitem ue: Continue, recue,
atue, atenue. 87 - O pai "sequer" foi avisado. Sequer deve
ser usado com negativa: O pai nem sequer foi
81 - A tese "onde"... Onde só pode ser usado avisado. / Não disse sequer o que pretendia. /
para lugar: A casa onde ele mora. / Veja o Partiu sem sequer nos avisar.
jardim onde as crianças brincam. Nos demais
casos, use em que: A tese em que ele defende 88 - Comprou uma TV "a cores". Veja o
essa idéia. / O livro em que... / A faixa em que correto: Comprou uma TV em cores (não se diz
ele canta... / Na entrevista em que... TV "a" preto e branco). Da mesma forma:
Transmissão em cores, desenho em cores.
82 - Já "foi comunicado" da decisão. Uma
decisão é comunicada, mas ninguém "é 89 - "Causou-me" estranheza as palavras.
comunicado" de alguma coisa. Assim: Já foi Use o certo: Causaram-me estranheza as
informado (cientificado, avisado) da decisão. palavras. Cuidado, pois é comum o erro de
Outra forma errada: A diretoria "comunicou" os concordância quando o verbo está antes do
empregados da decisão. Opções corretas: A sujeito. Veja outro
diretoria comunicou a decisão aos empregados.
/ A decisão foi comunicada aos empregados. exemplo: Foram iniciadas esta noite as obras (e
não "foi iniciado" esta noite as obras).
83 - Venha "por" a roupa. Pôr, verbo, tem
acento diferencial: Venha pôr a roupa. O mesmo 90 - A realidade das pessoas "podem"
ocorre com pôde (passado): Não pôde vir. Veja mudar. Cuidado: palavra próxima ao verbo não
outros: fôrma, pêlo e pêlos (cabelo, cabelos), deve influir na concordância. Por isso : A
pára (verbo parar), péla (bola ou verbo pelar), realidade das pessoas pode mudar. / A troca de
pélo (verbo pelar), pólo e pólos. Perderam o agressões entre os funcionários foi punida (e
sinal, no entanto: Ele, toda, ovo, selo, almoço, não "foram punidas").
etc.
91 - O fato passou "desapercebido". Na
84 - "Inflingiu" o regulamento. Infringir é que verdade, o fato passou despercebido, não foi
significa transgredir: Infringiu o regulamento. notado. Desapercebido significa desprevenido.
Infligir (e não "inflingir") significa impor: Infligiu
séria punição ao réu. 92 - "Haja visto" seu empenho... A expressão
é haja vista e não varia: Haja vista seu
85 - A modelo "pousou" o dia todo. Modelo empenho. / Haja vista seus esforços. / Haja vista
posa (de pose). Quem pousa é ave, avião, suas críticas.
viajante, etc. Não confunda também iminente
(prestes a acontecer) com eminente (ilustre). 93 - A moça "que ele gosta". Como se gosta
Nem tráfico (contrabando) com tráfego de, o certo é: A moça de que ele gosta.
(trânsito). Igualmente: O dinheiro de que dispõe, o filme a
que assistiu (e não que assistiu), a prova de que
86 - Espero que "viagem" hoje. Viagem, com participou, o amigo a que se referiu, etc.
g, é o substantivo: Minha viagem. A forma
verbal é viajem (de viajar): Espero que viajem 94 - É hora "dele" chegar. Não se deve fazer a
hoje. Evite também "comprimentar" alguém: de contração da preposição com artigo ou
cumprimento (saudação), só pode resultar pronome, nos casos seguidos de infinitivo: É
cumprimentar. Comprimento é extensão. hora de ele chegar. / Apesar de o amigo tê-lo
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convidado... / Depois de esses fatos terem
ocorrido...
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