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O QUE SE DEVE SABER AO ACONSELHAR JOVENS

Jamie Aten, Randy Halberda, Brent Tucker e John Christian

No meu primeiro mês atuando com pastor de jovens, eu (Jamie) fui bombardeado pelas
necessidades emocionais dos jovens:

"Meus pais não confiam em mim."

"Ninguém me compreende."

"Minha namorada me deixou."

"O que Deus quer para minha vida?"

"Meu amigos me estão pressionando."

"Parece que não sirvo para nada."

Estou certo de que você ouviu problemas similares de seus jovens - na verdade, provavelmente
você também passou por esses problemas. A maioria de nós lutou com as mesmas questões que
os jovens estão passando agora - confusão de identidade, necessidade de autonomia, busca da
vontade de Deus, questões de relacionamento, mudanças decorrentes do desenvolvimento. Essas
são as lutas normais dos jovens e a resposta correta a essas lutas é a expectativa normal dos que
trabalham com jovens - ou seja, se você conhece alguns fatos básicos no aconselhamento.

1. PRIMEIRO, AJA COMO DETETIVE

Nas história de mistério de Sir Arthur Conan Doyle, Sherlock Holmes, surpreendeu seu amigo
Watson ao resolver um problema sem solução, e com relativa facilidade. "É elementar", explicou
Holmes. O mesmo se aplica no aconselhamento de jovens com problemas normais.
Provavelmente, você usa muito das técnicas simples de Holmes em sua conversa diária com os
jovens.

Assim como Holmes, iniciamos o processo de aconselhamento reunindo informação a respeito do


problema. Quando o jovem está sentado na nossa frente, sua prioridade fundamental é ouvi-lo
atentamente. Você irá obter muitas mais informações se demonstrar ao adolescente que está
totalmente atento à sua história. Você faz isso ao manter contato constante com os olhos dele,
acenar com a cabeça e responder com "hm, hm" enquanto ele conta a história. Em acréscimo:

· Use a ponderação para indicar que você está entendendo. Simplesmente repita a essência da
mensagem transmitida pelo jovem ao dizer: "Então, você está tendo problemas para se comunicar
com seus pais quanto ao horário de voltar para casa à noite".

· Use resumos para pôr o problema no contexto. O resumo é semelhante à ponderação, mas difere
quanto ao fato de que você está tentando extrair fatos adicionais na conversa. Por exemplo: "À
hora de voltar para casa, seu desejo de interromper os estudos de música e sua frustração na
escola são problemas que você gostaria de conversar com seu pai".

· Faça perguntas esclarecedoras. Inicie a pergunta com: "Você está dizendo que ...?" ou "Você
quis dizer que ..." Isso o ajudará a conferir se compreendeu o problema.

Os estudos mostram que cerca de 90% de nossa comunicação não é verbal. Nossos gestos, tom
da voz e linguagem corporal ofuscam o que dizemos. Portanto, assegure-se de não estar
folheando suas anotações ou sonhando com a vitória do seu time. Mantenha-se focalizado. Ainda,
esteja atento aos gestos, ao tom da voz e à linguagem corporal daquele a quem você está
aconselhando.
2. AJUDE OS JOVENS A DESCOBRIREM ELES PRÓPRIOS A SOLUÇÃO. Você se lembra de ficar
olhando fixo para seu exercício de matemática, à noite, quase desistindo e com vontade de dormir,
então se arremessar na cama desanimado, para repentinamente vir-lhe a resposta à mente?
Vejamos outro exemplo: Alguma vez você passou por um problema realmente difícil, e enquanto
desabafava com um amigo a respeito, subitamente lhe veio a solução? Isto é exatamente como
você pode ajudar os jovens a lidarem com seus problemas.

Nosso alvo no aconselhamento é guiar os jovens no processo de auto-avaliação a fim de que


possam identificar e avaliar os fatores espirituais, emocionais, comportamentais, das atitudes e
psicológicos que estão abastecendo seus problemas. Desejamos que os jovens assumam a
responsabilidade por suas próprias questões e que descubram como podem mudar a situação
para melhor.

Você pode usar o que os terapeutas chamam de estratégia Emotiva Racional para ajudar os jovens
a dividirem os problemas em partes pequenas. Essa estratégia emprega um modelo ABC que
mostra como nossos pensamentos e crenças exercem impacto naquilo que sentimos. Nesse
modelo, certos eventos (A) desencadeiam os pensamentos ou crenças que (B) levam a certas
emoções (C). Por exemplo, suponha que a Suse se olhe no espelho (A), e sente que está acima do
peso (B), isso a leva à depressão (C). Em outras palavras, suas falsas concepções e crenças estão
fazendo com que se sinta triste.

Este modelo pode ajudá-lo a levar os jovens a identificarem as raízes de seu problema, e então a
descobrirem como contribuem para ele. Por exemplo, pergunte o que os está perturbando, que
pensamentos ou crenças e emoções esses eventos produzem. Uma vez que você os tenha
ajudado a abrirem essa porta, pode associar-se a eles na exploração de meios eficientes de lidar
com os problemas.

· Dê exemplos pessoais. Uma das formas mais eficientes de ensinar os jovens é contando-lhes
histórias. Quando você apresenta um exemplo pessoal semelhante ao problema da pessoa, pode
expô-la a soluções alternativas.

· Use metáforas. Quando você forma um quadro que espelha os problemas do adolescente, estará
promovendo uma solução criativa para o problema.

· Use o tipo de pergunta de Sócrates. As perguntas de Sócrates eram abertas - não eram perguntas
cuja resposta poderia ser um simples "sim" ou "não". Você saberá que está fazendo esse tipo de
pergunta quando for impossível responder com uma única palavra. Isso irá alimentar o tipo de
processo de pensamento que pode levar os jovens a encontrarem suas próprias soluções para os
problemas.

· Promova a mudança de perspectiva. Por exemplo, peça ao adolescente para imaginar um amigo
íntimo ou um ente querido passando pelo mesmo problema. Então pergunte o que ele ou ela diria
a essa pessoa.

3. MOSTRE AOS JOVENS COMO DEFINIREM UM PLANO PARA A MUDANÇA. Chamamos a isso de
estágio de arquitetura no processo do aconselhamento. Já ajudamos o adolescente a identificar o
problema e a saber o que necessita ser mudado. Agora é o momento de estabelecer um plano para
que ocorra a mudança. Para a maioria de nós, este é o estágio mais apreciado.

Lembre-se, seu papel é ser o arquiteto, não o construtor! Ajude o adolescente a traçar uma
solução para o problema, então enfatize que a execução do plano fica por conta dele. Para
começar, faça perguntas como: "O que você acha que deveria fazer de forma diferente?" e "Na sua
opinião, qual é a solução?" Salvo se a solução for claramente destrutiva, aceite o que ele disser.
As conseqüências das más decisões podem levar a boas decisões.

Embora seja importante dar espaço aos jovens para chegarem às suas próprias soluções,
algumas vezes você deve ajudá-los de forma mais direta. Por exemplo, uma pergunta favorita dos
jovens é: "Quão longe é muito longe?" Tenho ouvido jovens dizerem que não estão de fato tendo
relações sexuais, embora estejam engajados em comportamentos sexuais de risco. Aqui devemos
destacar os perigos potenciais desse comportamento e considerar as respostas para estas
questões nas Escrituras.

Depois que o adolescente acatar um plano para a solução do problema, sua função é dar-lhe o
apoio vital necessário para que consiga cumpri-lo.

Não se esqueça de ser flexível. Simplesmente porque vocês desenvolveram um plano não
significa que foi moldado no concreto. Até mesmo Deus é flexível em Seus planos. Ele decidiu que
os israelitas não estavam preparados para entrar na Terra Prometida, quando já estavam
aguardando para entrar nela. Eles necessitavam crescer em sua capacidade de confiar em Deus.
Se tivessem recebido a recompensa de imediato, talvez isso iria prejudicar as gerações futuras.

Assim, talvez será necessário que você ajude os jovens a revisarem seus planos ou a fragmentá-
los para então traçarem um novo projeto. Isto significa que você terá de iniciar novamente cada
um dos estágios. Isto costuma acontecer. Certifique-se de se ater ao processo e de continuar
seguindo essas habilidades. As mudanças levam tempo. Ajudar os outros a superarem os
problemas na vida e a serem curados é sempre uma solução feita sob medida - simplesmente
considere as muitas formas utilizadas por Jesus para curar as pessoas.

Jamie Aten, Randy Halberda, Brent Tucker e John Christian foram co-autores neste artigo. Eles
estão cursando o doutorado em psicologia clínica e de aconselhamento, na Universidade do
Estado de Indiana, e todos trabalharam com jovens em várias funções.

[Extraído de GROUP, 10 de setembro de 2004, pp. 91-98.]

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