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Órgãos públicos “são centros de competência instituídos para o desempenho de função estatais,
através de seus agentes, cuja atuação é imputada à pessoa jurídica a que pertencem”.
“Unidades integrantes da estrutura de uma mesma pessoa jurídica nas quais são agrupadas
competências a serem exercidas por meio de agentes públicos”.
Órgãos não possuem personalidade jurídica, sendo apenas partes integrantes de uma pessoa jurídica.
Órgãos são despersonalizados.
União, Estados, DF e Municípios possuem personalidade jurídica da mesma forma que as entidades
que compõem a administração indireta, quais sejam, autarquias, fundações públicas de direito
público, fundações públicas de direito privado, empresas públicas e sociedades de economia mista.
Todos eles são pessoas jurídicas.
TEORIA DO ÓRGÃO:
O agente público não é mandatário do Estado, pois a relação entre eles não foi acordada por meio
de um contrato de mandato. O Estado não outorgou para o agente público uma procuração, para que
esse atue em seu nome e sob a sua responsabilidade.
De acordo com a teoria do órgão, que se baseia no princípio da imputação volitiva, a conduta do
agente público é imputada (atribuída) à pessoa jurídica do qual ele faça parte. Nesses termos, a
conduta do policial federal é imputada à União e será esta quem responderá por eventuais danos
causados a administrados.
Independente de ser lícita ou ilícita a conduta do agente público, essa será imputada à pessoa
jurídica, e caso dela decorra prejuízo para o administrado, este deverá propor a ação contra a pessoa
jurídica à qual está vinculado o agente.
A regra é que os órgãos, por não possuírem personalidade jurídica, não possuem capacidade
processual (personalidade judiciária) não podendo figurar em qualquer um dos pólos de uma
relação processual (o órgão não pode ajuizar ação e contra ele não pode ser ajuizada ação).
Contudo, essa regra tem sido excepcionada pelos tribunais pátrios ao conferirem
capacidade processual para alguns órgãos ingressarem em juízo. Apenas os órgãos independentes e
os autônomos possuem capacidade processual (personalidade judiciária) para a defesa de suas
prerrogativas e de suas competências.
- Independentes: são aqueles que têm origem na Constituição Federal e representam cada um dos
Poderes do Estado (Executivo, Legislativo e Judiciário). Estão inseridos no ápice da pirâmide
governamental sem subordinação hierárquica ou funcional.
Superiores: são órgãos que não possuem autonomia administrativa e financeira, estando
subordinados a uma chefia mais alta. Possuem, porém, poder de direção sobre os assuntos de sua
competência. Como exemplos: Gabinetes, Coordenadorias, Departamentos e Divisões;
Subalternos: são órgãos com reduzido poder de comando que desenvolvem predominantemente
atribuições de execução. Da mesma forma que os superiores, não possuem autonomia
administrativa e financeira. Como exemplos: Portarias e Almoxarifados.
Simples ou unitários: são aqueles constituídos apenas por um centro de competências, não
havendo divisões internas. O número de agentes que o integram será indiferente, pois o que
interessa é a inexistência de divisões. Sua atuação é concentrada.
Compostos: já esses órgãos atuam de forma desconcentrada, pois agregam vários outros
órgãos à sua estrutura. Pense na Secretária de Saúde de seu município, que está vinculada a
hospitais e a postos de saúde.
Agente público é toda pessoa natural (pessoa física) que, a qualquer título, exerce função pública,
integrando ou não a Administração Pública.
(ANALISTA/CVM/2003/FCC) Os agentes públicos podem ser definidos como todos aqueles que,
exclusivamente vinculados ao Estado, prestam serviço a este, seja permanentemente, seja de forma
ocasional. (errada)
(Analista Judiciário Área Judiciária TRF 1ª Região/2001) Diz-se que os agentes públicos de
colaboração são as pessoas que (E) prestam serviços à Administração por conta própria, por
requisição ou com sua concordância, exercendo função pública, mas não ocupando cargo ou
emprego público.
AGENTES POLÍTICOS:
“Agentes políticos são os componentes do Governo nos seus primeiros escalões, investidos em
cargos, funções, mandatos ou comissões, por nomeação, eleição, designação ou delegação para o
exercício de atribuições constitucionais”.
Integrantes: Chefes do Poder Executivo federal, estadual, distrital e municipal, e seus auxiliares
diretos (Ministros de Estado e Secretários de Governo), membros do Poder Legislativo (senadores,
deputados federais, estaduais e distritais e vereadores), dos Tribunais de Contas, da Magistratura e
do Ministério Público e representantes diplomáticos.
(ANALISTA/TRF 1.ª REGIÃO/2001/FCC) Agentes políticos são os que detêm os cargos de elevada
hierarquia da organização da Administração Pública, ou seja, que ocupam cargos que compõem a
cúpula da estrutura constitucional. (correta)
AGENTES DELEGADOS
São particulares que recebem delegação do Poder Público para execução de determinada atividade,
obra ou serviço público. Executam tais atividades em nome próprio, por sua conta e risco, contudo,
com observância das normas impostas pelo Estado, que, por sua vez, exerce permanente
fiscalização. Os exemplos mais citados são: concessionários, permissionários de obras e serviços
públicos, titulares de serviços notariais e de registro (art. 236, CF - são os titulares de cartórios,
como de notas, de imóveis, de protestos, etc), leiloeiros, tradutores, peritos e intérpretes públicos.
AGENTES HONORÍFICOS
São cidadãos que exercem transitoriamente serviços denominados serviços públicos relevantes
(múnus público), em regra não remunerados. São escolhidos pelo Estado em razão de sua condição
cívica, sua honorabilidade ou notória capacidade profissional. Não possuem vínculo profissional
com o Estado, apenas sendo considerados “funcionários públicos” para fins penais (art. 327, Código
Penal). Como exemplos: jurado do Tribunal do Júri e mesário eleitoral.
AGENTES CREDENCIADOS
AGENTES ADMINISTRATIVOS
São aqueles que se vinculam ao Estado por relações profissionais, sujeitos à hierarquia funcional e a
regime jurídico determinado.
(ANALISTA/TRF 1.ª REGIÃO/2001/FCC) Agentes políticos são os que prestam serviços, sob
regime de dependência, à Administração Pública direta, autárquica ou fundacional pública, sob
relação de trabalho profissional transitório ou definitivo. (errada)
a) Autarquias;
b) Empresas Públicas;
d) Fundações públicas.
Aqui é preciso chamar sua atenção para o fato de que todas as entidades da administração indireta
serem pessoas jurídicas. Da mesma forma, as concessionárias obrigatoriamente são pessoas
jurídicas. Já as permissionárias podem ser pessoas jurídicas ou pessoas físicas.
(OAB CESPE 2009 EXAME DE ORDEM 2009) Os órgãos públicos não são dotados de
personalidade jurídica própria. (correta)
Na descentralização não há hierarquia entre as pessoas envolvidas, mas sim vinculação. O ente
federado exercerá sobre a entidade da administração indireta o que a doutrina denomina de controle
finalístico, supervisão ministerial ou simplesmente tutela. Portanto, entre União (administração
direta) e INSS (administração indireta) não existe hierárquica, mas sim vinculação.
(OAB CESPE 2009 EXAME DE ORDEM 2009) O controle das entidades que compõem a
administração indireta da União é feito pela sistemática da supervisão ministerial.(correta)
(TER/MT CESPE 2010 ANALISTA JUDICIÁRIO) O Estado Federal brasileiro é integrado pela
União, pelos estados-membros e pelo Distrito Federal, mas não pelos municípios, que, à luz da CF,
desfrutam de autonomia administrativa, mas não de autonomia financeira e legislativa. (errada)
Além destes nomes listados como componentes da Administração Indireta, outras pessoas jurídicas
também a integram, mas não com natureza jurídica diferente das apresentadas, pois serão espécies
de autarquias e/ou de fundações públicas, dependendo do caso. São as seguintes entidades: agências
reguladoras, agências executivas e associações públicas.
As agências reguladoras até então foram criadas no Brasil com a natureza de autarquias em regime
especial (o que não impede que possam ser criadas com outra natureza jurídica, como fundações
públicas, por exemplo), enquanto as executivas podem ser autarquias ou fundações públicas que
firme com o Poder Público contrato de gestão e possuam plano estratégico. Já as associações
públicas são constituídas com a forma jurídica de autarquias.
Dessa forma, o controle das pessoas administrativas caberá ao ministério a que estiverem
vinculadas e se materializará sob a forma de supervisão, sem prejuízo da utilização de outros
instrumentos de controle previstos na CF 88. Apesar da previsão deste controle, é preciso destacar
que não há hierarquia entre as pessoas integrantes da administração direta e as da administração
indireta. A hierarquia não se faz presente na descentralização, mas sim na desconcentração,
institutos que já foram objeto de estudos. Além disto, vale ressaltar que as pessoas administrativas
não integram a estrutura orgânica da Administração Direta.
AUTARQUIA:
Natureza jurídica: Possuem personalidade jurídica de direito público interno (art. 41, IV, Código
Civil), podendo ser federais, estaduais, distritais ou municipais.
Criação: Criada por lei específica, nos termos do art. 37, XIX, CF.
Momento da aquisição da personalidade jurídica: a existência legal das pessoas jurídicas tem início
com a inscrição no registro próprio de seus atos constitutivos não se aplica às autarquias, pois essa
norma se restringe às pessoas de direito privado. O momento de criação da autarquia coincide com
o de vigência da lei específica que a instituiu, motivo pelo qual não é necessário o registro de seus
atos constitutivos no Cartório.
Extinção: Pelo princípio da simetria ou paralelismo das formas jurídicas, pelo qual a forma de
nascimento dos institutos jurídicos deve ser a mesma de sua extinção, será lei específica o
instrumento legislativo idôneo para extinção das autarquias, de competência privativa do Chefe do
Executivo.