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a) Nordestinos: em sua maioria retirantes das secas que assolavam o sertão brasileiro
nas décadas finais do século XIX. Eram cearenses, pernambucanos, potiguares, etc.
Desta forma os seringais caracterizavam-se por uma étnica e cultural. Nesta teia de
diversos indivíduos que vieram para a Amazônia, destacam-se a febre pela busca do
“ouro branco”, que motivou brancos, índios e negros, europeus, asiáticos a se
embrenhar na mata em busca de riqueza.
3- O Sistema de Aviamento
MERCADO
INTERNACIONAL
PE
B+$
B+$
AVIADORES DE 1ª LINHA
PE
B+$
AVIADORES DE 2ª LINHA
PE
B+$
EXTRATORES
Todos eram empregados dos seringalistas. Como você está percebendo o funcionamento
de um seringai mobilizava uma diversidade de trabalhadores e de profissões.
Roberto Santos
O seringai era um lugar de trabalho duro: longas jornadas, doenças tropicais (febre
amarela, malária, etc.), conflitos com tribos indígenas, conflitos com animais ferozes
como onça, cobras, etc.
Mas não somente de conflitos e dureza viviam os seringais. Além da rotina estafante
os seringais podiam abrigar momentos de sociabilidade e identidade coletivas.
Nas ocasiões de festas religiosas dos santos os barracões mudavam sua função,
deixando de ser um local de trabalho para ser um local de sociabilidade coletiva:
orações, novenas, balizados, celebrações de diversas naturezas.
Mas o barracão também abrigava festas profanas. Os bailes noturnos eram animados
e muitas vezes seguiam até a madrugada. Em muitos casos, dada a falta de mulheres, os
homens dançavam entre si, revezando na condição de damas e cavalheiros. Em outros
casos os seringalistas traziam prostitutas da cidade para animar os bailes. Festa geral no
seringai. Não eram poucos os que se endividavam junto ao guarda livros, pois como no
seringai não circulava moeda era preciso aumentar a dívida para fazer o pagamento das
mulheres.