Beruflich Dokumente
Kultur Dokumente
A LITERATURA E A CRÍTICA
LITERÁRIA
AS FINANÇAS
A HISTÓRIA E A POLÍTICA
A LITERATURA E A CRÍTICA
LITERÁRIA
•OPOSITOR DO REALISMO-NATURALISMO;
•INCOERENTE: CONDENA O QUE CANTARA NO
PASSADO – O ESTUDO DOS VÍCIOS DA SOCIEDADE •DEFENSOR DO REALISMO-
•FALSO MORALISTA – ACHA O REALISMO- NATURALISMO;
NATURALISMO IMORAL •EXAGERA, DEFENDENDO O
•DESFASADO DO SEU TEMPO CIENTIFICISMO NA LITERATURA
•DEFENSOR DA CRÍTICA LITERÁRIA DE NATUREZA •NÃO DISTINGUE CIÊNCIA E
ACADÉMICA: LITERATURA
- PREOCUPADO COM ASPECTOS FORMAIS EM
DETRIMENTO DA DIMENSÃO TEMÁTICA
A mentalidade provinciana
A falta de civismo
A Corrida de Cavalos - Crítica
Social – Cap. X
A imitação do estrangeiro:
A sociedade da época pensava que o que era “chique” tinha de
vir de fora e tentava, assim, imitar o estrangeiro. Esta imitação
reprovada por Afonso da Maia para quem “o verdadeiro
patriotismo, talvez (…) seria, em lugar de corridas, fazer uma
boa tourada.”
Mentalidade provinciana:
Um cenário que deveria ostentar a exuberância e o colorido de
um acontecimento mundano como as corridas de cavalos,
demonstra, uma imagem provinciana indesmentível:
O Hipódromo parecia um arraial;
as pessoas não sabiam ocupar os seus lugares;
O buffet tinha um aspecto nojento.
A Corrida de Cavalos - Crítica
Social – Cap. X
Visão caricatural da sociedade feminina:
O traje escolhido não era o mais correcto face à ocasião: “As senhoras de “vestidos sérios
de missa”, acompanhando “…chapéus emplumados” da última moda, que não se
adequavam ao evento, muito menos à restante toilette.
Assim, o ambiente que devia ser requintado, mas, ao mesmo tempo, ligeiro como compete
a um evento desportivo, era deturpado, pela falta de gosto e pelo ridículo da situação que se
queria requintada sem o ser.
É também criticada a falta de à-vontade das senhoras da tribuna que não falavam umas com
as outras e que, para não desobedecer às regras de etiqueta, permaneciam no seu posto, mas
constrangidas. A excepção é D.Maria da Cunha que abandona a tribuna e se vai sentar
perto dos homens.
A Falta de civismo:
As corridas terminaram grotescamente e a primeira corrida terminou mesmo numa cena de
pancadaria.
O Jantar dos Gouvarinhos (Cap XII)
OBJECTIVOS:
• reunir a alta burguesia e
aristocracia
• Radiografar a ignorância das
classes dirigentes que revelam
incapacidade de diálogo por
manifesta falta de cultura.
GOUVARINHO E SOUSA
NETO DISCUTEM:
OBJECTIVOS:
• Dâmaso Salcede
• Era baixo, gordo, "frisado como um noivo de província". Era sobrinho de Guimarães.
A ele e ao tio se devem, respectivamente, o início e o fim dos amores de Carlos com
Maria Eduarda.
• Dâmaso é uma súmula de defeitos. Filho de um agiota, é presumido, cobarde e sem
dignidade. É dele a carta anónima enviada a Castro Gomes, que revela o
envolvimento de Maria Eduarda com Carlos. É dele também, a notícia contra Carlos n'
A Corneta do Diabo.
• Mesquinho e convencido, provinciano e tacanho, tem uma única preocupação na vida
o "chic a valer".
• Representa o novo riquismo e os vícios da Lisboa da segunda metade do séc. XIX. O
seu carácter é tão baixo, que se retracta, a si próprio, como um bêbado, só para evitar
bater-se em duelo com Carlos.
• Alencar
• Caracterização Física • Cruges
• Tomás de Alencar era "muito alto, com uma face • Caracterização Física
encaveirada, • "De grenha crespa que lhe ondulava até à
• olhos encovados, e sob o nariz aquilino, longos, gola do jaquetão",
espessos, românticos • "olhinhos piscos" e nariz espetado.
• bigodes grisalhos". • Caracterização Psicológica
• Caracterização Psicológica • Maestro e pianista patético, era amigo de
• Era calvo, em toda a sua pessoa "havia alguma coisa Carlos e íntimo do
de • Ramalhete. Era demasiado chegado à sua
• antiquado, de artificial e de lúgubre". Simboliza o velha mãe. Segundo Eça,
romantismo piegas. • "um diabo adoidado, maestro, pianista com
• O paladino da moral. Era também o companheiro e uma pontinha de génio".
amigo de Pedro • É desmotivado devido ao meio lisboeta -
• da Maia. Eça serve-se desta personagens para "Se eu fizesse uma boa
construir discussões • ópera, quem é que ma representava".
• de escola, entre naturalistas e românticos, numa
versão caricatural
• da Questão Coimbrã. Não tem defeitos e possui um
coração grande e
• generoso. É o poeta do ultra-romantismo.
• Sr. Guimarães
• Caracterização Física
• Usava largas barbas e um grande chapéu de abas à moda de
• 1830.
• Caracterização Psicológica
• Conheceu a mãe de Maria Eduarda, que lhe confiou um cofre
• contendo documentos que identificavam a filha. Guimarães é,
• portanto, o mensageiro da trágica verdade que destruirá a felicidade
• de Carlos e de Maria Eduarda.
• Craft
• É uma personagem com pouca importância para o desenrolar
• da acção, mas que representa a formação britânica, o protótipo do
• que deve ser um homem. Defende a arte pela
• arte, a arte como idealização do que há de melhor na natureza.
• É culto e forte, de hábitos rígidos, "sentindo finamente,
• pensando com rectidão". Inglês rico e boémio, coleccionador de "bricabrac".