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APOSTILA:
SAÚDE DO IDOSO
Curso Técnico em
Enfermagem
Módulo I
Título Página
Pneumonia ...................................................................................................... 25
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A relação idoso-cuidador ................................................................................
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POLÍTICAS PÚBLICAS DE RELEVÂNCIA PARA A SAÚDE DA PESSOA IDOSA
NO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE (SUS)
Envolve políticas públicas que promovam modos de viver mais saudáveis e seguros
em todas as etapas da vida, favorecendo a prática de atividades físicas no cotidiano
e no lazer, a prevenção às situações de violência familiar e urbana, o acesso à
alimentos saudáveis e à redução do consumo de tabaco, entre outros. Tais medidas
contribuirão para o alcance de um envelhecimento que signifique também um ganho
substancial em qualidade de vida e saúde.
Sua implementação envolve uma mudança de paradigma que deixa de ter o enfoque
baseado em necessidades e que, normalmente, coloca as pessoas idosas como
alvos passivos, e passa a ter uma abordagem que reconhece o direito dos idosos à
igualdade de oportunidades e de tratamento em todos os aspectos da vida à medida
que envelhecem. Essa abordagem apóia a responsabilidade dos mais velhos no
exercício de sua participação nos processos políticos e em outros aspectos da vida
em comunidade.
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Tem por objetivo completar, substituir ou contradizer a comunicação verbal, além de
demonstrar os sentimentos das pessoas.
Atividade Física
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Trabalho em Grupo com Pessoas Idosas
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ESTATUTO DO IDOSO - RESUMO
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CAPÍTULO II
DO DIREITO À LIBERDADE, AO RESPEITO E À DIGNIDADE
Art. 10. É obrigação do Estado e da sociedade, assegurar à pessoa idosa a
liberdade, o respeito e a dignidade, como pessoa humana e sujeito de direitos civis,
políticos, individuais e sociais, garantidos na Constituição e nas leis.
§ 1º O direito à liberdade compreende, entre outros, os seguintes aspectos:
I – faculdade de ir, vir e estar nos logradouros públicos e espaços
comunitários, ressalvadas as restrições legais;
II – opinião e expressão;
III – crença e culto religioso;
IV – prática de esportes e de diversões;
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Art. 22. Nos currículos mínimos dos diversos níveis de ensino formal serão inseridos
conteúdos voltados ao processo de envelhecimento, ao respeito e à valorização do
idoso, de forma a eliminar o preconceito e a produzir conhecimentos sobre a
matéria.
Art. 23. A participação dos idosos em atividades culturais e de lazer será
proporcionada mediante descontos de pelo menos 50% (cinqüenta por cento) nos
ingressos para eventos artísticos, culturais, esportivos e de lazer, bem como o
acesso preferencial aos respectivos locais.
CAPÍTULO VI
DA PROFISSIONALIZAÇÃO E DO TRABALHO
Art. 26. O idoso tem direito ao exercício de atividade profissional, respeitadas suas
condições físicas, intelectuais e psíquicas.
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Art. 39. Aos maiores de 65 (sessenta e cinco) anos fica assegurada a gratuidade
dos transportes coletivos públicos urbanos e semi-urbanos, exceto nos serviços
seletivos e especiais, quando prestados paralelamente aos serviços regulares.
§ 1º Para ter acesso à gratuidade, basta que o idoso apresente qualquer
documento pessoal que faça prova de sua idade.
§ 2º Nos veículos de transporte coletivo de que trata este artigo, serão
reservados 10% (dez por cento) dos assentos para os idosos, devidamente
identificados com a placa de reservado preferencialmente para idosos.
Art. 40. No sistema de transporte coletivo interestadual observar-se-á, nos termos
da legislação específica:
I – a reserva de 2 (duas) vagas gratuitas por veículo para idosos com renda
igual ou inferior a 2 (dois) salários-mínimos;
II – desconto de 50% (cinqüenta por cento), no mínimo, no valor das
passagens, para os idosos que excederem as vagas gratuitas, com renda
igual ou inferior a 2 (dois) salários-mínimos.
Art. 41. É assegurada a reserva, para os idosos, nos termos da lei local, de 5%
(cinco por cento) das vagas nos estacionamentos públicos e privados, as quais
deverão ser posicionadas de forma a garantir a melhor comodidade ao idoso.
Art. 42. É assegurada a prioridade do idoso no embarque no sistema de transporte
coletivo.
TÍTULO V
DO ACESSO À JUSTIÇA
CAPÍTULO I
DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 71. É assegurada prioridade na tramitação dos processos e procedimentos e na
execução dos atos e diligências judiciais em que figure como parte ou interveniente
pessoa com idade igual ou superior a 60 (sessenta) anos, em qualquer instância.
§ 2º A prioridade não cessará com a morte do beneficiado, estendendo-se em
favor do cônjuge supérstite, companheiro ou companheira, com união estável,
maior de 60 (sessenta) anos.
§ 4º Para o atendimento prioritário será garantido ao idoso o fácil acesso aos
assentos e caixas, identificados com a destinação a idosos em local visível e
caracteres legíveis.
TÍTULO VI
DOS CRIMES
CAPÍTULO II
DOS CRIMES EM ESPÉCIE
Art. 96. Discriminar pessoa idosa, impedindo ou dificultando seu acesso a
operações bancárias, aos meios de transporte, ao direito de contratar ou por
qualquer outro meio ou instrumento necessário ao exercício da cidadania, por motivo
de idade:
Pena – reclusão de 6 (seis) meses a 1 (um) ano e multa.
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Art. 97. Deixar de prestar assistência ao idoso, quando possível fazê-lo sem risco
pessoal, em situação de iminente perigo, ou recusar, retardar ou dificultar sua
assistência à saúde, sem justa causa, ou não pedir, nesses casos, o socorro de
autoridade pública:
Pena – detenção de 6 (seis) meses a 1 (um) ano e multa.
Parágrafo único. A pena é aumentada de metade, se da omissão resulta lesão
corporal de natureza grave, e triplicada, se resulta a morte.
Art. 98. Abandonar o idoso em hospitais, casas de saúde, entidades de longa
permanência, ou congêneres, ou não prover suas necessidades básicas, quando
obrigado por lei ou mandado:
Pena – detenção de 6 (seis) meses a 3 (três) anos e multa.
Art. 99. Expor a perigo a integridade e a saúde, física ou psíquica, do idoso,
submetendo-o a condições desumanas ou degradantes ou privando-o de alimentos
e cuidados indispensáveis, quando obrigado a fazê-lo, ou sujeitando-o a trabalho
excessivo ou inadequado:
Pena – detenção de 2 (dois) meses a 1 (um) ano e multa.
§ 1º Se do fato resulta lesão corporal de natureza grave:
Pena – reclusão de 1 (um) a 4 (quatro) anos.
§ 2º Se resulta a morte:
Pena – reclusão de 4 (quatro) a 12 (doze) anos.
Art. 102. Apropriar-se de ou desviar bens, proventos, pensão ou qualquer outro
rendimento do idoso, dando-lhes aplicação diversa da de sua finalidade:
Pena – reclusão de 1 (um) a 4 (quatro) anos e multa.
Art. 104. Reter o cartão magnético de conta bancária relativa a benefícios, proventos
ou pensão do idoso, bem como qualquer outro documento com objetivo de
assegurar recebimento ou ressarcimento de dívida:
Pena – detenção de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos e multa.
Art. 105. Exibir ou veicular, por qualquer meio de comunicação, informações ou
imagens depreciativas ou injuriosas à pessoa do idoso:
Pena – detenção de 1 (um) a 3 (três) anos e multa.
Art. 106. Induzir pessoa idosa sem discernimento de seus atos a outorgar
procuração para fins de administração de bens ou deles dispor livremente:
Pena – reclusão de 2 (dois) a 4 (quatro) anos.
Art. 107. Coagir, de qualquer modo, o idoso a doar, contratar, testar ou outorgar
procuração:
Pena – reclusão de 2 (dois) a 5 (cinco) anos.
Art. 108. Lavrar ato notarial que envolva pessoa idosa sem discernimento de seus
atos, sem a devida representação legal:
Pena – reclusão de 2 (dois) a 4 (quatro) anos.
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ALTERAÇÕES ANATÔMICAS E FISIOLÓGICAS DO IDOSO
INTRODUÇÃO
Segundo o Estatuto do Idoso, idosos são todos os indivíduos com idade igual ou
superior a 60 anos e, atualmente, representam cerca de 9% da população brasileira,
com tendência a crescimento(1,2,3). O envelhecimento da população é uma
tendência mundial e é reflexo de vários fatores, como a diminuição das taxas de
mortalidade e fecundidade, progresso da medicina e avanços tecnológicos que,
juntos, possibilitaram um aumento na expectativa de vida, que varia dependendo da
região. No Brasil, por exemplo, a média de expectativa de vida, atualmente, é 70
anos(1,3,4).
Estima-se que o ser humano pode alcançar a idade de 120 anos ou mais, ainda
com um mínimo de reserva, desde que não apresente, durante toda vida, qualquer
tipo de doença ou distúrbio9. A maior idade alcançada pelo ser humano registrada
até hoje foi 120 anos no gênero masculino e 122 anos no feminino(9).
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d) luminosidade exagerada - causa depressão da glândula pineal, uma das
responsáveis pelo controle do metabolismo;
e) dieta - consumo exagerado de alimentos e desnutrição.
A partir dos 40 anos, a estatura diminui cerca de 1cm por década. Essa perda deve-
se à redução dos arcos dos pés, aumento da curvatura da coluna vertebral, além da
diminuição do diâmetro dos discos intervertebrais. Os diâmetros da caixa torácica e
do crânio tendem a aumentar com o envelhecimento. Há também crescimento do
nariz e das orelhas, dando a conformação típica facial do idoso(6,8).
Pele
A pálpebra inferior tende a ficar com formato de bolsa, por apresentar edema
juntamente com acúmulo de gordura(8,13
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Sistema Ósseo
Sistema nervoso
Sistema cardiovascular
Vasos Sangüíneos
Valvas cardíacas
Sistema respiratório
Modificações torácicas
O único músculo que parece não costuma ser afetado pelo envelhecimento é o
diafragma que, no idoso, apresenta a mesma massa muscular que indivíduos mais
jovens.
Sistema digestório
Boca
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Esôfago
Estômago
Pâncreas
Intestino delgado
Alguns estudos mostram que outros nutrientes podem ter sua absorção reduzida
com o envelhecimento como: vitamina D, ácido fólico, vitamina B12, cálcio, cobre,
zinco, ácidos graxos e colesterol.
Cólon
Reto e ânus
O pênis tem seu tecido erétil alterado, com perda de elasticidade e alteração da
circulação, resultando em dificuldades no mecanismo de ereção.
Sistema urinário
O rim
Bexiga e uretra
Aspectos otorrinolaringológicos
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Aspectos oftálmicos
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SÍNDROME DOS MAUS-TRATOS
3- CLASSIFICAÇÃO:
3.1- FÍSICOS: Atos realizados com a intenção de causar dor física ou ferimentos.
3.2- PSICOLÓGICOS: Atos realizados com a intenção de causar danos
emocionais ou físicos.
3.3- ECONÔMICOS: Apropriação indevida de dinheiro, bens ou propriedades dos
idosos.
3.4- NEGLIGÊNCIA OU ABANDONO DO IDOSO: Incapacidade de um designado
3.6- ABUSO SEXUAL: Realização de atos sexuais com uma pessoa idosa, sem o
4- FATORES DE RISCO:
Isolamento Social;
4.2- Cuidador:
Doença mental;
5- MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS:
6- DIAGNÓSTICO:
7. - PREVENÇÃO:
Apoio ao cuidador;
9-INTERVENÇÃO DO PROFISSIONAL:
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ACIDENTE VASCULAR ENCEFÁLICO
Existem diversos fatores considerados de risco para a chance de ter um AVC, sendo
o principal a hipertensão arterial sistêmica não controlada e, além dela, também
aumentam a possibilidade o diabete melitus, trombose, uma arritmia cardíaca
chamada fibrilação atrial.
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Tipos de AVE
Pedir em primeiro lugar para que a pessoa sorria. Se ela mover sua face só
para um dos lados, pode estar tendo um AVC.
Pedir para que levante os braços. Caso haja dificuldades para levantar um
deles ou, após levantar os dois, um deles caia, procurar socorro médico.
Dê uma ordem ou peça que a pessoa repita alguma frase. Se ela não
responder ao pedido, pode estar sofrendo um derrame cerebral.
Diagnóstico
Prevenção
Como todas as doenças vasculares, o melhor tratamento para o AVC é a prevenção,
identificar e tratar os fatores de risco, como a hipertensão, aterosclerose, o diabetes
mellitus, o colesterol elevado, cessar o tabagismo e o etilismo, além de reconhecer e
tratar problemas cardíacos.
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Consequências/complicações
Tratamento
Reabilitação
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PNEUMONIA
A pneumonia é uma doença que afeta cerca de 2,1 milhões de brasileiros todos os
anos, segundo dados do DATASUS. Esta doença é a principal causa de internação
hospitalar (mais de 960 mil casos por ano) e a quinta causa de morte no Brasil.
Trata-se de uma doença que afeta mais os idosos, pessoas com doenças crônicas
ou que tenham imunidade baixa. Mas pode afetar também crianças, jovens e adultos
saudáveis. Nas crianças, a pneumonia é a principal causa de morte em todo o
mundo.
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Causas e classificações da pneumonia:
A pneumonia pode ser causada pela infecção de bactérias, vírus, fungos, e outros
parasitas que geralmente são transmitidos por via respiratória. Estes
microorganismos ultrapassam as defesas naturais do corpo e invadem o pulmão,
causando infecção e inflamação desse órgão.
Classificações da pneumonia:
Sintomas da pneumonia
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Fatores de risco:
Idosos acima dos 65 anos e crianças muito novas têm maior risco de ter pneumonia.
Diagnóstico da pneumonia
Tratamento da pneumonia
Prevenção da pneumonia
Vacina contra gripe: muitas vezes uma gripe ou resfriado podem acabar
levando a um quadro de pneumonia. Desse modo, a vacinação contra gripe,
principalmente em idosos, é uma boa maneira de se prevenir a pneumonia.
Vacina contra o pneumococo: o pneumococo é a principal bactéria
causadora de pneumonia. Esta vacina também está disponível para aplicação,
visando prevenir a pneumonia pneumocócica. É recomendada para maiores de 65
anos ou pessoas que tenham algum tipo de fator de risco para adquirir pneumonia:
como doenças pulmonares crônicas, doenças cardiovasculares, doenças renais,
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diabetes, anemia falciforme, alcoolismo, cirrose hepática, pessoas que tiveram o
baço retirado por algum motivo ou caso haja alguma doença que cause queda da
imunidade corporal (como a AIDS, linfomas, leucemias, alguns tipos de câncer, uso
crônico de esteróides, quimioterapia ou radioterapia, transplante de órgão ou
transplante de medula óssea).
Lavagem das mãos: as mãos quase sempre estão em contato com os
microorganismos (germes) que podem causar pneumonia. Estes microorganismos
penetram no corpo através do toque dos olhos, boca ou nariz. Desse modo, lavar
bem as mãos com água e sabão ajuda a prevenir a pneumonia.
Não fumar: o cigarro causa lesões ao pulmão, reduzindo as defesas naturais
do organismo contra infecções respiratórias.
Ter uma boa qualidade de vida: ter uma vida tranqüila, fazer uma dieta
adequada e praticar atividades físicas regularmente ajudam a aumentar as defesas
do organismo, fortalecendo o sistema imune e prevenindo infecções.
Cuidados de enfermagem:
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OS GIGANTES DA GERIATRIA
1. INSTABILIDADE
Quedas
Cerca de 30% das pessoas idosas caem a cada ano. Essa taxa aumenta para 40%
entre os idosos com mais de 80 anos. As mulheres tendem a cair mais que os
homens até os 75 anos de idade, a partir dessa idade as freqüências se igualam.
Dos que caem, cerca de 2,5% requerem hospitalização e desses, apenas metade
sobreviverá após um ano.
Causas
• Relacionadas ao ambiente.
• Fraqueza/distúrbios de equilíbrio e marcha.
• Tontura/vertigem.
• Alteração postural/hipotensão ortostática.
• Lesão no SNC.
• Síncope.
• Redução da visão.
Os fatores de risco
Fatores intrínsecos: decorrem das alterações fisiológicas relacionadas ao avançar da
idade, da presença de doenças, de fatores psicológicos e de reações adversas de
medicações em uso. Podem ser citados:
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• uso de sedativos, hipnóticos e ansioliticos.
Os riscos domésticos mais comuns que devem ser objeto de atenção das equipes
de Atenção Básica são:
Como avaliar:
• Equilíbrio sentado
• Levantar
• Tentativas para levantar
• Assim que levanta (primeiros 5 segundos)
• Equilíbrio em pé
• Olhos fechados (pessoa idosa em pé, com os pés juntos)
• Girando 360
2. IMOBILIDADE
Fatores Predisponentes:
Osteoartrose
Doenças reumáticas
Seqüelas de fraturas
DPOC, ICC, AVC e Infecções
Desnutrição e Desidratação
Parkinson, Demência e Depressão.
LONGOS PERÍODOS ACAMADOS
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Conseqüências:
Depressão
Confusão mental
Hipotensão e constipação intestinal
Incontinência e Infecção Urinária
Trombose Venosa e embolia pulmonar 20% das mortes em acamados.
Pneumonia e broncoaspiração
Úlcera de pressão- escaras
Atrofia muscular- sarcopenia
Conduta:
3. INCONTINÊNCIA URINÁRIA
Causas:
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Entre os homens - o aumento da próstata, alterações da mobilidade, da destreza
manual (dificultando a retirada rápida das vestes), da motivação e a tendência a
excretar maiores volumes após deitar-se (em conseqüência da maior filtração renal)
também predispõem a pessoa idosa à incontinência.
Pesquisar:
4. INSUFICIÊNCIA CEREBRAL
Demência
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Entre as pessoas idosas, a demência faz parte do grupo das mais importantes
doenças que acarretam declínio funcional progressivo e perda gradual da autonomia
e da independência.
Diagnóstico
5. IATROGENIA -
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O importante é ter consciência médica ao realizar prescrição, diminuir a quantidade
de medicamentos, melhorar a qualidade, explicar tanto para o idosos quanto para o
cuidador as dosagens, os efeitos a observar e com isso melhorar a qualidade de
vida, evitando a Iatrogenia.
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PREVENÇÃO DE ACIDENTES DOMÉSTICOS
A maior parte dos acidentes com idosos acontece em casa – no interior da casa, nas
escadas, no jardim ou pátio. Esses acidentes, mesmo os menos graves, podem
debilitar a saúde do idoso, pois o organismo já não está preparado para
recuperações tão rápidas como as de pessoas de menor idade. Uma queda pode
provocar, por exemplo, uma fratura de fêmur ou do quadril, que pode exigir até que o
idoso fique imobilizado na cama por um longo período.
Recomendações
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Evitar comprar móveis que tenham rodas;
As cadeiras devem ficar a uma altura nem muito elevada, nem muito próxima
do chão;
Colocar barras de apoio na banheira ou chuveiro;
Usar tapetes em borracha, antiderrapante, no chuveiro e na banheira;
A casa deve estar bem iluminada, principalmente nas vias de acesso entre
cada uma das divisões;
As escadas devem ter um corrimão seguro, degraus antiderrapantes e
estarem bem iluminadas;
Usar óculos sempre que não conseguir ver um local de maneira nítida;
Não deixar gavetas abertas;
Não deixar no chão fios elétricos ou de telefone;
Manter os locais e passagens livres de buracos, fendas e outras
irregularidades que o possam fazer tropeçar;
Prestar atenção aos movimentos inesperados de animais, crianças e
bicicletas;
Colocar interruptores de luz próximos da cama, evitando ter que caminhar no
escuro.
A alimentação também merece atenção. Ela deve conter uma grande quantidade de
alimentos que sejam fontes de cálcio, pois desse modo o idoso previne a
osteoporose.
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A RELAÇÃO IDOSO-CUIDADOR
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Primitivização Comportamento de Reforce suas
da “mimo” e resistência habilidades e
personalidade em assumir sua parte estabeleça limites.
no tratamento.
Depressão Pode ser patológica Consulte um médico.
ou reativa.
Quando o idoso solicita sua presença a todo instante, sem uma necessidade clara,
é interessante que o cuidador procure aumentar o tempo de espera a cada solicitação,
de forma progressiva e contínua (por exemplo, 5 minutos por dia); assim, a pessoa
dependente precisará suportar períodos cada vez mais longos entre seu pedido e a
resposta e o aumento de sua ansiedade.
Não descarregue seu estresse no paciente! Reconheça e não ultrapasse seus limites!
Respeite a dor do paciente. Ela e subjetiva e pode ser um importante sinal. Estabeleça
limites com o paciente.
Observe se a tristeza do paciente assume ares de prostração e interfere em sua
disposição. Avise o medico.
Use o senso de humor; ria com o paciente; ria da vida, sempre com respeito. Procure
proporcionar bem-estar e satisfação com a vida.
Varie os estímulos; saia com o paciente; veja filmes, ouça músicas, notícias, etc.
Mantenha o idoso integrado ao mundo.
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CUIDADOS NO MANUSEIO DOS MEDICAMENTOS DO IDOSO
O cuidador deve:
Você deve:
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4. E os colírios, como devem ser administrados?
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NOÇÕES DE CUIDADOS DE ENFERMAGEM PARA O CUIDADOR DO IDOSO
BANHO NO LEITO
• antes de chamar o idoso para o banho, o cuidador deverá preparar tudo nos
mínimos detalhes; se os objetos necessários não estão a Mao (sabonete, xampu,
toalha, roupas limpas), corremos o risco de ter que deixar o idoso sozinho e
molhado num ambiente potencialmente perigoso;
• quando o idoso não quiser fazer a sua higiene e nem deixar o cuidador faze- lo,
você deve manter postura determinada, evitando a confrontação e a discussão,
conduzindo com firmeza, passo a passo, a execução de toda a tarefa.
MUDANÇA DE DECUBITO
Decúbito lateral
Decúbito dorsal
O cuidador nunca deve causar constrangimento ou ficar com raiva do idoso, pois,
além de não ser culpa dele, pode deixá-lo também muito triste, pouco cooperativo e
até muito mais agitado. Outras dicas para o cuidador:
• se o idoso se perde, não sabendo onde fica o banheiro e não chega a tempo,
uma das dicas é sinalizar bem a porta do banheiro, com palavras grandes e
chamativas ou colocar a própria figura de um vaso sanitário. À noite, deixe a luz
do banheiro acesa. Deixe o quarto do idoso mais perto do banheiro. Em alguns
casos, deve-se deixar o papagaio/comadre junto à cama. Facilite o uso do vaso,
com assentos altos e adaptados e barras laterais;
• não restrinja a ingestão de líquido, apenas para o idoso urinar menos; isto pode
provocar desidratação no idoso e piorar ainda mais seu quadro clinico;
• procure vestir o idoso com roupas fáceis de retirar ou abrir. Velcro é uma ótima
opção, no lugar do zíper ou dos botões;
• o uso de fralda descartável geriátrica pode ser útil à noite; observar se a fralda
não amanhece muito cheia ou vazando, pois talvez seja necessária uma troca no
meio da madrugada;
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Lembre-se:
• agitação pode ser um sinal de que o idoso quer urinar ou evacuar; se já usa fralda,
pode ser necessário trocá-la;
• reveja com o médico, as medicações que o idoso toma, pois uma mudança simples
de horário ou a retirada de algumas delas, dispensáveis, pode melhorar muito o
padrão de sono;
• o idoso pode acordar para urinar várias vezes, e perde o sono; neste caso, procure
deixar o urinol ou papagaio perto de sua cama, evitando que ele vá ao banheiro;
• faca o idoso evitar cochilos e deitar na cama ou no sofá, durante a parte do dia;
• faça-o evitar bebidas estimulantes à tardinha e a noite: café, chá-mate, e bebidas
alcoólicas;
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Lembre-se:
Você de deve:
• estabelecer uma rotina para as atividades do idoso, com horários fixos para
dormir, comer, lazer, etc;
• tornar as tarefas mais simples e organizadas;
• inserir em seu dia-a-dia atividades manuais e exercícios mentais, como ler, jogar,
pintar. Tome cuidado para não sobrecarregá-lo;
• fazer intervalos entre as atividades;
• realizar atividades físicas (caminhadas, hidroginástica, etc.);
• manter um calendário grande em lugar de passagem e acompanhá-lo diariamente
para ver o dia, mês e ano;
• colocar os objetos de uso freqüente sempre no mesmo lugar. Desta maneira, será
mais fácil encontrá-los quando precisar;
• manter o período da noite calmo, com pouco barulho e poucas visitas.
Sim. Porque ela pode se confundir com algumas doenças físicas, problemas de
memória, perda de pessoa da família ou amiga. Também a depressão no idoso
pode se expressar por cansaço, irritação, etc., confundindo com outras doenças.
O cuidador deve:
• procurar o médico para que seja feito o diagnóstico corretamente e lhe dê todas
as orientações possíveis sobre como lidar com o problema;
• fazer que o idoso tome os medicamentos prescritos pelo médico corretamente;
• observar os movimentos do idoso deprimido com atenção, pois as tentativas de
suicídio são mais freqüentes nesta idade;
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• tristeza: por vivenciar as perdas do paciente;
• raiva: diante das suas recusas;
• ansiedade: por espera de progresso do paciente, para sair da rotina do dia a dia
da doença;
• culpa: por ter pensamento e atitudes, às vezes, negativas;
E desenvolver:
• cansaço;
• insônia;
• perda de autocontrole;
• impotência;
• depressão;
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HOME CARE
O movimento de Home Care surgiu nos Estados Unidos em 1947, na era do pós-
guerra, quando várias enfermeiras passaram a atender e cuidar dos pacientes em
casa pois os hospitais viviam cheios. Houve um salto de eficiência com este tipo
de tratamento, promovendo-se uma recuperação precoce do paciente e os custos
hospitalares reduziram drasticamente. As Seguradoras e Planos de Saúde
descobriram este nicho de diminuição de despesas e passaram a remunerar
quase todos os procedimentos de Home Care.
Vantagens apresentadas:
Atendimento personalizado 24 h
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É gratificante ver seu parente sendo acompanhado por equipes de
profissionais dentro da sua própria casa, sem ônus financeiro para a
família.
O hospital fica com maior rotatividade de seus leitos, abrindo espaço para
pacientes instáveis
A assistência domiciliar
HOSPITALIZAÇÃO DOMICILIAR
Esta modalidade tem por característica principal a transferência, para o domicílio,
dos recursos empregados aos cuidados de um paciente em um hospital
convencional, em circunstâncias ideais para a continuidade do tratamento sem
perda de qualidade e efetividade.
Caráter educativo
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O não cumprimento dos princípios da hospitalização domiciliar, ou uma
interpretação inadequada dos mesmos, pode acarretar certos riscos, que são
resumidamente:
Como Funciona:
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ele repassar para a chefia de enfermagem da instituição de Home Care todas as
suas rotinas, os medicamentos, as orientações médicas, além dos exames que
ele quer, e quando sejam feitos, e as datas que pretende visitar o paciente.
Caberá a enfermeira tomar todas as providências pertinentes, visitar a casa do
paciente, conversar com os familiares, providenciar todos os equipamentos
ergonômicos necessários (cama apropriada, postes de soros, bombas de infusão,
monitores, oxigênio etc...) para continuar o tratamento em casa. Estes
equipamentos têm que ser compatíveis com a residência da família para tornar o
ambiente apropriado e apto para continuar o tratamento do paciente.
A parte mais específica e mais difícil do Home Care é a "alta" do paciente. Isto
acontece quando a equipe (de acordo com o medico assistente) se retira da casa
do paciente e transfere os cuidados para o próprio paciente ou para familiares.
Todos os detalhes devem ser pormenorizadamente explicados e entendidos pelos
cuidadores. Aqui a resistência dos familiares é significativa. Por isso é necessário
muita experiência, eficiência e competência por parte das equipes especializadas
em Home Care quando da alta do paciente.
ASSISTÊNCIA DOMICILIAR
Controle nutricional;
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Psicoterapia e tratamento de feridas;
Vacinação;
Educação alimentar;
Assistência ao idoso;
Outros.
PROCEDIMENTOS
Lavagem intestinal
Consultas médicas,
Consultas de enfermagem
Serviços de reabilitação
Fornecimento de equipamentos
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Fornecimento de medicamentos
Exames clínicos,
Aplicações de vacinas;
Quimioterapia
Respiração artificial
Respeito pela vida: todas as vidas são preciosas e devem ser respeitadas.
Interagir com o paciente de uma forma honesta dando valor é dignidade humana
baseada no respeito, simpatia e compaixão, sempre procurando suprir as
necessidades físicas, psicológicas e espirituais do paciente.
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Tratar todos os funcionários com dignidade e respeito, e prover oportunidades
profissionais baseado em competências de trabalho, sem discriminação de raça,
cor, religião, nacionalidade, sexo, idade ou deficiência física.
REFERÊNCIAS
CARROLL, Mary; BRUE, L. Jane. Enfermagem para idosos: guia prático. São Paulo:
Andrei, 1991. 198 p.
RODRIGUES, Rosalinda A. P.; DIOGO, Maria José D. Como cuidar dos idosos. 2.
ed. Campinas: Papirus, 1996. 128 p.
VITTA, A. Atividade Física e Bem Estar na Velhice. In: Néri, A.L. Campinas:
Papirus, 2000
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