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TERAPIA CLÍNICA

NUTRICIONAL PARA OS
DISTÚRBIOS DO TGI ALTO
E BAIXO
 JAQUELINE DE F.
MIGON
 Nutricionista concursada
da Marinha do Brasil
 Especialista em Nutrição
Clínica pela Faculdade
São Camilo
 Mestranda em Nutrição
Humana pelo Instituto de
Nutrição da UFRJ
DISTÚRBIOS DO TGI ALTO
ESÔFAGO
• ESOFAGITE
• HÉRNIA DE HIATO
• CÂNCER DA CAVIDADE ORAL E
DO ESÔFAGO
ESÔFAGO
• Funciona como um único tecido
durante a deglutição
• Quando o bolo alimentar é
movimentado voluntariamente da
boca para a faringe, ocorre o
relaxamento do enfíncter superior,o
alimento desloca-se para dentro do
esôfago e o esfíncter esofagiano
inferior relaxa para receber o bolo
alimentar através do esôfago para o
estômago
• Distúrbios são provocados:
obstrução, inflamação ou alteração
ESOFAGITE
Fisiopatologia
• Resultante do RGE sobre a mucosa do esôfago
inferior
• Sintoma comum associado a esta inflamação é a
azia- dor em queimação na região epigástrica e
subesternal
• Outros sintomas: regurgitação e a disfagia
• Gravidade irá depender : composição, frequência,
volume do refluxo ; resistência da mucosa; taxa
de esvaziamento do esôfago e tempo do
esvaziamento gástrico
• IMPORTANTE: competência do EEI- tabagismo,
relaxantes de musculatura lisa, gestação,
anticoncepcionais orais com progesterona,
segunda fase do ciclo menstrual normal , uso de
aspirina e de antiinflamatórios não-hormonais
ESOFAGITE
Causas
• AGUDA • CRÔNICA
– Hérnia de hiato
– Infecção viral – Aumento da
pressão intra-
– Ingestão de abdominal
substâncias – Vômitos recorrentes
irritantes – Redução da pressão
– Uso de sonda no EEI
– Esvaziamento
gástrico demorado

ULCERAÇÕES,
CICATRIZAÇÕES, ESTENOSE,
DISFAGIA
TRATAMENTOS

1)MODIFICAÇÃO
COMPORTAMENTAL
2)CUIDADOS NUTRICIONAIS
3)MANEJO CLÍNICO /
CIRÚRGICO
MODIFICAÇÃO
COMPORTAMENTAL
• Evitar ficar deitado após as refeições
• Evitar fazer as refeições até 3 horas
antes de dormir
• Evitar usar roupas apertadas
• Evitar o tabagismo
• Perda de peso ( o emagrecimento
não reduz os sintomas de refluxo)
CUIDADOS
NUTRICIONAIS
• OBJETIVOS:
– Prevenir a dor e irritação da mucosa
esofágica inflamada durante a fase aguda
• Dieta líquida
• Evitar alimentos que possam obstruir o
esôfago ou causar a perfuração ( ex.
biscoitos tipo chips, biscoitos crocantes e
alimentos com casca )
• Evitar alimentos de pH ácido como sucos
cítricos, tomates, refrigerantes
• Evitar condimentos apimentados: pimentas,
industrializados
CUIDADOS
NUTRICIONAIS
• OBJETIVOS:
– Prevenir o refluxo esofágico

•Evitar alimentos que podem reduzir a


pressão no EEI: gorduras da dieta,
álcool e carminativos ( hortelã e
menta) - levam a redução no EEI
CUIDADOS
NUTRICIONAIS
• OBJETIVOS:
– Reduzir a capacidade erosiva ou acidez
das secreções gástricas
•Evitar o consumo de bebidas
alcóolicas fermentadas ( cerveja,
vinho) e refrigerantes, chocolate, café
•Evitar refeições de grandes volumes
ricas em gorduras e proteínas
•Refeições de alta densidade
retardam o esvaziamento gástrico
TRATAMENTO
CLÍNICO/CIRÚRGICO
• Pode ser tratado com diversos medicamentos
dependendo da doença de base e de sua
gravidade: uso de bloqueadores de receptor de
histamina-2 ou inibidores da bomba de prótons
( reduzem a sec. Gástrica); antiácidos ( diminuem
o pH ácido) ; antibióticos ( tratam a gastrite
bacteriana) ; aumentam a pressão no EEI(
anticolinérgicos) e uso de agentes pró-cinéticos (
aumentam a velocidade de esvaziamento
gástrico)
• Após 3 a 4 meses de tratamento clínico sem
sucesso- tratamento cirúrgico através da
fundoplicatura ( procedimento cirúrgico no qual o
fundo gástrico é passado ao redor da porção
CARACTERÍSTICAS DA
DIETA
• VET: ANP. Obesidade  pressão no EEI
• PROTEÍNAS: Hiper- libera gastrica e  a pressão no EEI e
cicatrização
• GORDURAS: Normo a hipo ( 20%) estimula a CCK ( diminui
a PEEI)
• LÍQUIDOS: Normo a hipo (1,2 ml/Kcal ). Cuidado com as
purinas em caldos, são excitantes do TGI
• VITAMINAS: ANP com destaque para : B ( impte no
metabolismo de ptn, CH, lipídios), C ( síntese de colágeno ,
antiinflamatório , melhora cicatrização e aumenta a
absorção de ferro ), folato ( anemia )
• MINERAIS: ANP. Destaque para: Ferro e potássio , enxofre
( desconforto e aumento da pressão intraabdominal)
• FRACIONAMENTO: Aumentado e reduzido volume – evitar
distensão, desconforto, aumento da pressão intrabdominal
e estimulação do ácido gástrico
• TEMPERATURA: Normal sem temperaturas extremas
• CONSISTÊNCIA: ANP ( Líquida a branda)
OUTROS ELEMENTOS
• Infusos concentrados: isentos (
pressão no EEI e excitam a mucosa
do TGI)
• Alimentos flatulentos,
fermentativos: isentos ( distensão,
desconforto, aumento da pressão
intrabdominal)
• Leite desnatado: libera gastrina e
aumenta a pressão EEI
HÉRNIA DE HIATO
Fisiopatologia
• Comumente contribui para o RGE e
esofagite
• Corresponde a uma protuberância de uma
porção do estômago para dentro da
cavidade torácica através do hiato
esofágico no diafragma: HÉRNIA DE
HIATO PARAESOFÁGICO ( mais comum)
• SINTOMAS: dificuldade de inspiração
profunda em decúbito dorsal ( deitados)
ou curvados para frente, desconforto
epigástrico após refeições altamente
calóricas e de grande volume devido á
HÉRNIA DE HIATO
CUIDADOS NUTRICIONAIS
• OBJTIVOS:
– Redução dos sintomas em pacientes com
refluxo ou outros sintomas
• TRATAMENTO:
– Retirada dso mesmos tipos de alimentos
que estão contra-indicados na esofagite
( aqueles que podem aumentar o refluxo
ou secreção gástrica)
– Consumo de refeições de menor volume,
densidade , hipolipídicas
– Cirurgia é raro e em último caso- dieta e
controle de sintomas são preferidos
CÂNCER DA CAVIDADE
ORAL , FARINGE E ESÔFAGO
Fisiopatologia
• Diagnóstico: problemas nutricionais já
existentes e dificuldades para alimentação
causada pela massa tumoral, obstrução,
infecção e ulceração oral, ou alcoolismo .
• Déficits nutricionais: agravados pelo
tratamento que envolvem ressecção
cirúrgica, irradiação regional ou
quimioterapia ( efeitos colaterais)
• Mastigação, deglutição,salivação
,acuidade degustativa estão
frequentemente acometidas.Comum
cáries dentárias, osteorradionecrose e
CÂNCER DA CAVIDADE
ORAL , FARINGE E ESÔFAGO
CUIDADOS NUTRICIONAIS
• INICIALMENTE: terapia nutricional enteral
via sonda( TGI restante funcionante)
• A extensão da ressecção cirúrgica poderá
levar á necessidade de alimentação por
sonda se a capacidade de alimentação
por via oral não puder ser readquirida ou
gastrostomia
• VIA ORAL: alimentos líquidos ou cons.
Pastosa para fácil mastigação e
deglutição, densos caloricamente, com
maior frequência e menor volume, uso de
carboidratos complexos
• Esteatorréia: TCM
DISTÚRBIOS DO TGI ALTO
ESÔFAGO
• AMIGDALECTOMIA
– São tecidos linfáticos e fazem parte do sistema
imunológico
– Menos comum hoje- inflamação leve é uma reação
natural do sistema imune no combate à infecção
– Cirurgia: tentativa de reduzir o número e
frequência de infecções do ouvido, amigdalas e
sinusites
– Alimentos: frios, sabor leve, consistência
amolecida e úmida.
– Primeiras 24 hs: bebidas lácteas como leite,
sorvetes, iogurte gelados, sorvetes de frutas
– Segundo dia:líquidos mornos e alimentos macios
– Após este período: alimentos quentes podem ser
reintroduzidos com cautela de acordo com a
cicatrização e tolerância individual
– Dieta normal: dentro de 3 a 5 dias.
DISTÚRBIOS DO TGI ALTO
ESTÔMAGO
• INDIGESTÃO /DISPEPSIA
• GASTRITE
• ÚLCERA PÉPTICA
• CIRURGIA GÁSTRICA
• CÂNCER DE ESTÔMAGO
DISTÚRBIOS DO TGI
ALTO
ESTÔMAGO
• INDIGESTÃO /DISPEPSIA
– FISIOPATOLOGIA
• Termo genérico utilizado para
descrever um desconforto no TGI alto
• Sintomas: dor abdominal difusa,
distensão abdominal , náuseas,
regurgitação e eructação
• Normalmente benigno
• Sintomas prolongados podem indicar:
RGE, gastrite, úlcera péptica , retardo
no esvaziamento gástrico,
colecistopatia ou câncer
DISTÚRBIOS DO TGI
ALTO
ESTÔMAGO
• INDIGESTÃO /DISPEPSIA
– CUIDADOS NUTRICIONAIS
• Causas: abusos dietéticos
– Volumes excessivos de alimentos
– Elevado consumo de gordura
– Elevado consumo de açúcares
– Elevado consumo de especiarias
– Elevado consumo de álcool
• Recomendação:
– Alimentar-se lentamente
– Tratar a causa de origiem
– Mastigar bem os alimentos
– Não beber ou comer em excesso
– Diminuição do estresse
DISTÚRBIOS DO TGI
ALTO
• ESTÔMAGO
GASTRITE E ÚLCERA PÉPTICA
– FISIOPATOLOGIA
• Podem ocorrer quando alterações
microbianas, químicas ou neurais provocam
desequilíbrio nos fatores que normalmente
mantêm a integridade da mucosa
• Causa mais comum: infecção por
Helicobacter pylori
• Outras causas: uso excessivo de aspirina ou
de outros antiinflamatórios não hormonais,
fumo, elevadas doses de corticóides- podem
tb agravar os sintomas
DISTÚRBIOS DO TGI
ALTO
ESTÔMAGO
• GASTRITE E ÚLCERA PÉPTICA
– FISIOPATOLOGIA
• A mucosa do estômago e do duodeno
normalmente é protegida da ação
proteolítica do ácido gástrico e da pepsina
através de uma camada de muco secretado
por glândulas nas paredes epiteliais desde
o terço distal do esôfago até a primeira
porção do duodeno
• A camada da mucosa também é protegida
da invasão bacteriana através da ação
digestiva da pepsina, ácido clorídrico e das
secreções mucóides
• O muco contém bicarbonatos
DISTÚRBIOS DO TGI
ALTO
ESTÔMAGO
• GASTRITE
• Termo genérico que refere-se à inflamação e
lesão tecidual resultante da erosão da
camada mucosa e exposição das células
subjacentes às secreções gástricas e às
bactérias.
• CAUSA COMUM: Helycobacter pylori . A
exposição resulta em respostas gerais e
específicas inflamatórias e imunológicas às
secreções gástricas e seus patógenos
• GASTRITE AGUDA: rápido início da
inflamação e dos sintomas
• GASTRITE CRÔNICA: poderá ocorrer
durante um período de meses a décadas ,
DISTÚRBIOS DO TGI
ALTO
• ESTÔMAGO
GASTRITE
• SINTOMAS: náuseas, vômitos, mal estar,
anorexia, hemorragia e epigastralgia
• GASTRITE ATRÓFICA: Resulta em atrofia e
perda das células parietais do estômago, é
caracterizada pela perda da secreção do
ácido clorídrico ( acloridria) e de FI. Origem
possível: auto-imune ou H. pylori de longa
evolução .
DISTÚRBIOS DO TGI
ALTO
• ESTÔMAGO
GASTRITE AGUDA
– TRATAMENTO
• Erradicação dos microorganismos
patogênicos
• Retirada de qualquer agente predisponente
• Medicamentos: antibióticos, antiácidos,
antagonistas do receptor H2 e inibidores da
bomba de prótons
• GASTRITE ATRÓFICA: atenção à vitamina
B12 de vido a diminuição do FI.
• Dieta via oral zero até desaparecerem os
sinais agudos de dor, náuseas e vômitos
DISTÚRBIOS DO TGI
ALTO
• ESTÔMAGO
GASTRITE
– FINALIDADES DA DIETOTERAPIA
• Recuperar o estado nutricional do paciente
• Favorecer o trabalho gástrico
• Reduzir a secreção gástrica
• Evitar o progresso das lesões
• Evitar a hemorragia
• Promover a educação nutricional do
paciente
DISTÚRBIOS DO TGI
ALTO
GASTRITE
CARACTERÍSTICAS
ESPECIFIC. GERAIS DA
G. AGUDA G. DIETA
CRÔNICA
VET ANP ANP
Carboidrato Normo Normo
Proteína Normo/Hiper Normo/Hiper
Lipídos Normo/hipo Normo/hipo
Minerais ANP ANP
Vitaminas ANP ANP
Purina Sem caldos Sem caldos
conc.
Consistência Líquido/pastos conc.
Pastoso/branda
o
Fracionament Aumentado Normal
GASTRITE
CARACTERÍSTICAS GERAIS DA
DIETA
ESPECIFIC. G. AGUDA G. CRÔNICA
Volume Diminuído Normal
Temperatura Normal Normal
Fibras ANP ANP
Alimentos S Isento Isento
Alimento Isento Isento
Dissa
Alimento flat. Isento Isento

OUTROS: LEITE ( ???) , BEBIDAS ALCÓLICAS,


CAFÉ ( descafeinado???), refrigerantes a base
de cola( distensão e dispepsia),pimenta(???)
DISTÚRBIOS DO TGI ALTO
ESTÔMAGO
• ÚLCERA PÉPTICA
– FISIOPATOLOGIA
• Mucosa gástrica e duodenal protegidas do ácido clorídrico e
da pepsina: secreção de muco, produção de bicarbonato,
remoção do excesso de ácido através do fluxo sanguíneo
normal, rápida renovação e regeneração da lesão da célula
epitelial
• DEFINIÇÂO: úlcera decorrente da desestruturação na
defesa normal e mecanismos de reparo . Diferente da
gastrite sua lesão ocorre através da camada muscular da
mucosa para dentro da submucosa ou muscular própria.
Demonstram evidências de inflamação crônica e processo
de cicatrização ao redor da lesão.
• CAUSAS: infecções por H. pylori, uso de aspirina e outros e
as úlceras de estresse, álcool, derivados do fumo, uso
elevado de corticóides
• SINTOMAS: dor abdominal, desconforto, anroxeixa, perda
CUIDADOS NUTRICIONAIS
ESPECIFIC. ÚLCERA PÉPTICA
VET ANP
Carboidrato ANP ( sem ferments)
Proteína Normo/Hiper. Tamponam a
secreção de gastrina e
Lipídos pepsina
Normo/hipo
Minerais ANP
Vitaminas ANP
Purina Sem caldos conc.
Fibras Modificada por cocção e
subdivisão
Temperatura N da preparação: diminui o
esvaz e aumenta ácido
CUIDADOS
NUTRICIONAIS
ESPECIFIC. ÚLCERA PÉPTICA
Fracionamento Aumenta na fase aguda e normal na
recuperação
Volume Diminui na fase aguda para diminuir o
desconforto abdominal e normal na fase
de recuperação
Outros Evitar alimentos ricos em S
Ricos em dissacarídeos
Alimentols fermentáveis
Carminativos ( diminui a PEEI)
Derivados de cola
Álcoolicas
Fumo
Alimentos ácidos????
Pimenta ( pequena qtdd- estimulam a
produção de muco e pode levar á
erosão)
DISTÚRBIOS DO TGI
ALTO
ESTÔMAGO
• CÂNCER DE ESTÔMAGO
– FISIOPATOLOGIA
• Neoplasias podem levar à desnutrição : perda
excessiva de sangue e proteínas, obstrução e
interferência mecânica com a ingestão alimentar
• TRATAMENTO: em geral através de ressecção
cirúrgica
• Forte correlação com a H. pylori. Outras causas:
consumo excessivo de álcool ou de alimentos
defumados , curados e em conservas, dieta pobre em
frutas e verduras.
• SINTOMAS: fraqueza, perda de apetite,
emagrecimento , aquilia gástrica ( ausência de ácido
clorídrico e pepsina ) ou acloridria .
DISTÚRBIOS DO TGI
ALTO
ESTÔMAGO
• CÂNCER DE ESTÔMAGO
– CUIDADOS NUTRICIONAIS
• Orientação dietética é determinada pela
localização do câncer, tipo de distúrbio
funcional e estadiamento da doença
• GASTRECTOMIA é um dos tratamentos
indicados
• SEM INDICAÇÂO CIRÙRGICA: dieta
adequada ajustada à sua doença e que lhe
propicie algum conforto
• ANOREXIA é um achado comum
DISTÚRBIOS DO TGI
ALTO
• CIRUGIA ESTÔMAGO
GÁSTRICA
• Recomendado quando a úlcera é
complicada por hemorragia , perfuração,
obstrução ou dificuldade de tratamento ou
quando o paciente é incapaz de seguir o
tratamento medicamentoso
• CIRURGIA MAIS INDICADA NA ÚLCERA
PÉPTICA: PILOROPLASTIA ( vagotomia
de tronco) – interrompe não somente a
inervação das células parietais gástricas,
mas também resulta na disfunção antral e
pilórica e reduz a peristalse.
• CIRURGIA INDICADA PARA ÚLCERA
GÁSTRICA- remoção da porção ulcerada,
geralmente através de uma ressecção
gástrica parcial
• EFEITOS COLATERAIS: Dumping, diarréia
DISTÚRBIOS DO TGI
ALTO
ESTÔMAGO
• CIRURGIA GÁSTRICA
– CUIDADOS NUTRICIONAIS
• Pós operatório imediato: dieta zero até que o
funcionamento normal do trato gastrointestinal esteja
restabelecido
• Retomada a função: dieta líquida e evoluir gradativamente
de acordo com a sua tolerância para volume e consistência
. Não é permitido laimentos condimentados, gordurosos ou
hipertônicos
• VIA ENTERAL: se a cirurgia necessitar de um tempo mais
prolongado para cicatrização . É indicado via enteral via
jejunostomia. O uso da NPT está indicado naqueles
pacientes com complicações pós-operatórias que impeçam
a NE.
• FRACIONAMENTO aumentado e VOLUME reduzido
• VOLUME: reduzido
• Não beber líquidos durante as refeições
• A lactose não é bem tolerada . Queijos e iogurtes são
melhor tolerados
• TCM em caso de esteatorréia
DISTÚRBIOS DO TGI ALTO
ESTÔMAGO
• CIRURGIA GÁSTRICA ( gastrectomia parcial ou total )
– REPERCUSSÃO NUTRICIONAL
• Desnutrição
– Ingestão alimentar inadequada devido à anorexia ou aos
sintomas relacionados à síndrome de “dumping”
– Má absorção alimentar e esteatorréia, intolerância a lactose
– Anemia, osteoporose e algumas deficiências de vits e mins
– Dificuldade em ingerir grandes quantidades de alimentos
• Síndrome de “dumping”
– Resposta fisiológica complexa à presença de quantidades
maiores que o habitual , de alimentos sólidos ou líquidos na
porção proximal do intestino delgado
– Ocorre como um resultado da perda de regulação normal do
esvaziamento gástrico e das respostas gastrointestinais e
sistêmicas diante de uma refeição
– Fatores: distensão do intestino delgado por alimentos
sólidos e líquidos , ingestão de alimentos hipertônicos ou
alimentos hipertônicos pela ação das enzimas digestivas
– Sintomas: plenitude intestinal e náuseas dentro de 10 a 20
minutos após a refeição, rubor em face, taquicardia,
sensação de desmaio , sudorese e uma necessidade
intesnsa de sentar-se ou deitar-se , após 3 horas pode
ocorrer uma hipoglicemia reacional ( hipoglicemia
DISTÚRBIOS DO TGI
ALTO
total )
ESTÔMAGO
• CIRURGIA GÁSTRICA ( gastrectomia parcial ou

– REPERCUSSÃO NUTRICIONAL
• Diarréia
– Devido ao aumento da atividade intestinal
– Intolerância digestivas: gprdurass. Carboidratos
simples como sacarose , lactose e dextrose
– Indicado o uso de fibras
• pela ação das enzimas digestivas
– Sintomas: plenitude intestinal e náuseas dentro de 10
a 20 minutos após a refeição, rubor em face,
taquicardia, sensação de desmaio , sudorese e uma
necessidade intesnsa de sentar-se ou deitar-se , após
3 horas pode ocorrer uma hipoglicemia reacional
( hipoglicemia alimentar) – ansiedade, fraquez,a,
tremoreds, sensação de fome
• Osteoporose e anemia: cirurgia aumenta o pH ,
dificultando a conversão do ferro para a forma ativa, o
duodeno é um ótimol local para a absorção do ferro e
cálcio e a cirurgia gástrica cria uma rota que se desvia do
DISTÚRBIOS DO TGI BAIXO
SINTOMAS COMUNS DE
DISFUNÇÃO INTESTINAL

• GASES INTESTINAIS E
FLATULÊNCIA
• CONSTIPAÇÃO
• DIARRÉIA
• ESTEATORRÉIA
• ENTERITE POR RADIAÇÃO
• GASTROENTERITE EOSINÓFILA
GASES INTESTINAIS E
FLATULÊNCIA
• FISIOPATOLOGIA
– Gases intestinais incluem: N2,O2,CO2, H2e CH4
( metano)
– 200 ml de gás estão presentes , com excreção média de
700 ml
– Sofre grande variação de volume e excreção
– Vias: engolir, trocas entre o TGI e o sangue, produção
dentro do TGI
– Eliminação: respiração, eructação ( arroto) ou passados
retalmente
– Sintomas: distensão abdominal, cólica
– CAUSAS: inatividade física, motilidade GI diminuída,
aerofagia, dieta e distúrbios GIs, flora bacteriana,
consumo de fibras, intolerância à lactose, consumo de
álcool, áçúcares simples, frutose
– FORMAS DE EVITAR: comer lentamente, mastigar com
a boca fechada, privar-se de beber através de
canudinhos, evitar alimentos flatulentos
– ALIMENTOS: Leguminosas, açúcares simples, doces,
CONSTIPAÇÃO
• FISIOPATOLOGIA
– DEFINIÇÃO: altamente subjetiva. Inclui fezes
duras, evacuação incompleta, esforço para
defecar e movimentos intestinais não
frequentes ou menos que 3 fezes por semana
são eliminadas enquanto uma pessoa está
consumindo uma dieta de alto teor de resíduo
ou mais de 3 dias se passam sem passagem de
fezes ou o peso de fezes eliminadas em 1 dia
totaliza menos que 35 g
– Peso normal das fezes é aproximadamente 100
a 200 g /dia e a frequência normal pode variar
de uma defecação a cada 3 dias a 3 vezes por
dia. Tempo de trânsito normal varia de cerca
CONSTIPAÇÃO
• FISIOPATOLOGIA
– CAUSAS SISTÊMICAS:
• Uso crônico de laxantes
• Anormalidades metabólicas e endócrinas
como hipotireoidismo, uremia e
hipercalcemia
• Ausência de exercício
• Ignorar o estímulo de defecar
• Doença vascular do intestino grosso
• Doença neuromuscular sistêmica que leva á
deficiência dos músculos voluntários
• Dieta precária, pobre em fibras
CONSTIPAÇÃO
• FISIOPATOLOGIA
– CAUSAS GASTROINTESTINAIS:
• Doenças da parte superior do TGI
– Doença celíaca
– Úlcera duodenal
– Câncer gástrico
– Fibrose cística
• Doenças do intestino grosso resultando em:
– Falha de propulsão por todo o cólon ( inércia
colônica)
– Falha de passagem através das estruturas
anorretais ( obstrução da saída)
• Síndrome do intestino irritável
• Fissuras anais ou hemorróidas
CONSTIPAÇÃO
• TRATAMENTO
– Inclui a fibra dietética adequada
– Ingestão aumentada de líquidos
– Exercício físico na rotina diária pessoal
– Atenção ao estímulo de defecar
– Retirada de laxantes
– Tratamento da doença de base com uso
de medicamentos específicos
CONSTIPAÇÃO
• CUIDADO NUTRICIONAL
– Fornecimento de uma dieta normal rica
em fibras solúveis e insolúveis
( diferença entre fibra solúvel e
insolúvel)
– Dieta com 25 g de fibras/dia: frutas ,
vegetais, cereais integrais
– Aumento da ingestão hídrica
– LAXANTES: óleo mineral após as
refeições interfere com o a absorção de
caroteno e vits lipossolúveis A, D e K
DIARRÉIA
• FISIOPATOLOGIA
– A diarréia é caracterizada pela
evacuação frequente de fezes líquidas ,
acompanhadas de uma perda excessiva
de líquidos e eletrólitos, principalmente
sódio e potássio
– Causas:
• Trânsito excessivamente rápido dos
conteúdos intestinais através do intestino
delgado
• Digestão enzimática diminuída de alimentos
• Absorção diminuída de líquidos e nutrientes
DIARRÉIA
• TIPOS DE DIARRÉIA
– DIARRÉIAS OSMÓTICAS:
• Causadas pela presença no trato intestinal de
solutos osmoticamente ativos que são pouco
absorvidos
• Ex. diarréias que acompanham a síndrome do
esvaziamento rápido e após a ingestão de
lactose na presença de uma deficiência de
lactase
– DIARRÉIAS SECRETÓRIAS:
• Resultado da secreção ativa de eletrólitos e
água pelo epitélio intestinal
• Causadas por exotoxinas bacterianas, vírus,
secreção de hormônio intestinal aumentada
• Não são aliviadas pelo jejum
DIARRÉIA
• TIPOS DE DIARRÉIA
– EXSUDATIVAS:
• Estão sempre associadas à lesão na mucosa, o
que leva ao extravasamento de muco, sangue e
proteínas plasmáticas com um acúmulo de
líquido de eltrólitos e água no intestino
• As diarréias associadas à colite ulcerática
crônica e enterite por radiação são exemplos
– DIARRÉIAS DE CONTATO MUCOSO
LIMITADO:
• Resultam de condições de mistura de quimo e
exposição deste ao epitélio intestinal
inadequadas, normalmente devido à destruição
ou diminuição na mucosa , ex. dç de Chron ou
após ressecção intestinal extensa
• Normalmente complicado pela esteatorréia e
pelas concentrações luminais reduzidas de sais
DIARRÉIA
– CUIDADO NUTRICIONAL
• Como a diarréia é um sintoma, o objetivo do
tratamento é remover a causa- tratamento
clínico
• 2ª etapa: reposição de líquidos e eletrólitos
• 3ª etapa: nutricional
– Aumento da ingestão de fibras
– Quando cessa a diarréia e ocorre a tolerância
alimentar, as quantidades devem ser aumentadas
gradativamente. Primeiro alimentos fontes em
amido ( batata, arroz, cereais simples...) e
seguidos por alimentos proteicos
– Álcoois, açúcares, lactose, frutose e sacarose
devem ser evitados
– Formulação da dieta se houver necessidade
– Restrição de gorduras
ESTEATORRÉIA
– FISIOPATOLOGIA
•Consequência da má absorção na
qual a gordura não absorvida
permanece nas fezes
•Até 60 g de gordura podem ser
perdidos com esta condição
•DIAGNÓSTICO: fezes de 72 horas são
coletadas e analisadas quanto à
gordura e ao mesmo tempo a
ingestão dietética é registrada.
ESTEATORRÉIA
– CAUSAS
• Insuficiência biliar secundária à
hepatopatia, obstrução biliar, síndrome da
alça cega ou ressecção ileal
• Insuficiência pancreática
• Falha de absorção normal devido a dano na
mucosa como na doença celíaca e doença
de chron e após terapia de radiação GI
• Reesterificação de gordura diminuída ,
formação e transporte diminuídos de
quilomícrons como ocorre na
abetalipoproteinemia e linfangiectasia
intestinal
ESTEATORRÉIA
– CUIDADO NUTRICIONAL
•Sintoma e não uma doença, deve-se
tratar a causa de má absorção
•Aumento da ingestão calórica pela
perda de peso
•Aumento na ingestão de proteínas e
carboidratos
•Adição de gordura segundo a
tolerância
•Suplementação de vitaminas e
minerais com ênfase nas vitaminas
lipossolúveis e minerais como cálcio,
ESTEATORRÉIA
– CUIDADO NUTRICIONAL
•TCM- A ingestão inadequada de
calorias pode ser aliviada pelo uso de
TCM
•Feitas de AGs que possuem de 8 a 10
átomos de carbono ( 16 a 18 da
maioria)
•São hidrolisados rapidamente,
necessitam de pequena qtdd de lipase
intestinal disponível ao invés da
lipase pancreática, produtos de
hidrólise são facilmente dispersos e
absorvidos na ausência de ácidos
ENTERITE POR RADIAÇÃO
– FISIOPATOLOGIA
• A radiação abdominal e pélvica utilizada no
tratamento paliativo de vários tumores
podem provocar morbidade GI
• O íleo e o jejuno são os mais suscetíveis,
ocorre lesão da mucosa
• Durante a radiação: náuseas, vômitos,
cólicas abdominais, diarréia, má absorção
de água , gorduras, sais biliares,
carboidratos, cálcio , magnésio, ferro e B12
– desaparece algumas semanas após
radioterapia
• FATORES DE RISCO QUE PREDISPÕEM À
LESÃO: cirurgia abdominal, desnutrição,
HAS, diabetes mellitus e doença inflamatória
ENTERITE POR RADIAÇÃO
– CUIDADO NUTRICIONAL
•ENTERITE POR RADIAÇÃO AGUDA:
– Visa controlar a diarréia e prevenir a
perda de peso
– Dieta pobre em lactose
– Pobre em gordura , pois a disfunção ileal
e def.enzimáticas transitórias na borda
em escova são muito prevalentes
– Fórmulas mais hidrolisadas
•ENTERITE POR RADIAÇÃO
CRÔNICA:
– Corrigir o estado nutricional , corrigir as
deficiências nutricionais e controlar a
diarréia
GASTROENTERITE
EOSINOFÍLICA
– FISIOPATOLOGIA
• Espectro de distúrbios caracterizados por
sintomas gastrointestinais relacionados ao
alimento, eosinofilia periférica e infiltrado
eosinofílico do TGI
• Causa é desconhecida, provavelmente uma
base alérgica ( associado a asma, dermatite,
eczema, rinite alérgica, bronquite- devido a
IgE aumentada) e infecção parasitária
• SINTOMAS: dores abdominais, perda de
peso, náusea, vômitos, dor abdominal,
ocasional diarréia, 50% dos pacientes tem
distúrbio alérgicos, edema, palidez,
sangramento fecal oculto, retardo no
crescimento de crianças, lesões no antro
GASTROENTERITE
EOSINOFÍLICA
– CUIDADO NUTRICIONAL
•Na ausência de um agente suspeito ,
o primeiro passo é eliminar o agente
agressivo suspeito ou eliminação
sequencial: leite, ovos, carne suína,
de vaca e glúten
•Atenção aos corticosteróides
AMILOIDOSE
– FISIOPATOLOGIA
•É um complexo patológico
multissistêmico caracterizado por
deposição extracelular de amilóide
•Amilóide consiste de fibrilas de
glicoproteínas agregadas e lineares
arranjadas em lâminas beta-pregueadas
•O amilóide está classificado em dois
grupos:
– Amiloidose primária: não associado a
nenhuma doença prévia
– Amiloidose secundára: associado à
infecções crônicas ( osteomielite,
AMILOIDOSE
– FISIOPATOLOGIA
•No TGI, os vasos sanguíneos são o
primeiro ponto envolvido pela deposição
de amilóide
•A progressão do espessamento de vasos
e da parede e o estreitamento luminal
podem provocar isquemia intestinal e
infarto
•A musculatura lisa gastrointestinal
mostra-se infiltrada , levando a atrofia
por pressão e prejuízo da motilidade
•Pode haver insuficiência vascular por
AMILOIDOSE
– FISIOPATOLOGIA
•SINTOMAS:
– Constipação ou diarréia por neuropatia
autonômica dos nervos intestinais
– Dor abdominal , infarto, perfuração e
sangramentos
– Má absorção
•TRATAMENTO:
– Antibióticos de largo espectro para a
superpopulação bacteriana - alivia a
diarréia , estetorréia e desconjugação de
sais biliares
– Suplementação de vits lipossolúveis
( esteatorréia)
LINFANGIECTASIA
– FISIOPATOLOGIA INTESTINAL
• É uma enteropatia com perda de proteínas
caracterizada pela dilatação dos vasos linfáticos
no intestino delgado ( mucosa e submucosa)
• CAUSA: má formação congênita dos linfáticos e
surge na infância
• MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS:
– Edema
– Diarréia com esteatorréia variável
– Náuseas /Vômitos
– Distensão abdominal
– Ascite
– Retardo no crescimento
– Linfopenia
– Hipoproteinemia
LINFANGIECTASIA
– TRATAMENTO INTESTINAL
•A dieta desempenha papel fundamental
•A produção intestinal de linfa é estimulada
por AGCL na luz intestinal A diminuição da
produção pode reduzir a pressão linfática
local ,promovendo um menor vazamento
de quilo enteral
•Restrição quase completa de gordura –
diminui esteatorréia e diarréia e aumenta a
albumina sérica- com suplemntação de
TCM
•Dieta rica em proteínas
ABETALIPOPROTEINEMIA
– FISIOPATOLOGIA
• É um distúrbio autossômico recessivo raro
caracterizado por:
– Metabolismo lipídico anormal
– Acantocitose ( hemácias pontiagudas ou
espinhosas)
– Retinite pigmentar
– Disfunção neurológica progressiva
• Incapacidade da mucosa intestinal sintetizar
apoproteína B ( apo B)
• A apo B é essencial para a síntese e a integridade
estrutural dos quilomícrons e lipoproteínas VLDL
• Consequência: prejuízo no transporte de gordura
para fora dos enterócitos e má absorção de
ABETALIPOPROTEINEMIA
– FISIOPATOLOGIA
SINTOMAS:
– DIARRÉIA
– ESTEATORRÉIA
– ANOREXIA
– VÔMITO
– RETARDO NO CRESCIMENTO
– INCOORDENAÇÃO E FRAQUEZA MUSCULAR
– QUEIXAS VISUAIS
– CEGUEIRA NOTURNA
– RETARDO NO CRESCIMENTO

– TRATAMENTO
– Suplementação oral com vitaminas lipossolúveis
– Restrição moderada de gordura
– Isento de lactose, sacarose para melhorar a diarréia
– Com a idade a capacidade de absorção de gorduras aumenta
– É recomendado para corrigir a defic. AGE o uso de óleo de
milho
DISTÚRBIOS DO TGI BAIXO
DOENÇAS DO INTESTINO
DELGADO
• DOENÇA CELÍACA
• ESPRUE TROPICAL
• DEFICIÊNCIA DE LACTASE
• DOENÇAS INTESTINAIS
INFLAMATÓRIAS ( DII E dç de Chron)
• AMILOIDOSE
• LINFANGIECTASIA INTESTINAL
• ABETALIPOPROTEINEMIA
• CIRURGIA INTESTINAL ( Ressecção do
intestino delgado)
DOENÇA CELÍACA
Enteropatia sensível ao glúten
ou sprue não tropical
– FISIOPATOLOGIA
• Causada por uma reação à gliadina, o componente
do glúten solúvel em álcool
• O dano na mucosa intestinal resulta em má absorção
potencial ou real de virtualmente todos os nutrientes
• Mecanismo da gliadina- desconhecido . Tem sido
considerado: anticorpos antigliadina, aumento de
produtos de genes HLA Classe II e outros e
envolvimento viral
• Afeta a mucosa das porções proximal e média do
intestino delgado, podendo envolver os segmentos
distais
• Ocorre atrofia e achatamento das vilosidades,
limitando a área disponível para absorção: deficiência
de dissacaridases e peptidases necessárias para a
digestão e também de carreadores necessários para
o transporte de nutrientes para a corrente sanguínea
• Há liberação diminuída de colecistocinase que
DOENÇA CELÍACA
Enteropatia sensível ao glúten
ou sprue não tropical
– FISIOPATOLOGIA
• A gliadina deve ser evitada por toda a vida
• Dependendo da extensão atingida, os pacientes
podem estar sem sintomas ou apresentar
desconforto GI significante, má absorção e
desnutrição.
• SINTOMAS:
– Diarréia ( 10 evacuações)
– Falha de crescimento ( em crianças )
– Vômitos
– Abdome inchado
– Fezes com aparência anormal, odor e quantidade
– Perda de peso
– Fraqueza
– Fadiga
– Anemia
– Doença óssea osteopênica
DOENÇA CELÍACA
Enteropatia sensível ao glúten
ou sprue não tropical
– CUIDADO NUTRICIONAL
• Remoção completa da gliadina- melhora clínica imediata
• Primeiras semanas sem gliadina- dieta deve ser
suplementada com vitaminas ,minerais, proteína extra para
tratar deficiências
• Trigo, aveia , centeio e cevada são excluídos
• Os produtos feitos de milho, batata, arroz , feijão de soja,
tapioca, araruta, amaranto e trigo sarraceno podem ser
substituídos nos produtos alimentares
• Observar os rótulos de produtos
• O risco de doença maligna , especialmente linfoma, é
aumentado e a adesão à dieta sem glúten parece reduzir o
risco
• Dieta com pouca lactose, sacarose
• Atenção à anemia: ferro, folato e B12
• Reposição de líquidos e eletrólitos na diarréia graves
• Adição de cálcio e vitamina D para corrigir a osteoporose
ou oesteomalácia
• Uso de TCM
ESPRUE TROPICAL

– FISIOPATOLOGIA
• É uma síndrome de etiologia desconhecida
que ocorre em áreas tropicais , com exceção
da África.
• Pode ser sequela de uma diarréia infecciosa
aguda com subsequente contaminação do
intestino por bactérias
• A deficiência nutricional pode aumentar a
susceptiblidade a um agente infeccioso, as
alterações na superfície celular são menos
graves que anteriormente
• A mucosa gástrica pode ser atrofiada e
inflamada com secreção diminuída de ácido
ESPRUE TROPICAL

– SINTOMAS
• Diarréia
•Anorexia
•Distensão abdominal
•Deficiências nutricionais: cegueira
noturna, glossite, estomatie, queilose,
palidez, edema, anemia por
deficiência de ferro, ácido fólico e
vitamina B12
ESPRUE TROPICAL

– CUIDADO NUTRICIONAL
• O tratamento envolve a restauração
dos fluidos, eletrólitos e nutrientes
•Terapia com antibióticos
•Administração de folato e B12
DEFICIÊNCIA DE LACTASE

– FISIOPATOLOGIA
• Intolerância à lactose é muito
comum
• Atinge todos os grupos etários
•A lactose que não é hidrolisada em
galactose e glicose permanece no
intestino e atua osmoticamente para
atrair a água para o intestino . As
bactérias colônicas fermentam a
lactose não digerida, gerando AGCC,
dióxido de carbono e gás hidrogênio
•SINTOMAS: inchaço abdominal,
flatulência, cólicas e diarréia
DEFICIÊNCIA DE LACTASE

– FISIOPATOLOGIA
•HIPOLACTASIA: declínio de lactase
do tipo adulto
•CAUSAS: Infecção no intestino
delgado ou destruição das células
mucosas por outras causas, cirurgia
intestinal , desuso prolongado do TGI,
NPT. Retorna lentamente.
DEFICIÊNCIA DE LACTASE
– CUIDADO NUTRICIONAL
– Consumo reduzido de alimentos que
contém lactose ( não ausente): iogurte
com culturas ativas ( resultado de uma
beta galactosidase microbiana na cultura
bacteriana que facilita a digestão da
lactose no intestino- depende da marca e
do método de processamento, enzima é
sensível ao congelamento. Ex. frozen
iogurte pode não ser tolerado), queijos
( esvaziamento gástrico lentos do que
bebidas lácteas e são mais pobres em
lactose)
– Retirada de açúcares simples: sacarose
– Permitido o uso da enzima lactase e os
DOENÇAS INTESTINAIS
INFLAMATÓRIAS
– FISIOPATOLOGIA
• Duas principais formas de DII são a
Doença de crohn e colite
ulcerativa
•Início ocorre entre as idades de 15 a
30 anos em ambos os sexos
• CAUSA: desconhecida,
predisposição genética, fenômeno
auto-imune. Gatilho: interações virais
ou bacterianas com células imunes
que recobrem a parede mucosa do
trato intestinal .
DOENÇAS INTESTINAIS
INFLAMATÓRIAS
– FISIOPATOLOGIA
• SINTOMAS:
– Obstruções GI parciais
- má absorção
– Trânsito GI alterado
– Secreções aumentadas
– Aversões
– Alergias alimentares
– Reações imunológicas a alimentos
específicos
DOENÇAS INTESTINAIS
INFLAMATÓRIAS
– FISIOPATOLOGIA
• O TGI é o principal órgão imune
o qual é revestido com grande
quantidade de células imunes
como macrófagos e linfócitos T
•Na DII ou os mecanismos
reguladores são defeituosos ou
os fatores que estimulam a
resposta imunológica e a fase
aguda são intensificados ,
levando à fibrose e destruição
DOENÇAS INTESTINAIS

INFLAMATÓRIAS
FISIOPATOLOGIA
• A doença de Crohn e a colite ulcerativa
compartilham algumas características clínicas
– Intolerâncias alimentares
– Estreitamento gastrointestinal ( náusea, crescimento
bacteriano e diarréia)
– Inflamações e ressecções cirúrgicas
– Dor abdominal
– Aversões alimentares, ansiedade e medo de comer
– Interações droga-nutrientes
– Alergias alimentares
– Restrições alimentares
– Diarréia
– Febre
– Perda de peso
– Desnutrição proteico-calórica ( sangramento,
esteatorreia,sangue, minerais, eletrólitos,proteínas)
– Deficiência de crescimento
– Manifestações extra-intesinais: artrítica,
dermatológicas e hepática
– Anemias ( perda de sangue e anorexia)
DESNUTRIÇÃO
• DIMINUIÇÃO DA INGESTÃO DE NUTRIENTES
– Anorexia relacionada à doença
– Iatrogênica ( restrições dietéticas injustificadas)
• MÁ ABSORÇÃO
– Diminuição da superfície absortiva ( doenças, fístulas,
ressecção)
– Superpopulação bacteriana
– Deficiência de sais biliares
• AUMENTO DAS PERDAS INTESTINAIS
– Enteropatia com perda de proteína
– Eletrólitos , minerais, alimentos-traço
– Sangramento
• AUMENTO DA DEMANDA
– Sepse, febre
– Maior reposição celular
DOENÇAS INTESTINAIS
INFLAMATÓRIAS
– DOENÇA DE CROHN
• Pode envolver qualquer parte do TGI, da
boca ao ânus
• O intestino delgado, e especialmente o íleo
terminal, estão envolvido sem cerca de 75%
dos casos e apenas 15 a 25% dos casos
envolvem apenas o cólon
• Nos segmentos do intestino envolvidos, a
inflamação pode ser contínua e fica
separada das porções saudáveis
• Envolvimento da mucosa é transmural
afetando todas as camadas da mucosa: à
medida que a inflamação, ulceração,
abscesso e fístulas se resolvem, a fibrose,
espessamento submucoso e formação de
escaras podem aparecer, levando a
segmentos estreitados do intestino e
DOENÇAS INTESTINAIS
INFLAMATÓRIAS
– DOENÇA DE CROHN
• A cirurgia pode ser necessária
para reparar estrituras ou
remover porções do intestino
quando o tratamento clínico falha
•50 a 70% das pessoas são
submetidas a cirurgia que não
cura- remissão ocorre dentro de
3 anos e recuperação é de 30 a
70% ( tipo de cirurgia e idade da
DOENÇAS INTESTINAIS
INFLAMATÓRIAS
– COLITE ULCERATIVA
• Ela envolve apenas o cólon e sempre
se estende a partir do reto
•A mucos difusamente inflamada com
pequenas úlceras
•Estreitamentos são raros
•Ocorre mais nas pessoas jovens com
idade entre 15 a 30 anos , com pico
aos 50-60 anos
•Em muitos casos o cólon deve ser
removido e uma bolsa ileal ou
anastomose ileoanal criada
DOENÇAS INTESTINAIS
INFLAMATÓRIAS
– TRATAMENTO CLÍNICO
• OBJETIVOS:
– Induzir e manter a remissão e o
estado nutricional
– Uso de corticosteróides,
antiinflamatórios
( aminossalicilatos), agentes
imunossupressores ( ciclosporia,
azatioprina, mercaptopurina ) e
antibióticos ( metronidazol)
DOENÇAS INTESTINAIS
– CUIDADO NUTRICIONAL INFLAMATÓRIAS
• Importante no tratamento dos sintomas e remissão
• Nutrição parenteral – ressecções extensas
• Nutrição enteral – via ideal ( via oral ou sonda ) fórmulas
elementares ou oligoméricas dependendo da localização e
extensão da doença
• VET: aumentado ( cal/ml aumentada) FI- 1,75 / 35 a 40
Kcal/Kg/dia
• PTN: Hiperproteica ( hidrólise da ptn) -1,0 a 2,0 g/Kg/dia
• VITS E MIN.: Suplementação e interações
• Pouco resíduo
• Isenta de lactose, sacarose e glúten
• Baixa osmolaridade
• LIP: TCM e uso de W3 ( diminui a resposta inflamatória 3-
5g/dia)- hipolipídica ( menor que 20% VET)
• OUTROS: glutamina ( céls de rápida proliferação- 30 g
/dia)),arginina ( ativador potente de células T) antioxidantes e
fibras fermentáveis, FOOS, retirada de alimentos flatulentos
(brócolis, couve-flor, couve, repolho, nabo, cebola crua,
pimentão verde, rabanete, pepino, batata-doce, leguminosas,
frutos do mar, melão , abacate , melancia, ovo cozido ou frito,
DISTÚRBIOS DO TGI BAIXO
DOENÇAS DO INTESTINO
GROSSO

• SÍNDROME DO INTESTINO
IRRITÁVEL
• DOENÇA DIVERTICULAR
SÍNDROME DO INTESTINO
IRRITÁVEL
• FISIOPATOLOGIA
– Não é uma doença e sim uma síndrome
que envolve :
• DOR ABDOMINAL( ALIVIADA POR
DEFECAÇÃO)
• INCHAÇO
• MOVIMENTOS INTESTINAIS ANORMAIS
• DIARRÉIA ALTERNANTE : CONSTIPAÇÃO
• DOR RETAL
• MUCO NAS FEZES
• FOTO DA PAG. 31,6 KRAUSE PG 662
SÍNDROME DO INTESTINO
IRRITÁVEL
• FISIOPATOLOGIA
– CAUSAS:
• Agentes estressantes como divórcio
• Mudanças de emprego
• Viagem
• Nova localização ou situação social
• Excesso de uso de laxantes e outros medicamentos sem
prescrição
• Antibióticos
• Cafeína
• Enfermidade GI prévia
• Ausência de regularidade no sono, descanso e ingestão de
líquido
Podem disparar o início ou piorar os sintomas
– DIAGNÓSTICO:
• Baseado na presença de sintomas clínicos de intestino
irritável por 3 meses ou mais
• Alternância da função intestinal
SÍNDROME DO INTESTINO
IRRITÁVEL
• CUIDADO NUTRICIONAL
– Diferente da DII não é uma ameaça à vida e não resulta
em má digestão ou má absorção dos nutrientes
– OBJETIVO: garantir ingestão de nutrientes adequada,
utilizar uma dieta que não contribua para os sintomas e
evitar os sintomas GI
– Dieta normal
– Alto teor de fibras ( motilidade intestinal e alivia a
pressão de constrição)- 20 a 30 g
– Ingestão hídrica adequada
– Evitar excesso de gorduras na dieta, cafeína e açúcares
( especialmente frutose e álcool, lactose em indivíduos
deficientes em lactase) e bebidas alcólicas
– Uso de agentes anticolinérgicos ou antidiarréicos pode
ser necessário na falha do tratamento dietético
– Redução do estresse
DOENÇA DIVERTICULAR

• FISIOPATOLOGIA
– A diverticulose se refere a herniações semelhantes a
sacos da parede colônica
– Provavelmente as evaginações sejam resultado de
pressões colônicas aumentadas a longo prazo
– Causa desconhecida- provável: ingestão reduzida de
fibras e constipação
– É relativamente rara em países com alta ingestão de
fibras
– Crescente onde a ocidentalização da dieta e a ingestão
de alimentos refinados começaram
– Aumenta com a idade : 30% em indivíduos com mais de
50 anos e 50% com mais de 70 anos e 66% com mais
de 80 anos
– COMPLICAÇÕES: variam de sangramento suave
sem dor e hábitos intestinais alterados
DOENÇA DIVERTICULAR

• FISIOPATOLOGIA
– A diverticulite é o mesmo processo só
que há a inflamação ( formação de
abscessos, perfuração aguda,
sangramento, obstrução e sepse)
– 10 A 25 % dos pacientes com
diverticulose desenvolvem
– 1/3 dos internados necessitam de
cirurgia
DOENÇA DIVERTICULAR

• CUIDADO NUTRICIONAL
– DIVERTICULOSE:
• Dieta rica em fibras
• Aumento da ingestão hídrica
• Maior consumo de verduras e frutas
• Menor consumo de industrializados
– DIVERTICULITE:
• Dieta com pouco resíduo
• Dieta elementar ou NPT
• Retorno gradual de uma dieta com fibras
• Baixo teor de gorduras
• Em casos de perfuração não utilizar sementes, nozes
ou cascas de materia vegetal , pedaços grandes de
alimentos
DISTÚRBIOS DO TGI BAIXO
OUTROS
• SÍNDROME DO INTESTINO CURTO
• SÍNDROME DA ALÇA CEGA
• ILEOSTOMIA OU COLOSTOMIA
• CIRURGIA RETAL
RESSECÇÃO DO INTESTINO
DELGADO E SÍNDROME DO
INTESTINO
• FISIOPATOLOGIA
CURTO
– Se refere a um conjunto de sinais e sintomas usados para
descrever as consequências nutricionais e metabólicas de
grandes ressecções do intestino delgado
– Ressecções de 40 a 50% podem levar a algumas das
consequências de SIC. Ressecção de 70% ou mais de int.
delgado deixa um paciente com 70-100 cm . Pacientes com
menos de 100 cm de intestino delgado que não apresentam
cólon em continuidade – necessitam de NP
– Com o tempo o intestino remanescente sofre alteraçoes
tanto estruturais quanto funcionais que aumentam a
absorção de nutrientes e fluidos
– CAUSAS MAIS COMUNS:
• Doença de Crohn
• Enterite por radiação
• Infarto mesentérico
• Doença maligna
• Vólvulo
RESSECÇÃO DO INTESTINO
DELGADO E SÍNDROME DO
INTESTINO CURTO
• FISIOPATOLOGIA
– COMPLICAÇÕES:
• Má absorção de nutrientes ( vitaminas hidrossolúveis
são absorvidas no jejuno proximal- B12, folato. Mais
de 60 cm de íleo for ressecado, deve haver injeções
mensais de B12)
• Desequilíbrios hidroeletrolíticos e cátions bivalentes (
Ca, Mg,Zn,Cu, Se, Cr, Fe, Mo))
• Perda de peso
• Deficiência de crescimento ( nas crianças)
• Hiper secreção gástrica
• Cálculos renais de oxalato ( nefrolitíase)
• Cálculos biliares de colesterol ( colelitíase- devido a
menor concentração de sais biliares na bile
secundária a ressecção ileal e má absorção de sais
biliares)
RESSECÇÃO JEJUNAL
• Normalmente a maior parte da digestão e absorção
do alimento e nutrientes ocorre nos primeiros 100 cm
do intestino delgado
• O que resta a ser digerido e fermentado e absorvido
são pequenas quantidades de açúcares, amido-
resistentes, fibra, lipídios, fibra dietética e fluidos
• O íleo é capaz de realizar as funções do jejuno ,
especialmente após um período de adaptação
• A motilidade do íleo é lenta e os hormônios
secretados no íleo e cólon ajudam a tornar mais
lento o esvaziamento e secreções gástricas
• A reserva funcional para absorção de
micronutrientes , quantidaes excessivas de açúcares
( lactose) e lipídeos é reduzida
RESSECÇÕES ILEAIS
• Ressecções significantes do íleo , principalmente o
distal produzem maiores complicações nutricionais e
clínicas
• O íleo distal é o único local para a absorção do
complexo vitamina B12 e fator intrínsico e sais
biliares e o íleo normalmente absorve uma porção
maior dos vários litros de fluido ingerido/secretado no
GI
• Se o íleo não puder reciclar os sais biliares, as lipases
pancreáticas e gástricas não serão capazes de
digerir alguns triglicerídeos em ácidos graxos e
monoglicerídeos
• RESULTADO: má absorção de gorduras, vitaminas
A,D e E, ácidos graxos , cálcio, zinco, magnésio, má
absorção de oxalato( hiperoxalúria e cálculos de
oxalato renal ) , irritação da mucosa devido ao
RESSECÇÕES ILEAIS
TRATAMENTO CLÍNICO E CIRÚRGICO
-Medicamentos para retardar o
esvaziamento gástrico, diminuir as secreções e
tornar mais lenta a motilidade gastrointestinal e
tratar o crescimento baceriano excessivo
- CIRURGIA: inclui a reversão dos
segmentos do intestino pode tornar mais lento o
trânsito de conteúdos GIs, criação de
reservatórios para servir como uma forma de
cólon, aumento do comprimento intestinal e
transplante intestinal
RESSECÇÕES ILEAIS
CUIDADO NUTRICIONAL
-Inicialmente em uma ressecção intestinal
extensa: NPT para restaurar e manter o EM
-A duração da NPT dependerá da extesnão
da ressecção ileal, saúde do paciente e condição
do TGI remanescente
- Alguns podem necessitar de
suplementação por toda a vida com nutrição
parenteral para manter o estado de fluidos e
nutricional adequados
NE: iniciar precocemente e aumentar a
concentração e volumes gradualmente, evitar
fórmulas hiperosmolares
VIA ORAL: pequenas refeições e frequentes,
evoluir gradativamente
RESSECÇÕES ILEAIS
CUIDADO NUTRICIONAL
-PTNS: aumentada ( hidrolisada), glutamina
-LIP: reduzida, TCM
-CHO: Evitar doces concentrados e excessos
de carboidratos ( O ácido D-láctico é produzido
pela fermentação de carboidratos mal absorvidos
no cólon. Seres humanos não possuem a enzima
para metabolizá-la,e seus níveis aumentados
podem levar a acidose metabólica)
-OUTROS: Cafeína evitar, alimentos ricos
em oxalato ( se liga ao cálcio para formar um
complexo. Na SIC , o cálcio se liga a ácidos graxos
não absorvidos e deixa o oxalato livre para ser
absorvido no cólon. Sais biliares mal absorvidos
que chegam ao cólon aumentam a absorção de
oxalato aumentando a permeabilidade intestinal)
-RESSECÇÕES ILEAIS: tempo aumentado
para recuperação, aumento da
suplementação de vitaminas lipossolúveis,
cálcio, magnésio e zinco , limitação da
gordura dietética com uso de TCM
SÍNDROME DA ALÇA CEGA
( CRESCIMENTO
BACTERIANO EXCESSIVO)
• FISIOPATOLOGIA
– É um distúrbio caracterizado pelo crescimento
bacteriano excessivo que resulta da estase do
trato intestinal como um resultado da doença
obstrutiva , enterite de radiação , formação de
fístula ou reparo cirúrgico do intestino
– As bactérias desconjugam os sais biliares que
além de serem citotóxicos , são menos
eficazes como formadores de micelas
– Consequência: pouca absorção de gordura e
esteatorréia , má absorção de carboidratos
ocorre devido à lesão à borda em escova
secundária aos efeitos tóxicos dos produtos do
catabolismo bacteriano e consequente perda
de enzimas
SÍNDROME DA ALÇA CEGA
( CRESCIMENTO
BACTERIANO EXCESSIVO)
• TRATAMENTO
– Remoção da alça cega ou
– Controle do crescimento bacteriano
excessivo com antibióticos
– Dieta sem lactose
– Pobre em gorduras + TCM
– Suplementação de B12 parenteral pode
ser útil
ILEOSTOMIA OU
COLOSTOMIA
• FISIOPATOLOGIA
– Pacientes com colite ulcerativa grave, doença
de crohn, câncer de cólon ou trauma intestinal
– necessitam de criação cirúrgica de uma
abertura na superfície corpórea para o trato
intestinal para permitir a defecação da porção
intacta do intestino
– ILEOSTOMIA ( abertura dentro do íleo):
Quando todo o cólon, reto e ânus devem ser
removidos
– COLOSTOMIA:apenas o reto e ânus forem
removidos
– A abertura ou estoma encolhe até o tamanho
de um níquel e eliminação por ela depende de
sua localização
ILEOSTOMIA OU
COLOSTOMIA
• FISIOPATOLOGIA
– A consistência das fezes de uma ileostomia é líquida ,
enquanto de uma colostomia varia de mole a
regularmente bem-formada
– As fezes de uma colostomia do lado esquerdo do cólon
são mais firmes que a do lado direito
– Odor das fezes da ileostomia é mais ácido. O odor
desagradável decorre: esteatorréia ou bacterías que
atuam em alimentos produzindo gases mal cheirosos
– Alimentos que causam odor: milho, feijões secos,
cebolas, repolho, alimentos muito condimentados,
peixe, antibióticos e alguns suplementos de vitaminas e
minerais, higiene inadequada do estoma ou uma
complicação da ileostomia que permite crescimento
bacteriano excessivo no íleo.
– GASES: bolsa fica tensa e distendida
– Fezes firmes em 7 a 10 dias
ILEOSTOMIA OU
COLOSTOMIA
• CUIDADO NUTRICIONAL
– Ingestão adequada de água devido à perdas excessivas
de sal e água pela ileostomia
– VET: adequado às necessidades do paciente. Igual de
indivíduos normais
– Recomenda-se vitamina E: antioxidante que inibe as
enzimas lipoxidases e podem desempenhar um papel na
atenuação da atividade da doença
– Suplementação de B12
– Suplementação de vitamina C: devido a baixas
ingestões de vegetais e frutas
– Evitar vegetais muito fibrosos para evitar que fiquem
retidos no ponto onde o íleo se estreita
– Mastigar bem todos os alimentos
– Alimentação normal, evitando só as intolerâncias
individuais
CIRURGIA RETAL
• CUIDADO NUTRICIONAL
– O cuidado nutricional após a cirurgia
retal como hemorroidectomia deve ser
dirigido à permitir a cicatrização da
ferida e prevenir a infecção da ferida
pelas fezes
– Dieta constipante , bem como drogas
– Dieta de resíduo mínimo – dietas
quimicamente definidas ( oligoméricas
ou monoméricas)
– Dieta normal é reassumida após a
cicatrização e deverá aumentar o
consumo de líquidos e alimentação rica
PREFEITURA MUNICIPAL DE
ITAGUAÍ
Na ressecção intestinal extensa, a
preservação do íleo terminal e,
particularmente , do esfíncter íleocecal
pode reduzir uma complicação importante.
Essa complicação é a :
a)Anemia megaloblástica
b)Diarréia
c)Hipocalcemia
d)Litíase renal de oxalato de cálcio
e)Osteopenia
CORPO DE BOMBEIROS
• A sindrome de dumpíng é uma resposta
fisiológica complexa à presença de
alimento não digerido no jejuno, ocorre
frequentemente após vagotomia e
gastrojejunostomia. Você não prescreveria
para esses pacientes:
• A) Dieta rica em proteínas
• B) pectina
• C)dieta moderada em gorduras
• D)dieta rica em carboidratos simples
• E) líquidos entre as refeições
CORPO DE BOMBEIROS

• Paciente com disfagia apresenta:


• A) sensação de dor em queimação
retroesternal
• B) deglutição dolorosa
• C)dificuldade para deglutir
• D)fezes negras contendo sangue
digerido
• E)vômito contendo sangue
CORPO DE BOMBEIROS
• Entre os fatores patogênicos no desenvolvimento
da doença ulcerosa péptica existe um que é
considerado tanto para úlcera gástrica quanto
para a úlcera duodenal. Assinale-o:
• A)resposta secretória ácida aumentada
• B)Infecção por Helycobacter pylori
• C)massa e sensibilidade de células parietias
aumentadas
• D)fluxo sanguíneo mucoso diminuído
• E)função pilórica anormal
CORPO DE BOMBEIROS
• Pacientes portadores de doença celíaca ou
espru não tropical apresentam dano às
vilosidades da mucosa intestinal
resultando malabsorção de todos os
nutrientes. O cuidado nutricional deverá
ser fundamentado na:
• A)retirada do milho, batata e arroz
• B)retirada da tapioca, araruta e soja
• C)retirada do trigo, aveia e centeio
• D)retirada da cevada, milho e trigo
• E)retirada do trigo, milho e centeio
CORPO DE BOMBEIROS
• A perda do íleo terminal é mais
problemática que a perda do jejuno devido
às fuñções ileais que envolvem a absorção
de :
• A)ferro
• B)Cálcio
• C)vitamina B12
• D)vitamina C
• E) vitamina B1
SECRETARIA MUNICIPAL DE
SAÚDE
• Após uma cirurgia gástrica tipo billroth II,
a resposta fisiológica à presença de
alimento não digerido no jejuno chama-se
de:
• A)Síndrome de Guillain-Barré
• B)Síndrome do intestino irritável
• C)Úlcera de curling
• D)Síndrome de dumping
• E)síndrome de Sjögren
SECRETARIA MUNICIPAL DE
SAÚDE
• Dietas pobres em resíduo são
indicadas no pré-operatório de
cirurgias abdominais para evitar:
• A)aspiração por vômitos
• B)infecção no cólon
• C)nutrição parenteral
• D)jejunostomia
• E)taquicardia
• Na síndrome de “dumping”, para o
paciente, é incorreto:
• A) deitar-se após se alimentar
• B)evitar tomar líquidos com as refeições
• C)usar triglicerídeos de cadeia média se
apresentar esteatorréia
• D)consumir pequenos volumes e fracionar
mais vezes/dia as refeições
• E)ingerir doces concentrados e leite
• Para diminuir a probabilidade do refluxo
gástrico , o indivíduo:
• A)deve deitar-se imediatamente após
alimentar-se
• B)deve consumir dieta rica em gordura e
proteínas
• C)deve consumir apenas 3 refeições por
dia
• D)deve consumir dieta rica em gordura
• E) não deve deitar-se até 3 horas
após alimentar-se
SEAD
• Em relação à DII , é correto afirmar que a(o):
• A) Doença de Crohn envolve apenas o colo,
estendendo-se a partir do reto
• B)colite ulcerativa envolve tipicamente o intestino
delgado e grosso de maneira segmentar
• C)Diarréia sangrenta é rara na colite ulcerativa
• D)TGI é o principal orgão imune por ser
revestido com grande quantidade de células
imunes
• E) tratamento de doença de Crohn inclui sempre
a cirurgia
SEAD
• A incidência de diverticulose aumenta com o
envelhecimento , provavelmente devido a uma
diminuição gradual na força de tensão da mucosa
intestinal. Esta condição pode ser resultado,
também, de erros alimentares. Para pacientes
com acesso agudo de diverticulite é
recomendada uma dieta:
• A)com aumento de fibras
• B)com aumento de fribras e proteínas
• C)Com pouco resíduo , aumento de fibras e
densidade enérgética aumentada
• D) Com pouco resíduo ou elementar
• E)Elementar com aumento de fibras e lípídos.

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