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"De que signo és?" é uma forma convencional de entabular conversa, que mostra
quão arraigada está a astrologia na nossa cultura. Muitos jornais, revistas e
programas de televisão possuem espaços regularmente atribuídos para consultas
astrológicas. Os livros sobre astrologia, e em particular aqueles dedicados às
previsões para o ano que se inicia, vendem milhões de exemplares. Apesar de
relativamente poucas pessoas dependerem seriamente da astrologia como guia das
suas vidas, um número muito alto considera que há algo de verdadeiro nela. Para
avaliar tal noção, faremos uma breve revisão da história, do fundamento científico
e da posição bíblica sobre o tema.
HISTÓRIA
Durante a maior parte da sua longa história, a astrologia acompanhou a sua "irmã
sensata", a astronomia. De facto, aqueles que praticavam esta também cultivavam
aquela, e eram designados pela denominação grega comum de "matemáticos".
O senso comum sugere que algumas noções da astrologia são muito duvidosas. Por
exemplo, é difícil crer que o horóscopo de dezenas de pessoas de diferente signo
falecidas num acidente aéreo indicasse exactamente o mesmo para todas.
As previsões dos astrólogos são vagas, gerais, ou baseadas no conhecimento da
actualidade. No entanto, nenhum "predisse" acontecimentos muito notáveis mas
inesperados, como a morte de John Lennon ou Lady Di, a queda do muro de
Berlim ou a dissolução da União Soviética; não estariam escritos nos astros?
Do ponto de vista físico, não existem forças conhecidas que possam explicar,
ao menos teoricamente, a influência dos planetas e outros astros sobre
acontecimentos terrestres; muito menos que justifiquem a noção de que
distintos planetas têm efeitos diferentes sobre as pessoas ou acontecimentos.
Muitas pessoas tendem a crer na astrologia porque estimam que a descrição que
faz das suas pessoas é correcta, pelo menos em alguns aspectos. É uma ilusão, que
se baseia no facto de as descrições serem o suficientemente amplas para
adaptar-se a muitas pessoas, e por outro lado se contarem as coincidências mas
não se descontarem os erros. Se se fizesse isto, se veria que o valor das descrições
é nulo (os acertos e desacertos tendem a anular-se). Em conclusão, não existe a
menor prova científica de que a astrologia tenha valor preditivo ou descritivo.
CRÍTICA BÍBLICA
A Escritura ensina que as estrelas, como o resto do universo, são uma criação de
Deus (Génesis 1:16). Apesar de, com a ajuda de uma concordância, se poderem
encontrar numerosas referências literais e figuradas aos astros, a Bíblia jamais
ensina que tenham a mais mínima influência sobre os assuntos humanos.
O Apóstolo Paulo ensinou que era o cúmulo do pecado adorar a criação em vez
do Criador (Rom 1:25-26). Os que são de Cristo, diz, não devem submeter-se a
nada criado, e adverte especificamente contra o que chama "princípios elementares
do cosmos" (Col. 2:8,20), provável alusão aos astros.
CONCLUSÃO
Desde a sua origem a astrologia não tem sido outra coisa senão vã superstição.
As tentativas de dar-lhe fundamento científico, demonstrar a sua confiabilidade ou
combiná-la com a psicologia têm sido completamente infrutuosas. A Bíblia a
denuncia como a idolatria e falsa ciência que é.
ORIENTAÇÃO BIBLIOGRÁFICA
Tácito da Gama Leite: Ciência, magia ou superstição? (São Paulo: Vida, 1987).