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RODRIGO VIEIRA
LUCAS LOURENÇO
JÉSSICA MANFROI
INTRODUÇÃO
A reportagem a seguir irá defender a expansão do agronegócio, envolvendo novas áreas para plantio de
cana-de-açúcar, gerando combustível para o mundo. A reportagem é baseada em entrevista de Marcos
Jank, Presidente da União da Indústria de Cana-de-Açúcar, a entrevista foi feita para a Revista
GloboRural de Abril de 2001, número 306.
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Em 2011 o cenário energético mundial está passando por sérios questionamentos. O acidente
nuclear provocado pelo tsunami no Japão reavivou a discussão acerca da energia nuclear e seus potenciais
perigos, ressuscitando o fantasma de Chernobyl. Além disso, o mundo árabe encontra-se em situação de
instabilidade por causa das revoltas recentes contra regimes ditatoriais, até então tradicionais na região, e isto
tem provocado um aumento substancial das cotações internacionais do petróleo. Tais eventos são a oportunidade
de o Brasil ampliar o mercado e o consumo do etanol advindo da cana-de-açúcar, além de outras fontes
energéticas.
Para que o Brasil consiga dominar mercados e abrir o mundo para os biocombustíveis será necessário haver um
incremento na produção de cana-de-açúcar, além de utilizar melhores técnicas para geração de etanol, usando
além do caldo de cana, o bagaço e a palha que normalmente são subutilizados, e por isso cerca de 13 mil
megawatts estão adormecidos nas lavouras.
A expansão da cultura da cana-de-açúcar está prevista no Plano Energético Nacional, que pretende diminuir a
dependência dos combustíveis fósseis, e isso vem sendo realizado. De 2000 a 2011 a produção de cana-de-
açúcar no país teve aumento de quase 100%, e para continuar acompanhando a demanda do mercado nacional e
internacional está previsto que o crescimento deve continuar em 8% ao ano. E para isso ocorrer novas áreas de plantio
e manejos eficientes na produção devem ser adotados.
INTRODUÇÃO:
A reprotagem a seguir persiste na idéia de que a expansão do agronegócio,envolvendo a cana-de açúcar que
vem tomando a cena nos meios de comunicação, seja escrito, seja televisível. Conforme o site de Justiça e Direitos
Humanos,ditada por Plácido Júnior.
Sem dúvidas é uma política suicida. O aumento do monocultivo da cana-de-açúcar tornará o Brasil em um
verdadeiro deserto verde, concentrando mais terras e mais água nas mãos de uma pequena minoria, cada mais vez
estrangeira. A sobrevivência dos nossos biomas e toda biodiversidade está sob o julgo das grandes transnacionais. O
aumento da superexploração da mão-de-obra, um dos fatores que torna o etanol brasileiro mais “competitivo” no mercado
internacional, aumentará. Quantos Severinos morreram nos canaviais, decorrente do trabalho estafante? A produção
camponesa está ameaçada, e com ela, todo conhecimento tradicional e suas culturas. Quanto custará nossos alimentos, se a
produção camponesa que é responsável por 80% dos alimentos que chegam em nossas mesas, os que ainda chega, for
substituída pela produção de etanol?
A luta dos assalariados da cana por melhores salários, melhores condições de trabalho, e controle da produção, só tem
sentido se for na perspectiva de acumular força para mudar o modelo. O fortalecimento da agricultura camponesa, nas bases
da agroecologia e a reforma agrária, se apresentam com as lutas mais diretas contra forma de impor uma derrota as classes
hegemônicas.
Faz-se necessário unificar as lutas e a formação de base. É na base, onde os efeitos destrutivos do monocultivo da cana-de-
açúcar e da produção de biodiesel aparecem de forma mais cruel. Também é na base que as respostas já começa aparecer.
Cabe-nos ampliá-las e fazê-las tomarem corpo.