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*as classes dos substantivos tipo 1 e 2 não compreendem apenas pronomes, mas também outras classes de
palavras como os próprios substantivos da gramática tradicional
** concluímos assim uma vez que Perini cita as classes dos substantivos do tipo 1, do tipo 2, e a dos
[+Rel] e comenta que essas compreendem todos os “pronomes substantivos tradicionais”; e, a seguir, cita
os cinco grupos restantes, e comenta que as oito classes determinadas anteriormente compreendem todos
os pronomes da gramática tradicional (em conclusão lógica as últimas cinco classes devem conter todos
os pronomes adjetivos da gramática tradicional)
-Pronomes Pessoais:
-Pronomes relativos:
Podem aparecer como sujeito, objeto direto ou indireto, predicativo, adjunto adnominal,
complemento nominal, adjunto adverbial, ou agente da passiva.
Além da gramática tradicional:
Embora esses tipos de pronome sejam os únicos citados que têm explicitadas suas
funções sintáticas nessa gramática, pudemos concluir através desta que outros pronomes
também podem exercer funções sintáticas variadas. Estas são algumas das funções
observadas:
-Pronomes pessoais:
-Pronomes possessivos:
-Pronomes demonstrativos:
-Pronomes indefinidos:
Podem ser sujeito, objeto direto ou indireto quando pronomes substantivos, e quando
pronomes adjetivos têm função de adjunto adnominal.
Para o autor as palavras têm potencialidade (traços necessários) para diferentes funções,
e dependendo de como são utilizadas no eixo sintagmático virão a .exercer uma ou outra
função.
-Os “pronomes substantivos” da gramática tradicional (como ele, tudo, aquilo, nós, isto,
etc.) fazem parte da classe dos substantivos tipo 1, e somente podem ocorrer como
complementos do predicado, ou como núcleos de um SN (podendo então ser sujeito ou
objeto direto) como indicam os traços +CP e +NSN.
-Os “pronomes” que fazem parte da classe dos substantivos tipo 2 também são
pronomes substantivos e têm as mesmas características do grupo 1, porém têm a
propriedade de coocorrer com outro termo dentro do SN (alguém - esse alguém, outro
alguém, alguém bonito). No entanto, suas funções sintáticas ainda são determinadas
pelos traços +CP e +NSN, os quais permitem que tais pronomes ocorram somente como
complementos do predicado, sujeito ou objeto direto.
Os outros seis grupos não têm suas funções sintáticas especificadas, têm apenas suas
propriedades sintáticas peculiares relatadas ([+Rel], [+PDet], [+Det], [+Poss], [+Qf], e
[+Num]).
Pessoais:
Retos – não aceitam determinante ou não antes; têm a propriedade de serem omitidos
como pronome sujeito; na 3a pessoa podem ser contraídos com as preposições de e em;
variam em número, gênero (apenas na 3ª pessoa) e pessoa;
Relativos – têm formas invariáveis, e variáveis com flexão de gênero e número; são
quase sempre pospostos a um antecedente.
O autor comenta sobre sinais de diferentes tipos. Podem ser semânticos, por exemplo,
como os traços <Q> qualificativo, e <R> referencial, que são relevantes para a
determinação das possibilidades de ordenamento dos termos no SN ("qualificativo" se
aplica a itens que aparecem tanto antes quanto depois do núcleo do SN; "referencial" só
se realiza no próprio núcleo, portanto um elemento marcado <+Q> pode ocorrer antes
ou depois do núcleo; um elemento marcado <-Q> não pode ocorrer antes do núcleo; e
somente elementos marcados <+R> podem ocorrer como núcleos.). Perini atribui os
sinais [+Ge] e [+Nu] para palavras que podem variar em gênero e número. Seguindo sua
lógica, esses sinais poderiam ser atribuídos a muitos pronomes, uma vez que vários
sofrem tais flexões (como visto na questão anterior).
Possessivos – o principal traço deste grupo é [+Poss]. Isso significa que os pronomes
deste grupo podem ser possessivos.
Demonstrativos – os que fazem parte do grupo dos substantivos tipo 1 têm como
principais traços: [+CP, -Mod, -Pv, -T,SN, +NSN, -Int–, -PN, -íssimo]. Isso significa
que: podem ocorrer como complementos do predicado, não são modificadores, não
podem ocorrer como predicativo, não podem coocorrer com outro termo dentro do SN,
podem ser núcleo de um SN (e de acordo com o autor este grupo sempre é), não são
intensificadores, não têm possibilidade de aparecer como pré-núcleo, e não têm a
propriedade de ocorrer com o sufixo superlativo -íssimo ou seus derivados;
Indefinidos – os que podem ser quantificadores têm por traço principal [+Qf];
– os que podem ser numeradores têm [+Num] como traço mais marcante;
– os que fazem parte do grupo dos substantivos tipo 2 têm como principais
traços: [+CP, -Mod, -Pv, +T,SN, +NSN, -Int–, -PN, -íssimo]. Isso significa que: podem
ocorrer como complementos do predicado, não são modificadores, não podem ocorrer
como predicativo, podem coocorrer com outro termo dentro do SN, podem ser núcleo
de um SN (e de acordo com o autor este grupo sempre é), não são intensificadores, não
têm possibilidade de aparecer como pré-núcleo, e não têm a propriedade de ocorrer com
o sufixo superlativo -íssimo ou seus derivados.
Relativos – que, quem, e o qual têm como traço mais marcante [+Rel] que indica que
são relativos. De acordo com o autor, este grupo (juntamente com os grupos dos
substantivos tipo 1 e tipo 2) tem a propriedade de ocorrer sempre como NSN.
Interrogativos – fazem parte do mesmo grupo dos relativos. Assim: que, quem, e qual
têm como traço mais marcante [+Rel] que indica que são relativos. De acordo com o
autor, este grupo (juntamente com os grupos dos substantivos tipo 1 e tipo 2) tem a
propriedade de ocorrer sempre como NSN.
BIBLIOGRAFIA:
Mário Perini, Yara Liberato, Maria Saraiva, Lúcia Fulgêncio, Sobre a Classificação das
Palavras