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ILO que 6 o.utititarismo ima observagto pastageini é tudo 0 que merece © disparate jgnorante de se supar que os defensores da uti- lidade, ao adotar o certo ¢ 0 errido come eritério, sem fo termo nesse sentido resto e merimente cooguial, em que @ utlidade se ope a prazer. B preciso pedis descul- ‘Pas 20s opesitores do utiitarisme por confundilos, mes- -mo que por um momento sequer, com os que Sao capa 28 de um equivaco tio absuseia. O equivoce panece ain dh mais extruondindrio quand se considera que, entre as acusagbes correntes contr 0 utlitarismo, Figuim a acusa- ‘910 conttaria de remeter tudo a9 prazer, € mesmo a0) prazer em sua forma mizis grosseira, Além disso, confor me agudamente observou um escritor de talento, 9 mes ‘mo tipo de gente — iio taro as mesmas pessoas ~ceaun= lou que a teria sera “impritcivel, por sua secur, quando, 4 palavra uldude precede a palavra prazer, v bastante praticivel, por sua voluptuesidade, quando a palavra pri zer precede a palavra utlidade’, Os que conhecem algo ddo assunto mo ignorim que, desde Epicuro até Bentham, todos 0s partiinios da teoria da utlidade designaracn pelo termo mio alga que contrastasse com prazes, mas 0 prazer em si mesmo, bem como a auséneia de don e, em 185 sar sa vex de opor o util ao agradivel ou belo, sempre declara rant que 0 termo designava precisamente estas cosas, centre outa. No entanto, a grande ralé, incluindo-se a rile que escreve mio apenas nes jornais © pesiccos, ‘mas também nos livros pesados ¢ pretensiosas, constan: temente comete esse engano rasteiro. Depois de pegic a palavra no ar, embora dela s6 conbegam o som, tém 0 hhabito de empregi-ta para expeimie a rejeigio ou 0 des- prezo # algumas foumas de prazer, tas como 0 prazer da heleza, da elegincia ou du diversdo, Mas 6 teemo nem sempre € aplicado dessa maneita ignorante como expres silo de menoscabo. As vezes também Ihe conferem um sentido lisonjeiro, como se implicasse supetiordade 30 ue € frivolo © aos memos prazeres instantincos, Ese uso da palavra €6 tinice conkecide popularmente,o tnico, 1 pant do qual a nova geraglo forma suas nocdes a res peito do significado do uriitarismo, Os que introduziran 2 palavra, mas deixaram de a empregar por muitos anos como um nome distinve, podem muito bem se sentir chamados a recuperd-a, se com isso tiverem esperunca de contribuir um poues para resgati-la da completa de- sgradago’. ‘Sse nt i rae a na eso. sp care us made parte de als oe pn = ere O 0 credo que aceita a utilidade ou o_principio da Telicidade como a fundacdo da moral sustenta que 45 aghes sAo cortetas na medica em que tenclem a pro- mover a felicidade e erradas conform tendam a produ- 4c 0 conttirio da Felicidade. Por lelicidade se entende prazer ea auséneia de dor; por infelicidade, dor e a pii- do prazes. Para dar uma idea clara do padea mo- ‘al estabelecido pela teoria, é preciso dizer muito mals; trata-se de saber, em particular, 0 que est incluido nas ldéias de dor e prazer e em que medida esse debate & uma questo best. Mas esas explicagdes suplementa- tes nio afetam a teoria da vida sobre a qual sc-fuada a teoria da moraldade, a saber, que o prazer ¢ a imunida- de dor sio as inicas coisas desejiveis como fins, e que 2s coisas esejivels Cas quais io Wo numerosas ‘no esque uilitarista como em qualquer ouiso) so de sejivels quer pelo prazer inerente a elas mes ‘Ora, esa teorka da vida susesia em muitos espirtos, alguns cos quais possuem os mals estimdvels sentimen- tos e propésios, uma aversdo inveterada. Adiitir que a vida — para empregar suas expressGes - nio tena nenhu- mma finalidade mais elevaca que 0 prazer, neabum. objeto Je desejo ¢ de busca melhor ¢ mais nobre, &, conforme dizem, inteiramente vile abjeto; cuida-se de uma dou: na digna apenas dos suinos, aes quais os seguidores de Epicuro estavam, desde © inicio, asolentemente iguals- dos; e os partiditios madernos da douttina estio as ve~ 27es sujet a comparacées igualmente polidas por parte dos enticos alemaes, franceses e ingleses, Quando assim atacados, os epicuritay sempre res ponderam que no sio eles, mas seus acusadores, que representam a naturcza humana sob uma hz degridan te, fi que a acusagao supoe os seres hunianos como in capazes de sentir um prazer ditinto do que sentem os suinos. Se essa suposict Tosse verdadcira, no seria pos sivel contestar a acusigl0, mas ni seria mals una im Pputcao. Pois se as fontes do prazet fossem exatamente iguais para os seres inumanos ¢ para os suinos, a regra da vida que é suficientemente boa pana os primeitos se- ra suficientemene boa para es gltimos, Percebe-se que «8 comparaeao da vida epicurista 8 vida dos animais € de- gradante precisunente porque os peazeres dos aninais lo satisfazem as concepedes humana de Felicidade. Ox setes humanos possuem facuklaces mals elevadas do que (05 apetites animais, ¢ uma vez que tomam consciéna elas no consiceram como felicdade algo que nao as satisfaga. Nao julgo de fato que, ao derivar de principio vunltarista sew sistema de conseqdencias, os epicuristas sejam absolutamente irepreensivels, Para proceder 80 tislatoriamente, 6 nocessirio inchs no sistema muitos ele- _menns estGions, hem como enstios. Mas nao se conhece nenhuma teoria epicurista da vida que nao atribua aos pprizeres intelectuais, aos prazeres da sensibilidade, da ‘imaginagao e dos sentimentos morais urn valor mais ele- vado como penzeres do que os aleancacos pela mera sen- suelo, E preciso admits, entreranto, que em geral 05 es stores utitarstasreconheceram a superiondade ds pra- eres ments sobre os compdreos principalmente pela ‘maior permanéncia, maior seguranea, pelo menor custo e., dos primeiros ou seja, por suas vantagens citcuns> tancisis. mais. que por sua natureza intinseca. E 0s utli- laristas conseguiram ginhar completamente sua causa em todas essas questies, embora paldessemt ter defendida © lado conttinioe, por asin dizer o fandamento elevado, ‘com fatal consiténcia, E porfitamente compatvel com © principio da utldade-reconhcer.o fat. de que alg mas especies de pruzer slo mais dsefivetse mals vali sss do que outas. Enquanto na walla de toes ts outras 14 qualidade & io levaca em conta quanto a vile dace, seni absurdo supe que a avaliaco dos prazres de- Pendesse unicamente da quantidade Se me perguntarem o que quero dizer com diferen «3 de qualidade enue os prazeres, ou o que torna um Drazer mais valoso do que ouuo ~ entendido como me- fo prizer-,exceto ser maior em quantidade, 8 me ca beri dara nica resposta possivel De dois prareres, se Pouver um que scjaclaramente preferido por todos ou

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