O primeiro Plano Nacional de Educação surgiu em 1962, elaborado já
Na vigência da primeira Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, Lei nº 4.024, de 1961. Ele não foi proposto na forma de um projeto de lei, mas apenas como iniciativa do Ministério da Educação e Cultura. Era basicamente um conjunto de metas quantitativas e qualitativas a serem alcançadas num prazo de oito anos. Em 1965 sofreu uma revisão, em 1966, nova revisão, que se chamou Plano Complementar de Educação e introduziu importantes alterações na distribuição dos recursos federais, beneficiando a implantação de ginásios orientados para o trabalho e o atendimento de analfabetos com mais de dez anos. Ressurgiu em 1967 e com a Constituição Federal de 1988, cinqüenta anos após a primeira tentativa oficial, ressurgia a idéia de um plano nacional de longo prazo, com força de lei, capaz de conferir estabilidade ás iniciativas governamentais na área de educação. O art. 214 contempla esta obrigatoriedade. * Objetivos e Prioridades Em síntese, o plano tem como objetivos: - a elevação global do nível de escolaridade da população, - a redução das desigualdades sociais, - a melhoria da qualidade do ensino em todos os níveis, etc. A prioridade é uma educação básica de qualidade. No horizonte dos dez anos deste Plano Nacional de Educação, a demanda de educação, poderá ser atendida com qualidade, beneficiando a toda criança que necessite e cuja família queira que seus filhos frequentem uma instituição educacional. Para tanto, requerem-se, as demais orientações pedagógicas e medidas administrativas conducentes à melhoria da qualidade. A educação tornou-se um direito do cidadão e dever do estado. O Plano Nacional de Educação e as Leis de Diretrizes e Bases da Educação buscam garantir esse direito e lutam pela dignidade dos cidadãos, quando esse direito não se dá, ou se dá de modo irregular. A Lei nº 9.394/96 em seu 1º do art. 37 é clara: Os sistemas de ensino assegurarão gratuitamente aos jovens e aos adultos, que não puderam efetuar os estudos na idade regular, oportunidades educacionais apropriadas.(...) As Diretrizes Curriculares Nacionais buscaram dar à EJA, uma fundamentação conceitual e a interpretarem de modo a possibilitar aos sistemas de ensino, o exercício de sua autonomia legal sob diretrizes nacionais com as devidas garantias e imposições legais. A Educação de Jovens e Adultos representa uma outra e nova possibilidade de acesso ao direito à educação escolar sob uma nova concepção, sob um modelo pedagógico próprio e de organização relativamente recente.(...) Por isso, após a aprovação das Diretrizes Curriculares Nacionais, o ensino em geral no Brasil, desde o ensino fundamental até a Educação de Jovens e Adultos teve a sua qualidade reestruturada, desde a exigência por parte dos governos a uma ampla mobilização em termos de recursos financeiros e humanos. As metas do Plano Nacional de Educação possuem recursos importantes para que das funções reparadoras, se caminhe em direção, realmente, à qualificação do ensino.