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Contribuições

Sociais

1) Introdução
Retenção de Tributos Federais e
Legislação do PIS e COFINS 2

O objetivo deste curso é realizar uma abordagem sobre as formas de retenção


na fonte dos tributos Federais (CSLL, PIS e COFINS) e sobre as retenções das
contribuições previdenciárias.

O governo faz uso da retenção na fonte para combater a sonegação de tributos.

A retenção na fonte é a transferência da obrigação principal para o contribuinte


que efetua o pagamento dos serviços prestados. Com esse procedimento o fisco
dificulta a sonegação, pois o tomador dos serviços se encarrega de fazer a
retenção do tributo e recolher posteriormente.

A retenção na fonte do imposto de renda sobre serviços prestados por pessoa


jurídica já existe há muitos anos. Com a última reforma tributária sofreu alteração
somente em sua alíquota. Em 1999 através da Lei 9.711 de 20.11.98 também
passa a ser obrigatória a retenção na fonte do INSS, com alíquota de 11% sobre
a cessão de mão de obra. Em 2004 essa obrigatoriedade surgiu também para o
PIS, COFINS e CSLL.

O artigo 121 do CTN define que:

“Art. 121. Sujeito passivo da obrigação principal é a pessoa obrigada ao


pagamento de tributo ou penalidade pecuniária.

Parágrafo único. O sujeito Passivo da obrigação principal diz-se:

I – Contribuinte, quando tenha relação pessoal e direta com a situação que


constitua o respectivo fato gerador;

II – “responsável, quando, sem revestir a condição de contribuinte, sua obrigação


decorra de disposição expressa de lei”.

Entendemos então que a retenção tributária constitui uma obrigação acessória,


na medida em que a fonte pagadora dos rendimentos tem a função de deduzir o
valor do tributo do pagamento a ser efetuado, para depois recolher aos cofres da
União.

Os assuntos serão estudados com base nas legislações pertinentes,


observando-se o procedimento quanto às retenções que devem acontecer nos
serviços prestados às empresas públicas e privadas.

Ao final do curso espera-se que os participantes compreendam as diferenças e


semelhanças entre as regras de retenção na fonte dos impostos e contribuições
nos pagamentos realizados por empresas públicas e privadas, bem como as
contabilizações dessas retenções, além de entender sobre as cobranças do PIS
e da COFINS.

Marcelo Pinho – Contador e Consultor Tributário


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Preliminarmente serão realizadas abordagens quanto à Legislação Tributária, e


posteriormente sobre PIS e COFINS para encerrar com as Retenções na fonte
das contribuições Sociais.

1) TRIBUTO
É toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa
exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada
mediante atividade administrativa plenamente vinculada.

 Prestação Pecuniária – significa que o tributo deve ser pago em unidades de


moeda corrente

 Compulsória – Obrigação independente da vontade do contribuinte.

 em moeda ou cujo valor se possa exprimir – os tributos são expressos em


moeda corrente nacional (reais) ou por meio de indexadores (UFIR).

 que não constitua sanção de ato ilícito – as penalidades pecuniárias ou


multas não se incluem no conceito de tributo: assim, o pagamento de tributo
não decorre de infração de determinada norma ou descumprimento da lei.

 instituída em lei – só existe a obrigação de pagar o tributo se uma norma


jurídica com força de lei estabelecer.

 Cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada – a


autoridade não possui liberdade para escolher a melhor oportunidade de
cobrar o tributo.

Impostos – decorrem de situação geradora independente de qualquer


contraprestação do Estado em favor do contribuinte.

Taxas – estão vinculadas à utilização efetiva ou potencial por parte do


contribuinte, de serviços públicos específicos.

Contribuições de Melhoria – são cobradas quando do benefício trazido aos


contribuintes por obras públicas.

Com o advento da Constituição Federal de 1988 surgiram as contribuições


Especiais (sociais, CIDE e profissionais) para fazer face aos investimentos do
governo:
 sobre as folhas de pagamento (INSS)
 sobre os lucros das empresas (CS)
 sobre o faturamento (PIS e Cofins)

Marcelo Pinho – Contador e Consultor Tributário


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Empréstimos Compulsórios – Somente a União, nos seguintes casos


excepcionais, pode instituir:

 guerra externa, ou sua eminência;

 calamidade pública que exija auxílio federal impossível de atender com


recursos orçamentários disponíveis.

A lei deverá fixar obrigatoriedade o prazo e as condições do resgate do


empréstimo

Obrigação tributária é a relação de direito público na qual o Estado (sujeito ativo)


pode exigir do contribuinte (sujeito passivo) uma prestação (objeto) nos termos e
nas condições descritos na Lei (fato gerador).

Elementos da Obrigação tributária: A lei, o objeto e o fato gerador.

 A Lei – Principal elemento da obrigação, pois cria os tributos e determina as


condições de sua cobrança.

 Objeto – Representa as obrigações que o sujeito passivo deve cumprir,


segundo as determinações legais.

Pagamento do valor em dinheiro referente ao tributo devido ou à multa por não-


atendimento a determinação legal (obrigação principal).

Cumprimento de formalidades complementares (obrigação acessória)

 Fato Gerador – É a situação definida em lei como necessária e suficiente para


sua ocorrência. O fato que gera a obrigação principal.Ex: auferir renda
(obrigação principal) entregar declaração de Imposto de renda (obrigação
acessória)

Contribuinte ou responsável – As partes da obrigação tributária.

 Sujeito ativo – ente público


 Sujeito passivo – contribuinte- quem tem relação pessoal e direta com a
situação.

Responsável – que e quem, sem revestir a condição de contribuinte, vê a obrigação


de pagar o tributo.

Base de Cálculo – Valor sobre o qual se aplica o percentual com a finalidade de


apurar o montante a ser recolhido.

Alíquota – Percentual definido em lei que, aplicado sobre a base de cálculo,


determina o montante do tributo a ser recolhido.

Marcelo Pinho – Contador e Consultor Tributário


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Imposto Cumulativo – tributo que incide em todas as etapas do processo produtivo


e/ou comercial de determinado bem.

Imposto não cumulativo – Tributo que não acumula na etapa subseqüente.

O Sistema Tributário Nacional é constitucionalizado, ou seja, sua norma padrão


de incidência dos tributos está descriminada na Constituição Federal e é
denominada pela doutrina como “regra matriz de incidência tributária”. Ela faz
uma descrição abstrata de um fato que, no plano fático dará origem ao
pagamento deste tributo.

Essa norma é composta por um antecedente e um conseqüente. O antecedente,


ou hipótese da regra-matriz, traz os critérios que o conceito normativo fornece
para a identificação do fato descrito. A hipótese traz referências a um
comportamento de pessoas, físicas ou jurídicas (critério material), condicionado
por circunstâncias de espaço (critério espacial) e de tempo (critério temporal).

O conseqüente também traz critérios, mas para a identificação do vínculo jurídico


que nasce. Seus critérios são o pessoal – aponta quem são os sujeitos da
relação jurídica (sujeito ativo, de um lado, e sujeito passivo, do outro) – e o
quantitativo – fala do objeto da prestação, que, no caso da regra-matriz de
incidência tributária, são à base de cálculo e alíquota.

Aplicando-se a regra ao ISS, verifica-se que o critério material é “prestar serviço”.


Quanto ao critério espacial, a Constituição Federal trouxe ao Município
competência para instituir o ISS, logo, é o território do Município tributante. Por
fim, o critério temporal é quando configurada a situação de fato, no caso, a
prestação de serviço.

No conseqüente, para se configurar o critério pessoal tem-se como sujeito ativo o


Município tributante e, como sujeito passivo, o prestador do serviço. O ISS
também é de competência do Distrito Federal, que também pode configurar
como sujeito ativo. E, como critério quantitativo, há a base de cálculo – que é o
preço do serviço – e a alíquota. A Constituição Federal reservou a Lei
Complementar dispor sobre as alíquotas máximas e mínimas. A Lei
Complementar 116/03, no entanto, somente fixou a alíquota máxima em 5%,
omitindo-se quanto à mínima.

Estrutura da regra Matriz de Incidência Tributária.

Antecedente – Critério Material


Critério Temporal
Critério Espacial
Conseqüente – Critério Pessoal – S.A e SP
Critério Quantitativo – Alíquota e Base de cálculo

Marcelo Pinho – Contador e Consultor Tributário


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1.2) PIS e COFINS

As contribuições previstas no art. 149 da CF/88, é notadamente as contribuições


sociais destinadas ao custeio da seguridade social art. 195 que exercem papel
de destaque no cenário jurídico- tributário.

Para a União, que detém competência para instituí-las, a cobrança dessas


contribuições é fonte vital para arrecadação tributária.

Além de custear as ações dirigidas a seguridade social, os recursos são ainda


para financiar vários setores do governo federal, resultando em intensa
concentração de carga tributária, por exemplo:

A) Majoração da alíquota da Contribuição para o Financiamento da Seguridade


Social (COFINS), de 2% para 3% , por meio da Lei 9.718/98;

B) alargamento da base de cálculo das contribuições ao Programa de Integração


Social (PIS) e da COFINS, transpondo-a, do faturamento, para todas as receitas
auferidas pela pessoa jurídica (Lei n 9718/98);

Instituição das contribuições incidentes sobre a importação de bens e serviços


(Lei n 10.865/2004);

Instituição do regime não cumulativo de incidência do PIS e da COFINS, com


majoração das alíquotas, dessas duas contribuições, de 3,65% para 9,25%
(conforme Lei n 10.637/2002 e Lei n 10.833/2003, respectivamente.

Evolução Histórica

O Programa de Integração Social foi instituído pela Lei Complementar n 7/70,


com o intuito de promover a integração do empregado na vida e no
desenvolvimento das empresas.

Pretendendo ampliar a base de cálculo dessa contribuição, foram editados os


Decretos - Leis nºs 2.445/88 e 2.449/88, os quais determinaram a tributação do
PIS com recursos próprios das empresas, fundados na receita operacional bruta
das pessoas jurídicas, à alíquota de 0,65%.

Esses decretos foram posteriormente julgados inconstitucionais pelo STF, o que


resultou na edição da Resolução do Senado Federal nº 49/95, suspendendo seus
efeitos.
Com essa suspensão voltaram a ser aplicadas as regras de incidência do PIS
previstas na Lei Complementar n 7/70, até que produziu efeitos a Medida
Provisória n 1.212/05, que re-introduziu a tributação do PIS com base no
faturamento do mês, posteriormente convertida na Lei n 9.718/98.

Marcelo Pinho – Contador e Consultor Tributário


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A Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social-COFINS foi instituída


pela Lei Complementar n 70/91, nos termos do inciso I, do art. 195, da
Constituição Federal, devida pelas pessoas jurídicas, inclusive aquelas a elas
equiparadas pela legislação do imposto de renda, destinadas exclusivamente às
despesas com atividades-fim das áreas de saúde, previdência e assistência
social.

A contribuição era de 2%, incidindo sobre o faturamento mensal, considerado a


receita bruta das vendas de mercadorias, de mercadorias e serviços e de
serviços de qualquer natureza.

A Lei n 9718/98 introduziu nova sistemática de incidência da COFINS e do


PIS,fazendo-as incidir sobre o faturamento correspondente à receita bruta,
entendida como a totalidade das receitas auferidas pela pessoa jurídica.

Assim, por força dessa lei ordinária, o “faturamento”, a “receita bruta” e as outras
“receitas” passaram a representar expressões sinônimas. Foi exatamente contra
essa abrangência que se insurgiram os contribuintes.

Com a edição das Leis nºs 10.637/2002 e 10.833/2003, foi instituída nova
sistemática de apuração da base de cálculo das contribuições.

Foram excluídas da nova regra legal, algumas pessoas jurídicas identificadas por
seu ramo de atividades, pelo regime que apuram o imposto de renda ou em face
de sua natureza jurídica. Elas estão definidas no art. 10 da Lei nº 10.833/2003
(COFINS) e art. 8 da Lei nº 10.637/2002 (PIS), com alterações posteriores.

O contribuinte deve totalizar as receitas auferidas no período, promover as


exclusões admitidas pela legislação e, sobre o resultado dessa subtração, aplicar
as alíquotas básicas previstas para essas contribuições, a saber: 0,65% para o
PIS e 3% ou 4% (no caso das instituições financeiras) para a COFINS.

No regime não cumulativo as alíquotas são diferentes 1,65% (PIS) e 7,6%


(COFINS), contudo é permitido deduzir os créditos oriundos das compras e de
algumas despesas ou custos.

O legislador ordinário elegeu alguns critérios de apuração dessas contribuições


que se afastam da regra geral de incidência, em que, a cada faturamento
efetuado pelas pessoas jurídicas, são aplicadas as alíquotas gerais previstas na
legislação.
Assim é que se instituiu o regime da substituição tributária atribuída para as
operações com cigarros e motocicletas, a tributação pelo sistema monofásico
atribuído a alguns produtos descritos taxativamente na legislação.

Marcelo Pinho – Contador e Consultor Tributário


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As empresas tributadas pelo lucro presumido ou com seu lucro arbitrado devem
calcular PIS e Cofins utilizando alíquotas de 0,65% e 3% sobre o total de
receitas.

Exclusões Permitidas:

 Vendas de Mercadorias p/exterior


 Venda comercial exportadora – 180 dias para comprovar o embarque.
 Reversão de provisão
 Recuperação de Créditos já baixados
 Resultado Positivo da avaliação de investimentos.
 Receitas de vendas de ativo
 Receitas com revenda de produtos com tributação monofásica
 IPI e ICMS cobrado como substituição tributária.

Deduções da Base de Cálculo:

 Vendas canceladas
 Devoluções de vendas
 Descontos Incondicionais

Regime de reconhecimento de Receitas:


 Caixa
 Competência

Tributação Mista:

Alguns setores devem pagar as contribuições por um critério misto. Parte da


Receita pelo método cumulativo e parte pelo método Não-cumulativo.

IN SRF 404/04 – Trata que nesses casos os créditos com vínculo direto com as
receitas tributadas pelo método não-cumulativo serão deduzidas destas.
Os créditos comuns aos dois métodos serão permitidos proporção.

Receitas Método Cumulativo, mesmo que a empresa adote o Regime do Lucro


Real :
 Serviços de Telecomunicações
 Prestação de serviços transporte
 Receitas com serviços prestados por Hospital, clinica médica, odontologia...
 Empresa de Informática – Desenvolvimento de software
 Prestação de serviços das empresas jornalísticas.
 Prestação de Serviços de Educação
 Serviços de Hotelaria
 Empresas de Call Center

Regime Não Cumulativo

Marcelo Pinho – Contador e Consultor Tributário


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Regime que é permitido créditos que reduzem os valores a recolher dos tributos
PIS e COFINS.

O Fato gerador é o faturamento mensal, ou seja, total das receitas auferidas


independente da forma de classificação contábil.
A base de cálculo é o faturamento auferido permitindo as exclusões a seguir:

• Saídas isentas da contribuição ou sujeitas a alíquota zero;

• Receitas não – Operacionais decorrentes da venda de Ativos Permanente;

• Receitas Auferidas pela PJ Revendedora, na revenda de mercadorias em


relação às quais a contribuição seja exigida da empresa vendedora, na
condição de substituta tributária.

• Vendas canceladas e aos descontos incondicionais concedidos;

• Reversões de Provisões.

• Recuperações de Créditos baixados como perda.

• Resultado positivo de avaliação de investimentos pelo valor do patrimônio


líquido.

• Lucros e Dividendos derivados de investimentos avaliados pelo custo de


aquisição (art 1º, parágrafo 3º letra B).

• Receita decorrente de transferência de créditos de ICMS

Alíquotas

7,6% sobre a base de cálculo (art.2º).Exceto receitas auferidas pelos produtores


e importadores nos casos de venda de:

• Vendas de Gasolina e suas correntes;

• Vendas de Produtos Farmacêuticos; dentre outras previstas no artigo 2º.

Empresa estabelecida na ZFM – Zona Franca de Manaus, em relação venda de


produção própria com projeto aprovado pelo SUFRAMA.

3% no caso de venda a PJ estabelecida na ZFM ou fora da ZFM que apure a


Cofins no regime de não- cumulatividade.

6%

Marcelo Pinho – Contador e Consultor Tributário


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a) no caso de venda a PJ estabelecida fora da ZFM e que apure o imposto de


renda com base no lucro presumido.

b) No caso de venda a PJ estabelecida fora da ZFM, que apure o imposto de


renda com base no Lucro real, e que tenha sua receita, parcial ou total, excluída
do regime de incidência não – cumulativa da COFINS.

c) No caso de venda a PJ estabelecida fora da ZFM, que seja optante do Simples

Deduções Permitidas

1. Bens adquiridos para revenda, exceto das compras com substituição


tributária.

2. Bens e serviços utilizados como insumo na fabricação de produtos destinados


a venda ou na prestação de serviços, inclusive combustíveis e lubrificantes.

3. Aluguéis de prédios, máquinas e equipamentos, pagos a pessoa jurídica


utilizados nas atividades da empresa.

4. Energia elétrica consumida nos estabelecimentos da PJ.

5. Máquinas, equipamentos e outros bens incorporados ao ativo imobilizado,


adquiridos ou fabricados para locação a terceiros, ou para utilização na
produção de bens destinados à venda ou na prestação de serviços.

6. Edificações e benfeitorias em imóveis próprios ou de terceiros utilizados nas


atividades da empresa.

7. Bens recebidos em devolução, cuja receita de venda tenha integrado o


faturamento do mês ou de mês anterior e tenha sido tributada conforme
procedimentos focalizados neste texto (art 3º).

8. Valor das contraprestações de operações de arrendamento mercantil de PJ,


exceto de optante pelo Simples.

9. Vale transporte, Vale Refeição ou vale-alimentação, fardamento ou uniforme


fornecidos aos empregados por pessoa jurídica que explore atividades de
prestação de serviços de limpeza, conservação e manutenção (Lei 11.198.
08/01/09)

Operações Não Sujeitas a Incidência


Não incidirá sobre as seguintes receitas:

 Exportação de mercadorias para o exterior

Marcelo Pinho – Contador e Consultor Tributário


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 Prestação de serviços para pessoa física ou jurídica domiciliada no


exterior, cujo pagamento represente ingresso de divisas.

 Vendas a empresa comercial exportadora com o fim específico de


exportação.

Finalidades:

 Dedução do valor da contribuição a recolher, decorrente das demais


operações no mercado interno.

 Compensação com débitos próprios, vencidos ou vincendos, relativos a


tributos e contribuições administrados pela Secretaria da Receita
Federal.

 Devolução em dinheiro caso não possa compensar até o final de cada


trimestre, de acordo com a legislação que trata deste assunto. (art. 6º
§§ 1º, 2º, 3º e 4º)

Casos em que não se aplica a não cumulatividade

 Pessoas jurídicas tributadas pelo lucro presumido.

 Pessoas jurídicas tributadas pelo lucro arbitrado.

 Pessoas jurídicas optantes pelo SIMPLES.

 Pessoas jurídicas imunes a impostos.

 Pessoas jurídicas referidas nos parágrafos 6º, 8º e 9º do art. 3º da Lei nº


9.718, de 27-11-1998.

 Os órgãos Públicos, Autarquias e Fundações Públicas Federais, Estaduais


e Municipais, e as Fundações cuja criação tenha sido autorizada por Lei.

 Receitas sujeitas à substituição tributária da Contribuição para o COFINS;

 Receitas de serviços prestados por hospitais, pronto- socorro, clínica


médica, odontológica, fisioterapia (etc.)

 Receitas de prestação de serviços de telecomunicações, vendas de


jornais e periódicos e de prestação de serviços das empresas jornalística
(ART. 10).

Marcelo Pinho – Contador e Consultor Tributário


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Sistema Monofásico

Tratamento próprio especifico dado pela legislação ao PIS e a COFINS,


incidentes sobre a venda de determinado produto, a fim de concentrar a
tributação nas etapas de produção e importação, desonerando as etapas
seguintes.

São aplicadas alíquotas maiores que as usualmente aplicadas nas demais


receitas, nas pessoas jurídicas produtora, fabricante e importadores, sendo
desoneradas as etapas da comercialização pelos atacadistas e varejistas.

O sistema de tributação monofásica não se confunde com os regimes cumulativo


e não cumulativo. O enquadramento da pessoa jurídica, que se dedique a venda
de produtos sujeitos a tributação monofásica, ao regime de apuração cumulativa
ou não cumulativa, segue as mesmas regras de enquadramento das pessoas
jurídicas que não comercializam produtos monofásico.

Portanto caso a pessoa jurídica esteja enquadrada no regime não cumulativo, a


tributação monofásica também terá natureza não cumulativa, permitindo a
pessoa jurídica o aproveitamento de créditos, Exceção ao distribuidor de Álcool
para fins carburante.

Cobrado pelo Produtor ou importador sobre alguns produtos:

 Combustíveis e seus derivados (5,08% e 23,44%)


 GLP derivado de petróleo e gás natural ( 10,2% e 47,4%)
 Indústria Farmaceutica (2,1% e 9,90%)
 Indústria de Cosméticos (2,2% e 10,3%)
 Indústrias de bebidas (2,5% e 11,90%)
 Pneus e Câmaras de AR ( 2,0% e 9,5%)

Embora a sistemática monofásica de pagamento das contribuições tenha o


mesmo efeito econômico colhido pela substituição tributária, com o intuito de
concentrar a tributação de toda a cadeia de circulação num só contribuinte,
otimizando a fiscalização e a arrecadação tributária, esses regimes parecem não
se confundir.

Casos Especiais

Receitas de Revenda de Veículos:

 Revenda veículos novos – Não Tributa – sistema monofásico


 Veículo usado – tributa pela diferença entre valor venda e compra – 3,65%
 Peças e acessórios – Método não cumulativo.

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Alíquotas Reduzidas a Zero:

 Adubos
 Sementes e Mudas
 Feijão Comum
 Arroz Descascado
 Farinhas ( NCM 1106.20)
 Vacinas
 Pinto de Um dia
 Leite em Pó, integral ou desnatado
 Queijo mussarela

Entidades Imunes

 Pagam PIS com base na folha de pagamento

Quem contribui para PIS sobre a folha de pagamento?


 Templos de qualquer culto
 Partidos Políticos
 Sindicatos, Federações e Confederações
 Condomínios

2) Retenção de CSLL, PIS e COFINS

Desde fevereiro de 2004, os pagamentos de pessoa jurídica para outras pessoas


jurídicas decorrentes da prestação de serviços específicos, estão sujeitos à
retenção na fonte de CSLL, PIS e COFINS, com alíquotas respectivas de 1%,
0,65% e 3%. As legislações pertinentes são as seguintes:

 Lei 10.833, de 29.12.2003 e Lei 11.196 de 21.11.2005


 Instrução Normativa 459 SRF, de 18-10-2004

 Instrução Normativa 765 RFB, 02-08-2007

 Instrução Normativa 791 RFB, 10-12-2007

 Ato Declaratório Executivo 71 Corat, de 24-11-2005

2.1) Serviços sujeitos a retenção de CSLL, PIS e COFINS

 Limpeza
 Conservação

 Manutenção

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 Segurança

 Transporte de valores

 Vigilância

 Locação de Mão- de- Obra

 Assessoria creditícia, mercadológica, gestão de crédito, seleção e


riscos, administração de contas a pagar e receber

 Serviços Profissionais

A instrução Normativa SRF 459/04, detalha os serviços alcançados pela


exigência de retenção na fonte:

Limpeza, conservação ou Zeladoria: são os serviços de varrição, lavagem,


enceramento, desinfecção, higienização, desentupimento, dedetização,
desinsetização, imunização, desratização ou outros serviços destinados a manter
a higiene, o asseio ou a conservação de praias, jardins, rodovias, monumentos,
edificações, instalações, dependências, logradouros, vias públicas, pátios ou de
áreas de uso comum;

Manutenção: todo e qualquer serviço de manutenção ou conservação de


edificações, instalações, máquinas, veículos, motores, elevadores ou de qualquer
bem, quando destinadas a mantê-los em condições eficientes de operação,
exceto se a manutenção for feita em caráter isolado, como um mero conserto de
um bem defeituoso;

Segurança e Vigilância: são considerados os serviços que tenham por


finalidade a garantia da integridade física de pessoas ou a preservação de
valores e de bens patrimoniais, inclusive escolta de veículo de transporte de
pessoas ou cargas;

Profissionais: são aqueles relacionados no parágrafo 1º. do artigo 647 do


Decreto 3.000/99, RIR/99, inclusive quando prestado por cooperativas ou
associações profissionais.

2.2) Percentuais

 CSLL: 1%
 Cofins: 3%

 PIS: 0,65%

OBSERVAÇÃO:

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Exigíveis mesmo para as receitas da prestadora do serviço que estão sujeitas ao


regime de não–cumulatividade.

2.3) Pessoa Jurídica, Receita Beneficiária de Isenção ou de


Alíquota zero, e empresas amparadas por Medida Judicial:

No caso de pessoa jurídica ou de receitas beneficiárias de isenção ou de alíquota


zero de uma ou mais das contribuições mencionadas, a retenção deverá ser feita
mediante a aplicação da alíquota específica, correspondente às contribuições
não alcançadas pela isenção ou pela alíquota zero.

No caso de empresa prestadora de serviço amparada por suspensão total ou


parcial, da exigibilidade do crédito tributário, ou por sentença judicial transitada
em julgado, determinando a suspensão do pagamento de qualquer contribuição,
objeto de retenção, desde que comprovado a cada pagamento, ficará dispensada
de sofrer a retenção na fonte da contribuição correspondente, pela fonte
pagadora dos serviços prestados.

2.4) Documento Fiscal:

A empresa prestadora do serviço deverá informar no documento fiscal o valor


correspondente à retenção das contribuições incidentes sobre a operação, sem
alterar o total do documento.

2.5) Optante do Simples Nacional:

Não será efetuada retenção na fonte nos pagamentos efetuados a pessoa


jurídica optante pelo SIMPLES Nacional. (IN RFB 765 02.08.07).

2.6) Dispensa de Retenção:

Quando o valor do pagamento for igual ou inferior a R$ 5.000,00, fica dispensada


a retenção da CSLL, da COFINS e do PIS/PASEP. (Instrução Normativa 459/04).

2.7) Prazo de Recolhimento:

Até o último dia útil da quinzena subseqüente àquela quinzena em que tiver
ocorrido o pagamento à pessoa jurídica prestadora do serviço.

2.8) Tratamento Tributário:

Os valores retidos serão considerados como antecipação do que for devido pelo
contribuinte que sofreu a retenção, em relação às respectivas contribuições.

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Esses valores poderão ser deduzidos, pelo contribuinte, das contribuições


devidas de mesma espécie, relativamente a fatos geradores ocorridos a partir do
mês da retenção.

2.9) Códigos do DARF:

O valor retido será recolhido através de um único DARF preenchido com o


código 5952.

Quando o recolhimento for realizado de forma individualizada os códigos serão


os seguintes:

 CSLL - 5987
 Cofins - 5960

 PIS/PASEP – 5979

2.10) Comprovante Anual de Retenção:

As pessoas jurídicas que efetuaram a retenção das contribuições deverão


fornecer, à pessoa jurídica beneficiária do pagamento, comprovante anual da
retenção.

2.11) Tratamento Contábil:

Suponha que uma Empresa Virtual Ltda. contrate serviços de Consultoria


Contábil, no valor de R$ 20.000,00. Nota fiscal emitida em 31 de agosto de 2007,
com pagamento para o dia 25 de Setembro do mesmo ano.

2.11.1) Na empresa Tomadora do Serviço:

31.08.2007

 Débito - Despesa de Serviço Prestado: R$ 20.000


 Crédito - PIS a Recolher: R$ 130,00

 Crédito - Cofins a Recolher: R$ 600,00

 Crédito - CSLL a Recolher: R$ 200,00

 Crédito - IRRF a Recolher: R$ 300,00

 Crédito - Contas a Pagar: R$ 18.770,00

10.09.2007

Marcelo Pinho – Contador e Consultor Tributário


Retenção de Tributos Federais e
Legislação do PIS e COFINS 17

 Débito - IRRF a Recolher: R$ 300,00


 Crédito - Bancos C/Movimento: R$ 300,00

25.09.2007

 Débito - Contas a Pagar: R$ 18.770,00


 Crédito - Bancos c/Movimento: R$ 18.770,00

15.10.2007

 Débito - Cofins a Recolher: R$ 600,00


 Débito - CSLL a Recolher: R$ 200,00

 Débito - Pis a recolher: R$ 130,00

 Crédito - Bancos C/Movimento: R$ 930,00

2.11.2) Na empresa Prestadora do Serviço:

31.08.2007

 Débito – Clientes: R$ 18.770,00


 Débito - IRRF a Recuperar: R$ 300,00

 Débito - Pis a Recuperar: R$ 130,00

 Débito - Cofins a Recuperar: R$ 600,00

 Débito - CSLL a Recuperar: R$ 200,00

 Crédito - Receita Prestação Serviço: R$ 20.000,00

25.09.2007

 Débito - Bancos c Movimento: R$ 18.770,00


 Crédito – Clientes: R$ 18.770,00

Os valores retidos serão compensados, das contribuições devidas de mesma


espécie, relativamente a fatos geradores ocorridos a partir do mês da
Retenção.

3) Retenção na Fonte Por Entidades e Órgãos Públicos Federais:

 Lei 9.430/96 (Artigo 64);

Marcelo Pinho – Contador e Consultor Tributário


Retenção de Tributos Federais e
Legislação do PIS e COFINS 18

 Lei 10.833/03 (Arts. 34 a 36);

 Lei 10.865/04 (Artigo 21);

 Lei 11.196/05;

 Decreto 3.000/99 – RIR (Artigo 653).

 IN SRF 306 de Março de 2003 (Revogada pela IN 480 de dez 2004)

 IN SRF 480 de dezembro de 2004

Os órgãos da administração federal direta, as autarquias e as fundações


federais reterão, na fonte, o Imposto sobre a Renda da Pessoa Jurídica
(IRPJ), bem assim a Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL), a
Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) e a
Contribuição para o PIS/Pasep sobre os pagamentos que efetuarem a
pessoas jurídicas, pelo fornecimento de bens ou prestação de serviços em
geral, inclusive obras.

3.1) Impostos e Contribuições que devem ser retidos:

 Imposto sobre a renda da Pessoa Jurídica – IRPJ


 Contribuição Social sobre o Lucro Liquido – CSLL

 Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social – Cofins

 Contribuição para o PIS/Pasep

3.2) Alguns Bens e serviços Prestados

 Serviço Hospitalar - 5,85%


 Fornecimento de Combustível – 4,89%

 Fornecimento de Pneus Novos – 2,20%

 Passagens Aéreas – 7,05%

 Transporte internacional de Passageiros – 3,40%

 Serviços Prestados por Associações profissionais – 4,85%

 Intermediação de negócios – 9,45%

3.3) Dispensa de Retenção

Marcelo Pinho – Contador e Consultor Tributário


Retenção de Tributos Federais e
Legislação do PIS e COFINS 19

Fica dispensada a retenção quando o valor a ser retido for inferior a R$ 10,00.
No entanto, a dispensa não se aplica na hipótese de DARF eletrônico efetuado
por meio do SIAFI - Sistema Integrado de Administração Financeira do Governo
Federal.

3.4) Não Haverá Retenção

Não serão retidos o IRPJ, a CSLL, a COFINS e o PIS/PASEP, nos Pagamentos


Efetuados a:

 Templos de qualquer Culto;


 Condomínios;

 Sindicatos;

 Partidos Políticos.

4) INSS

(IN RFB 971 de 13.11.2009) alterada pelas IN:

980 de dez 2009


1.027 de Abril 2010
1.071 de Setembro de 2010
1,080 de Novembro de 2010
4.1) Retenção

4.1.1) Obrigação Principal da Retenção (Art. 112)

A empresa contratante de serviços prestados mediante cessão de mão-de-obra ou


empreitada, inclusive em regime de trabalho temporário, a partir da competência
fevereiro de 1999, deverá reter 11% (onze por cento) do valor bruto da nota fiscal, da
fatura ou do recibo de prestação de serviços e recolher à Previdência Social a
importância retida, em documento de arrecadação identificado com a denominação
social e o CNPJ da empresa contratada.

Os valores pagos a título de adiantamento deverão integrar a base de cálculo da


retenção por ocasião do faturamento dos serviços prestados.

O valor retido deve ser compensado pela empresa contratada com as contribuições
devidas à Previdência Social.

Marcelo Pinho – Contador e Consultor Tributário


Retenção de Tributos Federais e
Legislação do PIS e COFINS 20

A empresa optante pelo Super SIMPLES, que prestar serviços mediante cessão de
mão-de-obra ou empreitada, está sujeita à retenção sobre o valor bruto da nota
fiscal, da fatura ou do recibo de prestação de serviços emitido.

O disposto acima não se aplica no período de 1º de janeiro de 2000 a 31 de agosto


de 2002.

OBSERVAÇÕES:

a) Cessão de mão-de-obra é a colocação à disposição da empresa contratante, em


suas dependências ou nas de terceiros, de trabalhadores que realizem serviços
contínuos, relacionados ou não com sua atividade fim, quaisquer que sejam a
natureza e a forma de contratação, inclusive por meio de trabalho temporário na
forma da Lei nº 6.019, de 1974.

b)
Dependências de terceiros são aquelas indicadas pela empresa contratante, que
não sejam as suas próprias e que não pertençam à empresa prestadora dos
serviços.

c) Serviços contínuos são aqueles que constituem necessidade permanente da


contratante, que se repetem periódica ou sistematicamente, ligados ou não a sua
atividade fim, ainda que sua execução seja realizada de forma intermitente ou por
diferentes trabalhadores.

d)
Por colocação à disposição da empresa contratante entende-se a cessão do
trabalhador em caráter não eventual, respeitados os limites do contrato.

e) Empreitada é a execução, contratualmente estabelecida, de tarefa, de obra ou de


serviço, por preço ajustado, com ou sem fornecimento de material ou uso de
equipamentos, que podem ou não ser utilizados, realizada nas dependências da
empresa contratante, nas de terceiros ou nas da empresa contratada, tendo como
objeto um resultado pretendido.

f) Estarão sujeitos à retenção, se contratados mediante cessão de mão-de-obra


ou empreitada, os serviços de: (art. 117).

I - limpeza, conservação ou zeladoria, que se constituam em varrição, lavagem,


enceramento ou em outros serviços destinados a manter a higiene, o asseio ou a
conservação de praias, jardins, rodovias, monumentos, edificações, instalações,
dependências, logradouros, vias públicas, pátios ou de áreas de uso comum;

II - vigilância ou segurança, que tenham por finalidade a garantia da integridade


física de pessoas ou a preservação de bens patrimoniais.

Marcelo Pinho – Contador e Consultor Tributário


Retenção de Tributos Federais e
Legislação do PIS e COFINS 21

III - Construção civil, que envolvam a construção, a demolição, a reforma ou o


acréscimo de edificações ou de qualquer benfeitoria agregada ao solo ou ao subsolo
ou obras complementares que se integrem a esse conjunto, tais como a reparação
de jardins ou passeios, a colocação de grades ou de instrumentos de recreação, de
urbanização ou de sinalização de rodovias ou de vias públicas.

IV - natureza rural, que se constituam em desmatamento, lenhamento, aração ou


gradeamento, capina, colocação ou reparação de cercas, irrigação, adubação,
controle de pragas ou de ervas daninhas, plantio, colheita, lavagem, limpeza,
manejo de animais, tosquia, inseminação, castração, marcação, ordenhamento e
embalagem ou extração de produtos de origem animal ou vegetal;

V - digitação, que compreendam a inserção de dados em meio informatizado por


operação de teclados ou de similares;

VI - preparação de dados para processamento, executados com vistas a viabilizar ou


a facilitar o processamento de informações, tais como o escaneamento manual ou a
leitura ótica.

Parágrafo único. Os serviços de vigilância ou segurança prestados por meio de


monitoramento eletrônico não estão sujeitos à retenção.

Art. 118. Estarão sujeitos à retenção, se contratados mediante cessão de mão-de-


obra, observado o disposto no art. 149, os serviços de:

I - acabamento, que envolvam a conclusão, o preparo final ou a incorporação das


últimas partes ou dos componentes de produtos, para o fim de colocá-los em
condição de uso;

II - embalagem, relacionados com o preparo de produtos ou de mercadorias visando


à preservação ou à conservação de suas características para transporte ou guarda;

III - acondicionamento, compreendendo os serviços envolvidos no processo de


colocação ordenada dos produtos quando do seu armazenamento ou transporte, a
exemplo de sua colocação em paletes, empilhamento, amarração, dentre outros;

IV - cobrança, que objetivem o recebimento de quaisquer valores devidos à empresa


contratante, ainda que executados periodicamente;

V - coleta ou reciclagem de lixo ou de resíduos, que envolvam a busca, o transporte,


a separação, o tratamento ou a transformação de materiais inservíveis ou
resultantes de processos produtivos, exceto quando realizados com a utilização de
equipamentos tipo contêineres ou caçambas estacionárias;

VI - copa, que envolvam a preparação, o manuseio e a distribuição de todo ou de


qualquer produto alimentício;

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Retenção de Tributos Federais e
Legislação do PIS e COFINS 22

VII - hotelaria, que concorram para o atendimento ao hóspede em hotel, pousada,


paciente em hospital, clínica ou em outros estabelecimentos do gênero;

VIII - corte ou ligação de serviços públicos, que tenham como objetivo a interrupção
ou a conexão do fornecimento de água, de esgoto, de energia elétrica, de gás ou de
telecomunicações;
IX - distribuição, que se constituam em entrega, em locais predeterminados, ainda
que em via pública, de bebidas, de alimentos, de discos, de panfletos, de periódicos,
de jornais, de revistas ou de amostras, dentre outros produtos, mesmo que
distribuídos no mesmo período a vários contratantes;

X - treinamento e ensino, assim considerados como o conjunto de serviços


envolvidos na transmissão de conhecimentos para a instrução ou para a capacitação
de pessoas;

XI - entrega de contas e de documentos, que tenham como finalidade fazer chegar


ao destinatário documentos diversos tais como, conta de água, conta de energia
elétrica, conta de telefone, boleto de cobrança, cartão de crédito, mala direta ou
similares;

XII - ligação de medidores, que tenham por objeto a instalação de equipamentos


destinados a aferir o consumo ou a utilização de determinado produto ou serviço;

XIII - leitura de medidores, aqueles executados, periodicamente, para a coleta das


informações aferidas por esses equipamentos, tais como a velocidade (radar), o
consumo de água, de gás ou de energia elétrica;

XIV - manutenção de instalações, de máquinas ou de equipamentos, quando


indispensáveis ao seu funcionamento regular e permanente e desde que mantida
equipe à disposição da contratante;

XV - montagem, que envolvam a reunião sistemática, conforme disposição


predeterminada em processo industrial ou artesanal, das peças de um dispositivo,
de um mecanismo ou de qualquer objeto, de modo que possa funcionar ou atingir o
fim a que se destina;

XVI - operação de máquinas, de equipamentos e de veículos relacionados com a


sua movimentação ou funcionamento, envolvendo serviços do tipo manobra de
veículo, operação de guindaste, painel eletroeletrônico, trator, colheitadeira, moenda,
empilhadeira ou caminhão fora-de-estrada;

XVII - operação de pedágio ou de terminal de transporte, que envolvam a


manutenção, a conservação, a limpeza ou o aparelhamento de terminal de
passageiros terrestre, aéreo ou aquático, de rodovia, de via pública, e que envolvam
serviços prestados diretamente aos usuários;

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Retenção de Tributos Federais e
Legislação do PIS e COFINS 23

XVIII - operação de transporte de passageiros, inclusive nos casos de concessão ou


de subconcessão, envolvendo o deslocamento de pessoas por meio terrestre,
aquático ou aéreo;

XIX - portaria, recepção ou ascensorista, realizados com vistas ao ordenamento ou


ao controle do trânsito de pessoas em locais de acesso público ou à distribuição de
encomendas ou de documentos;
XX - recepção, triagem ou movimentação, relacionados ao recebimento, à
contagem, à conferência, à seleção ou ao remanejamento de materiais;

XXI - promoção de vendas ou de eventos, que tenham por finalidade colocar em


evidência as qualidades de produtos ou a realização de shows, de feiras, de
convenções, de rodeios, de festas ou de jogos;

XXII - secretaria e expediente, quando relacionados com o desempenho de rotinas


administrativas;

XXIII - saúde, quando prestados por empresas da área da saúde e direcionados ao


atendimento de pacientes, tendo em vista avaliar, recuperar, manter ou melhorar o
estado físico, mental ou emocional desses pacientes;

XXIV - telefonia ou de telemarketing, que envolvam a operação de centrais ou de


aparelhos telefônicos ou de teleatendimento.
Art. 119. É exaustiva a relação dos serviços sujeitos à retenção, constante dos arts.
117 e 118, conforme disposto no § 2º do art. 219 do RPS.

Parágrafo único. A pormenorização das tarefas compreendidas em cada um dos


serviços, constantes nos incisos dos arts. 117 e 118, é exemplificativa
g) A contratante fica dispensada de efetuar a retenção e a contratada de
registrar o destaque da retenção na nota fiscal, na fatura ou no recibo, quando:

I - o valor correspondente a onze por cento dos serviços contidos em cada nota
fiscal, fatura ou recibo de prestação de serviços for inferior ao limite mínimo
estabelecido pelo Regulamento da Previdência para recolhimento em documento de
arrecadação;

II - a contratada não possuir empregados, o serviço for prestado pessoalmente pelo


titular ou sócio e o seu faturamento do mês anterior for igual ou inferior a duas vezes
o limite máximo do salário de contribuição, cumulativamente;

III - a contratação envolver somente serviços profissionais relativos ao exercício de


profissão regulamentada por legislação federal, ou serviços de treinamento e ensino
definidos no inciso X do art. 146, desde que prestados pessoalmente pelos sócios,
sem o concurso de empregados ou outros contribuintes individuais.

Para comprovação dos requisitos previstos no inciso II a contratada apresentará à


tomadora declaração assinada por seu representante legal, sob as penas da lei, de

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Retenção de Tributos Federais e
Legislação do PIS e COFINS 24

que não possui empregados e o seu faturamento no mês anterior foi igual ou inferior
a duas vezes o limite máximo do salário de contribuição.

Para comprovação dos requisitos previstos no inciso III, a contratada apresentará à


tomadora declaração assinada por seu representante legal, sob as penas da lei, de
que o serviço foi prestado por sócio da empresa, no exercício de profissão
regulamentada, ou, se for o caso, profissional da área de treinamento e ensino, e
sem o concurso de empregados ou contribuintes individuais ou consignará o fato na
nota fiscal, na fatura ou no recibo de prestação de serviços.

§ 3º Para fins do disposto no inciso III do caput, são serviços profissionais


regulamentados pela legislação federal, dentre outros, os prestados por
administradores, advogados, aeronautas, aeroviários, agenciadores de propaganda,
agrônomos, arquitetos, arquivistas, assistentes sociais, atuários, auxiliares de
laboratório, bibliotecários, biólogos, biomédicos, cirurgiões dentistas, contabilistas,
economistas domésticos, economistas, enfermeiros, engenheiros, estatísticos,
farmacêuticos, fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais, fonoaudiólogos, geógrafos,
geólogos, guias de turismo, jornalistas profissionais, leiloeiros rurais, leiloeiros,
massagistas, médicos, meteorologistas, nutricionistas, psicólogos, publicitários,
químicos, radialistas, secretárias, taquígrafos, técnicos de arquivos, técnicos em
biblioteconomia, técnicos em radiologia e tecnólogos.

4.1.2) Base de Cálculo da Retenção

Os valores de materiais ou de equipamentos, próprios ou de terceiros, exceto os


equipamentos manuais, fornecidos pela contratada, discriminados no contrato e na
nota fiscal, na fatura ou no recibo de prestação de serviços, não integram a base de
cálculo da retenção, desde que comprovados.

O valor do material fornecido ao contratante ou o de locação de equipamento de


terceiros, utilizado na execução do serviço, não poderá ser superior ao valor de
aquisição ou de locação para fins de apuração da base de cálculo da retenção.

Para os fins do § 1º, a contratada manterá em seu poder, para apresentar à


fiscalização da Previdência, os documentos fiscais de aquisição do material ou o
contrato de locação de equipamentos, conforme o caso, relativos ao material ou
equipamentos cujos valores foram discriminados na nota fiscal, fatura ou recibo de
prestação de serviços.

Considera-se discriminação no contrato os valores nele consignados, relativos ao


material ou equipamentos, ou os previstos em planilha à parte, desde que esta seja
parte integrante do contrato mediante cláusula nele expressa

Os valores de materiais ou de equipamentos, próprios ou de terceiros, exceto os


equipamentos manuais, cujo fornecimento esteja previsto em contrato, sem a
respectiva discriminação de valores, desde que discriminados na nota fiscal, na

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Retenção de Tributos Federais e
Legislação do PIS e COFINS 25

fatura ou no recibo de prestação de serviços, não integram a base de cálculo da


retenção, devendo o valor desta corresponder no mínimo a:

I - cinqüenta por cento do valor bruto da nota fiscal, da fatura ou do recibo de


prestação de serviços;

II - trinta por cento do valor bruto da nota fiscal, da fatura ou do recibo de prestação
de serviços para os serviços de transporte passageiros, cujas despesas de
combustível e de manutenção dos veículos corram por conta da contratada;

III - sessenta e cinco por cento quando se referir à limpeza hospitalar e oitenta por
cento quando se referir aos demais tipos de limpezas, do valor bruto da nota fiscal,
fatura ou recibo de prestação de serviços.

Se a utilização de equipamento for inerente à execução dos serviços contratados,


desde que haja a discriminação de valores na nota fiscal, da fatura ou do recibo de
prestação de serviços,:

I – E o seu fornecimento e os respectivos valores constarem em contrato (aplica-se


art 121);

II – Não havendo discriminação de valores em contrato, independentemente da


previsão contratual do fornecimento de equipamento, a base de cálculo da retenção,
corresponderá, no mínimo, para a prestação de serviços em geral, a cinqüenta por
cento do valor bruto da nota fiscal, da fatura ou do recibo de prestação de serviços,
e no caso de prestação de serviços na área da construção civil, aos percentuais
abaixo relacionados;

a) dez por cento para pavimentação ásfaltica;


b) quinze por cento para terraplenagem, aterro sanitário e
dragagem;
c) quarenta e cinco por cento para obras de arte (pontes ou viadutos);
d) cinqüenta por cento para drenagem
e) trinta e cinco por cento para os demais serviços realizados com a
utilização de equipamentos, exceto os manuais.
Quando na mesma nota fiscal, fatura ou recibo de prestação de serviços constar à
execução de mais de um dos serviços referidos nos incisos I a V, cujos valores não
constem individualmente discriminados na nota fiscal, na fatura, ou no recibo, deverá
ser aplicado o percentual correspondente a cada tipo de serviço, conforme disposto
em contrato, ou o percentual maior, se o contrato não permitir identificar o valor de
cada serviço.

Art. 123. Não existindo previsão contratual de fornecimento de material ou de


utilização de equipamento, e o uso desse equipamento não for inerente ao serviço,
mesmo havendo discriminação de valores na nota fiscal, na fatura ou no recibo de
prestação de serviços, a base de cálculo da retenção será o valor bruto da nota
fiscal, da fatura ou do recibo de prestação de serviços, exceto no caso do serviço de

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Retenção de Tributos Federais e
Legislação do PIS e COFINS 26

transporte de passageiros, para o qual a base de cálculo da retenção corresponderá,


no mínimo, à prevista no inciso II do art. 122. (Redação dada pela Instrução
Normativa RFB nº 1.027, de 20 de abril de 2010)

Na falta de discriminação de valores na nota fiscal, na fatura ou no recibo de


prestação de serviços, a base de cálculo da retenção será o seu valor bruto, ainda
que exista previsão contratual para o fornecimento de material ou utilização de
equipamento, com ou sem discriminação de valores em contrato.

4.1.3) Deduções de base de Cálculo

Poderão ser deduzidas da base de cálculo da retenção as parcelas que estiverem


discriminadas na nota fiscal, na fatura ou no recibo de prestação de serviços, que
correspondam:

I – ao custo da alimentação in natura fornecida pela contratada, de acordo com os


programas de alimentação aprovados pelo Ministério do trabalho e Emprego – MTE;

II – ao fornecimento de vale-transporte de conformidade com a legislação própria.

O valor relativo à taxa de administração ou de agenciamento, ainda que figure


discriminado na nota fiscal, na fatura ou no recibo de prestação de serviços, não
poderá ser objeto de dedução da base de cálculo da retenção, inclusive no caso de
serviços prestados por trabalhadores temporários.

Na hipótese da empresa contratada emitir duas notas fiscais, faturas ou recibos,


relativos ao mesmo serviço, uma contendo o valor correspondente à taxa da
administração ou de agenciamento e a outra o valor da remuneração dos
trabalhadores utilizados na prestação de serviços, a retenção incidirá sobre o valor
de cada uma dessas notas, faturas ou recibos.

4.1.4) Destaque da retenção

Quando da emissão da nota fiscal, da fatura ou do recibo de prestação de serviços,


a contratada deverá destacar o valor da retenção com o título de “RETENÇÃO
PARA A PREVIDÊNCIA SOCIAL”, após a descrição dos serviços prestados.

A falta do destaque do valor da retenção constitui infração ao parágrafo 1º do art. 31


da lei 8.212/91.

Caso haja subcontratação, poderão ser deduzidas do valor da retenção a ser


efetuada pela contratante os valores retidos da subcontratadas e comprovadamente
recolhidas pela contratada, desde que todos os documentos envolvidos se refiram à
mesma competência e ao mesmo serviço.

A contratada deverá destacar na nota fiscal, na fatura ou no recibo de prestação de


serviços as retenções da seguinte forma:

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Retenção de Tributos Federais e
Legislação do PIS e COFINS 27

I – retenção para a Previdência Social. Informar o valor correspondente a onze por


cento do valor bruto dos serviços;

II – dedução de valores retidos de subcontratados: informar o valor total


correspondente aos valores retidos e recolhidos relativos aos serviços
subcontratados;

III – valor retido para a Previdência Social: informar o valor correspondente à


diferença entre a retenção, apurada na forma do inciso I, e a dedução efetuada
conforme previsto no inciso II, que indicará o valor a ser retido efetivamente retido
pela contratante.

A contratada, juntamente com sua nota fiscal, fatura ou recibo de prestação de


serviços deverá encaminhar à contratante cópia:

a) das notas fiscais, das faturas ou dos recibos da prestação de serviços das
subcontratadas com o destaque da retenção;
b) dos comprovantes de arrecadação dos valores retidos das subcontratadas;
c) das GFIP´s elaboradas pelas subcontratadas, onde conste no campo
CNPJ/CEI do tomador/obra, o CNPJ da contratada ou a matrícula CEI da
obra e, no campo denominação social do tomador/obra, a denominação
social da empresa contratada.

4.2) Recolhimento do valor retido

A importância retida deverá ser recolhida pela empresa contratante até o dia vinte do
mês seguinte ao da emissão da nota fiscal, da fatura ou do recibo de prestação de
serviços, antecipando-se este prazo para o primeiro dia útil imediatamente anterior
quando não houver expediente bancário neste dia informando no campo
identificador do documento de arrecadação, o CNPJ do estabelecimento da empresa
contratada e, no campo nome ou denominação social, a denominação social desta,
seguida da denominação social da empresa contratante.

A falta de recolhimento, no prazo legal, das importâncias retidas configura, em tese,


crime contra a Previdência Social previsto no art. 168-A do Código Penal.

A empresa contratada poderá consolidar, num único documento de arrecadação, por


competência e por estabelecimento, as contribuições incidentes sobre a
remuneração de todos os segurados envolvidos na prestação de serviços e dos
segurados alocados no setor administrativo, compensando os valores retidos com as
contribuições devidas à Previdência Social pelo estabelecimento.

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Retenção de Tributos Federais e
Legislação do PIS e COFINS 28

4.3) Obrigações da empresa contratada

Elaborar folhas de pagamento distintas e o respectivo resumo geral, para cada


estabelecimento ou obra de construção civil da empresa contratante, relacionando
todos os segurados alocados na prestação de serviços;

GFIP com as informações relativas aos tomadores de serviços, para cada


estabelecimento da empresa contratante ou cada obra de construção civil, utilizando
o código de recolhimento próprio da atividade.

Elaborar demonstrativo mensal por contratante e por contrato, assinado pelo


representante legal contendo:

 denominação social e o CNPJ da contratante ou matrícula CEI da obra de


construção civil
 número e a data de emissão da nota fiscal, fatura ou recibo de prestação de
serviços o valor bruto, o valor retido e o valor liquido recebido relativo à nota
fiscal, fatura ou recibo de prestação de serviços
 totalização dos valores e sua consolidação por obra de construção civil ou por
estabelecimento da contratante.

A contratada, legalmente obrigada a manter escrituração contábil formalizada, está


obrigada a registrar, mensalmente, em contas individualizadas, todos os fatos
geradores de contribuições sociais, inclusive a retenção sobre o valor da prestação
de serviços.

O lançamento da retenção na escrituração contábil deverá discriminar:

a) o valor bruto dos serviços;


b) o valor da retenção;
c) o valor líquido a receber

4.4) Obrigação da empresa contratante

A empresa contratante fica obrigada a manter em arquivo, por empresa contratada,


em ordem cronológica, até que ocorra prescrição, as correspondentes notas fiscais,
faturas ou recibos de prestação de serviços e cópia das GFIP.
A contratante, legalmente obrigada a manter escrituração contábil formalizada, está
obrigada a registrar, mensalmente, em contas individualizadas, todos os fatos
geradores de contribuições sociais, inclusive a retenção sobre o valor dos serviços
contratados.
O lançamento da retenção na escrituração contábil deverá discriminar:

I - o valor bruto dos serviços;


II - o valor da retenção;
III - o valor líquido a pagar.

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Retenção de Tributos Federais e
Legislação do PIS e COFINS 29

Parágrafo único. Na contabilidade em que houver lançamento pela soma total das
notas fiscais, faturas ou recibos de prestação de serviços e pela soma total da
retenção, por mês, por contratada, a empresa contratante deverá manter em
registros auxiliares a discriminação desses valores, individualizados por contratada.

A empresa contratante, legalmente dispensada da apresentação da escrituração


contábil, deverá elaborar demonstrativo mensal, assinado pelo seu representante
legal, relativo a cada contrato, contendo as seguintes informações:

I – a denominação social e o CNPJ da contratada;

II – o número e a data da emissão da nota fiscal, fatura ou recibo de prestação de


serviços;

III – o valor bruto, a retenção e o valor liquido pago relativo à nota fiscal, fatura ou
recibo de prestação de serviços;

IV – a totalização dos valores e sua consolidação por obra de construção civil e por
estabelecimento da contratada.

4.5) Retenção na construção civil:

Não se sujeita à retenção, a prestação de serviços de: (art. 143)

I - administração, fiscalização, supervisão ou gerenciamento de obras;

II - assessoria ou consultoria técnicas;

III - controle de qualidade de materiais;

IV - fornecimento de concreto usinado, de massa asfáltica ou de argamassa usinada


ou preparada;

V - jateamento ou hidrojateamento;

VI – Locação de caçamba

Parágrafo único. Quando na prestação dos serviços relacionados nos incisos XII e
XIII do caput, houver emissão de nota fiscal, fatura ou recibo de prestação de
serviços relativa à mão-de-obra utilizada na instalação do material ou do
equipamento vendido, os valores desses serviços integrarão a base de cálculo da
retenção.

Caso haja, para a mesma obra, contratação de serviço relacionado no art. 143 e,
simultaneamente, o fornecimento de mão-de-obra para execução de outro serviço
sujeito à retenção, aplicar-se-á a retenção apenas a este serviço, desde que os

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Retenção de Tributos Federais e
Legislação do PIS e COFINS 30

valores estejam discriminados na nota fiscal, na fatura ou no recibo de prestação de


serviços.

Parágrafo único. Não havendo discriminação na nota fiscal, na fatura ou no recibo


de prestação de serviços, aplicar-se-á a retenção a todos os serviços contratados.

4.6) Condições Especiais para a retenção na Prestação de Serviços

Quando a atividade dos segurados na empresa contratante for exercida em


condições especiais que prejudiquem a saúde ou integridade física destes, de forma
a possibilitar a concessão de aposentadoria especial após 15, 20 ou 25 anos de
trabalho, o percentual de retenção aplicado sobre o valor dos serviços prestados por
estes segurados deve ser acrescido de 4, 3 ou 2 pontos percentuais,
respectivamente, perfazendo o total de 15, 14 ou 13 pontos percentuais. Tal
resolução vige desde 01/04/03.

Quando não houver possibilidade de identificar o número de trabalhadores


envolvidos e não envolvidos nas atividades exercidas em condições especiais, o
acréscimo incidirá sobre o total dos serviços contido em nota fiscal, fatura ou recibo
de prestação de serviços, no percentual correspondente à atividade especial.

A empresa que contratar os serviços de cooperativa de trabalho terá de contribuir


para o INSS com 15% sobre o valor bruto da nota fiscal ou fatura de prestação de
serviços, relativamente a serviços prestados por cooperados. Vale lembrar que o
valor não é retido pela empresa contratante e sim recolhido por esta, visto que
não haverá gastos nesse caso para as cooperativas. Contudo, deve-se observar que
uma cooperativa ao contratar serviços mediante intermediação de outra cooperativa
de trabalho, terá de contribuir com 15% incidente sobre o valor bruto da nota fiscal,
fatura ou recibo de prestação de serviços.

A cooperativa de trabalho que for contratante de serviços mediante cessão de mão-


de-obra ou empreitada, estará obrigada a efetuar a retenção de 11% sobre o valor
da nota fiscal, fatura ou recibo de prestação de serviços e ao recolhimento do valor
retido em nome da empresa contratada.

Quando a empresa tomadora de serviço de cooperados intermediados por


cooperativas de trabalho, exercer atividade que venha a prejudicar a saúde ou a
integridade física do prestador de serviço, para possibilitar a concessão de
aposentadoria especial, fica sujeita a retenção na fonte acrescidas de percentuais
adicional de 9%, 7% ou 5%, perfazendo um total de 24%, 22% ou 20%.

REFERÊNCIAS

Cardoso, Ana Lucia F.C; Dias, Denise Feres. Retenção na Fonte, Rio de janeiro:
COAD, 2006.

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Retenção de Tributos Federais e
Legislação do PIS e COFINS 31

Pegas, Paulo Henrique. Manual de Contabilidade Tributária. 5 ed. Rio de Janeiro;


Freitas bastos, 2007.

Principais Sites:

WWW. Previdenciasocial.gov.br

WWW. Receita.fazenda.gov.br

WWW. Planalto. gov.br

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