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PEDAGOGIA SISTÊMICA

“Paradigma Sistêmico-Fenomenológico”
Uma nova visão educativa

A pedagogia sistêmica ou paradigma sistêmico-fenomenológico é um método


educativo, não se trata de uma teoria única, definindo verdades, mas de uma
prática dinâmica que está vinculada no contexto educativo e que denominamos
campos de aprendizagem. Temos como autêntica articuladora Angélica Olvera
(México); seu marido Alfonso Malpica ambos responsáveis pelo CUDEC (Centro
Universitário Doutor Emilio Cárdenas - México) entre outros também citamos
Marianne Franke (mestra e terapeuta alemã) que trabalha essa abordagem com
alunos, professores e pais, ministra workshops em vários países, inclusive o Brasil.
Esse novo paradigma vem sendo desenvolvido nos últimos sete anos em
vários países do mundo, ampliando a visão significativa do todo na relação escola-
família, trazendo a possibilidade de criarmos a partir da escola um ambiente de
inclusão onde todos possam assumir os seus papéis, levando em conta os sistemas
familiares, educativos e institucionais. Se algo caracteriza a pedagogia sistêmica é,
justamente, em sua firme proposta de inclusão. Devemos o seu desenvolvimento a
Bert Hellinger (psicoterapeuta alemão) criador da Terapia Sistêmica Fenomenológica
- Constelações Familiares, técnica terapêutica que permite olhar o indivíduo dentro
do seu contexto familiar a partir das relações que estabelece com pessoas da família
e com pessoas que não fazem parte da família, através de vínculos de amor e
lealdade. A solução para os conflitos e as desordens ocorridas nestas relações se faz
através das “ordens do amor”, promovendo equilíbrio e harmonia.
A Pedagogia Sistêmica se manifesta no contexto educativo. Resulta
necessariamente em observar como traduzimos e integramos os princípios que
sustentam as “ordens do amor” para que nos sirvam de orientação e de tarefa
escolar como:
• a importância da ordem; quem veio antes e depois tem a ver com o
vínculo entre gerações (tanto para os alunos como para os professores);
• a importância do lugar onde cada qual tenha a sua correspondência; tem
a ver com as funções, quem e como é o pai, mãe, professor, diretor,
outros (os pais dão e os filhos recebem, os professores oferecem e os
alunos tomam);
• o valor da inclusão em contrapartida com as implicações da exclusão; em
aula, na escola, como um espaço de comunicação em que todos tenham
um lugar (pertencimento);
• o peso das culturas de origem, que tem a ver com a fidelidade no contexto
da qual viemos (o que também podemos chamar de consciência);
• o significado das interações; todos os membros de um sistema estão
vinculados aos outros, irremediavelmente, o qual é especialmente
interessante no sentido de que, quando um desses membros mostra
algum tipo de sintoma, a razão de ser deste não está tanto na forma
concreta, mas na informação que dá ao sistema de que haja alguma
questão que não resulta função para o bem estar coletivo e individual.

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Essa visão geral das relações sistêmicas aparece a partir de três perspectivas
complementares: rede familiar (entre uma geração e a seguinte, ex: pais e filhos),
rede social (entre diversas gerações, ex: avôs e netos) e a perspectiva que existe
dentro das gerações (peculiaridades e influências no contexto educativo e social).
Um dos elementos que caracteriza a perspectiva sistêmica na pedagogia é a
capacidade de desenvolver com respeito a nossa percepção. Assim para estarmos
conectados com esta percepção, nós devemos conhecer nossas próprias origens,
saber sobre os nossos vínculos e trazer à superfície as identificações, as
substituições e todas aquelas cargas que configuram nossa história. Se não fizermos
isso, se por alguma razão não tomamos o suficiente de nossos pais e nos sentimos
demasiadamente arrogantes porque nos consideramos melhores que eles e vamos
ser ainda melhores para nossos filhos; dessa forma não vamos estar dispostos a
investir nessa área, porque a nossa percepção esta envolvida por idéias, conceitos,
princípios, crenças, etc, que nos impedirão de percebermos o que acontece com a
vida de nossos alunos e o tipo de interação que podemos estabelecer entre eles.
Quando um docente está bem centrado, tem uma boa percepção e respeito,
ele reconhece com profundidade o que há em sua volta, tanto no seu sistema como
no sistema dos alunos, portanto, está caracterizada uma boa disposição para
ensinar, impor limites e acompanhar como se adquire uma autoridade natural.
Algumas estratégias permitem ampliar a visão de onde viemos, por isso,
usamos como ferramenta o genograma que é uma forma de construir a árvore
genealógica, o fotograma que traduz as imagens do conteúdo do genograma,
autobiografia acadêmica que permite mostrar a história de nossos estudos e dos
vínculos que surgem com a família e as pessoas do contexto educacional, outra
ferramenta que podemos utilizar com professores e pais é fazer as Constelações
Familiares, que têm a ver com o que chamamos de “movimentos sistêmicos”.
A pedagogia sistêmica e os quatro aspectos básicos para a função da escola:
1. Independente da maior ou menor complexidade e justificativa,
teórico-prático deste paradigma, se trata de um planejamento claramente
centrado nos objetivos fundamentais da escola, gerando um espaço
orientado para o aprendizado e o bem estar dos alunos.
2. Para que estes objetivos centrais possam se desenvolver é indispensável
que os pais dos alunos se sintam reconhecidos pela instituição e tenham
um lugar de privilégio dentro dela; deve existir uma declaração explícita
no sentido de que a área educativa começa pelos pais e que eles dão seu
consentimento para que a escola possa se ocupar de seus filhos com
respeito nos processos de aprendizagem.
3. A escola deve ser exclusivamente um espaço educativo em nenhum
momento um espaço terapêutico, apesar de que há certas intervenções
sistêmicas com movimentos terapêuticos associados à educação.
4. No momento em que todos os protagonistas implicados na tarefa
educativa (instituição, professores e os próprios pais) visarem com
responsabilidade à direção da tarefa que lhes compete, os alunos
aprendem e se desenvolvem sem maiores dificuldades.
Os seres humanos aprendem distinguindo, percebendo as diferenças e as
semelhanças. Na Pedagogia sistêmica o que fazemos é ampliar a visão, distinguindo
essas diferenças, desenvolvendo a capacidade de reconhecer a consciência de cada
contexto e o quê com ela se manifesta, de maneira que através dessa sensibilidade
possamos passar pela confrontação de “boas e más” consciências, num espaço de
interações respeitosas em que podemos ver em todas as direções, evitando cair na

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exclusão e na desclassificação, pois no enfoque sistêmico-fenomenológico nos é
permitido perceber que existem verdades universais, que nada é absolutamente
perene e que as pessoas atuam desde as boas intenções por amor; apesar de que
às vezes ambos sejam motivos suficientemente funcionais para o equilíbrio e bem
estar dos próprios sistemas.
Bert Hellinger, ao falar de como estabelecer uma boa relação e uma
vinculação desejável entre professores e pais, nos mostra um diálogo sensível de
afirmações e reconhecimentos, expressados de coração e ordenado do seguinte
modo:
Obrigado, pela confiança em deixar nas nossas mãos vossos filhos que são sem
dúvida alguma o vosso bem mais precioso.
Por favor, com vosso consentimento sabemos que podemos participar com
sensibilidade e eficácia no processo educativo de vossos filhos.
Sim, desta maneira respeitamos vosso destino e não pretendemos interferir, mas
transmitir o que seja bom para vosso filho e para vossa família.
Angélica Olvera diz: “Na Pedagogia Sistêmica se ensina desde o
profundo respeito e amor pela vida; este respeito e amor imperam por si
mesmos e isso consiste em pedir permissão aos que nos permitiram ser”.
Com esta nova visão, temos a oportunidade de continuar o apaixonante dever
da vida sabendo, que para esta tarefa seja como docentes ou pais, aparecerá uma
grande estrela de luz para orientar as novas gerações.

Texto original espanhol publicado em setembro /2006


por Rachel Trocho em Cuadernos de Pedagogia nº 360
Tema: Escola e Família
Tradução e Resumo: Marly Cordeiro

Em novembro/2008 na cidade de Brasília, será realizado o III Congresso de


Pedagogia Sistêmica, maiores informações no site:
(www.institutohellinger.com.br)

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