é a carne negra” No século XVII a alternativa era a escravidão negra, vindo da África, sendo que Portugal já escravizava negros desde o século XV em plantações açucareiras no Sul de Portugal e ilhas do oceano atlântico. Os africanos que vieram para o Brasil são de Guine, costa da mina, Angola, Madagascar e Moçambique Os escravos estavam presente em quase toda colônia, ou seja, nas plantações, serviços domésticos, construções de casas e estradas, no comercio e outras atividades; Os negros vinham para o Brasil através dos navios negreiros, os cativos eram amontoados uns sobre os outros, num porão quente, úmido sem sol
A comida era uma mistura de farinha, água e carne
seca e muitos morriam durante a viagem Para domar os escravos eram usados da violência física como tronco *
Alem disso haviam outros castigos como:
Cortar o nariz, orelha, órgão genitais, vazar os olhos, limar os dentes até a raiz e muitos outros. * Esses castigos pesados eram aplicados em escravos desobedientes, preguiçosos ou com dificuldades em realizar algum trabalho, para servir de exemplo, pois os escravos eram caros para matá-los ou castigá-los assim. Haviam os fouros, que eram escravos que conseguiram liberdade condicional e até escravo de ganho que poderiam trabalhar no comercio ou em serviços gerais, ganhando uma quantia de dinheiro; * A igreja apoio a escravidão pois achava que os negros assim poderiam seguir a fé cristã e alem disso o trabalho escravo trazia lucro as metrópoles e as IGREJAS sempre ganhavam alguma coisa com isso. *
Os negros resistiram a tudo isso, muitos fugiam e buscavam os
QUILOMBOS, que eram aldeias que ficavam nas florestas. * O quilombo mais importante foi o de Palmares, que ficava entre Alagoas e Pernambuco. Poderíamos até sob o dizer "quilombão", comando de já que Palmares Zumbi, seu chegou a abrigar líder mais 20 mil habitantes! importante que lutou até a morte em defesa dos negros escravos. * Abolição da Escravidão no Brasil
Em 1815 o trafego de escravos foi proibido
no norte da linha do equador Em 1831, uma lei proibiu o trafego de escravos, mais ela não era cumprida *
Em 1845, os ingleses aprovaram a lei Lei
bill harbiner, que autorizava navios ingleses atacarem os navios negreiros Já em 1850, o próprio parlamento brasileiro, aprovou a lei Eusébio de Queiroz, encerrando o trafego negreiro da África para o Brasil
Em 1871, surge a lei Rio branco ou Lei do
Ventre Livre, no qual o escravo nascido, ficava com seu senhor ate os 8 anos de idade e depois seria liberto * Em 1857, surge a lei do Sexagenário onde determinava o fim da chibatadas e a libertação dos escravos após os 65 anos de idade. * A Inglaterra pressionou o Brasil, para libertá-los, pois estava interessada no mercado brasileiro. *
Quando Dom Pedro II viajou por motivo de saúde,
sua filha Isabel ocupou o trono e assinou a lei Áurea no dia 13 de maio de 1878, abolindo por completo a escravidão no Brasil. A Interseção entre as duas culturas Brasileira e Africana
1º Esses povos, exerceram uma influência inextinguível
na cultura brasileira, que vai da língua à moda, do candomblé ao carnaval, do samba como música à maneira de dançar. A Interseção entre as duas culturas Brasileira e Africana
2º se daria no sentido inverso, quando, após a abolição
da escravatura, grupos de escravos libertos ou seus descendentes retornaram a seus países de origem na África. Eram brasileiros, levando de volta ao continente africano costumes e formas européias moldadas no Brasil. Na virada do século, a cultura afro-brasileira foi uma das muitas culturas que formaram a paisagem cultural de Lagos e especialmente da região de Porto Novo, no Benin (países Fon e Iorubá).
O interesse específico pelo patrimônio arquitetônico afro-
brasileiro na África Ocidental levou a questões mais amplas. As formas dos sobrados e a arquitetura das mesquitas, criadas pelos afro-brasileiros na África Ocidental, devem ter sido a junção de elementos estilísticos – percebidos, vistos e observados como fragmentos de tempo. Pelourinho e “pelourinho” Oficialmente conhecida como a praça que leva o nome do poeta José de Alencar, o Largo do Pelourinho, é reconhecido pela História da Bahia pelas torturas infringidas aos africanos escravizados. • Colunas feitas de pedra ou madeira; •Calçada com as chamadas “pedras- moleque”, As mudanças da casa brasileira
Senzala Colonial
A cozinha era o ambiente em que as culturas
portuguesa, negra e indígena se misturavam As senzalas
A Senzala era um grande alojamento que se destinava à
moradia dos escravos dos engenhos e das fazendas no Brasil. As senzalas tinham grandes janelas com grandes grades e seus moradores só saiam de lá para trabalhar e apanhar. Os escravos praticamente sempre dormiam em palha ou em chão duro.
Vista exterior das senzalas
A inovação da solução de distribuição e do partido não foi só o da morada de “sobrado” e seus alpendres, seu prolongo e suas divisões internas é formada por uma bateria de compartimentos, ou das casas de serviços com seus puxados para engenhos, moinhos e outros depósitos, seus muros divisórios, seus desníveis e seus horizontes, suas circulações e seus serviços, esse partido é, por ventura, a criação mais visível, posto implica sobre o espaço e tempo, as construções e os vazios dessas construções, a mata, as plantações, a água, a distribuição em planta e o aproveitamento das diferentes cotas, arregimentando numa única solução global,
as soluções de morar, de trabalhar e de
produzir. Vista interior com divisões internas Porão que seria lugar de tortura dos escravos
as divisões internas, que constituiriam um forte indício
material da existência de famílias escravas, a capacidade de criar uma sociabilidade própria e as complexas relações de parentesco no cativeiro, são alguns pontos que contribuíram para a legitimidade e solidez da sociedade escravista no Brasil. Uma senzala: sucessão de cubículos com divisórias internas, mas destituídos dos elementos que permitiam a intimidade. (Engenho Pimentel, São Sebastião do Passé) As tarimbas, das quais cada uma mede 2,5 a 3 pés de largura são separadas uma da outra por uma divisão de madeira de 3 pés de altura, tendo na frente uma esteira ou cobertor para tapar a entrada do lado do corredor. As senzalas possuem janelas com grades, ou então, em vez de janelas, uma abertura abaixo do teta, a 12 pés acima do solo, que permite a ventilação e a iluminação suficiente para todo o recinto. Atrás das senzalas ficam as privadas, que são, às vezes, substituídas por barricas cheias de água até a metade, e que, colocadas no corredor, são diariamente esvaziadas e devidamente limpas. Os primeiros esforços sistemáticos para ordenar a moradia escrava apareceriam na literatura do Caribe inglês em fins do século XVIII
Figura 02: (A) indica as vivendas e (L) a simetria das senzalas
Caracteristicas das senzalas A Pratica das senzalas seguia o modelo das casernas, em edifício único em total simetria.
As senzalas deveriam ser erigidas unicamente de madeira, com
certa elevação do solo para evitar a umidade excessiva e assegurar boa circulação do ar.
O modelo arquitetônico dos destacamentos militares, impulso esse
para militarização da moradia escrava ficando mais evidente á organização espacial das plantas arquitetônicas nos plantatios das grandes fazendas, com a indicação exata da localização dos edifícios, dos cafezais, das matas e dos pastos.
A construção das senzalas eram feitas em linhas, divididas em
cubículos com 10 x 20 pés, cada qual reservado para três escravos; os cubículos, por sua vez, seriam subdivididos em 2 quartos, um A onde se faz fogo, outro B, para dormir. Pode-se acrescentar uma galeria C, da largura de seis pés, para suas aves. (figura 1) A construção das senzalas eram feitas em linhas, divididas em cubículos com 10 x 20 pés, cada qual reservado para três escravos; os cubículos, por sua vez, seriam subdivididos em 2 quartos, um A onde se faz fogo, outro B, para dormir. Pode-se acrescentar uma galeria C, da largura de seis pés, para suas aves. (figura 1) Na figura 2 se demonstra bem a filiação arquitetônica de suas senzalas quanto as casernas européias. Sendo assim, o que buscou com a conjugação das diferentes unidades habitacionais escravas em edifícios únicos, simétricos e uniformes , dispostos de forma alinha em torno dos terreiros de café ou em locais observáveis a partir da casa de vivenda senhorial, para exatamente potencializar o controle senhorial sobre a morada dos cativos
Figura 02: (A) indica as vivendas e (L) a simetria das senzalas
Caracteristicas dos construtores
Os construtores e artesãos mestres, que retornaram
para a África para criar e construir, não dispunham de esboços para guiar seus trabalhos. Até hoje, um grande número de edificações na região continua sendo construído sem se apoiar em desenhos, numa perpetuação do trabalho comunitário ético, que constrói as formas e os espaços das tradições formadas por suas culturas.
Os estilos arquitetônicos afro-brasileiros,
especialmente os sobrados, estiveram em voga durante as décadas de 1940/1950 nos centros urbanos de Lagos, Badagry (Nigéria) e Porto Novo (Benin), de onde o estilo se disseminou para o leste / oeste e para o norte. Os construtores responsáveis por essa disseminação pertenciam a uma segunda geração, que havia aprendido com os mestres construtores afro-brasileiros. NEGROS Cartaz de recompensa na captura de escravos fugitivos Quilombola Chacrinha dos Pretos