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AUXILIARES DA JUSTIÇA

INTRODUÇÃO:

O juízo é composto pelo juiz, detentor do poder jurisdicional, e pelos auxiliares da justiça que, sob a direção e
em conjunto com o magistrado, realizam a prestação jurisdicional, mediante a necessária formação e
desenvolvimento do processo. Os auxiliares da justiça, ou do juízo consoante refere o artigo 139 do Código de
Processo Civil, são responsáveis, portanto, pelos demais atos necessários ao desfecho da causa que não sejam
de responsabilidade exclusiva do juiz.

As atividades dos auxiliares do juízo são impessoais e, tanto quanto o juiz, não têm faculdades nem se sujeitam
a ônus na relação jurídica processual. Não há qualquer subordinação destes para com as partes nem destas
para com eles. No entanto, respondem por condutas dolosas ou culposas que pratiquem no exercício de suas
atribuições. Face à necessária imparcialidade com que devem atuar, sujeitam-se à argüição de impedimento ou
suspeição, conforme artigo 138 do Diploma Processual Civil.

Há quem classifique os auxiliares da justiça em duas categorias: os permanentes, que prestam serviço em todo
e qualquer processo que tramite pelo juízo e os eventuais, que, mesmo sem vínculo permanente com o serviço
público, atuam em alguns processos quando convocados para tanto pelo juízo.

AUXILIARES DA JUSTIÇA.

"Art. 139. São auxiliares do juízo, além de outros, cujas atribuições são determinadas pelas normas de
organização judiciária, o escrivão, o oficial de justiça, o perito, o depositário, o administrador e o intérprete".

A justiça seria morosa se não houvesse pessoas que dela participassem como órgão auxiliares, viabilizando com
mais prontidão os atos que aceleram o processo. São funcionários que completam a atuação do judiciário, ora
como elementos permanentes nos quadros administrativos da justiça, ora como elementos eventuais
colaborando no processo.

Alguns autores distinguem os funcionários judiciais ou auxiliares permanentes do juízo, em relação com outras
pessoas que formam um elemento flutuante e variável do mecanismo da justiça.

O art. 139 do Código de processo Civil vigente menciona os auxiliares indispensáveis do juiz, com atribuições
definidas, citando apenas aqueles que são necessários, porém possibilita a existência de outros.

O escrivão, o oficial de justiça, o perito, o depositário, o administrador, o intérprete têm suas atribuições
determinadas pelo arts. 140 a 153 do Código, bem como pelas normas de organização judiciária.

Os primeiros enunciados em rol pelo art. 139 têm de existir necessariamente, embora às vezes se apresentem
com nomes diferentes; já os segundos surgem segundo a conveniência de cada federativo.

Há também outros auxiliares da justiça que têm a sua importância, como o distribuidor, o partidor e contador.

A lei processual refere-se expressamente ao contador (art. 604), ao partidor (art. 1.023), ao distribuidor e
outros auxiliares.

Já os tabeliães não são considerados como auxiliares do juízo, exceto eventualmente (arts. 364 e 369 do CPC).

AUXILIARES PERMANENTES DA JUSTIÇA

1. O Escrivão

Excluindo-se o juiz, o escrivão é o mais importante dos elementos que compõe o juízo. Sua função recebe o
nome de Ofício de Justiça, consoante artigo 140 do Código de Processo Civil. O cartório é o estabelecimento por
ele dirigido no qual podem servir outros funcionários subalternos, como os escreventes, cuja função é regulada
pelas normas de organização judiciária.

As funções do escrivão são variadas, sendo algumas autônomas, como, por exemplo a documentação,
certificação, movimentação dos autos etc. e outras vinculadas à ordem judicial, tais como as citações e as
intimações. O artigo 141 do Código de Processo Civil enumera suas atribuições de forma não exaustiva,
prevendo seu inciso II outras funções prescritas nas normas da organização judiciária.
O inciso I do referido dispositivo estabelece que ao escrivão incumbe redigir, na forma da lei, os ofícios, os
mandados, as cartas precatórias e demais atos que pertençam ao seu ofício, entendendo-se estes últimos como
lançamentos que não exijam redação propriamente dita (depoimento pessoal das partes e testemunhas e
termos).

O inciso II trata da incumbência de atender às ordens do juiz, promovendo citações e intimações que não
sejam realizadas, pessoalmente, mediante oficial de justiça. Prevê ainda, conforme antes referido, a prática
pelo escrivão de outros atos que as normas de organização judiciária lhe atribuam, podendo tais atribuições
variarem de Estado para Estado.

O inciso III cuida do necessário comparecimento do escrivão em audiência, documentando todo o trabalho nela
realizado, com a posterior lavratura do respectivo termo. Na hipótese de impossibilidade de comparecimento,
designará escrevente juramentado, preferencialmente datilógrafo ou taquígrafo. Pontes de Miranda critica a
possibilidade de substituição do escrivão em audiência, entendendo que seu comparecimento deveria ser
obrigatório. Não obstante, inexiste inconveniente em tal prerrogativa, na medida em que, além de devidamente
habilitados ao exercício da função, os escreventes juramentados são fiscalizados diretamente pelo juiz e pelas
partes, em audiência.

A guarda e a responsabilidade pelos autos são tratadas no inciso IV, não devendo o escrivão permitir sua saída
do cartório, salvo: a) quando tenham de subir à conclusão; b) com vistas aos procuradores, ao Ministério
Público, ou à Fazenda Pública; c) quando devam ser remetidos ao contador ou ao partidor; d) quando,
modificando-se a competência, forem transferidos a outro juízo, hipótese esta distinta das demais, por tratar-se
de saída definitiva dos autos. Observa-se, no entanto, que a disposição do inciso é incompleta, carecendo de
referência a outras hipóteses de saída dos autos, como a remessa à superior instância, ao distribuidor, para
exame pericial etc.

Por fim, o inciso V atribuiu ao escrivão a função de certificar, independente de despacho, qualquer ato ou termo
do processo, observando-se para tanto o disposto no artigo 155 do Código de Processo Civil. Trata-se de função
autônoma, uma vez que independe de determinação judicial, bastando para tanto que simples solicitação,
verbal ou escrita, de qualquer cidadão. Ressalva-se, contudo, os processos que tramitam em segredo de
justiça, necessitando, neste caso, de autorização judicial. As afirmações que o escrivão, e demais auxiliares da
justiça, fizerem no exercício de suas respectivas atividades presumem-se verdadeiras, pois, consoante antes
referido, gozam de fé pública.

O artigo 142 do Diploma Processual Civil aborda a substituição do escrivão no caso de impedimento para
prática de algum ato. Contudo, inadequada a utilização da palavra "impedimento". Isto porque, além dos casos
de vedação legal por impedimento ou suspeição, o artigo 142 abrange também a ausência eventual do
escrivão, quando, da mesma forma, deverá ser substituído. A substituição, em qualquer das hipóteses, deverá
ser por escrevente juramentado, escrivão substituto ou ad hoc (nomeação, pelo juiz, de pessoa idônea para
prática daquele ato em específico).

O escrivão e seus auxiliares estão sujeitos à responsabilidade administrativa por eventuais faltas que
cometerem e, além disso, consoante artigo 144 do Código de Processo Civil, são civilmente responsáveis
quando, sem justo motivo, se recusarem a cumprir, dentro do prazo, os atos legalmente a eles impostos ou
que o juiz os tenham incumbido ou, ainda, quando praticarem atos nulos com dolo ou culpa.

2. O Oficial de Justiça

Além da prática de atos internos, de responsabilidade do escrivão, faz-se indispensável a existência do oficial
de justiça, responsável pela execução dos procedimentos que tenham repercussão externa ao juízo. Os oficiais
de justiça são os mensageiros e executores de ordens judiciais. Suas tarefas estão previstas no artigo 143 do
Código de Processo Civil.

O inciso I do referido dispositivo menciona várias das medidas cuja incumbência cabe ao oficial de justiça, como
citações, prisões, penhoras, arrestos e outras diligências próprias do ofício. Nestas últimas, incluem-se os
seqüestros, buscas e apreensões etc. Deverá, em todas elas, certificar no respectivo mandado, o lugar, dia e
hora do ocorrido. Por cautela, há disposição acerca da conveniência de que tais medidas sejam realizadas,
sempre que possível, na presença de duas testemunhas. Embora recomendado pela norma como meio de prova
acerca da regularidade do ato, a presença das testemunhas não é essencial à validade do ato.

O inciso II dispõe regramento genérico, devendo o oficial de justiça atender eventuais ordens do juiz a que
estiver subordinado, que podem ser as mais variadas. O inciso III cuida da necessária entrega do respectivo
mandado em cartório após realizadas as diligências. Por fim, o inciso IV trata da presença em audiência para
auxiliar o juiz na manutenção da ordem, devendo, por exemplo, fazer cumprir a necessária retirada de alguém
que esteja perturbando o bom andamento dos trabalhos.

Da mesma forma que o escrivão, o oficial de justiça goza de fé pública e responde civilmente por seu atos na
forma do artigo 144 e incisos do Código de Processo Civil.

3. Outros auxiliares permanentes da justiça


Não obstante as duas principais figuras, que se pode reputar essenciais no juízo, sejam o escrivão e o oficial de
justiça, sem os quais, rigorosamente, nenhum juiz poderia exercer suas funções, mister destacar-se a
existência de outros auxiliares que, apesar de não restarem explicitados no artigo 139 do Código de Processo
Civil, auxiliam a justiça de modo permanente.

Dentre eles, destaquem-se o distribuidor e o contador judicial. O primeiro, conforme previsto nos artigos 251 a
257 do Código de Processo Civil, é responsável pelo registro e repartição das causas entre os juízos (quando
houver mais de um em uma mesma comarca), podendo sua função ser fiscalizada pelas partes e pelos
procuradores. O segundo tem a incumbência de calcular o quantum correspondente a qualquer direito ou
obrigação, seja em favor das partes ou do juízo.

AUXILIARES EVENTUAIS DA JUSTIÇA

1. Perito

O perito, que é um auxiliar direto do juiz, permite que este veja a matéria em litígio com uma visão mais nítida
e exata, que não alcançaria sem ele.

Ao perito se aplicam todas as cláusulas de impedimento e suspeição previstas na legislação processual, com
uma exceção: não está impedido de funcionar como perito aquele que já foi perito na mesma causa.

O nosso Código de Processo Civil adotou o sistema dos peritos oficiais, porém só parcialmente, porque também
absorveu os assistentes técnicos, que são peritos particulares.

Na verdade, pela sistemática do Código só é perito aquele designado pelo juiz, embora possam as partes
admitir assistente técnico, remunerado pela parte que o indicou.

2. Depositário e o Administrador

O artigo 148 do Código de Processo Civil determinou que a guarda e a conservação dos bens penhorados,
arrestados, seqüestrados ou arrecadados serão confiados ao depositário ou administrador, que deverá zelar por
sua guarda e conservação, evitando que se extraviem ou se deteriorem. Quando a natureza do bem exigir a
continuidade de uma atividade, o depositário assume papel de administrador na forma do artigo 677 do
Diploma Processual Civil. Depositário, portanto, possui uma função preponderantemente de guarda e
conservação. Por sua vez, o administrador, além das responsabilidades de depositário, tem a incumbência
complementar de manter em atividade e produção o estabelecimento penhorado.

Ambos, de acordo com o artigo 149 do Código de Processo Civil, são remunerados, figurando seus respectivos
proventos dentre as despesas relacionadas no artigo 20 do Diploma Processual Civil. O valor da remuneração
será fixado pelo juiz da causa, atendendo à situação do bem, ao tempo do serviço e às dificuldades de sua
respectiva execução.

No artigo 150 do Código de Processo Civil, mais uma vez, o legislador previu a responsabilidade do auxiliar de
justiça por prejuízos causados à(s) parte(s) decorrentes de dolo ou culpa no exercício de suas funções,
estabelecendo, inclusive, a perda da remuneração que lhe fora arbitrada pelo juízo, ressalvado, todavia, o
direito de haver eventuais despesas por ele despendidas no exercício do cargo.

3. Intérprete

O intérprete é outro auxiliar da justiça, cuja função difere da do perito. Este enuncia os seus laudos técnicos,
emitindo uma opinião. Aquele apenas revela alguma coisa para a apreciação pelo juiz. Por exemplo, se uma
determinada testemunha não conhece a língua portuguesa, o intérprete lhe traduz e comunica o que fala o
depoente.

Ao intérprete também se aplicam os dispositivos dos arts. 134 e 135 da lei processual pátria, no que couber,
porém não há nenhum impedimento de a pessoa ser intérprete num mesmo processo em que já tenha
funcionado anteriormente.

Parágrafo primeiro.

Argüição do impedimento ou da suspeição nos casos do art.138.

A parte interessada deverá argüir o impedimento ou a suspeição em petição devidamente fundamentada. A


legitimidade assim pertence à parte interessada. A forma de argüição é o requerimento. Neste, que deverá ser
devidamente instruído, a parte interessada mencionará a causa, os fatos em que se baseia para a recusa. Tal
requerimento deverá ser acompanhado de documentos e do rol de testemunhas.
O juiz mandará processar o incidente em separado e sem suspeição da causa, não se suspendendo o processo
principal. No processo incidental são partes o argüente e o argüido, devendo este ser ouvido no prazo de cinco
dias, por aplicação do princípio do contraditório, admitindo ainda o juiz que o argüido prove a inconsistência da
alegação. Por isto o argüido pode ter vista dos autos do incidente, com o prazo de cinco dias, para resposta a
contar da intimação (arts.234 e s. e 240). Afinal o juiz prolatará sua decisão sobre o impedimento ou a
suspeição alegados.

Parágrafo segundo

Competência do relator nos tribunais.

O incidente de impedimento ou suspeição do Órgão do Ministério Público, serventuário de justiça, perito.


Assistente técnico ou intérprete pode também ser suscitado nos tribunais. Em tal hipótese ele é não somente
processado como também terá a mesma competência com respeito ao feito incidente.

4. A classificação dos auxiliares eventuais da justiça.

Os auxiliares eventuais do juízo, são aquelas pessoas que colaboram nos serviços judiciais e que participam do
procedimento, para que o processo atinja a sua finalidade de modo mais adequado.

Tais auxiliares eventuais são classificados em quatro categorias. A primeira delas é a que ele chama de
auxiliares por necessidade técnica, que atuam por causa de se suas habilitações como técnico e por
necessidade econômica, tendo em vista a consecução de determinados resultados de modos menos onerosos.
Tais auxiliares por necessidades técnicas são os peritos ( CPC, arts. 145 a 147), o intérprete (arts. 151 a 153) e
o tradutor (arts. 157 a 210).

Na segunda categoria vêm os auxiliares por conveniência econômica, entre eles se é mencionando: o positário
e o administrador (CPC, arts. 148 a 150); o serviço postal ( arts. 221, I, e 223, parágrafo 2º); o serviço
telegráfico (arts. 206 e 374); a imprensa oficial ( arts.232,III,236 e 687); o síndico nas falências, os
comissários nas concordatas, o administrador da massa na insolvência civil (arts. 761, I, e 763).

A terceira categoria é a dos auxiliares por circunstância de fato, dando como exemplo o vizinho ou a pessoa da
família(arts. 227 e 228, parágrafo 2º).

Afinal convém mencionar a categoria dos auxiliares por circunstâncias resultantes por situação de direito: o
tabelião (arts. 64 a 369), a repartição pública( art. 399), o chefe da repartição pública (arts. 412, parágrafo 2º.
E, 659, parágrafo 1º.), o comando militar (art. 412, parágrafo 2º.), a força policial (arts.445, III, 662 e 825), o
leiloeiro (arts. 688, parágrafo único, 694, 705 e 706), a junta Comercial (art. 728, I), o Banco do Brasil e
outros estabelecimentos de crédito (art. 666, I).

CONCLUSÃO

Todas as funções dos auxiliares da justiça, são caracterizadas pelo CPC em seu artigo 139. Os cargos do
judiciário podem ser efetivos ou temporários.

São cargos efetivos: O escrivão, o oficial de justiça, o distribuidor e o contador judicial.

Sendo como temporários: O perito, o depositário e o administrador, o intérprete e os auxiliares eventuais.

Sendo todas importantes para o andamento da justiça.

BIBLIOGRAFIA

MIRANDA, Pontes. Comentários ao Código de Processo Civil – Tomo II – Arts.46 a 153. 3° ed., Rio de Janeiro:
Forense, 1998, vol. 2.

THEODORO JÚNIOR., Humberto. Curso de Direito Processual Civil. 36° ed., Rio de Janeiro: Forense, 2001, vol.
1.

FERREIRA, Pinto, Código de processo civil comentado, 1º volume – São Paulo: Ed. Saraiva.

BARBI, Celso Agrícola – Comentários ao Código de Processo Civil, Vol. I, Ed. Forense, 2003;
CÂMARA, Alexandre Freitas – Lições de Direito Processual Civil, Vol. I, Ed. Lúmen

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