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Foi na livraria de Francisco de Paula Brito, onde trabalhou como aprendiz de tipógrafo,
que Machado teve a oportunidade de ter o seu primeiro trabalho publicado: o poema
Ela, editado no jornal Marmota Fluminense no dia 12 de janeiro de 1855. Essa estréia
brilhante lhe deu a oportunidade para contribuir em jornais como cronista, contista,
poeta e crítico literário, o que fez com que conquistasse credibilidade profissional antes
mesmo de se tornar um grande romancista. No ano seguinte, iniciou carreira como
aprendiz de tipógrafo na Imprensa Oficial, onde atuou até 1858. Revelando-se, a partir
daí, um funcionário público exemplar durante 40 anos conquistando o respeito e a
amizade dos grandes escritores da época.
Junto com seu grande amigo José Veríssimo, escritor paraense que dirigia a Revista
Brasileira, Machado teve presença marcante nas reuniões preparatórias para a fundação
da Academia Brasileira de Letras. No dia 28 de janeiro de 1897, durante a fundação da
ABL, foi eleito presidente por aclamação, cargo que exerceu até o fim de seus dias. Em
1904, morre sua esposa Carolina, perda que o grande escritor jamais superou. Pouco
antes de morrer, escreveu seus melhores poemas, em homenagem ao grande amor de
sua vida. O escritor faleceu em sua casa no dia 29 de setembro de 1908, aos 69 anos. No
mesmo ano, foi publicada uma das suas maiores obras Memorial de Aires. Por sua
importância, a Academia Brasileira de Letras passou a ser chamada de Casa de
Machado de Assis. Dizem os críticos que Machado era "urbano, aristocrata,
cosmopolita, reservado e cínico, ignorou questões sociais como a independência do
Brasil e a abolição da escravatura. Passou ao longe do nacionalismo e outras coisas
mais”. Apesar das críticas foi um grande nome da Literatura brasileira e não poderia
deixar de ser lembrado no centenário de sua morte, comemorado neste ano de 2008.