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A OUSADIA DE LANÇAR-SE

O exercício constante da arte de escolher


“Quando te prendes a algo deixas de lançar-te ao todo” (S.João da Cruz)

Lançar-se é entregar-se. E não se pode conseguir enquanto restar “algo”.


Se o consideramos em sua natureza, condições e motivações, nos daremos conta
de que o lançar-se não é de forma alguma uma operação irresponsável, ainda
que seja audaciosa e arriscada.
Trata-se de uma operação levada a têrmo na luz do Espírito Santo e na grande
motivação vocacional, que nada tem a ver com o voluntarismo, com a busca do
sensacional.
Lançar-se, então, é um ato supremo de sabedoria, é compreender que a pessoa
jamais será ela mesma se
não optar por ir além de si, se não aceitar o convite para atirar-se
além de si mesma.
Lançar-se é, portanto, fruto de três realidades:
* é fruto do Espírito Santo, dom que podemos humildemente pedir,
reconhecendo que não o
temos e confessando que o desejamos (fruto da aceitação de nossa
condição frágil, pobre...);
* é fruto de ligação intensa e única com Jesus, instaurada em
totalidade de doação;
* é fruto de ligação com as pessoas, já vivida no serviço ou como
antecipação.
No lançar-se está implícita a perseverança; não se trata de um ato heróico, de
momento.
O lançar-se implica uma dedicação definitiva, até o fim e,
portanto, é algo muito grande.
Porque “lançar-se” é bem diferente de “inclinar-se”.
Quando me inclino, nada me impede, a certa altura, de me retirar,
enquanto que, se eu me
lanço, estou me afastando, comprometendo-me definitivamente, não
me é possível voltar atrás.
Se temos de fazer algo, devemos fazê-lo da melhor maneira possível. Até
o fim. Cortar a escada e
queimar os navios. Não deixar portas de emergência, porque, se forem
deixadas, serão usadas.
No lançar-se está também implícito o desembaraço e o gosto pelo risco, uma
vez que “lançar-se” não
significa simplesmente calcular, avaliar cuidadosamente, mas sim levar em
consideração o imprevisível.
No “lançar-se” há até mesmo, como ingrediente, uma pitada de
“irresponsabilidade”:
devo ir além daquilo que está garantido, afinal quem sai ganhando sou
sempre eu.
Uma pitada de loucura, portanto, um sabor de aventura. Por isso é
profundamente huma-
no e tem certa relação com a arte, com a música, com a fantasia, com
a estética, com o brincar.
A maneira acertada de tomar decisões é adquirir, primeiro, a maior liberdade
interior possível de todo tipo de medo, fobias, pré-conceitos e complexos, saber-
se em equilíbrio e confiar na inclinação do coração diante das oportunidades
que se apresentam.
Livrar-se primeiro de tudo o que pode viciar a eleição e alcançar a
transparência e o equilíbrio do céu aberto e do mar em calma até horizontes
amplos.
Entrar, depois, em contato com tudo o que faz parte da eleição, por dentro e por
fora, de perto e de longe, com o coração em posse de si mesmo e em presença
de Deus, eixo central de toda essa realidade de que fazemos parte ao decidir a
vida. E finalmente, com confiança em nós mesmos e no Deus que nos guia,
afrouxar as rédeas do coração, procurar ver o caminho instintivo e lançar-se a
ele com alegria.
Esse é o caminho dos sábios e dos santos.

Passos para a oração


1. Coloque-se na presença de Deus. Tome consciência de sua história
e suas experiências de Deus. Ele pergunta: “o que você quer?”,
“o que você busca?”
2. Peça a graça: “Não ser surdo ao Seu chamado, mas pronto
e diligente em fazer Sua Vontade”.
3. Leia com fé a Palavra de Deus: Gen. 12,1-10; At. 20,22-24
4. Escute a “Palavra interior”, a partir dos pensamentos que
surgem em você, das moções... “O que Ele diz? Que resposta você
precisa dar?”
5. Finalize a oração com um colóquio.

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