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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO OESTE DO PARANÁ – UNIOESTE

CENTRO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS – C.C.A.

CURSO DE ZOOTECNIA

DISCIPLINA DE HIGIENE E PROFILAXIA

DOENÇAS CAUSADAS POR BACTÉRIAS EM AVES

Acadêmicas: Jaciara F. Deimling,

Kamyla Gaffuri

Marisa Schneider Vivian,

Monique Bayer

Paula R. Hermes

Taciana de Oliveira

Marechal Cândido Rondon


Outubro/ 2007

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO OESTE DO PARANÁ – UNIOESTE

CENTRO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS – C.C.A.

DOENÇAS CAUSADAS POR BACTÉRIAS EM AVES

Trabalho realizado na disciplina de


Higiene e Profilaxia ministrada pela
professora Yolanda.

Marechal Cândido Rondon


Outubro/ 2007

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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO......................................................................................................................4
2. Principais doenças causadas por bactérias .............................................................................5
2.2 cólera aviária.....................................................................................................................5
2.3 COLIBACILOSE..............................................................................................................6
2.4 coriza infecciosa................................................................................................................6
2.10 TIFO..............................................................................................................................10
4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS..................................................................................12

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1. INTRODUÇÃO

A intensificação da produção avícola mundial associada às características da


avicultura brasileira, colocando o Brasil como um dos maiores produtores e
exportadores de frango do mundo, tornam a indústria avícola brasileira susceptível a
surtos de doenças infecciosas e conseqüentes perdas econômicas.
As doenças causadas por microorganismos são as que determinam efeitos
negativos mais significativos, uma vez que o controle e prevenção são mais difíceis
de serem realizadas.
Os microorganismos podem invadir o organismo da ave através de um grande
número de vias em comum. A pele, os olhos, a boca e as passagens nasais que
ligam os sistemas respiratório e digestivo são as principais vias pelas quais os
agentes da doença atingem o organismo. Os microorganismos patogênicos são as
bactérias, vírus, parasitas, protozoários e fungos. Muitos deles são geralmente
resistentes às condições ambientais e se multiplicam muito rapidamente em um
substrato com calor e umidade.
Os microorganismos não só são transmitidos de ave a ave, mas também
através de equipamentos, calçados e vestes dos homens, veículos, ração, água, ar
e cama. O ar é um agente transmissor muito comum quando contém partículas de
poeira sobre as quais as bactérias e vírus são transportados.
Neste trabalho se dará ênfase às doenças causadas por bactérias em aves.
As bactérias são microorganismos unicelulares e extremamente pequenos. Elas
produzem muitas doenças aviárias, porém são facilmente controladas pelo uso
adequado de antibióticos. Existem tipos específicos de antibióticos que são usados
contra tipos específicos de bactérias. Outros antibióticos são de largo espectro e
podem ser efetivos contra inúmeras bactérias. Recomenda-se que se utilize os
antibióticos com muito critério, pois as bactérias desenvolvem imunidades
antibióticas, diminuindo a eficiência do mesmo após um período de uso.
O controle das doenças é um desafio para quem trabalha com aves. A
prevenção deve ser continuamente praticada para minimizar o potencial de infecção.
As medidas preventivas podem ser conduzidas através de um programa de
sanidade bem planejado e manejado. Um esquema de vacinação deve ser
empregado paralelamente a um programa sanitário contínuo, com um manejo
correto diário.
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2. PRINCIPAIS DOENÇAS CAUSADAS POR BACTÉRIAS

2.1 BOTULISMO

É causado pela ingestão de toxinas produzidas pelo Clostridium botulinum. A


moléstia ocorre frequentemente nos meses mais quentes em galinhas, aves
aquáticas, perus e faisões domesticados.
Os principais sintomas são apatia, debilidade e perda de controle das pernas,
asas e pescoço que levam à morte. É necessário um bom manejo para prevenir a
ingestão de alimentos deteriorados, carcaças e vegetais em decomposição e certos
besouros da cama. É importante que os animais tenham acesso a água fresca, não
alcalina e limpa.
A remoção dos animais doentes deve ser feita com cuidado para que não
ocorra a contaminação de outros animais.
Há disposição de algumas antitoxinas para alguns tipos de toxinas botulínicas
e a utilização de antibióticos e selênio pode ser efetiva.

2.2 CÓLERA AVIÁRIA

A cólera aviaria é uma doença bacteriana altamente infecciosa nas aves


domésticas em geral, com surtos ocorrendo em aves em crescimento e adultas.
Compreende uma doença com curso variável, infecciosa e com alto índice de
mortalidade. A mortalidade pode atingir 80% ou mais das aves doentes.
As formas agudas e crônicas da doença podem ser identificadas pela morte
súbita de aves aparentemente saudáveis. Em casos crônicos, observam-se cristas e
barbelas edemaciadas que podem apresentar coloração azul-escuro. As aves
infectadas ficam sonolentas, febris e com sede, podem apresentar diarréia
freqüente, amarelada ou sanguinolenta e apresentam-se sentadas com suas
cabeças caídas sobre o corpo ou viradas e repousadas sobre as asas. Internamente
observam-se lesões no fígado e pulmões, inflamação no intestino acompanhada de
pequenas hemorragias, inflamação da mucosa das vias respiratórias.
Os animais infectados responderão ao tratamento, porém com sucesso
ilimitado e aquelas que se recuperam tornam-se portadoras da doença. A prevenção
pode ser realizada através da administração de uma bacterina sob a pele do

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pescoço entre 12 e 16 semanas de idade ou através da administração de uma
amostra “vacinal” viva de Pasteurella multocide na água de beber.

2.3 COLIBACILOSE

É uma doença que só raramente ocorre sob a forma epidêmica, o comum é


registrarem-se casos isolados. A incidência dessa doença é atribuída, sobretudo à
inobservância nas normas de higiene.
O agente causal é uma bactéria frequentemente encontrada no intestino das
aves, Escherichia coli. Este agente parece determinar a enfermidade quando ocorre
quebra da resistência orgânica, resultante da presença de outras enfermidades, falta
de higiene, superlotação de abrigos, má alimentação, etc...
Os sinais mais importantes da infecção são: diarréia hemorrágica,
desenvolvimento retardado, emagrecimento, má conversão alimentar, entre outros.
A doença evolui rapidamente, ou às vezes podendo durar semanas ou
meses. As aves que conseguem sobreviver podem tornar-se portadoras,
constituindo-se em fontes de disseminação. O exame interno revela inflamação dos
intestinos, acúmulo de líquido no pericárdio, exsudativo fibrinoso na cavidade
abdominal e pontilhos claros no fígado.
O diagnóstico é feito através de exames laboratoriais.
A água e os alimentos contaminados atuam como veículos disseminadores. O
combate é feito pelo emprego de medidas de higiene, arraçoamento adequado e
programas de prevenção das outras enfermidades.
Tenta-se o tratamento através do emprego de antibióticos e quimioterápicos
encontrados no comércio.

2.4 CORIZA INFECCIOSA

Moléstia muito comum que afeta aves de qualquer idade, mas, aves de meia-
idade ou mais velhas são mais susceptíveis. Normalmente ocorre com mais
freqüência em lugares úmidos e batidos de ventos frios, assim como nos abrigos mal
construídos, além de causas relacionadas com mau manejo das aves,
principalmente, superpovoamento, falta de alimentação e má higiene da granja.

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A disseminação ocorre por contato direto da ave enferma com a sadia,
através da descarga nasal das aves contaminadas na água da bebida, assim como
através da poeira, alimentos e equipamentos contaminados.
A infecção produz edema na face, espirros e descarga nas passagens nasais
e nos olhos.
Uma bacterina pode ser utilizada para imunizar as aves em regiões com uma
história clínica de infecção elevada. Sulfonamidas e antibióticas podem ser
efetivamente utilizados para tratar os surtos da doença.
A evolução da doença varia entre uma e várias semanas. A mortalidade em
geral não é elevada, mas o atraso no crescimento ou a diminuição da postura pode
resultar em grandes prejuízos. As aves que se restabelecem podem se tornar
portadoras por longo período.
O diagnóstico é feito através de exames laboratoriais e observação dos
sintomas.

2.5 DOENÇA CRÔNICA RESPIRATÓRIA (D.C.R.)

É uma moléstia infecciosa de evolução longa, responsável por grandes


perdas, dadas as dificuldades de controle.
Seu agente causal é uma bactéria, Mycoplasma gallisapticum, que possui
capacidade de permanecer por um longo tempo latente, até que fatores apareçam
para motivarem sua evolução, capacitando-o a determinar a infecção, como o stress.
Este agente esta quase sempre associado a outros microorganismos, em particular
a Escheria coli.
A doença manifesta corrimento nasal, respiração difícil com ruídos
respiratórios como a pigarra, perda de peso e baixa de postura. A disseminação
lenta da enfermidade, a cronicidade dos sintomas respiratórios e a baixa
mortalidade, oscilando entre 5 a 20%, embora possa chegar a 50% em surtos
graves, constituem as principais características da doença.
Não existem vacinas contra essa moléstia, desta maneira o controle se
fundamenta na adoção de cuidados no manejo e higiene, no controle bacteriológico
da água, etc..
Para seu tratamento usam-se antibióticos e quimioterápicos específicos,
porém o tratamento só tem efeito quando a doença é diagnosticada na fase inicial,

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antes da associação de agentes. Caso isso ocorra o tratamento pode se tornar
ineficiente, por vezes totalmente nulo.

2.6 ERISIPELA

É uma doença aguda que afeta primariamente os perus. É uma das poucas
doenças contraídas pelo homem através do contato direto de fluídos corporais,
incluindo o sangue.
Os surtos podem ser caracterizados pela ocorrência de morte súbita de
algumas aves, um monco irregular ou aumentado de volume, lesões vermelho-
escuras sobre a pele da carúncula, da face ou cabeça dos perus.
Os plantéis infectados podem ser tratados com penicilina e simultaneamente
inoculados com bacterina de erisipela. As tetraciclinas podem ser adicionadas na
ração para um tratamento prolongado enquanto a imunização se desenvolve no lote.
Nos trabalhadores infectados observamos infecção, aumento de volume e dor
nas mãos e nos braços. Deve-se procurar orientação médica, pois o quadro pode
levar a morte.

2.7 ENTERITE ULCERATIVA

A enterite ulcerativa, também chamada de doenças das perdizes, pode


acometer todas as aves e ser disseminada primariamente através das fezes. A
doença é altamente contagiosa.
Os sintomas da doença incluem sonolência, ave com aspecto corcundo,
pescoço retraído, asas caídas, olhos parcialmente fechados, penas arrepiadas,
diarréia, anemia e fezes sanguinolentas. Pode ocorrer mortalidade. Ulcerações
intestinais e lesões com alteração no fígado caracterizam a doença.
O manejo básico e a seleção de um plantel livre da doença são de
importância primária. As aves velhas devem ser criadas separadas dos lotes jovens.
A maioria dos antibióticos a baixas doses são efetivos no controle da doença
e doses elevadas são indicadas para o tratamento curativo.

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2.9 PARATIFÓIDE

A infecção paratifóide é uma doença aguda ou crônica das aves e pode ser
produzida por uma das muitas espécies de Salmonella.
Os sintomas da doença são observados em aves jovens de até
aproximadamente sete semanas de idade. Diarréia profusa sucedida por
desidratação, acúmulo de fezes ao redor da cloaca (empastamento), asas caídas,
amontoamento ao redor da campânula e morte são os sintomas observados.
O controle da doença em aves jovens deve ser obtido mediante aquisição de
aves de um plantel de reprodutoras sabidamente livres de infecção. As medidas
rigorosas de manejo sanitário devem ser efetuadas para todas as aves através de
limpeza e desinfecção de fômites e equipamentos. O tratamento das aves infectadas
com antibióticos e outras drogas são razoavelmente efetivos.

2.8 PULOROSE

A pulorose ou diarréia bacilar branca, ainda é um problema muito sério para


avicultura em muitos países do mundo. Apesar de estar bem controlada, não está
totalmente eliminada. O agente etiológico, Salmonella pullorum, pode ser carregado
por ratos, lagartos e outros animais de sangue frio, bem como pelas aves silvestres
e domésticas. Ela é transmitida pela galinha para sua progênie através do ovo,
também pelo contato entre os animais e no incubatório, pela pelagem dos
pintainhos. Entre os pintainhos há uma mortalidade elevada e as aves que se
recuperam podem tornar-se portadoras e uma fonte de infecção.
Os sintomas nos pintos são: mostrar-se tristes, arrepiamento de penas, asas
caídas e diarréia branca ou amarelada, ligeira ou profusa.
O melhor controle é efetuado pelo teste de sangue do plantel de reprodutoras
e eliminação das reatoras. Os EUA oferecem um meio efetivo de controle através do
teste sistemático e a inspeção do lote de reprodutoras e incubatórios.
A mortalidade pode ser controlada pela aplicação de furazolidona, sulfas ou
antibióticos de largo espectro. Ainda boas práticas de manejo podem ser altamente
efetivas.

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2.10 TIFO

Moléstia infecto-contagiosa de evolução aguda ou crônica e está relacionada


com as más condições de higiene. É disseminada pelos equipamentos, rações,
pessoas e ratos.
Normalmente as aves doentes ficam arrepiadas, sonolentas, com sede
intensa, cristas e barbelas pálidas ou azuladas, com diarréia amarelo-esverdeada.
As aves infectadas nem sempre morrem, sendo que as sobreviventes tornam-
se portadoras, e mantêm o micróbio da doença no ovário. O micróbio, que pode ser
bastante perigoso para o homem, é eliminado nos ovos.
A doença é detectada através de um diagnóstico bacteriológico da ave morta.
Neste caso o isolamento da bactéria pode ser feito da vesícula biliar, fígado, ovário e
coração.
O combate consiste de higiene e eliminação das aves portadoras da moléstia.

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3. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Aves bem alimentadas e com um manejo correto são mais resistentes às


doenças e a melhor prevenção é feita através de vacinas, embora para algumas
doenças das aves não existam vacinas, ou apesar de existirem, tornam-se inviáveis
para o pequeno produtor, pois só são vendidas pelos fabricantes em grande
quantidade e após serem abertas não podem ser guardadas e reaproveitadas.
Percebe-se portanto, que o avicultor tem um importante papel na defesa da
saúde das aves, ou seja, ele deve procurar evitar o máximo possível a presença dos
agentes ou microorganismos responsáveis pelas doenças e ao mesmo tempo
propiciar às aves condições para se defenderem delas.
Nesse sentido, combinando-se a higiene, o bom arraçoamento e o
atendimento às medidas profiláticas e às regras de manejo, chegar-se-á mais
facilmente ao meio mais favorável para que as aves cresçam satisfatoriamente,
reduzindo ao máximo a possibilidade da incidência de doenças.

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4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

MALAVAZZI, Gilberto. Avicultura: manual prático. São Paulo: Nobel, 1999.

MENDES, Ariel Antônio et. al. Produção de Frangos de Corte. Campinas: FACTA,
2004. 356p.

MORENG, Robert E; AVENS, John S. Ciência e Produção de Aves. São Paulo:


Roca, 1990.

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