Sie sind auf Seite 1von 2

O BON

Antnio Torrado
escreveu e Cristina Malaquias ilustrou

O senhor Alpio foi comprar um bon. O que usava j


tinha perdido a cor de tanto sol e tanta chuva que apanhara. O senhor Alpio trabalhava ao ar livre, nas obras, preciso que se saiba. Quero um bon com pala pediu o senhor Alpio, quando chegou loja. O caixeiro da loja ter pensado que todos os bons tm pala. Sem pala, s boinas. Ou barretes. Mas no comentou. Que tal um destes azuis, acabados de chegar da fbrica? perguntou o caixeiro. O senhor Alpio provou, viu-se ao espelho e no gostou. E este, com quadradinhos castanhos? O senhor Alpio provou, viu-se ao espelho e no gostou. E este verde escuro? 1
APENA - APDD Cofinanciado pelo POSI e pela Presidncia do Conselho de Ministros

O senhor Alpio provou, viu-se ao espelho e no gostou E este s risquinhas encarnadas? O senhor Alpio provou, viu-se ao espelho e no gostou. O caixeiro comeava a achar que aquele fregus no era fcil de contentar. Sobre o balco, um monte de bons abandonados... O senhor Alpio j se dispunha a sair em cabelo, muito desconsolado, se no tivesse visto, no meio dos bons rejeitados, um que lhe chamou a ateno. Provou-o, viu-se ao espelho e gostou: Levo este. Mas o que o senhor trazia na cabea, quando entrou na loja disse-lhe o desolado caixeiro. Ai, ? Levo na mesma e saiu da loja, muito satisfeito, com um bon ou cinzento deslavado ou castanho ruo ou antes assim-assim.

FIM

2
APENA - APDD Cofinanciado pelo POSI e pela Presidncia do Conselho de Ministros

Das könnte Ihnen auch gefallen