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Antes da implantação da Agricultura de Precisão e da ILP, a produtividade do

feijoeiro era de 42 sacas/ha, e em 2006, após a adoção dessas tecnologias o


feijoeiro cultivado em Sistema Plantio Direto (SPD) apresentou produtividade
média de 55,2 sacas/ha em palhada de braquiarão (Figura 3-A), ou seja, 13,2
sacas/ha a mais (Figura 3-B).

Resultados citados em publicação da Embrapa Arroz e Feijão (Kluthcouski e


outros) também evidenciam melhores produtividades do feijoeiro irrigado sob
SPD em palhada de milho + braquiarão, com rendimentos de grãos em torno de
60,7 sacas/ha e com economia de até 30% nos gastos com irrigação.

Outros resultados de produtividade do feijoeiro após milho + braquiarão foram


obtidos pela Embrapa em Santo Antônio de Goiás-GO, com 62,5 sacas/ha e 58,5
sacas/ha. Um dos grandes benefícios do cultivo de feijão em palhada de
braquiária é a redução da incidência de fungos de solo, devido ao efeito
sanitizante desta gramínea. Nesta área comprovou-se esta tendência, uma vez
que foram economizadas duas aplicações de fungicidas.

Feijão - Faz. São Paulo

60 55,2

50 42
Produtividade (sc/ha)

40
30
20
10
0
Feijão 2003 Feijão 2006
(A) (B)
Figura 3 – Cultura do feijoeiro em Sistema Plantio Direto irrigado via pivô central, em palhada de
braquiária após sistema de Integração Lavoura-Pecuária (A); e, evolução do rendimento de grãos
(sacas/ha) de feijão (B), na Fazenda São Paulo II, Bonfinópolis de Minas-MG.

Recentemente, surgiu uma nova proposta técnica envolvendo a ILP na região do


Planalto Central. Trata-se da renovação de pastagens degradadas utilizando o
“Sistema Santa Fé” com milho + B. brizantha, conforme realizado na Fazenda
Santo Antônio, Agropecuária Cenci, no PAD-DF.

Em uma área de pivô central com pastagem degradada de braquiária há mais de


quinze anos, realizou-se o plantio direto de B. brizantha e, posteriormente, de
milho. Esta cultura obteve rendimento de grãos de 191,22 sacas/ha, com custo de
produção de R$ 1.599,42/ha, incluindo custos fixos e depreciação, com
rentabilidade líquida superior a R$ 3.000,00/ha. Na safra 2006/2007, a pastagem
renovada foi utilizada para recria/engorda de 350-450 animais (PV = 380 kg) por
lote, atingindo peso final de 500 kg/animal aos 100-120 dias.

A Fazenda AgroReservas, em Unaí-MG, adotou a ILP há muitos anos.


Recentemente vêm se buscando modalidades diferenciadas de ILP com
excelentes resultados: sorgo pastejo + B. brizantha (pastejo em área irrigada);

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Milho + B. brizantha e milho + B. ruziziensis (milho para produção de grãos em
área de sequeiro e irrigada); milho + B. brizantha (milho para produção de
silagem consorciado com braquiarão na renovação de pastagem degradada); e
plantio direto de guandu (Cajanus cajan) em pastagem degradada.

Estas tecnologias têm permitido a redução do tempo de confinamento dos


animais, maior produção de volumoso de qualidade na entressafra (recria e
engorda) e melhoria na produção de palhada para o plantio direto das culturas de
grãos. Destacaram-se os resultados obtidos com seis ciclos de sorgo para
pastejo consorciado com B. brizantha, com ganhos de peso diário entre 1,2 a 1,5
kg/animal, durante a entressafra, em uma área irrigada por pivô linear, com
suplementação alimentar de novilhos da raça sintética Bradford (mais de 400 kg/
animal).

Estas observações práticas evidenciam que a ILP em PD demonstra elevado


potencial para adoção na região Noroeste de Minas Gerais. Para a agricultura,
por melhorar os rendimentos de grãos, a qualidade do solo, a fitossanidade e por
proporcionar boa formação de cobertura vegetal para o PD, bem como gerar
renda adicional, otimizando o uso do solo na época seca, com a produção de
forrageiras para recria/engorda de bovinos. Para a pecuária, ainda apresenta
possibilidades de recuperação/renovação de pastagens com os custos cobertos
pela produção de milho ou sorgo em consórcio com as forrageiras.

Plantio direto de milho consorciado com braquiária sobre pastagem degradada - Agropecuária Cenci,
Brasília - DF.

29
INTEGRAÇÃO LAVOURA-PECUÁRIA NOS CERRADOS DO
PIAUÍ E MARANHÃO
Marcos Lopes Teixeira Neto¹
Hoston Tomás Santos do Nascimento²
Raimundo Bezerra de Araújo Neto³
Diógenes Manoel Pedrosa de Azevedo4

O sistema Integração Lavoura-Pecuária (ILP) vem ganhando adeptos no


Cerrado brasileiro, principalmente entre os produtores que buscam diversificar os
sistemas de produção e superar os problemas decorrentes de cultivos anuais
sucessivos, como pragas, doenças e plantas daninhas em áreas de lavouras e
queda da capacidade de suporte das pastagens e, conseqüentemente, da renda
da propriedade.

Considerando a disponibilidade de informações técnicas e científicas que


comprovam as vantagens do sistema, a Embrapa, em parceria com o MAPA, e
com recursos da FINEP/MC&T, instituiu um amplo programa de transferência da
tecnologia, denominado “Programa de Transferência de Tecnologia para a
Integração Lavoura-Pecuária – PROTILP”, liderado pela Embrapa Milho e
Sorgo, sendo que nos Cerrados do Piauí e Maranhão, a Embrapa Meio-Norte,
com o apoio da Embrapa Arroz e Feijão é a responsável pelas ações do projeto.

Neste projeto as ações desenvolvidas pela Embrapa Meio-Norte nos Cerrados


piauienses e maranhenses, nas safras 2004/05, 2005/06 e 2006/07 foram a
implantação de unidades demonstrativas em fazendas de referência nos
municípios de Uruçuí-PI e São Raimundo das Mangabeiras-MA. Esses trabalhos
apresentaram resultados positivos, evidenciando o potencial da ILP na região.

Resultados da Unidade Demonstrativa de ILP no Piauí

Rendimento agrícola

As ações de ILP tiveram início na safra 2004/05, na Fazenda Manga D'água no


município de Bom Jesus, com a implantação de uma unidade demonstrativa com
o Sistema Santa Fé (milho + Brachiaria brizantha, milho + B. ruziziensis, milho +
capim massai, além de soja + B. brizantha, soja + B. ruziziensis e de arroz + B.
brizantha e arroz + B. ruziziensis), em uma área de 4 hectares, em solo arenoso,
que há cinco anos vinha sendo cultivada com soja. O rendimento do milho variou
de 5.820 a 6.880 kg/ha e o arroz rendeu 4.000 kg/ha. A soja foi dominada pelo
capim, o que impediu a sua colheita. As forrageiras tiveram rendimento entre 42 e
66 t/ha de massa verde.

¹ Eng. Agr., M.Sc. em Produção Vegetal da Embrapa Meio-Norte, Teresina-PI, Coordenador Local
do PROTILP. E-mail: mlopes@cpamn.embrapa.br.
2
Eng. Agr., Ph.D. em Nutrição Animal da Embrapa Meio-Norte, Teresina-PI, Membro Local do
PROTILP. E-mail: hoston@cpamn.embrapa.br.
3
Eng. Agr., M.Sc. em Forrageiras e Pastagem da Embrapa Meio-Norte, Teresina-PI, Membro Local
do PROTILP. E-mail: rbezerra@cpamn.embrapa.br.
4
Eng. Agr., M.Sc., Fitotecnia da Embrapa Meio-Norte, Teresina-PI, Membro Local do PROTILP.
E-mail: diogenes@cpamn.embrapa.br

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A partir da safra 2005/06 as ações foram conduzidas na Fazenda Nova Zelândia,
no município de Uruçuí, com a implantação de uma unidade demonstrativa do
Sistema Santa Fé (milho + B. brizantha) em escala comercial, numa área de 80
hectares, também em solo arenoso, cultivado com soja há quatro anos
consecutivos. Nesta unidade, a produção do milho consorciado com a forrageira
foi de 5.400 kg/ha, apesar de ter sofrido uma estiagem (26 dias). A forrageira teve
rendimento de 43 t/ha de massa verde.

A receita bruta obtida nessa área foi de R$ 1.800,00/ha, com um custo de


produção de R$ 1.292,00/ha, proporcionando um retorno de 28%, além de deixar
formada uma pastagem de alta qualidade para a pecuária na entressafra e
palhada para o Plantio Direto de soja na safra seguinte.

Na safra 2006/07, foi implantado o Sistema Santa Fé (milho + B. brizantha) em


uma área de 200 hectares, em solo arenoso, cultivada com soja há cinco anos
consecutivos. Nesta safra o rendimento do milho consorciado com a forrageira foi
também de 5.400 kg/ha, tendo sofrido uma estiagem (21 dias) e a forrageira teve
rendimento de 32 t/ha de massa verde. A receita bruta obtida nessa área foi de R$
1.800,00/ha, com um custo de produção de R$ 1.150,00/ha (menor que em
2005/06), proporcionando um retorno de 36%, além de deixar formada uma
pastagem de qualidade para a atividade pecuária na entressafra e palhada para o
plantio direto de soja na safra seguinte.

UD do Sistema Santa Fé (milho + braquiária) na Fazenda Nova Zelândia em Uruçuí-PI, Safra 2006/07.

Nesta safra também foi implantada uma unidade demonstrativa do Sistema


Santa Fé (milho + capim massai), em uma área de 2 hectares, em solo arenoso,
cultivada há apenas um ano com soja. O rendimento do milho foi de 5.400 kg/ha
e o do capim massai de 20 t/ha de massa verde. Nesse período houve uma
estiagem de 21 dias.

Ainda na safra 2006/07 foram plantados 60 hectares de soja na palhada de B.


brizantha na unidade do Sistema Santa Fé da safra anterior, que foi pastejada na
entressafra por bois em fase de terminação. Apesar de uma estiagem de 21 dias, o
rendimento da soja foi de 3.120 kg/ha ou 52 sacas/ha. Nessa mesma safra a soja
31
em Plantio Direto na palhada de milheto rendeu 2.940 kg/ha ou 49 sacas/ha, ou
seja, três sacas a menos que sobre a palhada da braquiária. Isso evidencia maior
benefício da cobertura de solo pela palhada dessa forrageira, tendo em vista que
a mesma proporcionou uma cobertura mais uniforme sobre a área até a colheita,
o que não aconteceu com a palhada do milheto.

Registra-se também, que os outros 20 hectares de B. brizantha, após serem


pastejados na entressafra, permaneceram como pastagem no verão e após
pastejo, apresentou um rendimento de 16,1 t/ha de massa verde.

No início da colheita da soja safra 2006/07, foram implantadas algumas Unidades


de Observação (UO) de 2 hectares, em safrinha, no Sistema Santa Fé (sorgo
pastejo + B. brizantha; sorgo pastejo + B. ruziziensis; milheto + B. brizantha;
milheto + B. ruziziensis). Nestas unidades houve baixa germinação das
sementes que resultou em uma baixa população de plantas, com um
desenvolvimento vegetativo prejudicado, o que não possibilitou a avaliação de
rendimento, indicando que a semeadura a lanço em safrinha não é a alternativa
mais recomendada para essa região.

Outra unidade demonstrativa em safrinha foi implantada em 290 ha de soja,


antes de iniciar a colheita em 2007, com a sobressemeadura de sementes de B.
ruziziensis na fase R5 a R6 da soja, por meio de avião agrícola, com um
rendimento de 12,1 t/ha de massa verde.

Brachiaria ruziziensis formada no sistema de sobressemeadura na cultura da soja - Fazenda Nova


Zelândia em Uruçuí-PI, Safra 2006/07.

Rendimento animal

Colhido o milho, após cerca de 45 dias os 80 hectares da pastagem de braquiária


da fazenda Nova Zelândia foram cercados externamente com cerca de quatro
fios e internamente com cerca elétrica dividindo a área em quatro piquetes iguais,
onde foram colocados bovinos de corte anelorados, em fase de terminação,
durante a entressafra. Os bovinos entraram em junho de 2006 com peso médio
de 299 kg/PV/animal, e a retirada deu-se em novembro, com uma média de
32
418 kg/animal, cerca de 170 dias depois, tendo os animais recebido
suplementação de 250 g/dia de uma mistura múltipla. Considerou-se a lotação da
pastagem em 2 UA/ha, o que correspondeu a 2,15 animal/ha na saída.

O ganho de peso foi de 700 g/animal/dia, equivalente a 119 kg/PV/animal no


período, o que equivale a 17 arrobas de ganho de peso vivo nos 170 dias. Já em
rendimento de carcaça, que alcançou a relação de 55%, observou-se um ganho
de 9,4 arrobas de carne por hectare, ganho este de mais de 4,4 arrobas de carne
por animal em plena entressafra, onde comumente ocorre a perda de peso. Os
custos da terminação no período ficaram em torno de R$ 52,00 ou mais ou menos
1 arroba por animal e 2,15@/ha, resultando num lucro de cerca de 6,25 @/ha.

Pastagem de Brachiaria brizantha formada no Sistema Santa Fé com bois em terminação na


entressafra na Fazenda Nova Zelândia em Uruçuí-PI, ano 2006.

Resultados da Unidade Demonstrativa de ILP do Maranhão

Rendimento agrícola

No Maranhão, as ações tiveram início na safra 2004/05, na Fazenda Santa Luzia,


no município de São Raimundo das Mangabeiras, com a implantação de uma UO
com o Sistema Santa Fé (milho + B. brizantha), em 43 hectares, solos argilosos,
há vários anos cultivados com soja. O rendimento do milho variou de 7.500 a
8.220 kg/ha e da forrageira, foi de 42 t/ha de massa verde.

Em função dos bons resultados obtidos nesta UO, decidiu-se, na safra 2005/06,
pela implantação de uma Unidade Demonstrativa (UD) do Sistema Santa Fé
(milho + B. brizantha), em escala comercial, numa área de 66 hectares, para
terminação de bois a pasto na entressafra, e de milho + B. ruziziensis, também em
escala comercial, em uma área de 80 hectares, para formação de palhada para o
Plantio Direto de soja na safra seguinte. Nesta safra o milho em cultivo
consorciado com B. brizantha e B. ruziziensis produziu em média 8.580 kg/ha
(143 sacas), mesmo tendo sofrido uma estiagem de 18 dias. A B. brizantha rendeu
entre 43 e 52 t/ha de massa verde, enquanto a B. ruziziensis 35 t/ha. A receita

33
bruta obtida com o milho nestas unidades foi de R$ 2.574,00/ha, com custo de
produção de R$ 1.400,00/ha, proporcionando um retorno de 45%, além de deixar
formada para a entressafra uma pastagem de qualidade para a pecuária.

Na safra 2006/07, deu-se continuidade às ações, com a implantação de milho


consorciado com B. ruziziensis, mas com a semeadura da braquiária feita a lanço,
em uma área de 440 hectares, em solo argiloso, que era cultivado com soja em
rotação com milho a cada duas safras da soja. Nesta safra, o rendimento do milho
consorciado com a forrageira foi de 8.730 kg/ha (145,5 sacas) e a forrageira 18,56
t/ha de massa verde, tendo sofrido uma estiagem de 18 dias. A receita bruta obtida
nessa área foi de R$ 2.619,00/ha a um custo de produção de R$ 1.254,00/ha
(menor que em 2005/06), proporcionando um retorno de 48%, além de deixar
formada uma pastagem de boa qualidade para ser usada na entressafra e
palhada para o plantio direto de soja na safra seguinte.

UD do Sistema Santa Fé (milho + braquiária) da Fazenda Santa Luzia, São Raimundo das
Mangabeiras-MA, 2006.

Ainda na safra 2006/07 foram plantados 146 hectares de soja em palhada de


braquiária na unidade do Sistema Santa Fé da safra anterior, após ter sido
pastejada por bois em terminação na entressafra. O rendimento da soja foi de
3.510 kg/ha (58,5 sacas) em média na palhada de braquiária, apesar de uma
estiagem de 18 dias. Nesta mesma safra, a soja em Plantio Direto na palhada de
milheto rendeu 3.240 kg/ha (54 sacas/ha), portanto, quase cinco sacas a menos
que sobre a palhada da braquiária. Isso evidencia maior benefício da cobertura
de solo pela palhada desta forrageira, tendo em vista que a mesma proporcionou
uma cobertura uniforme sobre toda a área até a colheita da soja, o que não
aconteceu com a palhada do milheto.

No início da colheita da soja da safra 2006/07 foram implantadas algumas UO de


2 hectares, em safrinha, no Sistema Santa Fé (sorgo pastejo + B. brizantha;
sorgo pastejo + B. ruziziensis; milheto + B. brizantha; milheto + B. ruziziensis).
Nestas unidades o sorgo pastejo rendeu 14 t/ha, o milheto 11,65 t/ha, a B.
brizantha 10 t/ha e a B. ruziziensis 5,74 t/ha de massa verde, em média. A
semeadura direta na linha apresentou resultados satisfatórios para as condições
34
de safrinha, diferentemente da semeadura a lanço feita na Fazenda Nova
Zelândia em Uruçuí, o que sugere que a semeadura direta da forrageira na linha
é uma boa alternativa para formar pastagem na safrinha.

Rendimento animal

Em 2006, após cerca de dois meses da colheita do milho, os 66 hectares da


pastagem de braquiária foram cercados, externamente com cerca de 4 fios e
internamente com cerca elétrica, dividindo a área em três piquetes iguais, onde
foram colocados bovinos de corte anelorados, em fase de terminação, durante a
entressafra. A entrada dos bovinos deu-se em junho, com média de 297
kg/PV/animal e retirada em novembro, com média de 401 kg/PV/animal, ou
seja, cerca de 90 dias depois, tendo os animais recebido suplementação de 250
g/dia de uma mistura múltipla. Considerou-se a lotação da pastagem em 2 UA/ha
o que correspondeu a 2,24 animal/ha na saída.

O ganho de peso foi de 1.118 g/dia/animal, com 104 kg/animal no período, ou


15,5 arrobas de ganho de peso vivo aos 93 dias. O rendimento de carcaça foi de
55%, resultando num ganho de 8,5 arrobas de carne por hectare, ou seja, mais de
3,8 arrobas de carne por boi em plena entressafra, onde comumente ocorre a
perda de peso dos animais.

Os custos da terminação no período ficaram em torno dos R$ 52,00 ou mais ou


menos 1 arroba por boi e 2,24 arrobas/ha, resultando num lucro de cerca de 6
arrobas por hectare.

No ano de 2006, o resultado da fazenda Santa Luzia foi semelhante ao da


fazenda Nova Zelândia mesmo em menos tempo de engorda, provavelmente
devido ao solo argiloso e de alta fertilidade, que proporcionou maior rendimento
da pastagem, a qual permaneceu verde nos meses de setembro a novembro,
com maior oferta de pastagem e de maior valor nutritivo.

Na entressafra de 2007, cerca de dois meses após a colheita do milho, a


pastagem de B. ruziziensis foi cercada com cerca externa e interna de quatro fios
dividindo a área em três piquetes iguais, onde foram colocados bovinos de corte
anelorados, em fase de terminação, durante a entressafra. A entrada dos 47
bovinos deu-se em agosto, com 370 kg/PV/animal em média e a retirada em
outubro com uma média de 483,4 kg/animal cerca de 75 dias depois, tendo os
animais recebido suplementação diária de uma mistura múltipla na base de 1%
de seu peso vivo. Considerou-se a lotação da pastagem em 2 UA/ha, o que
correspondeu a 2,26 animal/ha na saída.

O ganho de peso foi de 1.492 g/dia/animal, com 113,4 kg/animal no período, ou


17 arrobas aos 75 dias, com rendimento de carcaça de 55%. Observou-se,
portanto um ganho de 9,32 arrobas de carne por hectare ou 4,16 arrobas de
carne por animal em plena entressafra. Os custos da terminação no período
ficaram em torno dos R$ 101,00 ou menos 2 arrobas por boi e 2,29 arrobas/ha,
resultando num lucro de cerca de 7 arrobas por hectare.

35
Bois na fase final de engorda na entressafra em pasto formado no Sistema Santa Fé - UD de São
Raimundo das Mangabeiras-MA e de Uruçuí-PI, 2006.

Considerações finais

Os resultados obtidos nas Unidades Demonstrativas do PROTILP em Uruçuí-PI e


em São Raimundo das Mangabeiras-MA e os depoimentos dos produtores
parceiros e dos responsáveis técnicos das UDs, permitem afirmar que o sistema
de Integração Lavoura-Pecuária é uma alternativa economicamente viável por
proporcionar entrada anual de receita agrícola e animal na propriedade, podendo-
se considerar que esse sistema é uma boa alternativa para a diversificação da
exploração e imprescindível para a sustentabilidade do agronegócio nos cerrados
piauienses e maranhenses.

Estima-se que cerca de 5% dos produtores de grãos dos Cerrados piauienses e


de 10% dos produtores de grãos dos Cerrados maranhenses já iniciaram ou estão
planejando a adoção da Integração Lavoura-Pecuária em suas propriedades.

Milho + braquiária, Faz. Faveira - Tasso Fragoso-MA; soja com braquiária sobressemeada, Faz.
Nova Zelândia - Uruçuí-PI, 2008.

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A PECUÁRIA DE LEITE NA INTEGRAÇÃO LAVOURA-
PECUÁRIA-FLORESTA

Fausto Souza Sobrinho1; Alexandre Magno Brighenti1; Domingos Sávio


Campos Paciullo1; Wadson Sebastião Rocha1; Carlos Eugênio Martins1;
Luciano Patto Novaes2

A integração de lavouras com a pecuária de leite

Uma das alternativas para o pecuarista de leite é utilizar a integração lavoura-


pecuária por meio do consórcio de culturas anuais utilizadas para produção de
grãos, destinados à obtenção de concentrado, ou de silagem. O milho, o sorgo e
o milheto são culturas mais utilizadas para essas finalidades. As espécies
forrageiras, nessas situações, podem ser plantadas sem maiores prejuízos para
as culturas.

Lavouras de grãos também são desejáveis no sistema e seus produtos podem


ser empregados, além da comercialização direta, para a produção de
concentrado com menor custo. As opções das culturas e dos esquemas de
rotações utilizados são muitas, devendo ser adaptadas de acordo com o
interesse e aptidão de cada produtor e região. A assistência técnica deve sempre
estar presente para auxiliar os produtores nessa etapa. Como exemplo de
culturas e rotação para a integração lavoura-pecuária (ILP), na pecuária de leite,
segue o esquema abaixo (Figura 1).

Área 1 Área 2 Área 3


Milho Silagem + PASTO PASTO
1° ano
Forrageira DEGRADADO DEGRADADO
Milho Silagem + Milho Silagem + PASTO
2° ano
Forrageira Forrageira DEGRADADO
Milho Silagem + Milho Silagem +
3° ano PASTO
Forrageira Forrageira
Milho Silagem + Milho Silagem +
4° ano PASTO
Forrageira Forrageira
Milho Silagem + Milho Silagem +
5° ano PASTO
Forrageira Forrageira
Milho Silagem + Milho Silagem +
6° ano PASTO
Forrageira Forrageira
Figura 1. Esquema de rotação de culturas e forrageiras na ILP.

1
Pesquisador da Embrapa Gado de Leite. Rua Eugênio do Nascimento, 610, Dom Bosco. Juiz de
Fora, MG.
2
Pesquisador aposentado da Embrapa Gado de Leite.

37
Nesse caso, a área total da fazenda foi dividida em três glebas, sendo, cada uma
delas, cultivada por duas safras com milho para silagem e um ano e meio como
pasto. Após esse período, a área novamente será utilizada para produção de
silagem. Ressalta-se, contudo, que durante o inverno, período de maior escassez
de forragem, toda a área cultivada torna-se pasto.

Inclusão da pecuária leiteira no sistema ILP – oportunidade

Lembrando que a alimentação do rebanho representa até 60% do custo de


produção do leite, este pode ser bastante reduzido nos sistemas integrados, em
função, basicamente, da maior disponibilidade de alimentos na propriedade, em
quantidade e qualidade. Dois pontos merecem destaque: o primeiro refere-se à
introdução de culturas de grãos na propriedade ou na região produtora de leite. O
custo do transporte de grãos das principais regiões produtoras para as
propriedades de leite aumenta o preço do concentrado fornecido às vacas,
elevando o custo unitário de produção.

A proximidade ou a interação com a produção de grãos permitirá a utilização de


subprodutos das culturas ou das indústrias processadoras na formulação de
concentrados. Gera-se, então, expectativa de maior redução nos custos com a
suplementação concentrada. O segundo aspecto diz respeito à melhoria da
quantidade e qualidade de forragem disponível nas pastagens, via adubação das
culturas.

Como já mencionado, a maioria das pastagens brasileiras encontra-se abaixo do


seu potencial produtivo, ou seja, em algum estágio de degradação. Como
normalmente os pecuaristas não consideram a pastagem como uma lavoura, que
deve ser cuidada e adubada, a tendência é a redução cada vez maior do seu
potencial produtivo. Com a adoção da ILP, que é uma forma de intensificação da
exploração agrícola, haverá maior disponibilidade de forragem de melhor
qualidade para os animais, quer seja pela adubação residual das lavouras ou da
própria pastagem.

Com a ILP espera-se que hajam mudanças de atitude, tanto de pecuaristas como
de agricultores. No caso específico dos pecuaristas, os custos de recuperação
das pastagens serão embutidos na atividade agrícola, fazendo com que
percebam que os gastos com a adubação anual das pastagens são menores que
os prejuízos causados pela redução da produção de forragem e/ou pela
necessidade de altas doses de corretivos e adubos a cada vez que as pastagens
forem sucedidas por lavouras.

A elevação e manutenção da disponibilidade de forragem de qualidade deverão


exigir novos padrões de gestão dos fatores de produção dentro das fazendas,
como a adoção de animais de maior potencial genético. Com uma alimentação de
melhor qualidade o rebanho poderá expressar o seu potencial genético para
produção de leite, com possibilidade de incremento de renda para os produtores.

38
Portanto, melhorias na gestão das propriedades serão necessárias não só pela
inclusão de novos fatores na exploração leiteira, mas principalmente em função
da introdução de atividades agrícolas muitas vezes desconhecidas dos
pecuaristas. Por isso, o acompanhamento da assistência técnica é essencial
para a adoção das tecnologias preconizadas pela ILP.

Outra característica importante da ILP, com reflexos positivos no aumento da


competitividade da exploração leiteira, é a possibilidade de se ter pastos recém-
formados todos os anos. Nota-se que os pastos de primeiro ano mantêm-se
verdes por mais tempo no início da estação seca, retardando a necessidade de
suplementação volumosa no cocho. Como a escassez de alimentos nessa época
do ano é um dos principais gargalos da produção de leite a pasto, a ILP poderá
contribuir com a disponibilização de alimentos na maior parte do ano, sem
suplementação de volumosos. Além do mais, como pode ser visualizado na
Figura 2, dentro de uma propriedade de leite é possível a obtenção de renda extra
a partir da produção e comercialização de alimentos (grãos, silagem e feno) e de
maior número de animais por unidade de área.

A FAZENDA LEITEIRA
PRODUÇ
PRODUÇÃO DE
ALIMENTOS ANIMAIS M
ANIMAIS E
R
LEITE •CRIA C
A
•RECRIA D
O

M
M E
E •PASTO R
R C
C •SILAGEM VACAS
A
A LEITEIRAS D
D •FENO O
O
•CONC.

PRODUÇ
PRODUÇÃO DE PRODUÇ
PRODUÇÃO DE
ALIMENTOS LEITE

Figura 2. Representação esquemática de uma propriedade que explora a pecuária leiteira e suas
relações com o mercado (Assis e Alves, 2000).

Nos cultivos consorciados, a semeadura da forrageira pode ser simultânea à


cultura ou com alguma defasagem para minimizar a competição inicial que possa
reduzir a produtividade final da lavoura. Apesar da preocupação de muitos
agricultores, na maioria das vezes as forrageiras não prejudicam o desempenho
das culturas, mesmo quando semeadas simultaneamente, em função,
principalmente, de diferenças na curva de crescimento das espécies,
possibilitando a obtenção de rendimentos das culturas consorciadas compatíveis
com aqueles obtidos em cultivos solteiros (Tabela 1).

39
Quando o desenvolvimento inicial da lavoura é prejudicado por algum motivo, ou
quando a forrageira apresenta grande vigor, é possível retardar o
desenvolvimento desta última, sem prejuízos para as lavouras, por meio da
aplicação de herbicidas seletivos, em subdoses. Nesse caso, não há a morte da
forrageira, apenas sua supressão parcial ou a paralisação do seu
desenvolvimento por intoxicação com os herbicidas aplicados. É importante
ressaltar que mesmo sem a aplicação de herbicida o desenvolvimento inicial da
braquiária é bem mais lento que o do milho.

Tabela 1. Rendimentos de grãos de milho, sorgo e soja e forragem de milho e


sorgo em função da presença ou não de cultivo consorciado de lavoura e
pastagem.
1
Rendimento (kg/ha)
Cultura
Solteiro Consorciado
2
Milho grão 6.877 6.795
3
Milho grão 6.354 6.401
2
Milho – forragem (massa verde) 48.367 48.467
4
Sorgo grão 3.687 3.581
4
Sorgo – forragem (massa verde) 32.333 32.867
2
Soja 3.056 2.414
5
Soja 2.971 2.677
1
Média de seis repetições.
2
Média de quatro locais.
3
Média de dois locais com aplicação de 6 g i.a./ha de nicosulfuron no milho consorciado.
4
Média de três locais.
5
Média de três locais com aplicação de 24 g i.a./ha de haloxyfop-methyl na soja consorciada.

Fonte: adaptado de Kluthcouski et al. (2000).

O tipo de semeadura utilizado para a forrageira, simultânea ou defasada da


lavoura, influencia diretamente na formação da pastagem. A semeadura
simultânea favorece a produção de forragem, possibilitando a obtenção de pasto
de boa qualidade em menor intervalo de tempo. Contudo, há maior possibilidade
de competição com a lavoura, havendo necessidade de intervenção por meio de
herbicidas seletivos. A semeadura defasada favorece a lavoura, reduzindo ou
eliminando a competição no seu período crítico. Nesse caso, pelo fato da cultura
já estar estabelecida, há maior dificuldade de formação da pastagem. Mesmo
após a germinação, em função do sombreamento, o desenvolvimento da
forrageira é muito lento e pode haver morte de plantas, reduzindo o estande da
pastagem. Com isto, haverá menor produção de forragem no curto prazo (Tabela
2).

40
Tabela 2. Produtividade de milho para silagem e Brachiaria brizantha em função
de arranjos de semeadura.

Biomassa seca de B. brizantha


Biomassa fresca de milho
Arranjos de semeadura (kg/ha)
para silagem (kg/ha)
Colheita 60 DAC
Duas linhas de braquiária
39.000 2.780 6.240
na entrelinha do milho
Braquiária a lanço no
41.880 1.390 3.100
plantio do milho
Braquiária a lanço 30 dias
37.670 70 200
após o plantio do milho
Milho solteiro 41.580 - -
Fonte: Freitas et al. (2005).

As decisões sobre quais culturas serão empregadas na ILP deverão ser tomadas
pelo produtor, auxiliado pela assistência técnica, bem como a opção pelos
esquemas de rotação e a forma de operacionalizar o consórcio. Normalmente os
agricultores utilizam rotações em que o pasto permanece por menor tempo (1 a 2
anos, por exemplo), ao contrário dos pecuaristas, que preferem utilizar as
pastagens por intervalos de tempo maiores. É importante mencionar que o
incremento em quantidade e qualidade da forragem advindo da ILP é decorrente
da correção e disponibilização de nutrientes via adubação das lavouras. Quando o
intervalo de renovação dos pastos, ou seja, de retorno das lavouras nas áreas de
pastagens, for maior que 2 a 3 anos é recomendada adubação da forrageira para
evitar uma queda acentuada na produtividade.

O componente arbóreo no sistema de ILP com a pecuária de leite

Atualmente, tem sido preconizada a inserção do componente florestal no sistema


de integração lavoura-pecuária. Esse sistema, acrescido da floresta (ILPF), é
formado por diferentes cadeias de produção de grãos, leite, carne e madeira,
implantados numa mesma área, em consórcio, em rotação ou em sucessão de
cultivos.

Alguns benefícios atribuídos à inclusão do componente arbóreo nesses sistemas


são:
· Aumento da biodiversidade da área;
· Melhoria das propriedades físicas, químicas e biológicas do solo em
virtude da diversidade de culturas, do aproveitamento de diferentes
nutrientes, profundidade dos sistemas radiculares;
· Contribuição na conservação do solo pela sua maior cobertura e,
conseqüentemente, melhor controle da erosão;
· Maior eficiência no uso da água pelo aumento da infiltração e redução da
evaporação;
· Melhoria do conforto térmico para os animais;
· Melhoria do valor nutricional da forragem para os animais;
· Aumento da retenção de carbono (seqüestro) no sistema; e
· Diversificação de produtos e incremento da renda da propriedade.
41
Resultados de pesquisas realizadas na Embrapa Gado de Leite, envolvendo
sistemas silvipastoris, não apresentaram efeitos significativos da sombra na
produtividade de forragem de B. decumbens (Tabela 3). Por outro lado, obteve-se
ganhos consideráveis na qualidade da forragem produzida, além de maior
conforto para os animais (Figura 3). O sombreamento por árvores proporcionou,
respectivamente, incrementos de 28% e 12% no porcentual de proteína bruta e
digestibilidade in vitro da matéria seca das folhas das forrageiras (Tabela 4).

Tabela 3 - Massas secas de forragem total e verde (kg/ha) em Sistema


Silvipastoril (SSP) e pastagem exclusiva de Brachiaria decumbens (BRA).

Seca* Chuvas*
Tratamento
Massa seca total Massa seca verde Massa seca total Massa seca verde
SSP 1.638 1.010 2.240 1.837
BRA 1.842 1.220 2.293 1.835
* Valores não-significativos entre tratamentos (P>0,05).

Figura 3. Novilhas na sombra das árvores em Sistema Silvipastoril do Campo Experimental de


Coronel Pacheco, da Embrapa Gado de Leite.

Tabela 4 - Componentes nutricionais da Brachiaria decumbens, de acordo


com as condições de luz.

Condições de luminosidade
Característica Sombreamento por
Sol pleno
árvores
Proteína bruta (% na MS da folha) 9,6 b 12,4 a
Fibra em detergente neutro (% na MS) 75,9 a 73,1 b
Digestibilidade in vitro da MS (%) 47,6 b 53,2 a

Médias seguidas pelas mesmas letras, na linha, não diferem entre si, pelo teste de F (P<0,05).

42
Na escolha do componente arbóreo alguns aspectos devem ser considerados,
entre eles:

a) Seleção de espécies de árvores que estejam adaptadas ao clima e solo


da região;
b) Escolha de espécies com base no tipo de exploração pretendida. Para
isso, o conhecimento do mercado dos possíveis produtos das árvores, tais como
a madeira, rezinas e frutos, é fundamental;
c) Conhecimento do valor dos produtos que serão obtidos;
d) Árvores que apresentem crescimento rápido;
e) Optar por árvores com raízes profundas, característica importante para
reduzir a competição entre as árvores e o pasto por umidade e nutrientes;
f) A copa das árvores deve promover um sombreamento apenas moderado.
Deve-se optar por espécies de árvores que permitam que parte da radiação solar
atravesse sua copa, permitindo o crescimento das forrageiras;
g) Capacidade de prover serviços ambientais, proporcionando benefícios
como fixação biológica de nitrogênio, aumento da ciclagem de nutrientes,
controle da erosão e do escoamento superficial de água de chuva são
importantes em sistemas de produção. Para se obter melhoria na fertilidade do
solo, deve-se priorizar a utilização de leguminosas fixadoras de N2, que possuam
características apropriadas para fornecer sombra e adicionar biomassa ao solo
da pastagem (Alvim et al., 2004); e
h) Não apresentar efeitos negativos sobre os animais, como toxicidade, ou
sobre as pastagens, como alelopatia negativa.

Conclusão

Vários trabalhos têm sido conduzidos com a finalidade de testar espécies e


arranjos espaciais de implantação dos cultivos que melhor se ajustam a esse
sistema. De modo geral, os plantios têm sido em renques, com espaçamento
entre árvores ajustado para permitir o estabelecimento da pastagem e comportar
a presença de animais. No plantio em renque, as árvores são dispostas em
espaçamentos regulares entre linhas simples ou faixas com duas linhas e entre
plantas na linha de plantio. Geralmente, no arranjo com linhas duplas, as árvores
são dispostas em espaçamentos 2 x 3 ou 3 x 3 m, dentro da faixa de plantio
(Oliveira et al., 2003). Em área com relevo ondulado as árvores devem ser
plantadas em nível, enquanto para terrenos planos deve-se dar preferência para
o plantio no sentido leste-oeste, o que permitirá maior incidência de luz no sub-
bosque e, conseqüentemente, melhores condições para crescimento da
forrageira na entrelinha.

43
CONSÓRCIO DE MILHO COM BRAQUIÁRIA: PRODUÇÃO DE
FORRAGEM E PALHADA PARA O PLANTIO DIRETO

Carlos Alexandre Costa Crusciol¹


Ciniro Costa²

O consórcio do milho com a braquiária em integração lavoura-pecuária (ILP), é


possível graças ao diferencial de tempo e espaço no acúmulo de biomassa entre
as espécies. Os resultados de pesquisas desenvolvidos na FCA/UNESP,
Campus de Botucatu, envolvendo o cultivo consorciado de milho com Brachiaria
brizantha demonstram a viabilidade deste sistema de produção.

O agricultor pode fazer uso da consorciação na linha ou na entrelinha no


momento da semeadura da cultura do milho (Figura 1), utilizando semeadora
adubadora, com densidade de semeadura da B. brizantha de 2,5 kg ha-1 de
sementes puras viáveis. Para tanto, as sementes devem ser misturadas ao
adubo e acondicionadas no compartimento de fertilizante da semeadora, e
distribuídas na profundidade de até 8 cm, as quais ficarão localizadas abaixo da
semente de milho.

O cultivo consorciado da braquiária simultaneamente à semeadura do milho na


linha + entrelinha no momento da adubação de cobertura do milho (Figura 2),
pode reduzir a produtividade de grãos em função da maior competição entre as
espécies. Caso o agricultor opte por essa modalidade, poderá haver
necessidade da aplicação de subdoses de herbicida para reduzir o
desenvolvimento da forrageira.

Comparando as épocas de consorciação, constatam-se resultados mais


promissores com o estabelecimento das duas espécies na semeadura
simultânea em relação ao consórcio efetuado por ocasião da adubação de
cobertura.

Quanto ao tempo de permanência da mistura das sementes da forrageira com os


fertilizantes minerais, os resultados obtidos até o momento, ainda que
preliminares, são animadores, possibilitando a mistura de grandes volumes
utilizando diferentes fertilizantes (fosfatados, cloreto de potássio e formulado
farelado) com sementes de B. brizantha cv. Marandu para serem utilizadas até
96 horas após a mistura, sem afetar significativamente a germinação da
forrageira em condições de solo com umidade adequada (Figuras 3a, 3b, 3c e
3d).

¹ Eng. Agrônomo, Professor Adjunto FCA/UNESP.


² Zootecnista, Professor Adjunto FCA/UNESP.

44
11193
10856 10913
produtividade de milho (kg ha )
9161
-1

Milho Solteiro Milho + braquiária na Milho + braquiária na Milho + braquiária na


linha entrelinha linha + entrelinha

Figura 1: Produtividade de grãos de milho consorciado com Brachiaria brizantha cv. Marandu em
quatro modalidades de cultivo. Fonte: Borghi & Crusciol (2007).

10924

10212
10048
produtividade de milho (kg ha )
-1

Milho Solteiro Milho + braquiária em Milho + braquiária na


cobertura semeadura

Figura 2: Produtividade de grãos de milho consorciado com Brachiaria brizantha cv. Marandu em
duas épocas de estabelecimento do consórcio. Fonte: Borghi & Crusciol (dados não publicados).

45
2 2
Uréia y = -0,003x+ 0,312x + 21,04 =R0,86* 45
Sulfato de Amônio y = -0,004x
2 2 43
50 + 0,4594x + 30,59 =R0,87*
41
39 y = 38,435
45

Germinação(%)
37
Germinação (%)

40
35
35 33 y = 34,477
31
30
29
25 27
25
20
0 12 24 36 48 60 72 84 96
0 12 24 36 48 60 72 84 96
Tempo (h)
Tempo (h)
Super Simples Super Triplo

2 2
y = 37,185
Cloreto de Potássio Granuladoy = 0,004x- 0,310x + 40,28
= 0,77
R

2 50 2
Farelado y = -0,003x
2
+ 0,337x + 30,93
= 0,30
R
y = 0,1156x + 33,353
Sulfato de potássio = 0,51*
R
44 45
42
40

Germinação(%)
40
Germinação (%)

35
38

36 30

34 25
32
20
30 0 12 24 36 48 60 72 84 96
0 12 24 36 48 60 72 84 96
Tempo (h)
Tempo (h)

Figura 3: Efeito de fontes e períodos de contato com fertilizantes sobre a germinação de sementes de
Brachiaria brizantha cv. Marandu. Fonte: Mateus et al. (2007).

Por segurança, a recomendação quando se utiliza a mistura de fertilizante com B.


brizantha cv. Marandu deve ser de no máximo 48 horas. Esse tempo pode ser
considerado adequado para facilitar a logística das propriedades, independente
do tamanho, não havendo necessidade de realizar a mistura todos os dias.

A pastagem formada após a colheita do milho será de boa qualidade, pois as


espécies de braquiárias possuem sistema radicular vigoroso e profundo,
especialmente no ano de implantação, que lhes confere elevada tolerância à
deficiência hídrica.

Em razão dessa característica é possível a obtenção de elevada produção de


forragens durante o período da seca e com qualidade suficiente para incrementar
a produtividade do rebanho (Figuras 4 e 5). Assim, o sistema ILP, associado as
demais práticas de manejo do rebanho, permite o aumento da capacidade de
suporte das pastagens em até 2 UA/ha/ano (UA = unidade animal, corresponde a
450 kg de Peso Vivo), elevando, portanto em 3 a 4 vezes a média nacional que é
de 0,5 UA/ha/ano. O sistema permite ainda, aumentar a taxa de desfrute do
rebanho de 17% atuais para 40%. Desta forma, o sistema ILP proporciona maior
produção de grãos, de carne e de leite, sem abertura de novas fronteiras.

46
9333
8505 8524
7930 7700
Massa seca de forragem de braquiária

5450
(kg ha -1 )

3937
3400

Milho + braquiária na linha

7/5/2003 25/6/2003 29/8/2003 23/9/2003 5/11/2003 24/4/2004 25/8/2004 29/9/2004

Figura 4: Produtividade de massa seca da forragem de Brachiaria brizantha cv. Marandu quando
consorciada com milho simultaneamente à semeadura, determinadas em oito épocas após a colheita
de grãos, no período de outono-primavera dos anos agrícolas de 2002/2003 e 2003/2004.

maio - após colheita do milho setembro - pastagem


Proteína bruta (%) na braquiária

12 13
12

7 7 7

Milho + braquiária na linha Milho + braquiária na Milho + braquiária na linha +


entrelinha entrelinha

Figura 5 - Valores percentuais de proteína bruta de forragem de Brachiaria brizantha cv. Marandu nos
meses de maio (quando ainda consorciada com o milho) e setembro (120 dias após a colheita de
grãos). Fonte: Borghi (2004).

47
O cultivo consorciado do milho com braquiária tem refletido diretamente na
fertilidade do solo (Figuras 6a, 6b. 6c, 6d e 6e), reduzindo a acidez e aumentando
os teores de matéria orgânica, fósforo, potássio, cálcio e magnésio, com reflexo
direto na CTC (capacidade de troca catiônica) e na saturação por bases (V%),
quando comparado às áreas sob sistema plantio direto com cultivo exclusivo de
milho no verão e pousio no período de outono/inverno/primavera, ou com a
sucessão milho/aveia. Esses resultados são decorrentes do grande aporte de
palhada somado ao grande volume de raízes em profundidade proporcionados
pela braquiária, aliado ao fato das espécies de gramíneas forrageiras tropicais
serem mais eficientes no aproveitamento do fósforo (P) do solo do que as culturas
anuais.

Na literatura há relatos de menor adsorção de P em solos cultivados com


forrageiras em relação aos cultivos com culturas anuais de grãos. Isso é
decorrente da oxidação de grande parte da matéria orgânica, liberando os sítios
de adsorção dos óxidos. Assim, quanto maiores os teores de matéria orgânica,
menor é a adsorção de P. O aumento do teor de potássio (K) trocável no solo
pode ser explicado pela grande capacidade de absorção e acúmulo de K que as
braquiárias possuem na ciclagem do nutriente. Assim, a presença da forrageira
na área, no período de outono/inverno/primavera, na forma de pastagem,
proporcionou grande ciclagem do nutriente, incrementando os teores de K nas
camadas superficiais, mediante a decomposição do material orgânico
remanescente, após sua dessecação.

O sistema ILP também tem promovido melhorias nas qualidades físicas e físico-
hídricas do solo em profundidade, provavelmente em decorrência do grande
aporte de matéria seca radicular no perfil do solo pela forrageira. Em camadas
mais superficiais, como de 0 a 20 cm, o cultivo de braquiária não surte tanto efeito
na melhoria da qualidade estrutural do solo, devido, provavelmente, à grande
colonização das raízes de milho nessa profundidade (Figuras 7a, 7b e Tabela 1).

Plantio direto de milho consorciado com braquiária no Sítio São Manoel em Birigui-SP, e milho
consorciado com braquiária para silagem na Faz. Nossa Senhora Aparecida em Lins-SP.

48
pH (CaCl
2) -1
M. O. (g kg )
4,00 4,50 5,00 5,50 6,00 15 20 25 30
0,00 0,00

0,10 0,10

0,20 0,20
milho
0,30 0,30
milho + braquiária

0,40 0,40

0,50 0,50

-3 -3
P (mg dm ) K (mmolc dm )
2 6 10 14 18 22 26 1,0 1,5 2,0 2,5 3,0 3,5 4,0 4,5 5,0
0,00 0,00

0,10 0,10

0,20 0,20

0,30 0,30

0,40 0,40

0,50 0,50

V (%)
40 45 50 55 60 65 70 75 80
0,00

0,10

0,20

0,30

0,40

0,50

Figura 6: Alterações na fertilidade do solo após dois anos de cultivo consorciado de milho com
Bachiaria brizantha cv. Marandu. (a) pH; (b) matéria orgânica; (c) fósforo; (d) potássio; (e) saturação
por bases. Fonte: Crusciol et al. (2006).

49
0.06
cm -3 (A) (B)
0.05
3

0.04
Água no solo, cm

0.03

0.02
Milho Solteiro
0.01
MBL
0.00
1.10 1.15 1.20 1.25 1.30 1.35 1.40 1.45 1.10 1.15 1.20 1.25 1.30 1.35 1.40 1.45
-3
Densidade do solo, g cm -3 Densidade do solo, g cm

Figura 7. Variação do Intervalo Hídrico Ótimo nos dois sistemas de manejo (milho solteiro e milho
consorciado com Brachiaria na linha de semeadura-MBL) nas camadas de 0 a 20 cm (A) e 20 a 40 cm
(B) de profundidade. Fonte: Crusciol et al. (2007).

Tabela 1. Valores médios de densidade do solo (Ds), resistência à penetração


(RP), macro, micro e porosidade total, das amostras coletadas no centro das
camadas de 0 a 20 e 20 a 40 cm de profundidade. Fonte: Crusciol et al. (2007).

Densidade RP(1) Porosidade (m 3 m-3)


Tratamento -3
(Mg m ) (MPa) Total Macro Micro
0 a 20 cm
Milho Solteiro 1,23 3,4 0,52 0,11 0,42
Milho + Braquiária 1,23 3,1 0,53 0,10 0,43
20 a 40 cm
Milho Solteiro 1,25 3,7 0,51 0,09 0,43
Milho + Braquiária 1,25 3,0 0,54 0,12 0,42
(1)
RP = Resistência mecânica do solo à penetração com água retida na tensão de 0,01 Mpa.

50
FINANCIAMENTO PARA PROJETOS DE INTEGRAÇÃO
LAVOURA-PECUÁRIA

O financiamento de projetos de integração lavoura-pecuária poderá ser obtido


com recursos do Programa de Integração Lavoura-Pecuária - PROLAPEC e dos
Fundos Constitucionais (FNO, FNE e FCO), conforme regras estabelecidas nos
termos do Capítulo 13, Seção 9, do Manual de Crédito Rural-MCR do Banco
Central. Os recursos do PROLAPEC poderão ser obtidos, ainda, via Banco
Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social-BNDES.

Objetivos do PROLAPEC

Intensificar o uso da terra em áreas já desmatadas por meio do estímulo à


§
adoção de sistemas de produção que integrem a agricultura-pecuária-
silvicultura;
§ Aumentar a produção de produtos agropecuários em áreas já desmatadas;
§ Disponibilizar recursos para investimentos necessários à implantação de
sistemas de integração de agricultura com pecuária;
§ Aumentar a produção agropecuária em áreas já desmatadas, a oferta
interna e a exportação de carnes, produtos lácteos, grãos, fibras e
oleaginosas;
§ Estimular a adoção do Plantio Direto;
§ Diversificar a renda do produtor rural;
§ Estimular a adoção de sistemas de produção sustentáveis do ponto de
vista econômico e ambiental;
§ Assegurar condições para o uso racional e sustentável das áreas agrícolas
e de pastagens, reduzindo problemas ambientais causados pela utilização da
prática de queimadas, pela erosão, pela monocultura, pela redução do teor de
matéria orgânica do solo e outros; e
§ Diminuir a pressão de desmatamento de novas áreas.

Beneficiários

§
Produtores rurais, pessoas físicas ou jurídicas;
§
Cooperativas de produção e associação de produtores rurais, desde que
se dediquem à atividade produtiva no setor rural.

51
Itens financiáveis:

Adequação do solo para o plantio, envolvendo preparo do solo,


§
aquisição, transporte, aplicação e incorporação de corretivos agrícolas
(calcário e outros), a marcação e construção de terraços, a realocação de
estradas e plantio de cultura de cobertura do solo;
Aquisição de sementes e mudas para formação de pastagens;
§
Implantação de pastagens;
§
Construção e modernização de benfeitorias e de instalações destinadas
§
à produção no sistema de integração;
Aquisição de máquinas e equipamentos para a agricultura e/ou pecuária
§
associados ao projeto de integração objeto do financiamento, não
financiáveis pelo Programa de Modernização da Frota de Tratores
Agrícolas e Implementos Associados e Colheitadeiras – MODERFROTA;
Adequação ambiental da propriedade rural à legislação vigente;
§
Aquisição de bovinos, ovinos e caprinos para reprodução, recria e
§
terminação;
Aquisição de sêmen de bovinos, ovinos e caprinos;
§
Capital de giro associado ao investimento; e
§
Assistência técnica.
§

O financiamento para o custeio deverá estar associado a projetos de


implantação e/ou ampliação de sistemas de integração de agricultura com
pecuária.

As máquinas e os equipamentos para implantar o projeto de integração lavoura-pecuária podem ser


financiados ao abrigo do PROLAPEC ou pelo MODERFROTA.

52
Condições de Financiamento

Taxa de Juros: 6,75% a.a., incluída a remuneração da instituição financeira


credenciada.
Prazo: até 60 (sessenta) meses, incluídos até 24 meses de carência.
Limite de Financiamento: cada beneficiário poderá ter financiamentos
contratados, neste Programa, no valor de até R$ 300.000,00 por produtor,
independentemente de outros empréstimos concedidos ao amparo de recursos
controlados do crédito rural. Este limite poderá ser elevado para até
R$ 345.000,00 por beneficiário que comprovar:

A existência de reservas legais e de áreas de preservação permanente


·
no empreendimento, na forma prevista na legislação ambiental; ou
Apresentar plano de recuperação com anuência da Secretaria Estadual
·
do Meio Ambiente, do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos
Recursos Naturais Renováveis (IBAMA) ou do Ministério Público
Estadual.

Obs: Até 40% do valor financiado pode ser utilizado para aquisição de
animais para engorda na entressafra.

Elaboração de Projeto e Assistência Técnica

O agente financeiro exige a apresentação de projeto técnico detalhado, indicando


as características da área e das técnicas de integração lavoura-pecuária-
silvicultura, a capacidade de amortização do investimento e o fluxo de caixa do
projeto.

Outras informações sobre o PROLAPEC poderão ser obtidas no Banco do


Brasil, Banco da Amazônia, Banco do Nordeste e BNDES.

Secretaria de Desenvolvimento Agropecuário e Cooperativismo - SDC


Departamento de Sistemas de Produção e Sustentabilidade - DEPROS
Coordenação Geral de Desenvolvimento Sustentável - CGDS
Coordenação de Manejo Sustentável dos Sistemas Produtivos - CMSP
Telefones: (61) 3218.2417 e 3218.2433 - Fax: (61) 3223.5350
Brasília - Distrito Federal
53
FONTES CONSULTADAS
Fontes Consultadas
ALVARENGA, R. C. Integração Lavoura-Pecuária. In: SIMPÓSIO DE PECUÁRIA DE CORTE. 3. Anais... Belo
Horizonte-MG: UFMG, cd rom, 2004.

AMBROSI, I.; SANTOS, H. P. dos. Análise econômica de sistemas de produção de grãos envolvendo pastagens de
inverno e de verão, sob sistema plantio direto. In: XXVII Reunião de Pesquisa de Soja da Região Sul, 1999, Chapecó,
SC. Soja: resultados de pesquisa 1998/99. Passo Fundo, RS : Embrapa Trigo, 1999. p. 130-136.

KICHEL, A. N.; MIRANDA, C. H. B.; TAMBOSI, S. A. T. Produção de bovinos de corte com a integração agricultura x
pecuária. In: SIMPÓSIO DE FORRAGICULTURA E PASTAGENS: TEMAS EM EVIDÊNCIAS, 1., 2000, Lavras.
Anais... Lavras: UFLA, 2000.

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