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NUTRICIONAL PARA OS
DISTÚRBIOS DO TGI ALTO
E BAIXO
JAQUELINE DE F.
MIGON
Nutricionista concursada
da Marinha do Brasil
Especialista em Nutrição
Clínica pela Faculdade
São Camilo
Mestranda em Nutrição
Humana pelo Instituto de
Nutrição da UFRJ
DISTÚRBIOS DO TGI ALTO
ESÔFAGO
• ESOFAGITE
• HÉRNIA DE HIATO
• CÂNCER DA CAVIDADE ORAL E
DO ESÔFAGO
ESÔFAGO
• Funciona como um único tecido
durante a deglutição
• Quando o bolo alimentar é
movimentado voluntariamente da
boca para a faringe, ocorre o
relaxamento do enfíncter superior,o
alimento desloca-se para dentro do
esôfago e o esfíncter esofagiano
inferior relaxa para receber o bolo
alimentar através do esôfago para o
estômago
• Distúrbios são provocados:
obstrução, inflamação ou alteração
ESOFAGITE
Fisiopatologia
• Resultante do RGE sobre a mucosa do esôfago
inferior
• Sintoma comum associado a esta inflamação é a
azia- dor em queimação na região epigástrica e
subesternal
• Outros sintomas: regurgitação e a disfagia
• Gravidade irá depender : composição, frequência,
volume do refluxo ; resistência da mucosa; taxa
de esvaziamento do esôfago e tempo do
esvaziamento gástrico
• IMPORTANTE: competência do EEI- tabagismo,
relaxantes de musculatura lisa, gestação,
anticoncepcionais orais com progesterona,
segunda fase do ciclo menstrual normal , uso de
aspirina e de antiinflamatórios não-hormonais
ESOFAGITE
Causas
• AGUDA • CRÔNICA
– Hérnia de hiato
– Infecção viral – Aumento da
pressão intra-
– Ingestão de abdominal
substâncias – Vômitos recorrentes
irritantes – Redução da pressão
– Uso de sonda no EEI
– Esvaziamento
gástrico demorado
ULCERAÇÕES,
CICATRIZAÇÕES, ESTENOSE,
DISFAGIA
TRATAMENTOS
1)MODIFICAÇÃO
COMPORTAMENTAL
2)CUIDADOS NUTRICIONAIS
3)MANEJO CLÍNICO /
CIRÚRGICO
MODIFICAÇÃO
COMPORTAMENTAL
• Evitar ficar deitado após as refeições
• Evitar fazer as refeições até 3 horas
antes de dormir
• Evitar usar roupas apertadas
• Evitar o tabagismo
• Perda de peso ( o emagrecimento
não reduz os sintomas de refluxo)
CUIDADOS
NUTRICIONAIS
• OBJETIVOS:
– Prevenir a dor e irritação da mucosa
esofágica inflamada durante a fase aguda
• Dieta líquida
• Evitar alimentos que possam obstruir o
esôfago ou causar a perfuração ( ex.
biscoitos tipo chips, biscoitos crocantes e
alimentos com casca )
• Evitar alimentos de pH ácido como sucos
cítricos, tomates, refrigerantes
• Evitar condimentos apimentados: pimentas,
industrializados
CUIDADOS
NUTRICIONAIS
• OBJETIVOS:
– Prevenir o refluxo esofágico
– REPERCUSSÃO NUTRICIONAL
• Diarréia
– Devido ao aumento da atividade intestinal
– Intolerância digestivas: gprdurass. Carboidratos
simples como sacarose , lactose e dextrose
– Indicado o uso de fibras
• pela ação das enzimas digestivas
– Sintomas: plenitude intestinal e náuseas dentro de 10
a 20 minutos após a refeição, rubor em face,
taquicardia, sensação de desmaio , sudorese e uma
necessidade intesnsa de sentar-se ou deitar-se , após
3 horas pode ocorrer uma hipoglicemia reacional
( hipoglicemia alimentar) – ansiedade, fraquez,a,
tremoreds, sensação de fome
• Osteoporose e anemia: cirurgia aumenta o pH ,
dificultando a conversão do ferro para a forma ativa, o
duodeno é um ótimol local para a absorção do ferro e
cálcio e a cirurgia gástrica cria uma rota que se desvia do
DISTÚRBIOS DO TGI BAIXO
SINTOMAS COMUNS DE
DISFUNÇÃO INTESTINAL
• GASES INTESTINAIS E
FLATULÊNCIA
• CONSTIPAÇÃO
• DIARRÉIA
• ESTEATORRÉIA
• ENTERITE POR RADIAÇÃO
• GASTROENTERITE EOSINÓFILA
GASES INTESTINAIS E
FLATULÊNCIA
• FISIOPATOLOGIA
– Gases intestinais incluem: N2,O2,CO2, H2e CH4
( metano)
– 200 ml de gás estão presentes , com excreção média de
700 ml
– Sofre grande variação de volume e excreção
– Vias: engolir, trocas entre o TGI e o sangue, produção
dentro do TGI
– Eliminação: respiração, eructação ( arroto) ou passados
retalmente
– Sintomas: distensão abdominal, cólica
– CAUSAS: inatividade física, motilidade GI diminuída,
aerofagia, dieta e distúrbios GIs, flora bacteriana,
consumo de fibras, intolerância à lactose, consumo de
álcool, áçúcares simples, frutose
– FORMAS DE EVITAR: comer lentamente, mastigar com
a boca fechada, privar-se de beber através de
canudinhos, evitar alimentos flatulentos
– ALIMENTOS: Leguminosas, açúcares simples, doces,
CONSTIPAÇÃO
• FISIOPATOLOGIA
– DEFINIÇÃO: altamente subjetiva. Inclui fezes
duras, evacuação incompleta, esforço para
defecar e movimentos intestinais não
frequentes ou menos que 3 fezes por semana
são eliminadas enquanto uma pessoa está
consumindo uma dieta de alto teor de resíduo
ou mais de 3 dias se passam sem passagem de
fezes ou o peso de fezes eliminadas em 1 dia
totaliza menos que 35 g
– Peso normal das fezes é aproximadamente 100
a 200 g /dia e a frequência normal pode variar
de uma defecação a cada 3 dias a 3 vezes por
dia. Tempo de trânsito normal varia de cerca
CONSTIPAÇÃO
• FISIOPATOLOGIA
– CAUSAS SISTÊMICAS:
• Uso crônico de laxantes
• Anormalidades metabólicas e endócrinas
como hipotireoidismo, uremia e
hipercalcemia
• Ausência de exercício
• Ignorar o estímulo de defecar
• Doença vascular do intestino grosso
• Doença neuromuscular sistêmica que leva á
deficiência dos músculos voluntários
• Dieta precária, pobre em fibras
CONSTIPAÇÃO
• FISIOPATOLOGIA
– CAUSAS GASTROINTESTINAIS:
• Doenças da parte superior do TGI
– Doença celíaca
– Úlcera duodenal
– Câncer gástrico
– Fibrose cística
• Doenças do intestino grosso resultando em:
– Falha de propulsão por todo o cólon ( inércia
colônica)
– Falha de passagem através das estruturas
anorretais ( obstrução da saída)
• Síndrome do intestino irritável
• Fissuras anais ou hemorróidas
CONSTIPAÇÃO
• TRATAMENTO
– Inclui a fibra dietética adequada
– Ingestão aumentada de líquidos
– Exercício físico na rotina diária pessoal
– Atenção ao estímulo de defecar
– Retirada de laxantes
– Tratamento da doença de base com uso
de medicamentos específicos
CONSTIPAÇÃO
• CUIDADO NUTRICIONAL
– Fornecimento de uma dieta normal rica
em fibras solúveis e insolúveis
( diferença entre fibra solúvel e
insolúvel)
– Dieta com 25 g de fibras/dia: frutas ,
vegetais, cereais integrais
– Aumento da ingestão hídrica
– LAXANTES: óleo mineral após as
refeições interfere com o a absorção de
caroteno e vits lipossolúveis A, D e K
DIARRÉIA
• FISIOPATOLOGIA
– A diarréia é caracterizada pela
evacuação frequente de fezes líquidas ,
acompanhadas de uma perda excessiva
de líquidos e eletrólitos, principalmente
sódio e potássio
– Causas:
• Trânsito excessivamente rápido dos
conteúdos intestinais através do intestino
delgado
• Digestão enzimática diminuída de alimentos
• Absorção diminuída de líquidos e nutrientes
DIARRÉIA
• TIPOS DE DIARRÉIA
– DIARRÉIAS OSMÓTICAS:
• Causadas pela presença no trato intestinal de
solutos osmoticamente ativos que são pouco
absorvidos
• Ex. diarréias que acompanham a síndrome do
esvaziamento rápido e após a ingestão de
lactose na presença de uma deficiência de
lactase
– DIARRÉIAS SECRETÓRIAS:
• Resultado da secreção ativa de eletrólitos e
água pelo epitélio intestinal
• Causadas por exotoxinas bacterianas, vírus,
secreção de hormônio intestinal aumentada
• Não são aliviadas pelo jejum
DIARRÉIA
• TIPOS DE DIARRÉIA
– EXSUDATIVAS:
• Estão sempre associadas à lesão na mucosa, o
que leva ao extravasamento de muco, sangue e
proteínas plasmáticas com um acúmulo de
líquido de eltrólitos e água no intestino
• As diarréias associadas à colite ulcerática
crônica e enterite por radiação são exemplos
– DIARRÉIAS DE CONTATO MUCOSO
LIMITADO:
• Resultam de condições de mistura de quimo e
exposição deste ao epitélio intestinal
inadequadas, normalmente devido à destruição
ou diminuição na mucosa , ex. dç de Chron ou
após ressecção intestinal extensa
• Normalmente complicado pela esteatorréia e
pelas concentrações luminais reduzidas de sais
DIARRÉIA
– CUIDADO NUTRICIONAL
• Como a diarréia é um sintoma, o objetivo do
tratamento é remover a causa- tratamento
clínico
• 2ª etapa: reposição de líquidos e eletrólitos
• 3ª etapa: nutricional
– Aumento da ingestão de fibras
– Quando cessa a diarréia e ocorre a tolerância
alimentar, as quantidades devem ser aumentadas
gradativamente. Primeiro alimentos fontes em
amido ( batata, arroz, cereais simples...) e
seguidos por alimentos proteicos
– Álcoois, açúcares, lactose, frutose e sacarose
devem ser evitados
– Formulação da dieta se houver necessidade
– Restrição de gorduras
ESTEATORRÉIA
– FISIOPATOLOGIA
•Consequência da má absorção na
qual a gordura não absorvida
permanece nas fezes
•Até 60 g de gordura podem ser
perdidos com esta condição
•DIAGNÓSTICO: fezes de 72 horas são
coletadas e analisadas quanto à
gordura e ao mesmo tempo a
ingestão dietética é registrada.
ESTEATORRÉIA
– CAUSAS
• Insuficiência biliar secundária à
hepatopatia, obstrução biliar, síndrome da
alça cega ou ressecção ileal
• Insuficiência pancreática
• Falha de absorção normal devido a dano na
mucosa como na doença celíaca e doença
de chron e após terapia de radiação GI
• Reesterificação de gordura diminuída ,
formação e transporte diminuídos de
quilomícrons como ocorre na
abetalipoproteinemia e linfangiectasia
intestinal
ESTEATORRÉIA
– CUIDADO NUTRICIONAL
•Sintoma e não uma doença, deve-se
tratar a causa de má absorção
•Aumento da ingestão calórica pela
perda de peso
•Aumento na ingestão de proteínas e
carboidratos
•Adição de gordura segundo a
tolerância
•Suplementação de vitaminas e
minerais com ênfase nas vitaminas
lipossolúveis e minerais como cálcio,
ESTEATORRÉIA
– CUIDADO NUTRICIONAL
•TCM- A ingestão inadequada de
calorias pode ser aliviada pelo uso de
TCM
•Feitas de AGs que possuem de 8 a 10
átomos de carbono ( 16 a 18 da
maioria)
•São hidrolisados rapidamente,
necessitam de pequena qtdd de lipase
intestinal disponível ao invés da
lipase pancreática, produtos de
hidrólise são facilmente dispersos e
absorvidos na ausência de ácidos
ENTERITE POR RADIAÇÃO
– FISIOPATOLOGIA
• A radiação abdominal e pélvica utilizada no
tratamento paliativo de vários tumores
podem provocar morbidade GI
• O íleo e o jejuno são os mais suscetíveis,
ocorre lesão da mucosa
• Durante a radiação: náuseas, vômitos,
cólicas abdominais, diarréia, má absorção
de água , gorduras, sais biliares,
carboidratos, cálcio , magnésio, ferro e B12
– desaparece algumas semanas após
radioterapia
• FATORES DE RISCO QUE PREDISPÕEM À
LESÃO: cirurgia abdominal, desnutrição,
HAS, diabetes mellitus e doença inflamatória
ENTERITE POR RADIAÇÃO
– CUIDADO NUTRICIONAL
•ENTERITE POR RADIAÇÃO AGUDA:
– Visa controlar a diarréia e prevenir a
perda de peso
– Dieta pobre em lactose
– Pobre em gordura , pois a disfunção ileal
e def.enzimáticas transitórias na borda
em escova são muito prevalentes
– Fórmulas mais hidrolisadas
•ENTERITE POR RADIAÇÃO
CRÔNICA:
– Corrigir o estado nutricional , corrigir as
deficiências nutricionais e controlar a
diarréia
GASTROENTERITE
EOSINOFÍLICA
– FISIOPATOLOGIA
• Espectro de distúrbios caracterizados por
sintomas gastrointestinais relacionados ao
alimento, eosinofilia periférica e infiltrado
eosinofílico do TGI
• Causa é desconhecida, provavelmente uma
base alérgica ( associado a asma, dermatite,
eczema, rinite alérgica, bronquite- devido a
IgE aumentada) e infecção parasitária
• SINTOMAS: dores abdominais, perda de
peso, náusea, vômitos, dor abdominal,
ocasional diarréia, 50% dos pacientes tem
distúrbio alérgicos, edema, palidez,
sangramento fecal oculto, retardo no
crescimento de crianças, lesões no antro
GASTROENTERITE
EOSINOFÍLICA
– CUIDADO NUTRICIONAL
•Na ausência de um agente suspeito ,
o primeiro passo é eliminar o agente
agressivo suspeito ou eliminação
sequencial: leite, ovos, carne suína,
de vaca e glúten
•Atenção aos corticosteróides
AMILOIDOSE
– FISIOPATOLOGIA
•É um complexo patológico
multissistêmico caracterizado por
deposição extracelular de amilóide
•Amilóide consiste de fibrilas de
glicoproteínas agregadas e lineares
arranjadas em lâminas beta-pregueadas
•O amilóide está classificado em dois
grupos:
– Amiloidose primária: não associado a
nenhuma doença prévia
– Amiloidose secundára: associado à
infecções crônicas ( osteomielite,
AMILOIDOSE
– FISIOPATOLOGIA
•No TGI, os vasos sanguíneos são o
primeiro ponto envolvido pela deposição
de amilóide
•A progressão do espessamento de vasos
e da parede e o estreitamento luminal
podem provocar isquemia intestinal e
infarto
•A musculatura lisa gastrointestinal
mostra-se infiltrada , levando a atrofia
por pressão e prejuízo da motilidade
•Pode haver insuficiência vascular por
AMILOIDOSE
– FISIOPATOLOGIA
•SINTOMAS:
– Constipação ou diarréia por neuropatia
autonômica dos nervos intestinais
– Dor abdominal , infarto, perfuração e
sangramentos
– Má absorção
•TRATAMENTO:
– Antibióticos de largo espectro para a
superpopulação bacteriana - alivia a
diarréia , estetorréia e desconjugação de
sais biliares
– Suplementação de vits lipossolúveis
( esteatorréia)
LINFANGIECTASIA
– FISIOPATOLOGIA INTESTINAL
• É uma enteropatia com perda de proteínas
caracterizada pela dilatação dos vasos linfáticos
no intestino delgado ( mucosa e submucosa)
• CAUSA: má formação congênita dos linfáticos e
surge na infância
• MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS:
– Edema
– Diarréia com esteatorréia variável
– Náuseas /Vômitos
– Distensão abdominal
– Ascite
– Retardo no crescimento
– Linfopenia
– Hipoproteinemia
LINFANGIECTASIA
– TRATAMENTO INTESTINAL
•A dieta desempenha papel fundamental
•A produção intestinal de linfa é estimulada
por AGCL na luz intestinal A diminuição da
produção pode reduzir a pressão linfática
local ,promovendo um menor vazamento
de quilo enteral
•Restrição quase completa de gordura –
diminui esteatorréia e diarréia e aumenta a
albumina sérica- com suplemntação de
TCM
•Dieta rica em proteínas
ABETALIPOPROTEINEMIA
– FISIOPATOLOGIA
• É um distúrbio autossômico recessivo raro
caracterizado por:
– Metabolismo lipídico anormal
– Acantocitose ( hemácias pontiagudas ou
espinhosas)
– Retinite pigmentar
– Disfunção neurológica progressiva
• Incapacidade da mucosa intestinal sintetizar
apoproteína B ( apo B)
• A apo B é essencial para a síntese e a integridade
estrutural dos quilomícrons e lipoproteínas VLDL
• Consequência: prejuízo no transporte de gordura
para fora dos enterócitos e má absorção de
ABETALIPOPROTEINEMIA
– FISIOPATOLOGIA
SINTOMAS:
– DIARRÉIA
– ESTEATORRÉIA
– ANOREXIA
– VÔMITO
– RETARDO NO CRESCIMENTO
– INCOORDENAÇÃO E FRAQUEZA MUSCULAR
– QUEIXAS VISUAIS
– CEGUEIRA NOTURNA
– RETARDO NO CRESCIMENTO
– TRATAMENTO
– Suplementação oral com vitaminas lipossolúveis
– Restrição moderada de gordura
– Isento de lactose, sacarose para melhorar a diarréia
– Com a idade a capacidade de absorção de gorduras aumenta
– É recomendado para corrigir a defic. AGE o uso de óleo de
milho
DISTÚRBIOS DO TGI BAIXO
DOENÇAS DO INTESTINO
DELGADO
• DOENÇA CELÍACA
• ESPRUE TROPICAL
• DEFICIÊNCIA DE LACTASE
• DOENÇAS INTESTINAIS
INFLAMATÓRIAS ( DII E dç de Chron)
• AMILOIDOSE
• LINFANGIECTASIA INTESTINAL
• ABETALIPOPROTEINEMIA
• CIRURGIA INTESTINAL ( Ressecção do
intestino delgado)
DOENÇA CELÍACA
Enteropatia sensível ao glúten
ou sprue não tropical
– FISIOPATOLOGIA
• Causada por uma reação à gliadina, o componente
do glúten solúvel em álcool
• O dano na mucosa intestinal resulta em má absorção
potencial ou real de virtualmente todos os nutrientes
• Mecanismo da gliadina- desconhecido . Tem sido
considerado: anticorpos antigliadina, aumento de
produtos de genes HLA Classe II e outros e
envolvimento viral
• Afeta a mucosa das porções proximal e média do
intestino delgado, podendo envolver os segmentos
distais
• Ocorre atrofia e achatamento das vilosidades,
limitando a área disponível para absorção: deficiência
de dissacaridases e peptidases necessárias para a
digestão e também de carreadores necessários para
o transporte de nutrientes para a corrente sanguínea
• Há liberação diminuída de colecistocinase que
DOENÇA CELÍACA
Enteropatia sensível ao glúten
ou sprue não tropical
– FISIOPATOLOGIA
• A gliadina deve ser evitada por toda a vida
• Dependendo da extensão atingida, os pacientes
podem estar sem sintomas ou apresentar
desconforto GI significante, má absorção e
desnutrição.
• SINTOMAS:
– Diarréia ( 10 evacuações)
– Falha de crescimento ( em crianças )
– Vômitos
– Abdome inchado
– Fezes com aparência anormal, odor e quantidade
– Perda de peso
– Fraqueza
– Fadiga
– Anemia
– Doença óssea osteopênica
DOENÇA CELÍACA
Enteropatia sensível ao glúten
ou sprue não tropical
– CUIDADO NUTRICIONAL
• Remoção completa da gliadina- melhora clínica imediata
• Primeiras semanas sem gliadina- dieta deve ser
suplementada com vitaminas ,minerais, proteína extra para
tratar deficiências
• Trigo, aveia , centeio e cevada são excluídos
• Os produtos feitos de milho, batata, arroz , feijão de soja,
tapioca, araruta, amaranto e trigo sarraceno podem ser
substituídos nos produtos alimentares
• Observar os rótulos de produtos
• O risco de doença maligna , especialmente linfoma, é
aumentado e a adesão à dieta sem glúten parece reduzir o
risco
• Dieta com pouca lactose, sacarose
• Atenção à anemia: ferro, folato e B12
• Reposição de líquidos e eletrólitos na diarréia graves
• Adição de cálcio e vitamina D para corrigir a osteoporose
ou oesteomalácia
• Uso de TCM
ESPRUE TROPICAL
– FISIOPATOLOGIA
• É uma síndrome de etiologia desconhecida
que ocorre em áreas tropicais , com exceção
da África.
• Pode ser sequela de uma diarréia infecciosa
aguda com subsequente contaminação do
intestino por bactérias
• A deficiência nutricional pode aumentar a
susceptiblidade a um agente infeccioso, as
alterações na superfície celular são menos
graves que anteriormente
• A mucosa gástrica pode ser atrofiada e
inflamada com secreção diminuída de ácido
ESPRUE TROPICAL
– SINTOMAS
• Diarréia
•Anorexia
•Distensão abdominal
•Deficiências nutricionais: cegueira
noturna, glossite, estomatie, queilose,
palidez, edema, anemia por
deficiência de ferro, ácido fólico e
vitamina B12
ESPRUE TROPICAL
– CUIDADO NUTRICIONAL
• O tratamento envolve a restauração
dos fluidos, eletrólitos e nutrientes
•Terapia com antibióticos
•Administração de folato e B12
DEFICIÊNCIA DE LACTASE
– FISIOPATOLOGIA
• Intolerância à lactose é muito
comum
• Atinge todos os grupos etários
•A lactose que não é hidrolisada em
galactose e glicose permanece no
intestino e atua osmoticamente para
atrair a água para o intestino . As
bactérias colônicas fermentam a
lactose não digerida, gerando AGCC,
dióxido de carbono e gás hidrogênio
•SINTOMAS: inchaço abdominal,
flatulência, cólicas e diarréia
DEFICIÊNCIA DE LACTASE
– FISIOPATOLOGIA
•HIPOLACTASIA: declínio de lactase
do tipo adulto
•CAUSAS: Infecção no intestino
delgado ou destruição das células
mucosas por outras causas, cirurgia
intestinal , desuso prolongado do TGI,
NPT. Retorna lentamente.
DEFICIÊNCIA DE LACTASE
– CUIDADO NUTRICIONAL
– Consumo reduzido de alimentos que
contém lactose ( não ausente): iogurte
com culturas ativas ( resultado de uma
beta galactosidase microbiana na cultura
bacteriana que facilita a digestão da
lactose no intestino- depende da marca e
do método de processamento, enzima é
sensível ao congelamento. Ex. frozen
iogurte pode não ser tolerado), queijos
( esvaziamento gástrico lentos do que
bebidas lácteas e são mais pobres em
lactose)
– Retirada de açúcares simples: sacarose
– Permitido o uso da enzima lactase e os
DOENÇAS INTESTINAIS
INFLAMATÓRIAS
– FISIOPATOLOGIA
• Duas principais formas de DII são a
Doença de crohn e colite
ulcerativa
•Início ocorre entre as idades de 15 a
30 anos em ambos os sexos
• CAUSA: desconhecida,
predisposição genética, fenômeno
auto-imune. Gatilho: interações virais
ou bacterianas com células imunes
que recobrem a parede mucosa do
trato intestinal .
DOENÇAS INTESTINAIS
INFLAMATÓRIAS
– FISIOPATOLOGIA
• SINTOMAS:
– Obstruções GI parciais
- má absorção
– Trânsito GI alterado
– Secreções aumentadas
– Aversões
– Alergias alimentares
– Reações imunológicas a alimentos
específicos
DOENÇAS INTESTINAIS
INFLAMATÓRIAS
– FISIOPATOLOGIA
• O TGI é o principal órgão imune
o qual é revestido com grande
quantidade de células imunes
como macrófagos e linfócitos T
•Na DII ou os mecanismos
reguladores são defeituosos ou
os fatores que estimulam a
resposta imunológica e a fase
aguda são intensificados ,
levando à fibrose e destruição
DOENÇAS INTESTINAIS
–
INFLAMATÓRIAS
FISIOPATOLOGIA
• A doença de Crohn e a colite ulcerativa
compartilham algumas características clínicas
– Intolerâncias alimentares
– Estreitamento gastrointestinal ( náusea, crescimento
bacteriano e diarréia)
– Inflamações e ressecções cirúrgicas
– Dor abdominal
– Aversões alimentares, ansiedade e medo de comer
– Interações droga-nutrientes
– Alergias alimentares
– Restrições alimentares
– Diarréia
– Febre
– Perda de peso
– Desnutrição proteico-calórica ( sangramento,
esteatorreia,sangue, minerais, eletrólitos,proteínas)
– Deficiência de crescimento
– Manifestações extra-intesinais: artrítica,
dermatológicas e hepática
– Anemias ( perda de sangue e anorexia)
DESNUTRIÇÃO
• DIMINUIÇÃO DA INGESTÃO DE NUTRIENTES
– Anorexia relacionada à doença
– Iatrogênica ( restrições dietéticas injustificadas)
• MÁ ABSORÇÃO
– Diminuição da superfície absortiva ( doenças, fístulas,
ressecção)
– Superpopulação bacteriana
– Deficiência de sais biliares
• AUMENTO DAS PERDAS INTESTINAIS
– Enteropatia com perda de proteína
– Eletrólitos , minerais, alimentos-traço
– Sangramento
• AUMENTO DA DEMANDA
– Sepse, febre
– Maior reposição celular
DOENÇAS INTESTINAIS
INFLAMATÓRIAS
– DOENÇA DE CROHN
• Pode envolver qualquer parte do TGI, da
boca ao ânus
• O intestino delgado, e especialmente o íleo
terminal, estão envolvido sem cerca de 75%
dos casos e apenas 15 a 25% dos casos
envolvem apenas o cólon
• Nos segmentos do intestino envolvidos, a
inflamação pode ser contínua e fica
separada das porções saudáveis
• Envolvimento da mucosa é transmural
afetando todas as camadas da mucosa: à
medida que a inflamação, ulceração,
abscesso e fístulas se resolvem, a fibrose,
espessamento submucoso e formação de
escaras podem aparecer, levando a
segmentos estreitados do intestino e
DOENÇAS INTESTINAIS
INFLAMATÓRIAS
– DOENÇA DE CROHN
• A cirurgia pode ser necessária
para reparar estrituras ou
remover porções do intestino
quando o tratamento clínico falha
•50 a 70% das pessoas são
submetidas a cirurgia que não
cura- remissão ocorre dentro de
3 anos e recuperação é de 30 a
70% ( tipo de cirurgia e idade da
DOENÇAS INTESTINAIS
INFLAMATÓRIAS
– COLITE ULCERATIVA
• Ela envolve apenas o cólon e sempre
se estende a partir do reto
•A mucos difusamente inflamada com
pequenas úlceras
•Estreitamentos são raros
•Ocorre mais nas pessoas jovens com
idade entre 15 a 30 anos , com pico
aos 50-60 anos
•Em muitos casos o cólon deve ser
removido e uma bolsa ileal ou
anastomose ileoanal criada
DOENÇAS INTESTINAIS
INFLAMATÓRIAS
– TRATAMENTO CLÍNICO
• OBJETIVOS:
– Induzir e manter a remissão e o
estado nutricional
– Uso de corticosteróides,
antiinflamatórios
( aminossalicilatos), agentes
imunossupressores ( ciclosporia,
azatioprina, mercaptopurina ) e
antibióticos ( metronidazol)
DOENÇAS INTESTINAIS
– CUIDADO NUTRICIONAL INFLAMATÓRIAS
• Importante no tratamento dos sintomas e remissão
• Nutrição parenteral – ressecções extensas
• Nutrição enteral – via ideal ( via oral ou sonda ) fórmulas
elementares ou oligoméricas dependendo da localização e
extensão da doença
• VET: aumentado ( cal/ml aumentada) FI- 1,75 / 35 a 40
Kcal/Kg/dia
• PTN: Hiperproteica ( hidrólise da ptn) -1,0 a 2,0 g/Kg/dia
• VITS E MIN.: Suplementação e interações
• Pouco resíduo
• Isenta de lactose, sacarose e glúten
• Baixa osmolaridade
• LIP: TCM e uso de W3 ( diminui a resposta inflamatória 3-
5g/dia)- hipolipídica ( menor que 20% VET)
• OUTROS: glutamina ( céls de rápida proliferação- 30 g
/dia)),arginina ( ativador potente de células T) antioxidantes e
fibras fermentáveis, FOOS, retirada de alimentos flatulentos
(brócolis, couve-flor, couve, repolho, nabo, cebola crua,
pimentão verde, rabanete, pepino, batata-doce, leguminosas,
frutos do mar, melão , abacate , melancia, ovo cozido ou frito,
DISTÚRBIOS DO TGI BAIXO
DOENÇAS DO INTESTINO
GROSSO
• SÍNDROME DO INTESTINO
IRRITÁVEL
• DOENÇA DIVERTICULAR
SÍNDROME DO INTESTINO
IRRITÁVEL
• FISIOPATOLOGIA
– Não é uma doença e sim uma síndrome
que envolve :
• DOR ABDOMINAL( ALIVIADA POR
DEFECAÇÃO)
• INCHAÇO
• MOVIMENTOS INTESTINAIS ANORMAIS
• DIARRÉIA ALTERNANTE : CONSTIPAÇÃO
• DOR RETAL
• MUCO NAS FEZES
• FOTO DA PAG. 31,6 KRAUSE PG 662
SÍNDROME DO INTESTINO
IRRITÁVEL
• FISIOPATOLOGIA
– CAUSAS:
• Agentes estressantes como divórcio
• Mudanças de emprego
• Viagem
• Nova localização ou situação social
• Excesso de uso de laxantes e outros medicamentos sem
prescrição
• Antibióticos
• Cafeína
• Enfermidade GI prévia
• Ausência de regularidade no sono, descanso e ingestão de
líquido
Podem disparar o início ou piorar os sintomas
– DIAGNÓSTICO:
• Baseado na presença de sintomas clínicos de intestino
irritável por 3 meses ou mais
• Alternância da função intestinal
SÍNDROME DO INTESTINO
IRRITÁVEL
• CUIDADO NUTRICIONAL
– Diferente da DII não é uma ameaça à vida e não resulta
em má digestão ou má absorção dos nutrientes
– OBJETIVO: garantir ingestão de nutrientes adequada,
utilizar uma dieta que não contribua para os sintomas e
evitar os sintomas GI
– Dieta normal
– Alto teor de fibras ( motilidade intestinal e alivia a
pressão de constrição)- 20 a 30 g
– Ingestão hídrica adequada
– Evitar excesso de gorduras na dieta, cafeína e açúcares
( especialmente frutose e álcool, lactose em indivíduos
deficientes em lactase) e bebidas alcólicas
– Uso de agentes anticolinérgicos ou antidiarréicos pode
ser necessário na falha do tratamento dietético
– Redução do estresse
DOENÇA DIVERTICULAR
• FISIOPATOLOGIA
– A diverticulose se refere a herniações semelhantes a
sacos da parede colônica
– Provavelmente as evaginações sejam resultado de
pressões colônicas aumentadas a longo prazo
– Causa desconhecida- provável: ingestão reduzida de
fibras e constipação
– É relativamente rara em países com alta ingestão de
fibras
– Crescente onde a ocidentalização da dieta e a ingestão
de alimentos refinados começaram
– Aumenta com a idade : 30% em indivíduos com mais de
50 anos e 50% com mais de 70 anos e 66% com mais
de 80 anos
– COMPLICAÇÕES: variam de sangramento suave
sem dor e hábitos intestinais alterados
DOENÇA DIVERTICULAR
• FISIOPATOLOGIA
– A diverticulite é o mesmo processo só
que há a inflamação ( formação de
abscessos, perfuração aguda,
sangramento, obstrução e sepse)
– 10 A 25 % dos pacientes com
diverticulose desenvolvem
– 1/3 dos internados necessitam de
cirurgia
DOENÇA DIVERTICULAR
• CUIDADO NUTRICIONAL
– DIVERTICULOSE:
• Dieta rica em fibras
• Aumento da ingestão hídrica
• Maior consumo de verduras e frutas
• Menor consumo de industrializados
– DIVERTICULITE:
• Dieta com pouco resíduo
• Dieta elementar ou NPT
• Retorno gradual de uma dieta com fibras
• Baixo teor de gorduras
• Em casos de perfuração não utilizar sementes, nozes
ou cascas de materia vegetal , pedaços grandes de
alimentos
DISTÚRBIOS DO TGI BAIXO
OUTROS
• SÍNDROME DO INTESTINO CURTO
• SÍNDROME DA ALÇA CEGA
• ILEOSTOMIA OU COLOSTOMIA
• CIRURGIA RETAL
RESSECÇÃO DO INTESTINO
DELGADO E SÍNDROME DO
INTESTINO
• FISIOPATOLOGIA
CURTO
– Se refere a um conjunto de sinais e sintomas usados para
descrever as consequências nutricionais e metabólicas de
grandes ressecções do intestino delgado
– Ressecções de 40 a 50% podem levar a algumas das
consequências de SIC. Ressecção de 70% ou mais de int.
delgado deixa um paciente com 70-100 cm . Pacientes com
menos de 100 cm de intestino delgado que não apresentam
cólon em continuidade – necessitam de NP
– Com o tempo o intestino remanescente sofre alteraçoes
tanto estruturais quanto funcionais que aumentam a
absorção de nutrientes e fluidos
– CAUSAS MAIS COMUNS:
• Doença de Crohn
• Enterite por radiação
• Infarto mesentérico
• Doença maligna
• Vólvulo
RESSECÇÃO DO INTESTINO
DELGADO E SÍNDROME DO
INTESTINO CURTO
• FISIOPATOLOGIA
– COMPLICAÇÕES:
• Má absorção de nutrientes ( vitaminas hidrossolúveis
são absorvidas no jejuno proximal- B12, folato. Mais
de 60 cm de íleo for ressecado, deve haver injeções
mensais de B12)
• Desequilíbrios hidroeletrolíticos e cátions bivalentes (
Ca, Mg,Zn,Cu, Se, Cr, Fe, Mo))
• Perda de peso
• Deficiência de crescimento ( nas crianças)
• Hiper secreção gástrica
• Cálculos renais de oxalato ( nefrolitíase)
• Cálculos biliares de colesterol ( colelitíase- devido a
menor concentração de sais biliares na bile
secundária a ressecção ileal e má absorção de sais
biliares)
RESSECÇÃO JEJUNAL
• Normalmente a maior parte da digestão e absorção
do alimento e nutrientes ocorre nos primeiros 100 cm
do intestino delgado
• O que resta a ser digerido e fermentado e absorvido
são pequenas quantidades de açúcares, amido-
resistentes, fibra, lipídios, fibra dietética e fluidos
• O íleo é capaz de realizar as funções do jejuno ,
especialmente após um período de adaptação
• A motilidade do íleo é lenta e os hormônios
secretados no íleo e cólon ajudam a tornar mais
lento o esvaziamento e secreções gástricas
• A reserva funcional para absorção de
micronutrientes , quantidaes excessivas de açúcares
( lactose) e lipídeos é reduzida
RESSECÇÕES ILEAIS
• Ressecções significantes do íleo , principalmente o
distal produzem maiores complicações nutricionais e
clínicas
• O íleo distal é o único local para a absorção do
complexo vitamina B12 e fator intrínsico e sais
biliares e o íleo normalmente absorve uma porção
maior dos vários litros de fluido ingerido/secretado no
GI
• Se o íleo não puder reciclar os sais biliares, as lipases
pancreáticas e gástricas não serão capazes de
digerir alguns triglicerídeos em ácidos graxos e
monoglicerídeos
• RESULTADO: má absorção de gorduras, vitaminas
A,D e E, ácidos graxos , cálcio, zinco, magnésio, má
absorção de oxalato( hiperoxalúria e cálculos de
oxalato renal ) , irritação da mucosa devido ao
RESSECÇÕES ILEAIS
TRATAMENTO CLÍNICO E CIRÚRGICO
-Medicamentos para retardar o
esvaziamento gástrico, diminuir as secreções e
tornar mais lenta a motilidade gastrointestinal e
tratar o crescimento baceriano excessivo
- CIRURGIA: inclui a reversão dos
segmentos do intestino pode tornar mais lento o
trânsito de conteúdos GIs, criação de
reservatórios para servir como uma forma de
cólon, aumento do comprimento intestinal e
transplante intestinal
RESSECÇÕES ILEAIS
CUIDADO NUTRICIONAL
-Inicialmente em uma ressecção intestinal
extensa: NPT para restaurar e manter o EM
-A duração da NPT dependerá da extesnão
da ressecção ileal, saúde do paciente e condição
do TGI remanescente
- Alguns podem necessitar de
suplementação por toda a vida com nutrição
parenteral para manter o estado de fluidos e
nutricional adequados
NE: iniciar precocemente e aumentar a
concentração e volumes gradualmente, evitar
fórmulas hiperosmolares
VIA ORAL: pequenas refeições e frequentes,
evoluir gradativamente
RESSECÇÕES ILEAIS
CUIDADO NUTRICIONAL
-PTNS: aumentada ( hidrolisada), glutamina
-LIP: reduzida, TCM
-CHO: Evitar doces concentrados e excessos
de carboidratos ( O ácido D-láctico é produzido
pela fermentação de carboidratos mal absorvidos
no cólon. Seres humanos não possuem a enzima
para metabolizá-la,e seus níveis aumentados
podem levar a acidose metabólica)
-OUTROS: Cafeína evitar, alimentos ricos
em oxalato ( se liga ao cálcio para formar um
complexo. Na SIC , o cálcio se liga a ácidos graxos
não absorvidos e deixa o oxalato livre para ser
absorvido no cólon. Sais biliares mal absorvidos
que chegam ao cólon aumentam a absorção de
oxalato aumentando a permeabilidade intestinal)
-RESSECÇÕES ILEAIS: tempo aumentado
para recuperação, aumento da
suplementação de vitaminas lipossolúveis,
cálcio, magnésio e zinco , limitação da
gordura dietética com uso de TCM
SÍNDROME DA ALÇA CEGA
( CRESCIMENTO
BACTERIANO EXCESSIVO)
• FISIOPATOLOGIA
– É um distúrbio caracterizado pelo crescimento
bacteriano excessivo que resulta da estase do
trato intestinal como um resultado da doença
obstrutiva , enterite de radiação , formação de
fístula ou reparo cirúrgico do intestino
– As bactérias desconjugam os sais biliares que
além de serem citotóxicos , são menos
eficazes como formadores de micelas
– Consequência: pouca absorção de gordura e
esteatorréia , má absorção de carboidratos
ocorre devido à lesão à borda em escova
secundária aos efeitos tóxicos dos produtos do
catabolismo bacteriano e consequente perda
de enzimas
SÍNDROME DA ALÇA CEGA
( CRESCIMENTO
BACTERIANO EXCESSIVO)
• TRATAMENTO
– Remoção da alça cega ou
– Controle do crescimento bacteriano
excessivo com antibióticos
– Dieta sem lactose
– Pobre em gorduras + TCM
– Suplementação de B12 parenteral pode
ser útil
ILEOSTOMIA OU
COLOSTOMIA
• FISIOPATOLOGIA
– Pacientes com colite ulcerativa grave, doença
de crohn, câncer de cólon ou trauma intestinal
– necessitam de criação cirúrgica de uma
abertura na superfície corpórea para o trato
intestinal para permitir a defecação da porção
intacta do intestino
– ILEOSTOMIA ( abertura dentro do íleo):
Quando todo o cólon, reto e ânus devem ser
removidos
– COLOSTOMIA:apenas o reto e ânus forem
removidos
– A abertura ou estoma encolhe até o tamanho
de um níquel e eliminação por ela depende de
sua localização
ILEOSTOMIA OU
COLOSTOMIA
• FISIOPATOLOGIA
– A consistência das fezes de uma ileostomia é líquida ,
enquanto de uma colostomia varia de mole a
regularmente bem-formada
– As fezes de uma colostomia do lado esquerdo do cólon
são mais firmes que a do lado direito
– Odor das fezes da ileostomia é mais ácido. O odor
desagradável decorre: esteatorréia ou bacterías que
atuam em alimentos produzindo gases mal cheirosos
– Alimentos que causam odor: milho, feijões secos,
cebolas, repolho, alimentos muito condimentados,
peixe, antibióticos e alguns suplementos de vitaminas e
minerais, higiene inadequada do estoma ou uma
complicação da ileostomia que permite crescimento
bacteriano excessivo no íleo.
– GASES: bolsa fica tensa e distendida
– Fezes firmes em 7 a 10 dias
ILEOSTOMIA OU
COLOSTOMIA
• CUIDADO NUTRICIONAL
– Ingestão adequada de água devido à perdas excessivas
de sal e água pela ileostomia
– VET: adequado às necessidades do paciente. Igual de
indivíduos normais
– Recomenda-se vitamina E: antioxidante que inibe as
enzimas lipoxidases e podem desempenhar um papel na
atenuação da atividade da doença
– Suplementação de B12
– Suplementação de vitamina C: devido a baixas
ingestões de vegetais e frutas
– Evitar vegetais muito fibrosos para evitar que fiquem
retidos no ponto onde o íleo se estreita
– Mastigar bem todos os alimentos
– Alimentação normal, evitando só as intolerâncias
individuais
CIRURGIA RETAL
• CUIDADO NUTRICIONAL
– O cuidado nutricional após a cirurgia
retal como hemorroidectomia deve ser
dirigido à permitir a cicatrização da
ferida e prevenir a infecção da ferida
pelas fezes
– Dieta constipante , bem como drogas
– Dieta de resíduo mínimo – dietas
quimicamente definidas ( oligoméricas
ou monoméricas)
– Dieta normal é reassumida após a
cicatrização e deverá aumentar o
consumo de líquidos e alimentação rica
PREFEITURA MUNICIPAL DE
ITAGUAÍ
Na ressecção intestinal extensa, a
preservação do íleo terminal e,
particularmente , do esfíncter íleocecal
pode reduzir uma complicação importante.
Essa complicação é a :
a)Anemia megaloblástica
b)Diarréia
c)Hipocalcemia
d)Litíase renal de oxalato de cálcio
e)Osteopenia
CORPO DE BOMBEIROS
• A sindrome de dumpíng é uma resposta
fisiológica complexa à presença de
alimento não digerido no jejuno, ocorre
frequentemente após vagotomia e
gastrojejunostomia. Você não prescreveria
para esses pacientes:
• A) Dieta rica em proteínas
• B) pectina
• C)dieta moderada em gorduras
• D)dieta rica em carboidratos simples
• E) líquidos entre as refeições
CORPO DE BOMBEIROS