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Índice
[esconder]
• 1 A pressão da economia
• 2 Governo Figueiredo
• 3 A Reação dos militares radicais
o 3.1 A Linha dura resiste com bombas
o 3.2 Mais bombas
o 3.3 O Caso Riocentro
• 4 Eleições de 1982
• 5 Diretas Já
o 5.1 Diretas, mas não agora
• 6 A primeira sucessão presidencial civil pós ditadura
o 6.1 A Frente Liberal
o 6.2 A Corrida Presidencial
o 6.3 A Eleição
História do Brasil
o 6.4 A Morte de Tancredo Pré-colonial (antes de 1500)
Pindorama | Povoamento | Índios |
• 7 Ver também Tordesilhas
Colônia (1500-1822)
Descobrimento | Caminha
[editar] A pressão da economia
Engenhos | Feitorias | Sesmarias |
Capitanias | Pacto Colonial União
Segundo analistas econômicos, o crescimento da dívida Ibérica | Franceses | Holandeses |
externa, mais a alta dos juros internacionais, associadas à Nassau | Reação | Expulsão
alta dos preços do petróleo, somaram-se e Bandeirantes | Sertanismo |
desequilibraram o balanço de pagamentos brasileiro. Entradas e bandeiras | Tráfico
negreiro | Quilombos e
Conseqüentemente houve o aumento da inflação e da Quilombolas Palmares | Ganga
dívida interna. Zumba | Zumbi Missões | Guerra
Guaranítica | Ciclo da pecuária |
Com estes fatores, o crescimento econômico que era Mascates | Emboabas | Ciclo do
ouro | Quilombo do Campo
baseado no endividamento externo, começou a ficar cada Grande | Derrama| Inconfidência
vez mais caro para a Nação brasileira. Apesar dos sinais Mineira | Tiradentes | I. Baiana | I.
de crise, o ciclo de expansão econômica iniciado em Carioca | Abertura dos Portos |
meados de 1970 não foi interrompido. Os incentivos à Transferência da corte portuguesa
para o Brasil
projetos e programas oficiais permaneceram, as grandes Império (1822-1889)
obras continuaram alimentadas pelo crescimento do Pedro I | Fico | Independência |
endividamento. Primeiro Reinado | Equador |
Cisplatina
Com a crise econômica veio a crise política, nas fábricas,
Abdicação | Regência | Ato
comércio e repartições públicas o povo começou um Adicional Balaiada | Sabinada |
lento e gradual descontentamento. Iniciou-se uma crise Cabanada | Cabanagem | Malês |
silenciosa onde todos reclamavam do governo (em voz Farroupilha | Pedro II |
baixa) e de suas atitudes. Apesar da censura e das Maioridade | Segundo reinado |
Liberais | Praieira | Mauá |
manipulações executadas pela máquina estatal numa Christie | Aguirre | Oribe e Rosas |
tentativa de manter o moral da população, a onda de Guerra do Paraguai | Caxias |
descontentamento crescia inclusive dentro dos quadros Osório | Abolição | Republicanos
das próprias Forças Armadas, pois os militares de baixo República (1889-2009)
escalão sentiam na mesa de suas casas a alta da inflação. 15 de novembro | Deodoro |
Floriano | República da Espada |
República Velha | Rebeliões |
Vendo que não havia mais saída sem crise, os militares Coronelismo | Oligarquias | Café-
liderados por Geisel, resolveram iniciar uma abertura com-Leite | Política dos
política institucional “lenta, gradual e segura”, segundo Governadores | Canudos | Armada
Federalista | Ciclo da borracha |
suas próprias palavras. Acre | Contestado
Ficou famoso pela sua frase, ao ser questionado sobre a abertura política: "É pra abrir
mesmo. Quem não quiser que abra, eu prendo e arrebento!"
Em 28 de agosto de 1979 é sancionada a lei 6683, que concede Anistia aos cassados
pelo regime militar. A lei também concedia anistia aos membros do governo acusados
de tortura.
Em 1980:
• 18/01 – desativada bomba no Hotel Everest, no Rio, onde estava hospedado
Leonel Brizola.
• 27/01 – bomba explode na quadra da Escola de Samba Acadêmicos do
Salgueiro, no Rio, durante comício do PMDB.
• 26/04 – show 1º de maio – 1980 – bomba explode em uma loja do Rio que
vendia ingressos para o show.
• 30/04 – em Brasília, Rio, Porto Alegre, Curitiba, Belo Horizonte, Belém e São
Paulo, bancas de jornal começam a ser atacadas, numa ação que durou até
setembro.
• 23/05 – bomba destrói a redação do jornal ‘Em Tempo’, em Belo Horizonte.
• 29/05 – bomba explode na sede da Convergência Socialista, no Rio de Janeiro.
• 30/05 – explodem duas bombas na sede do jornal ‘Hora do Povo’, no Rio de
Janeiro.
• 27/06 – bomba danifica a sede da Casa do Jornalista, em Belo Horizonte.
• 11/08 – bomba é encontrada em Santa Teresa, no Rio de Janeiro, num local
conhecido por Chororó. Em São Paulo, localizada uma bomba no Tuca, horas
antes da realização de um ato público.
• 12/08 – bomba fere a estudante Rosane Mendes e mais dez estudantes na cantina
do Colégio Social da Bahia, em Salvador.
• 27/08 – no Rio, explode bomba-carta enviada ao jornal ‘Tribuna Operária’.
Outra bomba-carta é enviada à sede da OAB, no Rio, e na explosão morre a
secretária da ordem, Lyda Monteiro. Ainda nesta data explode outra bomba-
carta, desta vez no prédio da Câmara Municipal do Rio.
• 04/09 – desarmada bomba no Largo da Lapa, no Rio.
• 08/09 – explode bomba-relógio na garagem do prédio do Banco do Estado do
Rio Grande do Sul, em Viamão.
• 12/09 – duas bombas em São Paulo: uma fere duas pessoas em um bar em
Pinheiros e a outra danifica automóveis no pátio da 2ª Cia. De Policiamento de
Trânsito no Tucuruvi.
• 14/09 – bomba explode no prédio da Receita Federal em Niterói.
• 14/11 – três bombas explodem em dois supermercados do Rio.
• 18/11 – bomba explode e danifica a Livraria Jinkings em Belém.
• 08/12 – o carro do filho do deputado Jinkings é destruído por uma bomba
incendiária em Belém.
1981:
A bomba explodiu enquanto era manipulada, e preparada para ser detonada junto à
caixa de força e luz do estacionamento do Riocentro, a fim de cortar a energia e gerar
pânico entre os freqüentadores do show.
Uma segunda bomba explodiu na caixa de energia, mas sem conseguir cortar a luz no
local do show. Uma terceira bomba teria sido encontrada, intacta, no carro das vítimas.
Um Inquérito Policial Militar foi aberto para apurar o caso, e a versão oficial foi de que
as bombas foram implantadas no carro para matar os militares.
O objetivo dos militares da linha-dura era atribuir o atentado à extrema esquerda. Para
dar respaldo a esta versão, os agentes providenciaram, juntamente com o atentado, para
que diversas placas de trânsito nas vias de acesso ao Riocentro fossem pichadas com a
sigla VPR, do grupo Vanguarda Popular Revolucionária, que fora comandado pelo
Capitão Carlos Lamarca nos anos 70. O que eles ignoravam é que a VPR já havia sido
extinta e desmantelada pelas próprias forças da repressão.
[editar] Diretas Já
Em 1984, ainda com extremistas da “linha dura” manobrando contra, se iniciou a
campanha chamada de "Diretas já". Esta tinha como mote a aprovação da Proposta de
Emenda Constitucional do Deputado Dante de Oliveira. Apesar da intensa mobilização
popular, com comícios em todo o país, faltaram 12 votos para atingir a maioria de 2/3
necessária e a proposta não foi aprovada na Câmara dos Deputados em 25 de abril de
1984.
No dia 14 de julho foi realizada uma reunião no palácio Jaburu, sede da vice-
presidência da República, entre representantes do PMDB e da Frente Liberal do PDS,
em que ficou acertada a composição da chapa Aliança Democrática para enfrentar o
PDS no colégio eleitoral. No dia 7 de agosto, nova reunião definiu que caberia à Frente
Liberal indicar o vice-presidente na chapa. José Sarney foi o escolhido. Ulysses
Guimarães ficou com a coordenação da campanha.
No dia 11 de agosto, o PDS realizou sua convenção e Paulo Maluf derrotou Mario
Andreazza. No dia seguinte, o PMDB homologou a chapa Tancredo/Sarney. Sarney
havia se filiado ao PMDB por exigência da lei eleitoral, pois a Frente Liberal não era
um partido. No dia 14, Tancredo renunciou ao cargo de governador de Minas Gerais,
entrando no seu lugar o vice Hélio Garcia, que politicamente reformou o secretariado,
incluindo membros da Frente Liberal.
No dia 21 de setembro, os altos comandos das forças armadas se reuniram para analisar
a corrida presidencial. Exército e Aeronáutica lançaram notas oficiais alertando para
possíveis riscos de radicalização e consequente ruptura do processo democrático,
enquanto a Marinha simplesmente reafirmava sua posiçao de cumprimento de suas
atribuições constitucionais.
[editar] A Eleição
No dia 15 de janeiro de 1985, Tancredo foi eleito com 480 votos contra 180 de Paulo
Maluf, com 17 abstenções e 9 ausências. Tancredo recebeu os votos do PMDB, da
Frente Liberal, do PDT e de dissidentes do PDS e do PT. O PT não participava da
aliança e se recusou a legitimar o colégio eleitoral.
No dia 14 de março, véspera da posse, Tancredo Neves foi internado ás pressas, sob o
diagnóstico de apendicite. Tancredo foi operado no Hospital de Base de Brasília pelos
médicos Renault Matos Ribeiro e Pinheiro da Rocha aos 37 minutos do dia 15. O
diagnóstico passou a ser diverticulite. Discutiu-se se deveria assumir Sarney, o vice, ou
o presidente da câmara, Ulysses Guimarães. O próprio Ulysses defendeu que Sarney
deveria assumir, o que de fato aconteceu. José Sarney assumiu o cargo interinamente.
Figueiredo, desafeto de Sarney, se recusou a passar a faixa presidencial.
No dia 20 de março Tancredo foi operado pela segunda vez. Houve desentendimentos
entre os médicos sobre os resultados da cirurgia. Tancredo foi conduzido ao Instituto do
Coração do Hospital das Clínicas de São Paulo, onde, em 26 de março, sofreu a terceira
cirurgia, realizada pela equipe do doutor Henrique Pinotti.
O país todo ficou acompanhando o quadro médico de Tancredo, dia a dia. Os boletins
médicos eram lidos pelo jornalista Antônio Brito, porta-voz da presidência.
Até hoje se discute a real causa da morte de Tancredo. Há quem fale em assassinato e
golpe. Todos os acontecimentos são considerados muito estranhos e diversas versões
para os fatos são apresentadas.
A ditadura, curiosamente terminava, mas quem estava no poder era José Sarney e seus
aliados, todos do PDS, antiga ARENA, partido oficial do governo.