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ESPECTROSCOPIA DE IMPEDÂNCIA ELETROQUÍMICA DE PÁTINAS ARTIFICIAIS

PRODUZIDAS SOBRE COBRE E BRONZE QUANDO EXPOSTAS A SOLUÇÕES DE


CLORETO DE SÓDIO DE MODO CONTÍNUO OU INTERMITENTE

Rocio del Pilar Bendezú Hernández(*); Augusto Câmara Neiva (*);Camila Freitas Salgueiredo (*); Hercílio Gomes de
Melo (*); (*) Departamento de Engenharia Química da Escola Politécnica da USP

Introdução Resultados
Camadas de corrosão artificiais estáveis, A exposição às soluções e ao ambiente teve
usualmente denominadas pátinas artificiais, diversos efeitos microestruturais sobre as diferentes
tradicionalmente são utilizadas por artistas e arquitetos pátinas, tais como o bloqueamento parcial de poros de
para criar efeitos especiais de cor e textura na camadas externas porosas por produtos de corrosão
superfície de componentes metálicos. Além disso, elas (pátinas S1), a redissolução de parte destes produtos de
são utilizadas por restauradores para simular camadas corrosão com maiores tempos de exposição (pátinas
naturais de corrosão na restauração de peças metálicas S1), a dissolução de grandes regiões das camadas
do patrimônio cultural. Nos últimos anos, elas vêm externas (pátinas S4-25 e S4-50) e a deposição de
ainda atraindo a atenção dos cientistas da corrosão cristalitos e de camadas densas (pátinas S1, S2, S4-25 e
como ferramentas para compreender o comportamento S4-50). Estas modificações puderam ser associadas às
de corrosão de peças antigas expostas ao solo, à água modificações do módulo de impedância e do ângulo de
ou à atmosfera. No presente trabalho, utilizamos a fase. Nas condições do estudo, o crescimento do
espectroscopia de impedância eletroquímica para módulo de impedância alcançou valores de até 600
estudar o comportamento de pátinas artificiais vezes nas exposições intermites ao ambiente aberto do
produzidas em laboratório quando expostas, de laboratório, e de até 30 vezes para as amostras
maneira contínua ou intermitente, a meios agressivos mantidas em dessecador. Contrariando esta tendência
que simulam ambientes naturais aos quais os objetos geral, observou-se um decréscimo da impedância da
revestidos pelas pátinas poderão ser expostos. pátina S1 no ambiente do dessecador após o ensaio de
20 dias, em baixas e médias freqüências, associado a
Materiais e Métodos uma grande diminuição do caráter capacitivo
Os substratos empregados para a obtenção das observado nestas freqüências. Este fato pode ser
pátinas foram cobre eletrolítico e bronze, na forma de atribuído à dissolução observada da camada de
discos de 16 mm de diâmetro lixados até 600 mesh. As produtos de corrosão que bloqueara parcialmente a
pátinas foram preparadas através de imersão ou de camada externa destas pátinas. Para amostras expostas
umedecimento. A obtenção por umedecimento a imersão por tempos longos mas não expostas ao
consistia na aplicação de soluções contendo nitratos e ambiente, o módulo da impedância também mostrou
cloretos (denominadas soluções S1 e S2), por meio de tendência de crescimento, mas muito menor que o
uma haste flexível de algodão, duas vezes ao dia observado nos ensaios intermitentes. Ao longo dos
durante cinco dias. No processo por imersão, as ensaios contínuos, as maiores impedâncias observadas
amostras eram colocadas em béqueres contendo uma foram das pátinas S4-25 sobre cobre e S4-50 sobre
solução com sulfatos e cloratos (denominada S4) e bronze. Para as pátinas S1, S2 e S4-50, as impedâncias
deixadas à temperatura ambiente por duas semanas tendem a ser maiores sobre bronze que sobre cobre.
(S4-25) ou em um banho termostatizado a 50ºC Para as pátinas S4-25, ocorre o oposto. A posição
durante três semanas (S4-50). Os ensaios relativa destes módulos de impedância mantém uma
eletroquímicos foram realizados em uma célula relação direta com as espessuras das camadas internas
convencional de três eletrodos, com eletrodo de das pátinas (no caso de S1, S4-25 e S4-50), ou da
referência de Ag/AgCl e contra-eletrodo de platina. camada única (no caso de S2).
Utilizaram-se freqüências de 1000 Hz a 0,005 Hz e
amplitude de perturbação de 15mV(rms). Utilizou-se Conclusões
uma solução 0,1M de NaCl. Verificou-se que os diferentes tipos de pátinas
Foram realizados dois tipos de seqüência de estudados apresentam comportamentos diferentes ao
ensaios: a) ensaios de três em três horas, ao longo de serem expostas a soluções de NaCl, tanto de forma
três dias, sem retirar as amostras da solução (ensaios contínua como de forma intermitente. Observou-se
contínuos), e b) ensaios com intervalos de tempo também que o tipo de atmosfera à qual as amostras são
crescentes, retirando-se as amostras das soluções nestes expostas no intervalo entre as imersões afeta este
intervalos (ensaios intermitentes), totalizando 56 dias comportamento. Estes diferentes comportamentos
de ensaio. Nos intervalos, as amostras eram deixadas eletroquímicos puderam ser associados às
em dessecador ou expostas ao ambiente do laboratório. modificações microestruturais observadas em cada
A morfologia e espessura das pátinas antes e após caso.
os ensaios foram determinadas por microscopia
eletrônica de varredura com análise de energia E-Mail do Autor
dispersiva. rocio.hernandez@poli.usp.br

ARC • Revista Brasileira de Arqueometria Restauração Conservação • Edição Especial • Nº 1 • MARÇO 2006 • AERPA Editora
Resumos do III Simpósio de Técnicas Avançadas em Conservação de Bens Culturais - Olinda 2006 57

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