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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 2ª VARA CRIMINAL

DA COMARCA DE SÃO PAULO - SP

Autos n° 503/2010

Os senhores Joaquim dos Reis, Correia Araújo, Manoel D'Ávila e


Brito Medeiros, já qualificados nos autos supra, por meio de seu advogado
que esta subscreve, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, vem
apresentar, com base no rito estabelecida pelo art.23, inciso I e art. 24 do CP,
em face da denúncia formulada pelos Representantes do MP - srª Claúdia
Salmeroso e o srº Antônio Carlos, pelas razões de fato e de direito a seguir
aduzidas:
Na denúncia, os representantes do MP imputa-lhes a prática do
crime previsto no art.121, par.2º, incisos III e IV; art. 211 caput; art. 212
caput combinados pelo art. 226, inciso I, sob o fundamento de que, os
denunciados envolveram-se na morte de seu companheiro de trabalho, srº
Roger Silva, após ficarem soterrados em uma Caverna, local em que estavam
trabalhando e ocorreu um desmoramento, na qual , foram libertos no
trigésimo segundo dia.
Consta na denúncia que os indiciados envolveram-se nos crimes de
homicídio duplamente qualificado, no crime de ocultação de cadáver e no
crime de vilipêndio de cadáver.
Ocorre que, existe real ofensa a verdade qdo se deduz que, com
base em relatos e sem provas suficientes os indiciados sejam condenados
pelos crimes expostos.
Para esclarecer tal inverdade, passo a expôr o fato como realmente
ocorreu.
Primeiramente cabe esclarecer, que no dia do fato ocorrido, os
indiciados encontravam: vinte e três dias soterrados, trancafiados em uma
caverna sem noção do dia-noite; sem alimentação, sem água, subentendo
que sem nenhuma provisão; sob pressão psicológica devido a circunstância
que estavam vivendo; sofrendo um choque, um abalo emocional fortíssimo.
Nesse mesmo dia, 'tiraram a sorte' em comum acordo entre eles, inclusive do
srº Roger Silva.
Cabe ressaltar que de acordo com relato e testemunhas, os
envolvidos encontravam-se debilitados. E, que o próprio médico da equipe ao
responder afirmativamente consentiu ao afirmar que "sobreviveriam (até a
equipe resgatá-los - dez dias) se sorteassem um dentre eles para matar e
comer".
Diante do exposto, em razão da morte do srº Roger Silva, o crime
de homicídio, ocultação de cadáver e vilipêndio, para que seja consumado o
tipo penal não basta somente o relato e as testemunhas, é necessário
também observar as circunstâncias em que encontravam-se os envolvidos.
Os indiciados estavam abalados psicológicamente, tanto é que ao
serem resgatados passaram por exame clínico, em que o médico ao avaliar o
quadro clínico dos indiciados tiveram que passar por intensivo tratamento
psíquico e nutricional, por estarem em estado de inanimação.
Fica configurado, assim, que os denunciados não provocou o
acidente e nem as circunstâncias em que encontravam-se, pois, o perigo de
morte era iminente; no local - na caverna - não tinha nenhum alimento ou
água para utilizá-lo.
Ainda, mesmo que se tenha comprovado a culpa dos denunciados,
os mesmos já tiveram uma condenação severa no momento em que
estiveram enclausurados até o momento do fato. Aliás, tão severa que
ocasionou um tratamento psíquico, condenando-os emocionalmente e
psicologicamente.
Os denunciados são pessoas de reputação ilibadas, são pessoas
honestas, trabalhadoras, tanto é que o fato ocorreu no seu local de trabalho.
Para atestar suas idoneidades moral, arrola as testemunhas identificadas ao
final que poderão ser citadas para prestarem depoimento, dentre ela,
inclusive, a testemunha que estava presente juntos aos denunciados na
ocasião do acidente.
Ante o exposto, requer a Vossa Excelência:
Seja os denunciados absolvidos sumariamente, em razão de
excluedente ilicitude conforme demonstrado acima, tendo em vista que,
embora tenha ocorrido a morte do srº Roger Silva, não se consuma o tipo em
razão dos indiciados se encontrarem em estado de necessidade.
Sendo certo que remota hipótese do não acolhimento da
excludente de ilicitude, seja os denunciados, ao final absolvido, nos termos
do art.23, inciso I e art. 24 do Código Penal;
Sendo absolvido, que seja expedido o mandato para que suas
liberdade seja devolvidas.
E por fim, requer a intimação das testemunhas arrolados abaixo.

Termos em que, pede deferimento.


São Paulo, 01 de dezembro de 2010
Andrea Costa santos - RA 0000000185
Marcio Franco de Freitas - RA 0000000431
Oab/ RA

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