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Hidrovias
Sumário
1. Introdução
2. História da Hidrovia
3. Principais Hidrovias Nacionais
4. Principais Hidrovias Internacionais
5. Principais Portos Nacionais
6. Principais Portos Internacionais
7. Cabotagem
8. Dragagem
9. Siglas
10. Sinalizações
11. Bibliografia
12. Integrantes do Grupo
1. Introdução
2. História da Hidrovia
- Marinha Mercante
- Evolução Histórica
Embora o comércio de mercadorias por via marítima tenha sido praticado por
quase todas as civilizações da antigüidade, a marinha mercante como entidade
autônoma começou a ser criada na Idade Média, com a constituição das
irmandades de frotas, como a da Liga Hanseática, formada no século XIII por
várias cidades bálticas, como Lübeck, Hamburgo e Rostock.
O domínio árabe medieval do meio marítimo deu lugar ao auge do comércio
nas chamadas repúblicas marítimas italianas: Veneza, Gênova, Pisa e Amalfi. O
florescimento dessas cidades- estados decorreu da manutenção de uma espécie
de monopólio sobre o comércio das mercadorias orientais – corantes, tecidos de
damasco, especiarias, plantas medicinais etc. -, que constituíram uma das mais
apreciadas fontes de riqueza da época.
No início dos anos 50, a maior parte da frota costeira do país era composta de
navios obsoletos e de reduzida dimensão, com mais de 30 ou 40 anos de serviço,
e considerados como técnica e economicamente incapazes de transportarem com
regularidade as safras nacionais, e muito menos os manufaturados, em uma
época em que o comércio inter - regional desses produtos se expandia
aceleradamente. As empresas de navegação, quase todas em lamentável estado
de organização técnica, administrativa e financeira, operavam em grande parte
com linhas deficitárias. Os portos que se servia o sistema de transportes
marítimos eram incapazes de atender com eficiência ao movimento normal de
cabotagem- os navios, segundo estudos realizados na época, navegando 20% do
tempo e permanecendo retidos nos portos os restantes 80%. Além do mais, era
freqüente o assoreamento dos cais de atracação e notórias as deficiências e
insuficiências de armazéns e de equipamentos de manipulação de cargas.
- Hidrovia Araguaia-Tocantins
Os rios Araguaia-Tocantins atravessam as regiões Centro-Oeste e
Amazônica, sendo a bacia do Tocantins a maior bacia localizada inteiramente
no Brasil. No período das cheias, o rio Tocantins é navegável numa extensão
de 1900Km. O Araguaia cruza o estado de Tocantins de norte a sul, é
navegável num trecho de 1100Km e possui apenas algumas restrições devido
a profundidade, porem, é suscetível de correção através de melhoramentos a
serem implantados progressivamente.
Com a construção da hidrelétrica de Tucuruí, o objetivo principal era a
geração de energia, mas se por um lado a barragem afogou, com o seu
reservatório, as corredeiras que eram um empecilho à navegação, ela também
seccionou a hidrovia, exigindo a construção de uma obra de grande porte para
vencer o desnível de 72m que foi criado com ela.
Dessa forma, o Sistema de Transposição de Desnível, ainda não concluído,
é constituído por duas eclusas e um canal intermediário, adequadamente
alinhados, para dar continuidade à navegação no trecho interrompido devido a
construção da barragem.
A construção das eclusas é imprescindível ao aproveitamento econômico
do grande potencial agropecuário, florestal e mineral do Vale do Tocantins-
Araguaia, sendo a carga de baixo valor unitário e às grandes distâncias a
serem percorridas.
O rio São Francisco tem uma extensão navegável de 1.371 km, entre
Pirapora(MG) e Juazeiro(BA)/Petrolina(PE), (Juazeiro e Petrolina são cidades
geminadas, separadas apenas pelo rio São Francisco) com profundidade de 1,5 m
no período crítico de estiagem (agosto a novembro).
A construção da barragem da Usina Hidrelétrica de Sobradinho(BA) alterou
substancialmente as condições de navegação no São Francisco com formação de
ondas curtas, semelhantes às verificadas nos mares, tornando financeiramente
inviável a navegação das folclóricas “gaiolas”.
O desmatamento na bacia do São Francisco, inclusive da mata ciliar, tem
causado o assoreamento do rio, e a quantidade de sedimentos depositados é
maior que a capacidade que o rio tem para os transportar, dificultando a
navegação em trechos onde já apresentam baixa profundidade.
A Administração da Hidrovia do São Francisco (AHSFRA) juntamente com a
Companhia Docas do Estado da Bahia – CODEBA, vinculada ao Ministério dos
Transportes, têm feito grandes campanhas de dragagem nos trechos mais
sedimentados, retirando o material depositado pelo rio e despejando-o na própria
calha fluvial.
Sem saída para o Atlântico, o rio São Francisco tem seu aproveitamento
integrado ao sistema rodo-ferroviário da região. A partir da implantação do sistema
multimodal, o escoamento da produção agrícola do oeste da Bahia, com foco na
cidade de Barreiras(BA), banhada por um dos seus principais afluentes, o rio
Grande, é realizado por rodovia até a cidade de Ibotirama na margem do São
Francisco, descendo o rio pelo transporte hidroviário até Juazeiro/Petrolina, e
deste, por ferrovia, para o Porto de Aratú (BA) .
A movimentação anual fica em torno de 60.000 toneladas.
- Hidrovia da Madeira
O rio Madeira é navegável numa extensão de 1.056 km, entre Porto Velho e
sua foz, no rio Amazonas, sofrendo um desnível de 19m. Apresentando, em
alguns trechos, uma seqüência de corredeiras com declividade média de 20cm/km
que permitiria perfeitamente a navegação se não fosse cortado em escadas pelas
18 cachoeiras. Tem como período de águas altas entre março e maio e de aguar
baixas nos meses de agosto e outubro.
Permite, mesmo na época de estiagem, a navegação de grandes comboios,
com até 18.000 t, é uma via fundamental para o escoamento da produção de soja,
principalmente, do Centro Oeste para o exterior. Neste trecho também são
movimentados: fertilizantes, derivados de petróleo, produtos frigorificados, bebidas
e carga geral sendo cerca de 2 milhões de toneladas por ano.
Criada há mais de 10 anos, a hidrovia do Madeira é apontada com a mais
segura e tem pouquíssimos acidentes devido ao processo de sinalização da via.
Os investimentos na hidrovia, compreendem dragagens, derrocamentos,
balizamento e sinalização.
- Hidrovia Tietê-Paraná
- Europa
- América
- Ásia
“... 95% das exportações do País saem pelos portos, isso só representa 3% ou
4% das exportações mundiais. É uma presença muito tímida, de um País muito
forte como o Brasil. Quando tivermos um sistema portuário eficaz, eficiente, e ágil,
e a nossa logística atender as necessidades do empresariado, será uma vitória
para o Brasil”. (Renato Fernando da Silva, Presidente da CODERN - Companhia
de Docas do Rio Grande do norte).
- Porto de Angra dos Reis (Rio de Janeiro)
É delicada a situação pela qual passa o Porto de Angra dos Reis, no Rio de
Janeiro, pois no final do ano passado, muitos clientes deixaram o Porto. O terminal
carioca que manteve a movimentação média de 500 mil toneladas/ano durante a
década de 90 não atingiu nem 100 mil toneladas no ano de 2007.
Segundo o engenheiro Fernando Mauríco de Lima Cavalcanti, que ocupou a
gerência do porto entre 1980 e 1987, apontou a privatização “sem ordem”. A
mudança das operações da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) para Itaguaí -
porto que inicialmente só iria lidar com carvão e minério - e o excesso de mão-de-
obra foram os principais fatores do declínio de Angra dos Reis.
O engenheiro critica ainda a falta de planejamento e a concorrência entre os
portos cariocas. O Porto de Itaguaí, segundo ele, “não foi feito para exportar tudo”.
No entanto, empresas como a CSN deixaram de operar em Angra para atuarem
em Itaguaí.
Fernando considera que Angra tem condições de voltar a movimentar diferentes
tipos de cargas com a estrutura que possui. Para ele, se faz necessário
reconquistar as cargas que deixaram de ser escoadas de Angra e atrair novos
clientes.
Eficiência na gestão é o ponto chave, segundo o engenheiro, para criar condições
para que Angra volte a ter seu potencial explorado “É preciso trabalhar com o que
se tem. Obras portuárias são obras caríssimas, estão entre as mais caras do
mundo”. O ponto de vista de Fernando é efetuar serviços sem interrupção, com
“orientação técnica e paciência” para que não se faça necessário grandes
mudanças que requerem altas quantias.
- Ilhéus (Bahia)
Ilhéus tem seu movimento baseado na soja que é responsável por 98% da
movimentação do porto.
A cidade de Ilhéus, localizada a cerca de 500 quilômetros de Salvador, abriga o
terceiro porto da Bahia, inaugurado em 1971. É uma obra de engenharia arrojada
e se distingue por ter sido o primeiro porto brasileiro construído em mar aberto.
No auge da produção, chegou a exportar num só ano mais de 270 mil
toneladas de cacau, em amêndoas e produtos derivados. Atualmente, os
destaques são as exportações de soja produzida no oeste da Bahia e o
desembarque de trigo.
O porto vem apoiando, ainda, as operações do novo Pólo de Informática de
Ilhéus, desembarcando as importações de componentes eletrônicos para as
fábricas de computadores implantadas na cidade.
O Porto de Ilhéus ocupa a 18ª posição, em nível nacional, na movimentação de
cargas. Tem como área de influência as regiões sul, sudoeste e oeste da Bahia.
Em valores comerciais de mercadorias, passaram pelo porto em 2004 cerca de
US$ 375 milhões, sendo US$ 231 milhões em exportações e US$ 144 milhões nas
importações. Foram exportadas 912 mil toneladas de soja em farelo e 35 mil
toneladas de semente de algodão. Na importação foram 42 mil toneladas de
amêndoa de cacau.
A Espanha desde fevereiro deste ano busca uma parceria com o porto termo
de parceria foi entregue ao prefeito da cidade catarinense, Volnei Morastoni, e a
superintendente do Porto, Eliane Neves Rebello Adriano, pelo presidente da
Intersindical dos Trabalhadores Portuários e presidente da Estiva de Itajaí, Saul
Airoso. Ele falou que desde o ano de 2005, quando a entidade se filiou ao
International Dockworkers Council (IDC – Conselho Internacional dos
Trabalhadores Portuários), passou a buscar esta parceria. Segundo Airoso, o
objetivo é oferecer ao Trabalhador Portuário Avulso brasileiro a oportunidade de
conhecer outras cultura e realidade profissional. “Há praticamente três anos que
vínhamos fazendo esta solicitação que, finalmente agora, esperamos tornar
realidade”, disse.
"As negociações pelo intercâmbio tomaram proporções quando da visita de
uma delegação brasileira a Madri e Valência, onde participaram de uma reunião
do IDC, em janeiro. Na ocasião, Airoso conversou sobre a proposta com os
dirigentes da Autoridade Portuária e da Fundação Valenciaport. Logo após o
retorno ao Brasil, as entidades espanholas enviaram, via e-mail, o documento de
intenção de convênio".
Pelo apresentado, há o interesse em promover atividades comerciais, técnicas
e de capacitação como: o desenvolvimento de estratégias para fomentar o tráfego
de navios e fluxos de carga entre os dois portos; compartilhar e promover
capacitação, tecnologia e informação, visando o crescimento de ambos os portos;
estimular o intercâmbio cultural e educacional, com o fim de aumentar o
conhecimento e apreço pela história e tradição de ambos os povos; formação de
profissionais; intercâmbio de especialistas e estudantes; realização de
conferências, seminários e atividades científicas conjuntas; dentre outros pontos.
Segundo Saul Airoso, a proposta apresentada pela Autoridade Portuária de
Valencia e a Fundação Valenciaport é mais ampla do que a sugerida pela
Intersindical da Itajaí e é algo que vai servir de modelo de parceria, não só para o
Brasil, mas para todo o mundo. “Agora, repassamos a proposta ao prefeito Volnei
Morastoni, já que o porto catarinense é municipal, para que seja realizada análise
técnica do documento. A nossa expectativa é que este convênio possa ser firmado
o quanto antes”, concluiu.
Desde 1997 quando ocooreu sua estadualização este porto vem enfrentando
muitos problemas. E segundo o presidente do sindicato dos empregados na
administração dos serviços portuários em Manaus(SINDPORTO), Rui Martinho
Teixeira Jonhson, tudo para “vermos um porto público fechado. O Porto de
Manaus passou a ser o fundo de quintal da Operadora Chibatão”.
E explica que Porto de Manaus foi estadualizado em 26 de novembro de 1997,
através do Convênio de Delegação 07/97, celebrado entre a União, por intermédio
do Ministério dos Transportes, o Governo do Estado do Amazonas e a Sociedade
de Navegação Portos e Hidrovias (SNPH) amazonense. Foi delegada à SNPH a
competência para administrar e explorar, por 25 anos, prorrogáveis, a infra-
estrutura dos portos das cidades de Manaus, Coari, Itacoatiara, Parintins e
Tabatinga. Para melhor explorar essa infra-estrutura, a SNPH, em 26 de abril de
2001, iniciou procedimento licitatório, para arrendar certas áreas portuárias, bem
como as atividades.
A licitação foi uma verdadeira “ação entre amigos”, uma vez que se
constituíram dois consórcios e a única diferença entre eles era somente o nome:
Consórcio Amazônia e o outro Consórcio Sierra, ambos eram constituídos pelas
mesmas empresas: Amazônia Operações Portuária S/A e Sierra Marketing
Incorporation. Ou seja, dois consórcios iguais participando da mesma licitação. O
resultado da licitação foi amplamente contestado por nós, levamos ao
conhecimento de diversas autoridades e pedimos ajuda aos políticos, entre eles, a
deputada federal Vanessa Grazziotin, que ajuizou Ação Popular, contestada pelo
governo do estado da época, bem como pela direção da SNPH.
Depois do arrendamento A empresa passou a ter monopólio sobre as
atribuições portuárias, que são de competência da Autoridade Portuária, no caso a
SNPH. Como exemplo podemos citar: a autorização de entrada e saída de
embarcações e movimentação de carga; fiscalização das operações portuárias;
organização da guarda portuária; cobrança de tarifas portuárias relativas ao
desembarque de mercadorias e transportes do Terminal de Cargas, utilização do
acesso aquaviário e área de fundeio, despacho de cargas e encomendas através
do terminal de cargas; aplicação de penalidades aos usuários, entre outras.
Por fim, um dos últimos desmandos do grupo consorciado foi efetuar o
credenciamento da empresa Chibatão Navegação e Comércio Ltda. para assumir
o controle da operação dos serviços portuários na área alfandegada do porto
organizado de Manaus, desde 2006. Com isso, a empresa Chibatão passou a
operar com exclusividade no porto, haja vista que as demais operadoras
portuárias, que ali atuavam, foram proibidas de executar os serviços operacionais
no porto. A tomada de decisão das arrendatárias caracteriza sub-arrendamento. E
o pior é que a Chibatão é dona de um terminal privado instalado fora das
instalações portuárias do porto organizado. Diante disto, vemos desfragmentada a
fundamentação da Lei de Modernização dos Portos, vez que o objetivo prolatado
foi o fim do monopólio da intermediação da mão-de-obra pelos sindicatos da orla
portuária e, hoje, o que vemos é as arrendatárias monopolizarem os serviços
operacionais do porto de Manaus atropelando, inclusive, o disposto na Lei de
Modernização dos Portos.
No porto público de Porto Alegre passam 600 mil t/ano. As principais cargas
são bobina de papel, transformador elétrico, uréia, sal e trigo. Nos terminais
privados são 9,3 milhões t/ano de granel líquido (metanol, nafta, petróleo, óleo
combustível), granel sólido (cloreto de potássio, fosfato de monoamonium,
superfosfato de cálcio), carvão mineral, trigo e farelo de soja. Já em Pelotas, a
movimentação é de 360 mil t/ano de clínquer, uréia e coque de petróleo.
Os portos de Pelotas, Porto Alegre e Rio Grande são complementares entre si,
exercendo uma adequada integração pelo modal hidroviário através da navegação
lacustre. Conseqüentemente, o sistema hidroportuário do estado está
perfeitamente capacitado para o atendimento das demandas de carga com origem
ou destino nos países que integram o Mercosul.
Conhecida por ser uma das rodovias mais importantes do Brasil, a Via Dutra –
que liga São Paulo ao Rio de Janeiro – deverá receber em pouco tempo um
moderno terminal de cargas, que vai desafogar o trânsito no local e oferecer novas
rotas de acesso para os portos fluminenses. O anúncio foi feito na semana
passada pelo secretário de Transportes do Rio de Janeiro, Julio Lopes, e pelo
presidente do Sindicato das Empresas do Transporte Rodoviário de Cargas e
Logística do Rio de Janeiro (Sindicargas), Francisco Cezar Holanda.
O secretário Júlio Lopes, apostava suas fichas na expansão dos portos do
Estado do Rio de Janeiro, por meio de obras tocadas pelo Governo Estadual no
modal rodoviário, simbolizadas pela construção do Arco Metropolitano, que ligará
a BR-101 ao Porto de Itaguaí.
Nesse projeto de um novo terminal de cargas para a Via Dutra, a intenção é
aproveitar parte de um terreno do Departamento Nacional de Infra-Estrutura de
Transportes (Dnit) que possui cerca de 800 mil metros quadrados de área. Assim,
todo caminhão que entrar ou sair do Rio de Janeiro transportando cargas
pesadas, poderá passar pelo complexo a ser construído, o que em curto prazo,
desafogará em até 50% o fluxo de veículos pesados na Avenida Brasil e na Ponte
Rio-Niterói.
O projeto está orçado em pouco mais de R$ 200 milhões e todo o investimento
será feito pela iniciativa privada, que em troca do dinheiro jorrado na obra, utilizará
áreas desse terminal de cargas. “Assim, a cidade do Rio de Janeiro e suas
vizinhas deixarão de ter nas ruas carretas carregadas de geladeiras, fogões e
computadores. Tudo será feito no terminal. Esse é um projeto absolutamente
estratégico, que vai mudar o perfil do trânsito do Rio e a logística do transporte de
cargas no estado. Facilita a vida de indústrias, comerciantes, dos portos, enfim, de
todos”, assegura Julio Lopes.
A previsão é que em dois anos o terminal de cargas da Via Dutra esteja pronto
e funcionando 24 horas por dia, sete dias por semana. A etapa considerada mais
difícil pelos investidores é a liberação do terreno do Dnit para o início dos
trabalhos, mas isso deve ser feito até o segundo semestre. “A construção desse
projeto vai representar o maior avanço para o setor de transporte de cargas dos
últimos 30 anos. As empresas vão poder economizar muito com os gastos de
aluguel e segurança”, lembra o presidente do Sindicargas, Francisco Cezar
Holanda.
De acordo com números fornecidos pelo Governo do Rio de Janeiro, cerca de
70% da produção nacional de eletrodomésticos, eletroeletrônicos, confecção,
alimentos, cosméticos e medicamentos passam pelo Estado. Só as 40 empresas
interessadas na obra movimentam, diariamente, 800 mil toneladas de
mercadorias. Para elas, a construção do condomínio logístico vai representar uma
redução de até 50 % nos gastos fixos com aluguel. E o terminal de cargas da Via
Dutra terá ligação direta com o Arco Metropolitano, rota alternativa para quem quer
chegar ou sair do Porto de Itaguaí e que deve estar pronta em 24 meses.
Com uma movimentação de cargas, que cresce ano após ano no mesmo ritmo
do desenvolvimento econômico implementado no Estado, o Porto de Salvador,
localizado na Bahia de Todos os Santos, exibe os títulos de porto de maior
movimentação de contêineres do Norte/Nordeste e 2º maior exportador de frutas
do Brasil.
É neste ritmo, de intensa movimentação, que o porto de Salvador se prepara
para novos investimentos em modernização tecnológica e de sua infra-estrutura
portuária, implementando maior agilidade operacional e tarifas mais competitivas.
O objetivo é proporcionar a infra-estrutura necessária para o escoamento de
produtos, atendendo às reais necessidades dos importadores e exportadores
nacionais.
Para isso, já está prevista a construção de dois novos berços de atracação
para navios de grande porte, com calado de 14 metros, na extensão do cais de
Águas de Meninos. Os novos atracadouros terão aproximadamente 465 metros na
direção norte, aumentando a capacidade de atracação de navios e ampliando a
área de movimentação e armazenamento de mercadorias em 100 mil metros
quadrados. O escoamento da produção será facilitado a partir da construção de
via portuária ligando o Porto à BR-324.
A revitalização do Porto de Salvador vai mais além e sugere a recuperação de
todo o bairro do Comércio, onde está localizado.
O projeto prevê investimentos que extrapolam a ordem de R$150 milhões a
serem rateados entre as esferas de governo federal, estadual e municipal, e
parceira com a iniciativa privada. O objetivo: alcançar posição de destaque dentro
do novo mapeamento da infra-estrutura portuária do Brasil.
Revitalização e projetos que precisam ser iniciadas com urgência pois o porto
de Salvador não consegue mais atender à demanda.
Os caminhoneiros estacionam os veículos desordenadamente e se reúnem em
rodinhas para conversar. Um motorista cochila numa rede armada entre duas
carrocerias. O tempo de espera para carregar ou descarregar um caminhão pode
ultrapassar 6 horas. No mar da baía de Todos os Santos, a situação se repete: os
navios têm de aguardar em média 8 horas para atracar -- nos dias de mais
tráfego, até 24 horas. Por causa da demora, às vezes eles deixam de fazer escala
em Salvador para não atrasar o cronograma de outras paradas. Para os donos de
cargas -- de agricultores do interior baiano a grandes empresas do vizinho pólo
petroquímico de Camaçari --, a saída freqüentemente é utilizar caminhões, mesmo
tendo pela frente estradas precárias, ou deslocar mercadoria para outros portos. A
petroquímica Braskem, nos períodos de pico de exportação, envia parte dos
contêineres por um navio de cabotagem -- que percorre apenas a costa brasileira
-- para o porto de Santos, situado a 2 000 quilômetros. Só então a mercadoria
passa para uma embarcação internacional. "É melhor ir para Santos do que
esperar o próximo navio em Salvador, porque as escalas são escassas", diz Elton
Pássaro, gerente de logística da Braskem. O custo da manobra é 6% maior do
que quando a viagem é direta. Mas empresas como a Braskem pagam o valor a
mais para evitar aquele que é o pior porto do Brasil.
A avaliação é dos principais usuários desse tipo de serviço -- as grandes
empresas. Uma pesquisa com 200 executivos de companhias usuárias concluída
em janeiro pelo Centro de Estudos em Logística (CEL), ligado ao núcleo de pós-
graduação da Universidade Federal do Rio de Janeiro, posicionou o porto de
Salvador na última colocação entre os 18 principais portos brasileiros. A média
nacional, segundo os entrevistados, foi de 6,3 pontos, num total de 10. Salvador
ficou com meros 5,1. Apenas os terminais privados de Ponta da Madeira, no
Maranhão, e Tubarão, no Espírito Santo, e o porto público de Suape, em
Pernambuco, foram considerados de padrão excelente. O estudo também indicou
que em Salvador houve, no período analisado, redução de carga. O volume anual,
em média de 3 milhões de toneladas, caiu 7% em 2006 e teve apenas ligeira
recuperação no ano passado. A paradeira, ironicamente, ocorre num momento de
expansão da economia da região. "Os fatos mostram a decadência do porto de
Salvador", diz Paulo Fleury, diretor do CEL.
O porto acumula desde problemas simples de ser corrigidos, como a falta de
uma cobertura para os caminhões que estão fazendo carga e descarga, até
questões complexas, como a dificuldade de acesso rodoviário e a lentidão na
armazenagem. Um problema estrutural é a profundidade insuficiente para receber
os grandes cargueiros modernos. No cais principal, o do terminal de contêineres, a
profundidade é de 12 metros. O mínimo considerado ideal seria de 13,5 metros.
"Não conseguimos atracar em Salvador nossos navios maiores, e isso aumenta o
custo", afirma José Balau, diretor de operações no Brasil da Hamburg Süd
Aliança, uma das maiores companhias de navegação do mundo.
Já na primeira Guerra Mundial, a Rússia queria obter uma saída pelo mar
mediterrâneo e como pretexto para atingir seus objetivos criou o Pan-eslavismo,
movimento político com o intuito de conseguir “direito” de defender e proteger as
pequenas nações da península Balcânica.
Assim, como se pode ver, desde sempre os portos, se não direta,
indiretamente, foram, são e serão sempre um motivo para conflitos, visto a sua
importância estratégica.
- Cingapura
- Rotterdam
O calado do porto permite que os navios carreguem até 350 mil toneladas
. Os maiores containeres pesam em torno de sete mil toneladas e as vezes até
mais. Em função desse intenso comércio de mercadorias, que vem e vão de
muitas partes do mundo para esse centro de referência da Europa, é ali que se
localizam as principais representações de importantes companhias de
navegação. Existe um grande ponto para importação de frutas cítricas na Europa
e vários pontos de distribuição de mercadorias asiáticas. Mas a maior área de
concentração está reservada à indústria, principalmente a química e
petroquímica. Algumas multinacionais têm ali importantes complexos industriais,
produzindo mercadorias para toda Europa e, em alguns casos, para o mundo
inteiro. Os produtos de óleos e seus derivados, junto com os químicos,
representam quase a metade das mercadorias transportadas pelo porto. Nada
menos que cinco refinarias e várias indústrias químicas situam-se na área do
porto; também a indústria do aço da Alemanha utiliza o porto para escoar quase
toda sua imensa produção. Essas empresas utilizam e operam terminais
próprios. O porto também é bastante utilizado para o comércio de produtos
agrícolas, como grãos e rações para animais, fertilizantes. E alimentos para a
população, como carne, peixes, grãos, frutas, vegetais e sucos.
Por outro lado, as importações foram de US$ 32,47 bilhões, com uma alta de
26,3%, 10,8 pontos percentuais a mais que os primeiros dois meses do ano
passado, informou a alfângeda da cidade.
7. Cabotagem
8. Dragagem
9. Siglas
10. Sinalizações
-Sinalização Noturna
- Sinalização em Pontes
- Sinalização Fixa
- Sinais Sonoros
11. Bibliografia