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UNIVERSIDADE DE CUIABÁ

FACULDADE DE ARQUITETURA E URBANISMO


Arquitetura Brasileira
Prof. Vera Regina

O NEGRO NO BRASIL COLONIAL


Arquitetura Brasileira
Negro No Brasil Colonial

“A carne mais barato do mercado


é a carne negra”
No século XVII a alternativa era a escravidão negra,
vindo da África, sendo que Portugal já escravizava
negros desde o século XV em plantações açucareiras no
Sul de Portugal e ilhas do oceano atlântico.
Os africanos que vieram para o Brasil são de Guine, costa
da mina, Angola, Madagascar e Moçambique
Os escravos
estavam
presente em
quase toda
colônia, ou
seja, nas
plantações,
serviços
domésticos,
construções de
casas e
estradas, no
comercio e
outras
atividades;
Os negros vinham para o Brasil através dos navios
negreiros, os cativos eram amontoados uns sobre os
outros, num porão quente, úmido sem sol

A comida era uma mistura de farinha, água e carne


seca e muitos morriam durante a viagem
Para domar os
escravos eram
usados da
violência física
como tronco *

Alem disso haviam outros castigos como:


Cortar o nariz,
orelha, órgão
genitais, vazar
os olhos, limar
os dentes até a
raiz e muitos
outros. *
Esses castigos pesados eram aplicados em escravos
desobedientes, preguiçosos ou com dificuldades em
realizar algum trabalho, para servir de exemplo, pois
os escravos eram caros para matá-los ou castigá-los
assim.
Haviam os fouros, que
eram escravos que
conseguiram liberdade
condicional e até escravo
de ganho que poderiam
trabalhar no comercio ou
em serviços gerais,
ganhando uma quantia de
dinheiro; *
A igreja apoio a escravidão pois achava que os negros
assim poderiam seguir a fé cristã e alem disso o trabalho
escravo trazia lucro as metrópoles e as IGREJAS sempre
ganhavam alguma coisa com isso. *

Os negros resistiram a tudo isso, muitos fugiam e buscavam os


QUILOMBOS, que eram aldeias que ficavam nas florestas. *
O quilombo mais
importante foi o
de Palmares, que
ficava entre
Alagoas e
Pernambuco.
Poderíamos até sob o
dizer "quilombão", comando de
já que Palmares Zumbi, seu
chegou a abrigar líder mais
20 mil habitantes! importante
que lutou
até a morte
em defesa
dos negros
escravos. *
Abolição da Escravidão no Brasil

 Em 1815 o trafego de escravos foi proibido


no norte da linha do equador
 Em 1831, uma lei proibiu o trafego de
escravos, mais ela não era cumprida *

 Em 1845, os ingleses aprovaram a lei Lei


bill harbiner, que autorizava navios ingleses
atacarem os navios negreiros
 Já em 1850, o próprio parlamento brasileiro,
aprovou a lei Eusébio de Queiroz, encerrando o
trafego negreiro da África para o Brasil

 Em 1871, surge a lei Rio branco ou Lei do


Ventre Livre, no qual o escravo nascido, ficava com
seu senhor ate os 8 anos de idade e depois seria
liberto *
Em 1857, surge a lei do Sexagenário onde
determinava o fim da chibatadas e a libertação dos
escravos após os 65 anos de idade. *
A Inglaterra pressionou o
Brasil, para libertá-los, pois
estava interessada no
mercado brasileiro. *

Quando Dom Pedro II viajou por motivo de saúde,


sua filha Isabel ocupou o trono e assinou a lei
Áurea no dia 13 de maio de 1878, abolindo por
completo a escravidão no Brasil.
A Interseção entre as duas culturas Brasileira
e Africana

1º Esses povos, exerceram uma influência inextinguível


na cultura brasileira, que vai da língua à moda, do
candomblé ao carnaval, do samba como música à
maneira de dançar.
A Interseção entre as duas culturas Brasileira
e Africana

2º se daria no sentido inverso, quando, após a abolição


da escravatura, grupos de escravos libertos ou seus
descendentes retornaram a seus países de origem na
África. Eram brasileiros, levando de volta ao continente
africano costumes e formas européias moldadas no
Brasil.
Na virada do século, a cultura
afro-brasileira foi uma das
muitas culturas que formaram
a paisagem cultural de Lagos
e especialmente da região de
Porto Novo, no Benin (países
Fon e Iorubá).

O interesse específico pelo patrimônio arquitetônico afro-


brasileiro na África Ocidental levou a questões mais
amplas. As formas dos sobrados e a arquitetura das
mesquitas, criadas pelos afro-brasileiros na África
Ocidental, devem ter sido a junção de elementos
estilísticos – percebidos, vistos e observados como
fragmentos de tempo.
Pelourinho e
“pelourinho”
Oficialmente conhecida
como a praça que leva
o nome do poeta José
de Alencar, o Largo do
Pelourinho, é
reconhecido pela
História da Bahia pelas
torturas infringidas aos
africanos escravizados. • Colunas feitas de
pedra ou madeira;
•Calçada com as
chamadas “pedras-
moleque”,
As mudanças da casa brasileira

Senzala Colonial

A cozinha era o ambiente em que as culturas


portuguesa, negra e indígena se misturavam
As senzalas

A Senzala era um grande alojamento que se destinava à


moradia dos escravos dos engenhos e das fazendas no
Brasil.
As senzalas tinham grandes janelas com grandes grades
e seus moradores só saiam de lá para trabalhar e
apanhar. Os escravos praticamente sempre dormiam em
palha ou em chão duro.

Vista exterior das senzalas


A inovação da solução de distribuição e do partido não foi
só o da morada de “sobrado” e seus alpendres, seu
prolongo e suas divisões internas é formada por uma
bateria de compartimentos, ou das casas de serviços com
seus puxados para engenhos, moinhos e outros
depósitos, seus muros divisórios, seus desníveis e seus
horizontes, suas circulações e seus serviços, esse partido
é, por ventura, a criação mais visível, posto implica sobre
o espaço e tempo, as construções e os vazios dessas
construções, a mata, as plantações, a água, a distribuição
em planta e o aproveitamento das diferentes cotas,
arregimentando numa única solução global,

as soluções de morar, de trabalhar e de


produzir.
Vista interior com divisões internas Porão que seria lugar de tortura dos escravos

as divisões internas, que constituiriam um forte indício


material da existência de famílias escravas, a capacidade
de criar uma sociabilidade própria e as complexas relações
de parentesco no cativeiro, são alguns pontos que
contribuíram para a legitimidade e solidez da sociedade
escravista no Brasil.
Uma senzala: sucessão de cubículos com divisórias
internas, mas destituídos dos elementos que
permitiam a intimidade. (Engenho Pimentel, São
Sebastião do Passé)
As tarimbas, das quais cada uma mede 2,5 a 3 pés de
largura são separadas uma da outra por uma divisão de
madeira de 3 pés de altura, tendo na frente uma esteira
ou cobertor para tapar a entrada do lado do corredor.
As senzalas possuem janelas com grades, ou então, em
vez de janelas, uma abertura abaixo do teta, a 12 pés
acima do solo, que permite a ventilação e a iluminação
suficiente para todo o recinto. Atrás das senzalas ficam
as privadas, que são, às vezes, substituídas por barricas
cheias de água até a metade, e que, colocadas no
corredor, são diariamente esvaziadas e devidamente
limpas.
Os primeiros
esforços
sistemáticos
para ordenar a
moradia escrava
apareceriam na
literatura do
Caribe inglês em
fins do século
XVIII

Figura 02: (A) indica as vivendas e (L) a simetria das senzalas


Caracteristicas das senzalas
 A Pratica das senzalas seguia o modelo das casernas, em edifício
único em total simetria.

 As senzalas deveriam ser erigidas unicamente de madeira, com


certa elevação do solo para evitar a umidade excessiva e assegurar
boa circulação do ar.

O modelo arquitetônico dos destacamentos militares, impulso esse


para militarização da moradia escrava ficando mais evidente á
organização espacial das plantas arquitetônicas nos plantatios das
grandes fazendas, com a indicação exata da localização dos edifícios,
dos cafezais, das matas e dos pastos.

 A construção das senzalas eram feitas em linhas, divididas em


cubículos com 10 x 20 pés, cada qual reservado para três
escravos; os cubículos, por sua vez, seriam subdivididos em 2
quartos, um A onde se faz fogo, outro B, para dormir. Pode-se
acrescentar uma galeria C, da largura de seis pés, para suas
aves. (figura 1)
 A construção das senzalas eram feitas em linhas, divididas em cubículos
com 10 x 20 pés, cada qual reservado para três escravos; os cubículos, por
sua vez, seriam subdivididos em 2 quartos, um A onde se faz fogo, outro B,
para dormir. Pode-se acrescentar uma galeria C, da largura de seis pés, para
suas aves. (figura 1)
 Na figura 2 se demonstra
bem a filiação arquitetônica de
suas senzalas quanto as
casernas européias. Sendo
assim, o que buscou com a
conjugação das diferentes
unidades habitacionais
escravas em edifícios únicos,
simétricos e uniformes ,
dispostos de forma alinha em
torno dos terreiros de café ou
em locais observáveis a partir
da casa de vivenda senhorial,
para exatamente potencializar
o controle senhorial sobre a
morada dos cativos

Figura 02: (A) indica as vivendas e (L) a simetria das senzalas


Caracteristicas dos construtores

 Os construtores e artesãos mestres, que retornaram


para a África para criar e construir, não dispunham de
esboços para guiar seus trabalhos. Até hoje, um grande
número de edificações na região continua sendo construído
sem se apoiar em desenhos, numa perpetuação do trabalho
comunitário ético, que constrói as formas e os espaços das
tradições formadas por suas culturas.

 Os estilos arquitetônicos afro-brasileiros,


especialmente os sobrados, estiveram em voga durante as
décadas de 1940/1950 nos centros urbanos de Lagos,
Badagry (Nigéria)  e Porto Novo (Benin), de onde o estilo se
disseminou  para o leste / oeste e para o norte. Os
construtores responsáveis por essa disseminação pertenciam
a uma segunda geração, que havia aprendido com os
mestres construtores afro-brasileiros.
NEGROS
Cartaz de recompensa na captura de escravos fugitivos
Quilombola Chacrinha dos Pretos

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