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agatha christie
�s cinco e meia daquela tarde, o senhor leadbetter recebeu o aviso de que seu
sobrinho acabava de chegar e desejava lhe ver.
- "veio para humilhar-se - disse o senhor leadbetter para seus bot�es. -
confesso que fui um pouco duro com o mo�o, mas foi por seu pr�prio bem�.
e deu ordem para que fizessem o seu sobrinho passar.
jorge entrou com ar decidido.
- quero falar contigo, tio - lhe disse. - esta manh� cometeu uma grande
injusti�a. eu gostaria de saber se voc� teria conseguido na minha idade, em plena
rua, repudiado por seus parentes, e no espa�o de tempo entre as onze e quinze e as
cinco e meia, uma renda de vinte mil libras ao ano. pois isso � o que eu fiz!
- voc� est� louco, mo�o.
- n�o estou louco, mas repleto de recursos! vou casar me com uma jovem rica e
bonita, pertencente � alta sociedade. uma que vai deixar um conde por mim.
- devia t�-lo esbofeteado em vez de te privilegiar.
- e fez bem. nunca teria me atrevido a pedi-la em casamento, mas por sorte
ela me pediu. logo se retratou, mas eu a fiz trocar de opini�o. e sabe tio, como o
consegui? com o gasto de dois pennes e sabendo agarrar a bola dourada da
oportunidade.
- no que empregou esses dois pennes? - perguntou o senhor leadbetter,
intrigado.
- em comprar um pl�tano... em uma banca de frutas. a ningu�m teria ocorrido o
truque da folha de pl�tano. onde se tiram as licen�as de matrim�nio? � no tribunal
ou no lambeth palace?
fim