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PEÇA PROFISSIONAL

Aureliano, brasileiro, casado, escrivão da Polícia Civil, foi denunciado na


Comarca de Joinville, por ter praticado o delito de concussão, quando, na qualidade de
escrivão da Polícia Estadual, exigiu de um empresário a quantia de R$500,00 visando
alterar depoimentos prestados por fiscais da Receita Estadual em Inquérito Policial, que
visava apurar possível crime contra a ordem tributária praticado pelo corrompido.

Como o empresário verificou que o escrivão não procedera como combinado,


denunciou-o ao Ministério Público Estadual da Comarca de Joinville, que requisitou a
abertura de Inquérito Policial para apurar os fatos. No Inquérito Policial colheu-se a
versão da vítima, a qual afirmou ter comparecido pessoalmente para ser interrogado, e
que efetuou o pagamento da quantia indevida, valor que pediu emprestado a um
conhecido que, naquele dia, comparecera à Polícia Estadual daquela localidade.

Este, por sua vez, ao ser ouvido, confirmou a versão do corrompido, aduzindo
tão somente que a vítima, na ocasião, não lhe teria falado para quê se destinavam os
R$500,00 (quinhentos reais) solicitados. O Réu, ouvido naquela oportunidade, negou a
exigência da vantagem indevida, afirmando que exercera seus atos de forma idônea e
de acordo com lei.

Denunciado pelo representante do parquet estadual, em 05 de maio de 2.001,


o magistrado da comarca de Joinville recebeu a denúncia na mesma data, designando
data para interrogatório. Interrogado, o denunciado negou a autoria do delito,
reafirmando, nessa oportunidade, que nunca solicitou quantia indevida para si nem para
ninguém, em razão do exercício de sua função. Em seguida foi ouvido o corrompido,
João Inácio e as testemunhas de defesa, estas apenas abonatórias. Instruído o feito,
somente o representante do Ministério Público apresentou as alegações finais.
Devidamente intimado para constituir novo advogado, ante a renúncia do anterior, o Réu
silenciou, restando condenado no dia 07 de maio de 2004.

Para a condenação o magistrado levou em consideração principalmente a


palavra da vítima. Inicialmente, fixou a pena base em 3 anos e 6 meses de reclusão,
aumentando, ainda, em 6 (seis) meses de reclusão, reconhecendo a agravante prevista
na alínea "g" do inciso II do art. 61 do código repressivo, pois a concussão foi praticada
com abuso de poder. Finalmente, mandou lançar imediatamente o nome do réu no rol
dos culpados.

Intimado, o acusado procurou você no dia seguinte para assumir a


causa. Formule a peça profissional, atacando todos os pontos jurídicos
suscitados, citando legislação, doutrina ou jurisprudência.

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