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Piaget

Psicologia da criança Vs Psicologia genética


crescimento mental desenvolvimento
individual(ontogénico)
desenvolvimentos das condutas em base na psicologia geral
é um sector particular da
embriologia geral

Piaget adopta a psicologia genética, porque:


”Se a criança apresenta enorme interesse em si mesmo, a isso deve acrescentar-
se, na verdade, o facto de a criança explicar mais o homem do que o homem explica
a criança“ (Piaget, 1995, p.8)
(distancia-se da teoria do Homúnculo em que considerava que a criança era um
homem em ponto pequeno. Segundo Piaget todo o conhecimento se adquire por um
duplo processo de assimilação/acomodação. Toda a aprendizagem começa nos
reflexos que podem ser hereditários ou adquiridos).
Assimilação  implica sempre a integração do novo. Uma vez assimilada uma
modalidade funcional, vai-se efectuar-se um aperfeiçoamento.
Acomodação  Aperfeiçoamento (da modalidade funcional).

 Onde ”acabam“ os sistemas fisiológicos automáticos e iniciam os processos de


sistematização do funcionamento primitivo?

 Parece haver ”condutas“ quase desde o início da vida

 A inteligência sensório-motora – Estádio I

a) os reflexos de sucção (presentes ao nascer):


- a importância do exercício (é através do exercício que se desenvolvem os
reflexos)
- o contacto como meio (aprendizagem, faz-se com a relação com o meio e o
organismo)
a) no desenvolvimento dos reflexos
b) na sua coordenação

 O relflexo sucção não se compara a um motor. Constitui um desenrolar histórico


de tal modo que cada período depende dos precedentes e condiciona os seguintes,
numa evolução realmente orgânica.
Nota: Piaget condiciona o organismo como estrutura organizadora e não
como variável intermediária de redução de necessidade.
Estabelecem através:
- da reacção circular (ex: brincar com a língua, chupar sistematicamente
com o polegar)
- dum aumento da passividade (pelas acomodações progressivas)
- da coordenação de esquemas heterogéneos (vai aprimorando estes
esquemas)

Piaget distingue 2 tipos e assimilação: assimilação funcional (mais primitivo)


assimilação recognitiva (reconhecimento)

O reflexo de sucção
 ”é um esquema geral de movimentos coordenados, o qual (…) dará
(…) lugar, a uma percepção dos objectos (…) a uma consciência de atitudes para em
qualquer integração sensório-motora ligadas à sensibilidade dos lábios e da boca“

constrói-se um reconhecimento: - prático (assenta na relação)


- motor
baseado na acção
e nos sentidos.

Nota: a repetição do reflexo leva para si própria a assimilação reconhecedora como


sendo toda ela a prática, constitui o início do conhecimento.

A adaptação reflexa desenvolve-se por 3 patamares motores:


1- repetição cumulativa (a criança repete vezes sem conta um comportamento e
esta repetição leva a uma memorização do comportamento)
2- generalização da actividade
3- reconhecimento motor (com a repetição do comportamento a criança manifesta
que conhece o objecto)

Quando um reflexo é inibido como é que a criança se desenvolverá? Como vai


desenvolver a sua inteligência?

Piaget diz que: as buscas orientadas são o início da assimilação/acomodação. São a


primeira manifestação de um dualismo desejo/satisfação

- O psiquismo resulta do prolongamento da organização reflexa e dela depende.

O aço de sucção (organização psicológica)


significação (seio materno)
procura dirigida (no início faz por ensaio e erro, por fossamento e a certa
altura aprende o caminho directo)
O reflexo é:
montagem hereditária (biológica, tem na sua base uma especificação humana, que
impede o indivíduo para a relação)
facultador, pelo exercício, da utilização individual da experiência

Os Hábitos Estádio II

Nesta etapa dos hábitos, estabelece-se a passagem de uma adaptação


reflexa e fisiológica, para uma adaptação adquirida, que implica uma aprendizagem
dos dados existentes no meio exterior.

Na sucção há a aquisição de duas reacções circulares:


- a profusão sistemática da língua
- a sucção do polegar

Constituem ambos os primeiros exemplos de uma conduta que prolonga o
exercício funcional próprio do reflexo (sucção no vazio, etc) mas com a aquisição
de um elemento qualquer exterior aos mecanismos hereditários.

Não se trata de associações impostas pelo meio ambiente, mas de relações
descobertas e mesmo criadas no decurso do percurso que é da própria criança.
A reacção circular caracteriza-se por;
- aquisição
- actividade

Os reflexos após assimilação e acomodação passam a integrar os hábitos!!

Estádio III – Reacções Circulares

Acontecem quando se estabelece a coordenação da visão e da preensão, e


se inaugura uma nova série de comportamentos denominados as adaptações
intencionais.

Mas: Haverá intenção sem representação?

”A inteligência precede a linguagem e todo o acto de inteligência sensório-


motor supõe a intenção“ (Piaget, 1986, p.161)

aqui não existe uma diferenciação entre a finalidade e o meio (o jogo do
guiso!)

A criança percebe que para atingir determinado fim, precisa de articular


determinado meio.
Estádio IV – Inteligência prática

Impõem-se ao indivíduo uma finalidade prévia, independentemente dos


meios que vai empregar (ex: alcançar um objecto demasiado distante ou que acaba
de sumir debaixo dos cobertores)

• Os meios ainda não se diferenciam, só mais tarde pega na mão do adulto no


sentido do objecto pretendido

• Coordenam-se os meios e as finalidades e aplicam-se as novas situações

- Relativamente à inteligência prática há umas experiências práticas que no


domínio da psicologia animal estudou o animal com chimpanzés e colocou-os numa
jaula com fome e com bananas do lado de fora e colocou canas que encaixavam
umas nas outras de modo a chegarem ao alimento. Assim através de ensaio e erro
ele foi tentando e consegui alcançar o alimento assim demonstrou ter uma
inteligência prática. O conhecimento baseado e feito a partir do momento é:
inteligência prática.

Estádio V
(procura de meios novos por diferenciação dos esquemas conhecidos)

• Observam-se aqui ”as condutas de suporte ou de suplência“

- Se o objecto for colocado distante da criança em cima de um tapete,


puxará o tapete para atingir o objecto

- Há uma uma adequação mais clara dos meios e dos fins (a criança não
chora, mas puxa o tapete para alcançar o brinquedo).

Estádio VI – Insight

A criança torna-se capaz de encontrar novos meios através de combinações


interiorizadas, que redundam numa compreensão súbita de ”insight“

capacidade que a criança tem de


perceber de
forma diferente e integrada uma nova
situação.

Ex: da caixa de fósforos: - pelo tarteio (conduta de superfície)


- compreensão imediata das situações

”É graças a uma série ininterrupta de assimilações de diversos níveis (I a


II) que os esquemas sensório-motor se tornam susceptíveis de novas combinações
e interiorizações que possibilitam, finalmente a compreensão imediata em certas
situações“
(Piaget, 1995, p. 16)

A criança deixa de funcionar pelo sensório-motor para funcionar por uma


capacidade simbólica associativa.

Operações Concretas – 1,5 a 5,5 anos


- Etapa pré-operatória: criança organiza a dessubjectivação do mundo. A criança
tenta distinguir o sujeito que ela é do mundo que a rodeia, é necessário adquirir a
noção de objecto permanente
- Etapa das operações concretas

Construção do real:

1- Objecto permanente: psicanalistas (como Spitz) defendem que acontece aos 7


ou 8 meses, aquando da angústia do 8º mês. A mãe torna-se representável para a
criança e tem um papel especial.
Piaget diz que ”se esquemas de grandes categorias de acção organizativas
do real levadas a cabo pela inteligência sensório-motora. O mundo inicial é um
mundo sem objectos, que consiste em quadros móveis e inconscientes…“

2- Conservação do objecto: é um esquema do objecto permanente solidário com:


a) a organização espacio-temporal
b) com a estruturação causal

a) Espaço e tempo: no início não há ordem temporal que englobe objectos e


acontecimentos (…) apenas conjuntos de espaços heterogéneos, todos os centrados
no próprio corpo

b) Causalidade: é um processo evolutivo lento onde se confunde o próprio


com a matéria exterior
- no início há uma causalidade mágico-fenomenista: a saída desta
funcionalidade pressupõe a organização de consciência do eu, assim nasce a
dissociação da realidade.

A criança tem que abandonar a concretude que Piaget designa como realismo
de pensamento para adquirir a consciência do eu. Para tal, Piaget considera 4
estapas desenvolvimentais:

1- realismo absoluto: instrumentos do pensamento não estão distintos e


parecem existir só as coisas.
2- realismo imediato: os instrumentos do pensamento são distintos das
coisas mas situados nelas.

3- realismo mediato: os instrumentos do pensamento são ainda concebidos


como espécies de cisas e situados ao mesmo tempo no corpo e no meio ambiente.
4- subjectivismo ou relativismo: os instrumentos do pensamento são
situados em nós, ”A representação do mundo da criança“ (Piaget, p.106)

• A representação é inicialmente absoluta fazendo o espírito penetrar na


própria coisa:
- A essência funcional é a projecção, colocando-se a criança no centro do
mundo surgindo:
a) animismo: criança dá vida e consciência aos seres inanimados
b) a magia: consiste na crença de que, pela participação a criança pode
modificar a realidade.

Piaget distinguiu 4 tipos de magia:

1- Magia por participação dos gestos e das coisas (ex: não toques aí porque
acontece algo de mal)
2- Magia por participação do pensamento e das coisas
3- Magia por participação de substância
4- Magia por participação de intenções (magia por comando)

A estruturação progressiva do universo leva o indivíduo a reconhecer que as


coisas não se situam somente em si mas na relação sujeito-mundo.

 A função simbiótica ou simbólica:


- Aparece entre o ano e meio e os 2 anos e é fundamental para a evolução das
condutas
- Permite representar alguma coisa por meio de um ”significante“ diferente e
específico.

Esta função, tem na sua base a construção de significações das coisas e


objectos e tem também como propósito permitir à criança criar teorias acerca do
mundo.
Desta forma, podemos considerar que os dois grandes motores desta etapa
desenvolvimental são:
- a linguagem;
- a socialização

As 5 condutas de evocação:
1) a imitação diferida: organiza-se no primado sensório-motor e tem origem na
imitação (1 chora todos os putos choram)
2) o jogo: ajuda a criança a elaborar o seu mundo e o seu pensamento (se a criança
está zangada com a mãe, pode simbolicamente traduzir isso ao brincar com as suas
bonecas)
3) desenho: situa-se entre o jogo e a imagem mental: desenho por exercício,
realismo gorado (real muito distorcido), realismo intelectual, realismo visual
(desenho real)
4) imagens mentais:
Piaget defende que estas não são um simples prolongamento da percepção
a) do ponto de vista neurológico: a evolução de um movimento
desencadeia as mesmas ondas eléctricas corticais ou musculares
que o exercício material do movimento
b) do ponto de vista genético: se a imagem fosse um simples
prolongamento da percepção

O autor defende 2 tipos de imagens:


as reprodutoras (reprodução de imagens)
as antecipadoras (imaginar o futuro)

Para Piaget:
- A génese do pensamento resulta:
da linguagem
do pensamento

- A linguagem possibilita:
poder contar as usas emoções, acções
poder reconstruir o passado
antecipar acções futuras

- A linguagem conduz:
a socialização das acções
ao veicular de conceitos que levam ao pensamento colectivo

A linguagem: ”com a palavra é a vida interior, como tal, que é posta em comum e (…)
quem se constrói conscientemente, na exacta medida em que começa a poder
comunicar-se“
(Piaget, 2000, p. 22)

A linguagem evidencia 3 grandes categorias de factos:

1) os factos de subordinação

2) os factos de troca: conduzem a formar a própria acção


conduzem a fazer a narrativa às acções
transformam as condutas materiais em pensamento
3) a criança fala consigo própria (monólogos que acompanham os seus jogos
e a sua acção)

Até aos 7 anos assiste-se um monólogo colectivo entre as crianças:


- as primeiras condutas sociais ”permanecem ainda a meio caminho da socialização“
- (…) o indivíduo permanece ainda centrado em si próprio e este egocentrismo, para
com um grupo social reproduz
- prolonga.

Intuição: simples interiorização das percepções e dos movimentos sob a forma de


imagens representativas e de ”experiências mentais“ que prolongam assim os
esquemas sensório-motores sem coordenação propriamente racional (Piaget 2000)

muito rígida, não permite divagações

1 = 2 + açúcar: noção de conservação


da substância

A criança diz que 2 tem mais


Como é que a criança justifica a dissolução do açúcar:

- até aos 7 anos: desaparece e o copo fica com a mesma quantidade


- a partir dos 7 anos: o açúcar fica lá dentro  mais substância

mas não há noção que o peso de 2 aumenta


- aos 9 anos a criança já actua de forma conservadora em relação à
substância e ao peso, mas ainda não há conservação do volume

só aos 11/12 anos

Neste processo: leitura da realidade como extensão do aparelho sensório-motor

transição para o aparelho operatório

Qual tem mais?


criança diz que tem mais

1.º - Conservação da substância


2.º- Conservação de líquidos
3.º - Conservação do peso
4.º - Conservação do volume

Operações: possibilitam observar as situações nos seus componentes e são


reversíveis, permitem maior flexibilidade mental e aumento do campo de
flexibilidade do indivíduo (assenta na lógica imanente dos objectos e suas relações,
são no esquema visual)
Relacionamos as coisas através da multiplicação, da soma, divisão e
subtracção. O indivíduo torna-se capaz de pensar o real.

Operações abstractas/formais:
- adquire-se na pré-adolescência
- o indivíduo induz, a partir de hipóteses, o mundo que o rodeia
- consegue construir esquemas hipotéticos e segui-los. Construir a partir
deles modos de vida.

Diz Piaget:

”As operações formais consistem numa lógica de preposições ao contrário das


lógicas das relações” das classes e dos números, mas o sistema das ”implicações“
que regulam estas preposições não constitui se não a tradução abstracta das
operações concretas“

O autor pretende dizer que o adolescente estende a abstracção intelectual,


as operações lógicas previamente ensaiadas no período das operações concretas.
Nem toda a gente consegue atingir esta fase. Este nível hipotético e de
abstracção só se concretiza se a fase das operações concretas for bem resolvida.

Egocentrismo intelectual: o adolescente fica no centro do mundo.

Em resumo:
A adolescência é um período de transição entre a infância e a idade adulta
que tem como tarefas essenciais a inserção no mundo adulto e que para isso tem
como tarefas parciais os resolver os vários lutos, a construção da sua própria
identidade triplica a aquisição de competências por ser íntima.

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