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COMANDO
MITSUBISHI
PARA
FRESAMENTO
Vicente Fernandes
CNC MITSUBISHI
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Sumário
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1. PRINCÍPIOS DO CNC
Fresadora CNC (comando numérico computadorizado) entendemos que não tem troca
automática de ferramentas.
Centro de usinagem entende que além da troca de ferramentas também pode a troca de mesa.
Tanto uma como a outra são fresadoras convencionais sem manivelas e com muito mais
recursos. Precisa de menos acessório que uma fresa convencional. Onde pode se fazer uma
peça com várias operações e ferramentas com a peça presa uma só vez, pode se colocar mais
de uma peça por vez pode se colocar operações diferentes da mesma peça no mesmo ciclo.
Para isso precisa saber que é necessário ter conhecimento de seqüência de usinagem, ou seja,
como prender a peça como será à disposição das ferramentas. E o que é muito importante
saber programar a máquina.
Um centro de usinagem tem um magazine de ferramentas numerado, tem motorização nos
três eixos que trabalham independentes ou sincronizados, podendo trabalhar os três juntos
porem com o mesmo avanço.
A máquina ao ser ligada ela estará em um zeramento de fabrica, para isso existe o referen-
ciamento dos eixos (X, Y , Z e quarto eixo A ou W) e do magazine, que é chamado zero
máquina.
Cada máquina tem seu comando em particular, sendo que cada comando tem sua maneira de
serem programado, alguns códigos são similares ou até iguais outros não. O conceito é igual
para todos.
2. PROGRAMAÇÃO
O programa informa à máquina o que ela deve fazer, isso é feito com códigos, à máquina
precisa saber, em qual quadrante ela vai trabalhar, se milímetro ou polegada, se em absoluto
ou incremental, se o avanço é mm/min ou mm/rot.
O programa precisa informar qual ferramenta do magazine ela tem que colocar na árvore, qual
rotação será usada.
A programação sempre será feita no conhecimento dos eixos cartesianos X, Y e Z orientados.
Onde o centro dos eixos será seu zero peça.
As coordenadas dos eixos podem ser feitas de duas formas, absoluta ou incremental.
Absoluta é quando a medida sai sempre do zero peça.
Incremental é quando a medida sai de onde estiver a ferramenta.
O programa tem que informar se a ferramenta fará uma usinagem reta (interpolação linear) ou
uma usinagem circular (interpolação circular) ou ainda uma usinagem angular (interpolação
polar).
O programa tem que informar se será preciso compensar o raio da ferramenta e para que lado
isso deva ser feito direita ou esquerda (compensação de raio da ferramenta).
O programa tem que informar se será feito um furo e que forma deverá ser feito.
O programa terá que informar seu fim e a volta para o inicio desligando a máquina.
Para tudo isso existe códigos específicos e com certo padrão ISO.
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3. PRINCIPAIS CÓDIGOS
Quando se usa o “G02” e “G03” tem que se identificar o centro do raio em “Y” e a letra
correspondente é “J”.
4. ORIGEM
Origem é a definição de onde será o ponto zero da peça para partida da usinagem,
normalmente é considerada as partidas de cotas mais precisas de um desenho ou faces de
coordenadas do desenho.
A máquina faz a transferência do “G53” para o “G” escolhido pelo programador, podendo
ser usado: “G54” , “G55” , “G56”, “G57” , “G58”e “G59” , a peça pode até exigir
mais de um ponto de origem.
O ponto de origem para “X” e “Y” é mostrado no desenho (planta) como se demonstra um
pino (uma circunferência dividida em quatro com dois quadrantes na diagonal pintados) e do
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centro com duas retas orientadas e perpendiculares, onde a orientação identifica o quadrante
positivo da peça.
O ponto de origem para “Z” é mostrado no desenho (vista lateral, elevação) como se
demonstra um pino (uma circunferência dividida em quatro com dois quadrantes na diagonal)
e do centro com uma reta orientada, onde a orientação identifica o quadrante positivo da peça.
Temos que identifica para a máquina em quais eixos ela deve trabalhar, XY XZ YZ,
normalmente as máquinas são verticais, então usaremos o código G17.
5. MONTAGEM DO PROGRAMA
Para poderem ser alterarados sem muita complicação, os códigos devem ficar assim dispostos.
1º cód.: identificar com qual avanço será feito esse movimento – G00.
2º cód.: identificar que origem ela deverá fazer os cálculos – G53 (é bom usar o zero
máquina).
3º cód.: identificar qual corretor deve ser usado, nesse caso sempre – H0.
4º cód.: identificar qual eixo será usado e até onde deverá se deslocar – Z0.
5º cód.: finalizar a linha de programação (usar tecla EOB) - ;.
S1000 M03 ;
6ª linha: como já identificamos o avanço de aproximação com o G00 na linha anterior não é
necessário colocar ele de novo, temos que colocar o código de chamada do corretor e o
corretor e ligar refrigeração.
Agora entra a programação da peça, quando acaba a usinagem com está ferramenta ele deve
ser trocada dessa forma.
16ª linha: a ferramenta deve ir para a posição de troca, com a ferramenta parada.
1º cód.: identificar com qual avanço será feito esse movimento – G00.
2º cód.: identificar que origem ela deverá fazer os cálculos – G53 (é bom usar o zero
máquina).
3º cód.: identificar qual corretor deve ser usado, nesse caso sempre – H0.
4º cód.: identificar qual eixo será usado e até onde deverá se deslocar – Z0.
5º cód.: deve se desligar a ferramenta no eixo árvore – M05.
6º cód.: finalizar a linha de programação (usar tecla EOB) - ;.
19ª linha: a máquina deve ser posicionada estando à ferramenta na posição de troca.
20ª linha: como já identificamos o avanço de aproximação com o G00 na linha anterior não
é necessário colocar ele de novo, temos que colocar o código de chamada do corretor e o
corretor e ligar refrigeração.
Agora entra a programação da peça, quando acaba a usinagem com está ferramenta ele deve
ser trocada dessa forma.
31ª linha: a ferramenta deve ir para a posição de troca, com a ferramenta parada.
1º cód.: identificar com qual avanço será feito esse movimento – G00.
2º cód.: identificar que origem ela deverá fazer os cálculos – G53 (é bom usar o zero
máquina).
3º cód.: identificar qual corretor deve ser usado, nesse caso sempre – H0.
4º cód.: identificar qual eixo será usado e até onde deverá se deslocar – Z0.
5º cód.: deve se desligar a ferramenta no eixo árvore – M05.
6º cód.: finalizar a linha de programação (usar tecla EOB) - ;.
32ª linha: a ferramenta deve ir para a posição de troca de peça, com a ferramenta parada.
1º cód.: identificar com qual avanço será feito esse movimento – G00.
2º cód.: identificar que origem ela deverá fazer os cálculos – G53 (é bom usar o zero
máquina).
3º cód.: identificar qual eixo será usado e até onde deverá se deslocar – X 325 (é bom colocar
a máquina no meio da porta para facilitar a troca de peça).
4º cód.: identificar qual eixo será usado e até onde deverá se deslocar – Y 0 (é bom colocar a
mesa perto do operador para facilitar a troca da peça).
5º cód.: finalizar a linha de programação (usar tecla EOB) - ;.
6. INTERPOLAÇÃO LINEAR
7. INTERPOLAÇÃO CIRCULAR
A segunda maneira é usada em contornos que exigem uma precisão maior. Para se usar a
interpolação circular temos que ficar atentos a alguns detalhes na montagem da linha e
seqüência dos códigos.
Nessa linha entra os códigos “I” “J” “K”, eles identificam para a máquina onde está o centro
do raio a ser usinado.
A letra “I” identifica onde está o centro do círculo em “X” e a medida é de onde está
ferramenta até o centro do círculo, observar se é positivo ou negativo.
A letra “J” identifica onde está o centro do raio em “Y” e a medida é de onde está ferramenta
até o centro do círculo, observar se é positivo ou negativo.
A letra “K” identifica onde está o centro do raio em “Z” e a medida é de onde está ferramenta
até o centro do círculo, observar se é positivo ou negativo.
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A linha anterior do “G02” ou “G03” terá a coordenada do inicio do raio em “X” e “Y”.
A linha “G02” ou “G03” terá a coordenada final do raio em “X” e “Y”.
A linha após “G02” ou “G03”, tem que ter obrigatoriamente o código “G00” ou “G01”.
A montagem da linha para um “G02” interpolação circular no sentido horário onde o centro
do raio é a origem e o diâmetro é de 50 usando uma fresa de diâmetro 20 fica assim:
Como podemos verificar a dificuldade para programar nos programas anteriores, tivemos que
fazer contas com o raio da ferramenta, mesmo sendo programas extremamente simples se
torna muito complicado, se tiver que trocar a ferramenta e não encontrar outra com o mesmo
diâmetro teríamos que mudar o programa.
A máquina como já foi mencionado tem muitos recursos um deles é a compensação de raio da
ferramenta.
Com esse recurso podemos usar qualquer ferramenta com diâmetro igual ou menor que o
pedido no programa.
O programa é feito com medidas exatas ao desenho, o raio da ferramenta não influenciara em
nenhuma medida do contorno da peça.
Não podemos esquecer-nos do corretor de raio da ferramenta “D”, é ele quem informa para a
máquina o raio da ferramenta para os cálculos internos.
Os códigos usados para compensação de raio são “G41” e “G42”.
10º Programa:- usar uma fresa de topo Ø 16, espessura da peça 12mm.
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9. CHANFROS E ARREDONDAMENTOS
Quando a peça exige um canto chanfrado ou arredondado sem muita precisão, serão usadas
funções especificas para cada usinagem. Sendo que antes do código é necessário uma “,”
C - É usado para fazer chanfro de 45°.
R – é usado quando para concordância de um canto entre duas interpolações lineares, ou
lineares e circulares ou ainda circulares e circulares, tem que ser arredondado.
Essa função tem regras simples para seu uso na programação:
1ª A coordenada tem que ser a medida do canto sem o chanfro ou raio.
2ª A função tem que ficar no fim da linha.
3ª A função tem que ser na linha antes do chanfro ou raio.
4ª A função pode ser usada com ou sem compensação de raio da ferramenta, porém
normalmente será usada com compensação.
5ª Antes da função tem que ter uma virgula.
Essa regra deve ser usada para as duas funções “C” “R”.
11º programa:- usando interpolação linear com chanfro ou raio nos cantos e compensação de
raio a esquerda G41.
Existem casos de ter abrir um furo de diâmetro grande e profundo que pode ser feito com uma
ferramenta usando interpolação circular e helicoidal. Para o programa não ficar extenso usa-se
a função “G2”e “G3”e usando a função “P” para o número de passadas e usina o furo em
hélice, usando uma sentença.
Para se interpolar um furo essa função, sendo um furo cego, temos que repetir a linha da
interpolação circular sem a função na linha seguinte para que o fundo do furo fique paralelo,
sendo furo passante temos que ter um “Z” com a medida de profundidade da peça mais pelo
uma vez o passo do “P”.
Serve também para abrir uma rosca, onde o passo da rosca será o passo da hélice.
“P” é um contador de voltas da hélice, no caso da rosca multiplica-se o passo da rosca pelo
numero de voltas, usa-se colocar em “Z” de aproximação a medida do passo acima da peça,
esse valor será indicado por “Z”, deve se lembrar que sempre a máquina conta uma volta a
mais que a indicada. Em caso de rosca não pode ser dado uma volta em paralelo.
A montagem da linha essa função “P” é assim:
Para um furo diâmetro 80 cego com 20 de profundidade e com origem no centro do furo,
usando uma fresa TMAX diâmetro de 50 x 90°.
Para uma rosca M80 x 2 com origem no centro do furo, usando uma ferramenta de tornear
rosca interna com inserto de passo 2.
G0 G54 D1 X0 Y0 ;
G43 H1 Z4 M8 ;
G1 Z2 F100 ;
G42 X40 Y0 ;
G2 X0 Y-40 Z-22 I0 J40 P11 ;
G1 G40 X0 Y0 ;
G0 Z4 M9 ;
G0 G53 H0 Z0 M5 ;
G0 G53 X325 Y0 ;
M6 T0 (Árvore livre) ;
M30 ;
Quando for preciso fazer um desbaste em várias passadas, o programa fica extenso e aumenta
a margem de erros, e complica a correção pelo numero de linhas.
Quando se prepara a mesma peça em varias posições na máquina, fica difícil de manter um
programa para cada peça.
Para solucionar esse problema usamos um “sub programa”, partes do programa são repetidas
de acordo com a necessidade.
Para um programa de repetição para o eixo “Z”, cada volta teria que descer um pouco.
No inicio falamos sobre medidas absolutas e incrementais “G90” e “G91”, porém com esses
códigos o programa inteiro fica em absoluto ou em incremental, nós só queremos só um eixo
trabalhando em incremental e somente em uma linha, existe uma forma de se fazer isso, no
caso o “Z”, programa-se “G91” antes do “Z” e um “G90” após, geralmente na primeira
linha do sub programa, assim cada vez que ela ler desce o valor indicado pelo “Z”.
O sub programa pode ser feito em um número de programa, como se fosse um outro
programa ou ser colocado no mesmo programa principal após o M30.
G1 Z0 F100 ;
M98 H10 L3;
G0 Z2 M9 ;
G0 G53 H0 Z0 M5 ;
G0 G53 X325 Y0 ;
M6 T0 (Árvore livre) ;
M30 ;
;
;
N10 G01 G91 Z –2 G90 F100 ;
G41 X0 Y –2 ;
Y65.7 ;
X53.9 ;
Y0 ;
X –2 ;
G0 G40 X-15 Y-15 ; (igual ao ponto de entrada)
M99 ;
Quando fazemos um flange com vários oblongos na face, sendo que as coordenadas são em
ângulo, vamos usar a função “G68”.
Essa função serve para mudar a origem em ângulo, ou seja, fazemos um sub programa para o
primeiro oblongo e mandamos repetir após o uso da função “G68”.
Para usar essa função precisamos indicar:
G40 X44 Y0 ;
X36 ;
M99 ;
Os ciclos já estão prontos na máquina, eles podem fazer várias operações envolvendo furação,
como:- furos passantes, furos profundos, furo cego, mandrilamento, roscas com macho e
outros.
Observaremos que alguns códigos são iguais em todos os ciclos.
Após o uso tem que ser desativado usando o comando “G80”.
13.1 Ciclo de furação para pontear e furar com broca TMAX G81
13.4 Ciclo para rosquear com mandril rígido (porta pinça) direita G84
13.5 Ciclo para rosquear com mandril rígido (porta pinça) esquerda G74
13.6 Ciclo para passar alargador (desce e sobe com rotação e avanço
programado) G85
13.8 Ciclo para passar alargador com tempo de espera no fundo (desce e
sobe com rotação e avanço programado) G89
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