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Uma das problemáticas mais cruciais que marcam o mundo da política militante é a
flagrante ausência de bases filosóficas, sociológicas, antropológicas e, certamente,
teológicas que deveriam fundamentar toda ação em prol do bem comum.
Em tempos como o atual, muitos desfilam ante os olhos dos telespectadores como
produtos a serem adquiridos. E não como propósitos a serem construídos.
Estamos falando de um filho de juiz que viveu entre os anos de 1478 a 1535. Com 15
anos tornou-se pajem do Cardeal Morton, de Cantuária. Discípulo de Erasmo de
Roterdam, constituiu-se como um pensador humanista e tornou-se chanceler (Lord
Chancellor) da Inglaterra. More fez carreira também como advogado, tendo se tornado
também profundo conhecedor do Direito Canônico. Entrou em fortes atritos com
Henrique VIII em razão de que o mesmo desejava contrair divórcio, algo firmemente
reprovado pela Igreja, na pessoa do Papa Clemente VII. More, como católico, reprovou
a atitude do Rei e foi condenado à prisão perpétua e à morte por decapitação, que
ocorreu em 6 de julho de 1535. Sua cabeça ficou exposta durante 30 dias e sua filha a
resgatou. Foi o preço pago por ter mantido uma consciência inalienável acerca das
verdades de sua fé.
More foi canonizado como santo da Igreja Católica em 1935, tendo sido a data de 22
de Junho reservada para sua veneração. No ano 2000, por ocasião das celebrações do
Grande Jubileu, o Papa João Paulo II o proclamou como “patrono celestial dos
Estadistas e Políticos”.
Rogamos a São Thomas More para que os políticos encontrem em si mesmos, na longa
tradição cultural herdada pelo pensamento político formulado ao longo da história e na
fé que brota da sincera adesão a Jesus Cristo as razões mais cristalinas para a sua
missionariedade.