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LOUCURA

Onde está a loucura? Estará a loucura disfarçada por sanidade, pervertendo


toda a verdade sobre loucura humana?
Tal como a verdade está escondida por véus de mentira, também a loucura
está sobre um véu de sanidade
Levando tudo e todos a serem regidos por uma outra gravidade que não a
natural
Estará o louco, são e o são, louco?
Será a esquizofrenia a grande e única enfermidade do homem?
Essa dualidade não assumida e apenas justificada como algo
incompreendido?

A loucura é necessária para manter a sanidade viva


Sem loucura
Sem conhecimento da loucura não se pode conhecer a sanidade
São opostos intrínsecos
A loucura e sanidade funcionam por justaposição
Fora destes parâmetros vive-se numa ilusão

Caiu de rajada, como um alívio repentino


Como uma miragem que rasga a pele no deserto gélido dos confins de Alijó
Foi o despertar de um longo sono
- Carrega no botão!
Ouvi num tom fragilizado de um ego carregado e farto
Carreguei e continuei no meu espanto de descoberta sobre esta condição
Da qual estava a despertar
Olhei em redor e vi apenas ruínas de uma mentira tão antiga como o
próprio ar
Sempre desejei ser arqueólogo, remexer no presente, sentido o passado e
aqui estava a minha oportunidade.
Nada como ter nas mãos este poder de sentir o feito e o passado.
Provar isto nos tempos de liberdade que se avizinham, é um prazer divino
Um sentimento fresco e límpido, diria até, translúcido.
Mas por enquanto continuo descalço para não ter pedras no sapato.

É sempre isso que estou a pensar.


Nisso mesmo que estás a pensar agora.
Que tudo o que se cruza na tua vida, serve para te direccionar.
Criando um cruzamento novo de pensamento.
Isso mesmo que se afronta e te confronta com novos caminhos para traçar.
Cabe apenas a quem cabe, esse tão valioso pensamento, dado livre para a
tua mente, cabe a ti o que decifrar e para onde caminhar.
Por cada erro também irás ter novos cruzamentos para te encontrar.
Que todo o fim, todo o cruzamento são apenas novos fins, novos
cruzamentos
Para continuar.
Nada tem fim.
Fim.

Sou incompleto sem razão nenhuma


Mas sou completo por todas as razões que não essa

Sessão Onírica, onde se debate a realidade distante.

1ª Pergunta –
Onde estamos?
Resposta –
Estamos na terra vermelha, entre a costa sul e o expoente este, de lá vê-se a
costa norte virada a oeste, mas inacessível devido à falta de estrume.

2ª Pergunta –
De onde viemos?
Resposta –
Não se sabe, mas segundo testemunhos perdidos, viemos do espaço num
casulo incandescente que falhou a sua trajectória, esta falha fez com que a
substancia mucosa originária de vida fermentasse demasiado, alterando a
codificação do gene.

3ª Pergunta –
Para onde vamos?
Resposta –
Também não se sabe, mas devido ao excesso de fermentação e
consequência, alteração do genoma humano, todo o caminho esta entregue
ao acaso, dirigido pela volatilidade de temperaturas, tanto gélidas como
excessivamente quentes, criando picos ou estagnações no desenvolvimento
do ser humano, o que por sua vez dá origem a uma não coerência na
estruturação.
4ª Pergunta –
Qual o nosso propósito?
Resposta –
Aparentemente não há propósito, mas existe uma constante tentativa de
criar ou engendrar um propósito universal, já que sem propósito não há
razão de intenção. Esses mesmos propósitos fictícios são de uma variedade
infinita, desde razões económicas, ecológicas, alcoólicas, etc.

Dito isto através do sistema de pergunta-resposta, fica-se sem saber


realmente o que passou entre o tempo do começo e o tempo futuro do fim

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