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O direito constitucional e a obrigação social de

portar uma arma


Por Robert H. Boatman

Existe uma piada antiga, tão verdadeira quanto os provérbios geralmente são. Ela é mais
ou menos assim: engraçado as coisas que você vê quando não se tem uma arma.

Suzanna Gratia (hoje Gratia Hupp) estava tendo um agradável almoço com seus pais na
Luby’s Cafeteria na cidade de Killen, no Texas, quando avistou uma caminhonete
avançando sobre a fachada do restaurante. Um homem armado com duas armas e muita
munição saiu do veículo e começou a atirar em todos que ali estavam, incluindo seus
pais. Al Gratia fora atingido fatalmente no peito. Ursula Gratia fora atingida no meio da
cabeça. Mais de 20 outras pessoas dentro do restaurante foram assassinadas a sangue
frio, antes do assassino apontar a arma para a própria cabeça e estourar seus miolos.

Suzanna se escondeu debaixo da mesa, remexendo sua bolsa, que costumava ter um
resolver calibre .38. Em respeito a uma lei da época, a qual proibia trazer consigo a
própria arma, ela a havia deixado dentro do carro. Muitos que ali estavam também
possuíam armas legais e inacessíveis, trancadas dentro dos seus veículos. Suzanna
Gratia Hupp resolveu então nunca mais cometer este erro novamente, embora tais
promessas sempre surjam tarde demais.

“A decisão de seguir a lei custou-me a vida dos meus pais”, ela diz. “Não há um único
dia em que eu não pense nisto”.

Não muito tempo depois do massacre em Killeen, John Taylor e Craig Godineaux
bateram na porta da frente do restaurante Wendy, na cidade de Nova York. Chamavam
o gerente, Jean Dumel Auguste, pelo nome. Taylor era familiarizado com a rotina do
restaurante, tendo trabalhado lá por um curto período de tempo antes de ser mandado
embora por ter cometido um furto. O gerente abriu a porta para Taylor e Godineaux e os
deixou entrar em seu escritório no sótão. Minutos depois, Jean fez uso do alto-falante do
restaurante para convocar todos os seis funcionários do período noturno para uma
reunião. O que se seguiu foi um dos piores massacres da cidade de Nova York.

Os dois assassinos armados conduziram todos os sete funcionários para dentro da


câmara frigorífica do restaurante, ataram suas mãos, taparam suas bocas, cobriram suas
cabeças com sacolas plásticas, deram ordens para que ficassem de joelhos, e,
metodicamente, atiraram na cabeça de cada um deles com uma pistola de pequeno
calibre à queima roupa. Logo depois, eles roubaram cerca de $2.000 em dinheiro e
deixaram o local. As leis locais de Nova York e as políticas de segurança da cadeia de
restaurantes Wendy’s proibiam as vítimas de andarem armadas.

Todas as pessoas envolvidas nestes incidentes foram, de modo profundo, responsáveis


por suas mortes ou pela morte de seus entes queridos. Eles foram igualmente
responsáveis pelas mortes de inocentes que com eles se associavam, e, de forma
abstrata, pelas mortes de todos os outros que já foram mortos nas mesmas
circunstâncias. Leis e políticas de desarmamento são sempre cúmplices da execução de
inocentes. E convém aos sobreviventes que se sintam envergonhados por seus
posicionamentos.

No final das contas, enfrentar o mal com impotência – seja por covardia ou submissão a
leis estúpidas – poderia muito bem levar a sociedade ao fim.

Suzanna Gratia Hupp decidiu reagir. Ela colocou-se de pé para mudar as leis estúpidas.
Ela dirigiu seu ódio aos legisladores que “legislaram contra o direito de proteger a si e à
sua família.” Ela se reuniu à cruzada pelo direito de portar armas no Texas e concorreu
às eleições do seu estado. Ela obteve sucesso nas duas frentes, embora não a tempo de
salvar a vida dos seus pais.

Hoje, a republicana Hupp lança palavras duras contra os fanáticos desarmamentistas que
saem dos arbustos todas as vezes em que há um massacre, como em Columbine. “Por
que agora estes homicídios em massa tendem a ocorrer em escolas e postos dos
correios, lugares onde armas não são permitidas? Eles sempre ocorrem nestas chamadas
“zonas livre de armas.” Como na cafeteria Luby’s. Cinco empregados da Wendy’s –
Ramon Nazario, Anita C. Smith, Jeremy Mele, Ali Ibadat e Jean Dumel Auguste –
carregaram sua vergonha para a cova. Não há nenhuma boa razão neste mundo para que
estes massacres tenham terminado com terminaram.

Um cenário quase idêntico ao da Wendy’s em Nova York teve início no restaurante


Shoney’s em Anniston, no Alabama. Dois homens armados tomaram o restaurante, que
estava repleto de pessoas e funcionários, e ordenaram que todos entrassem na câmara
frigorífica. Mas desta vez um funcionário esperto, chamado Thomas Terry, sacou sua
arma (uma .45) e atirou em ambos os marginais antes que a chacina tivesse vez. Em
questão de segundos, um dos criminosos caiu morto, o outro ficou incapacitado, e mais
de duas dezenas de pessoas inocentes foram trazidas à vida graças a um homem que
tinha uma arma e não estava com medo de usá-la. Thomas Terry, sagrando com um
disparo na cintura, estava feliz por ter bancado o herói em meio a tantas vidas em risco.

E eles continuam perguntando: Por que você porta uma arma? Do que você tem medo?
Você acha que algum maluco vai entrar com um veículo pela porta da frente e vai atirar
em todo mundo? Você acha que uma dupla de criminosos vai enfiá-lo em uma câmara
frigorífica e executá-lo? No que você só pode responder: Você acha que quando você
atravessa uma rua você será atropelado por um caminhão?

Apenas quando o dever de portar armas mais uma vez alcançar o seu alto grau de
legitimidade social e prioridade política, este país (os EUA) conseguirá de volta o
respeito pelas liberdades e dignidade humanas que nos separaram do resto no
mundo por mais de dois séculos.

Tradução: Diogo Siqueira

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