Jornal do ENSINO SUPERIOR Filiado à

Informativo do Sindicato dos Professores em Estabelecimentos Particulares de Ensino do Distrio Federal – Ano I - Nº 6 – Julho de 2006

CONVENÇÃO COLETIVA
CAMPANHA DE
SINDICALIZAÇÃO

Sinproep fecha acordo; houve Vale a pena

se organizar
avanços em relação a 2005 Pense como o Brasil é um país
injusto e desigual. Agora pense
nosso país sem a representação dos

N
o último dia 19 de ju- ao professor um valor menor que considerando a tenra existência trabalhadores – o sindicato. Seria,
nho, o Sinproep fechou R$ 19 por hora-aula. do Sindicato, “houve avanços em talvez, muito pior!
o acordo salarial com Houve ainda a reposição in- relação ao acordo de 2005”, des- É com base nesta assertiva que o
o Sindepes (Sindicato tegral do INPC (Índice Nacional tacou von Zuben, concordando Sinproep desenvolve suas relações
com a sociedade para criar uma
das Mantenedoras de Estabele- de Preços ao Consumidor), cujo com Rodrigo. rede de proteção social para os
cimentos Particulares de Ensino índice entre abril de 2005 e maio Pelo acordo, o professor que professores sindicalizados e seus fa-
Superior). Segundo o presidente de 2006 foi de 3,34%. A proposta tiver até dois filhos estudando na miliares – maridos (companheiros),
do Sinproep, Rodri- mulheres (companheiras) e filhos.
instituição, agora O Sindicato serve para defender
go de Paula, foi um terá direito a bol- os interesses individuais e coletivos
bom acordo, consi- sas de estudo com dos trabalhadores. Para que nossas
derando a realidade desconto de 75%. lutas sejam exitosas, é imprescindí-
da categoria, cujo vel mais que vontade, é necessário
Cláusulas clareza de objetivos e organização.
Sindicato foi funda- No campo da luta sindical e
do em outubro de sociais política, uma das vantagens de ser
2005. Um aspecto im- sindicalizado é ter participação
Em relação às portante nas ne- direta nos benefícios econômicos
oriundos do êxito das campanhas
cláusulas econômi- gociações foi o en- salariais. Melhorar o salário e con-
cas houve avanços, tendimento para dições de trabalho depende de luta
constata o diretor criar um grupo de e organização da categoria.
do Sindicato Mar- trabalho tripartite BENEFÍCIOS SOCIAIS
cos von Zuben. O — professores, Sin- Além das questões políticas e
acordo de 2006, que proep e Sindepes econômicas, o Sindicato constrói
é retroativo, isto — a fim de estu- uma rede de convênios para aten-
é, as instituições dar a instituição de der os sindicalizados. Na Drogaria
Rosário, o sindicalizado tem 8%
terão que pagar a um plano de saúde de desconto sobre os medicamen-
diferença salarial para a categoria, tos e perfumaria e 15% sobre os
de maio e junho extensivo ao cônju- genéricos.
— para aquelas que ge e filhos; além de Há ainda convênio com o Envol-
ver (Instituto Transdiciplinar em
ainda não pagaram estudar outras me- Saúde Educacional), que oferece
junho — pois a data didas que busquem 50% de desconto nas consultas de
base da categoria é O presidente do Sinproep, Rodrigo de Paula (E), melhorar a saúde alteração de voz, fala, audição,
no mês de maio. discute com representates do Sindepes do professor. linguagem, escrita e alterações na
motricidade orofacial, sobre con-
Na avaliação do sultas particulares.
Números do Sinproep de aumentar a grati- presidente do Sinproep, que O Instituto Anglo-Ispânico ofere-
O piso salarial da categoria ficação de regência de 1,2% para está em campanha de filiação, os ce 40% de desconto nas mensalida-
agora é R$ 19, houve um aumento 2% também foi aceita. acordos salariais podem melho- des dos professores sindicalizados
e seus dependentes. A Bancobrás
de aproximadamente 5%; o piso O percentual das duas bolsas rar se houver mais mobilização oferece 10% de desconto sobre sua
anterior era de R$ 18,16. Assim, de estudo por professor aumen- da categoria e fortalecimento do tabela de autos.
nenhuma instituição poderá pagar tou de 50% para 75%. Assim, Sindicato.
 Jornal do
Julho de 2006

PARCERIA
Visão do SINPROEP

Importância do Sindicato Sinproep e Uniceub

celebram convênio para
A
vida e a prática têm demonstrado que os professores das
instituições privadas de ensino careciam de um sindicato. O
acordo fechado com o sindicato patronal é a melhor expressão
qualificar professores
desta assertiva. Com o convênio, professores de instituições privadas de ensino
Mas pode melhorar. Tudo dependerá do nível de mobilização — daqui poderão estudar no Uniceub com descontos mensais que variam
para frente — da categoria. Ou seja, a categoria não vai conquistar vitó- entre 25% a 30% nas mensalidades para os cursos de graduação
rias salariais e sociais pelo simples fato de o Sindicato existir. É preciso
fortalecer o Sinproep, torná-lo grande, com um quadro de associados No último dia 14
numeroso e participativo. de junho, o Sinproep
Para isto, o Sinproep convida os professores a se filiarem à entidade; a fechou um convênio
luta coletiva é o melhor caminho entre os anseios da categoria e os êxitos com o Uniceub (foto)
que podemos conquistar agora e no futuro. que vai contribuir
Finalmente, destaque-se que a maneira mais adequada de se criar com a formação dos
melhores condições de trabalho e obter salários mais justos é se organi- professores das ins-
zar, fortalecer o Sindicato e qualificar o debate para a construção de um tituições privadas de
Sinproep à altura dos desafios e demandas da categoria. ensino do Distrito
Federal. Pela parce-
ria, os professores
APOSENTADORIA ESPECIAL sindicalizados vão
dispor de descontos
para estudar na ins-
tituição.
Trabalhadores do Na graduação
em matemática, por
magistério agora têm direito exemplo, o professor
vai ter 30% de desconto na mensa- apenas para lutar por melhores sa-
Lula sanciona lei que amplia aposentadoria especial lidade. Os cursos de turismo, histó- lários e condições de trabalho mais
para trabalhadores da educação ria, geografia, letras, enfermagem, dignas. É também para oferecer à
pedagogia (séries iniciais) e ciências categoria melhores condições para
O presidente Luiz Inácio Lula da tabelece o parágrafo 5º do artigo 40 e o contábeis terão 25% de desconto. E disputar o cada vez mais restrito
Silva sancionou, em 10 de maio, a Lei parágrafo 8º do artigo 201 da Emenda
mais: os sindicalizados ficam isentos mercado de trabalho.
nº 11.301, que altera o artigo 67 da Constitucional (EC) nº 20, reforma da
Lei nº 9.394, de 20/12/96, e amplia o Previdência. da taxa de inscrição no vestibular. Rodrigo, ao celebrar a assinatura
direito a aposentadoria especial para Dessa forma, o direito à redução Segundo o presidente do Sin- do convênio com a reitoria do Uni-
trabalhadores do magistério. de cinco anos na idade e no tempo de dicato, Rodrigo de Paula, “com ceub, lembrou que o Sindicato está
A lei considera funções de magis- contribuição para o gozo da aposentaria esta iniciativa, muitos professores em campanha de filiação e disse que
tério, para efeito de aposentadoria pelos professores da educação infan- que ainda não ingressaram num “vale a pena se filiar ao Sindicato,
especial, as atividades exercidas por til, ensino fundamental e médio, que
especialistas em educação no de- comprovem exclusivo tempo de efetivo curso superior por dificuldades se organizar, pois temos muito a
sempenho de atividades de direção, exercício das funções de magistério, financeiras poderão fazê-lo agora”, oferecer ao professor”.
coordenação e assessoramento peda- passa a ser estendido aos trabalhadores destacou.
gógico. Os profissionais que atuam que atuam nas áreas de coordenação, Ele disse ainda que não se trata
nessas atividades passam a ter direito assessoramento pedagógico e de dire- de uma solução final para as caras
à aposentadoria especial segundo es- ção de unidade escolar.
mensalidades cobradas pelas facul- SERVIÇO
dades, mas “alivia minimamente”
EXPEDIENTE para o professor poder se aperfei- Para maiores informações
Presidente: Rodrigo de Paula Página: www.sinproepdf.org.br
çoar e oferecer uma educação mais sobre o convênio, ligue
Secretaria de Imprensa e Endereço eletrônico: qualificada para os jovens.
Comunicação: Ismar Rios, José Luiz sinproepdf@sinproepdf.org.br (3321-4200), ou venha à
Bianco, Euler Campos, Cíntia de Paula
Sindicalização sede do Sindicato, que
Endereço: SCS Qd. 01 - Bl. K - Salas Edição e redação: Marcos Verlaine
903/04 - Ed. Denasa - 70398-900 Jornalista responsável: Joaquim Jodelle Esta iniciativa é produto da refle- fica no SCS Q.1, Bl. K, Ed
Brasília/DF Tel.: (61) 3321-0042 Diagramação: F4 Comunicação xão coletiva da direção do Sinproep, Denasa, 9º andar.
Fax: (61) 3321-0233 Tiragem: 8 mil
que entende que o Sindicato não é

2

Defesa dos interesses dos
professores e da qualidade do ensino
O
Sindicato é imprescin-
dível para organizar a
categoria e fortalecê-la
para enfrentar as de-
mandas dos professores do ensino
privado no DF. E mais: o Sindicato
é necessário para melhorar as rela-
ções e condições de trabalho. Sem o
Sinproep ou com um Sindicato fraco,
os professores ficarão à mercê das
conveniências dos empresários da
educação.
São mais de cinco mil professo-
res do ensino superior no Distrito
Federal. Há muito tempo fazia-se
necessário construir um sindica-
to mais presente e atuante neste
nível de ensino. Com a grande
expansão do ensino superior na
última década, as demandas dos
profissionais da educação, sejam
por melhorias salariais ou por
enfrentamento a precarização das
relações de trabalho que também
aumentaram.
A estrutura organizacional do
Sinpro não foi capaz de atender ao
aumento das demandas da cate-
goria, o que enfraqueceu o poder
de embate dos trabalhadores das
escolas e faculdades privadas em
relação à organização dos patrões e
seus sindicatos — o dos donos das
escolas (Sinepe) e o das faculdades
(Sindepes).
Dessa forma, com o apoio da
atual diretoria do Sinpro, um
grupo expressivo de professores
das mais signifi cativas escolas e
faculdades privadas, em todos os
níveis e modalidades de ensino,
decidiu pela fundação do Sinproep
(Sindicato dos Professores dos
Estabelecimentos Particulares de
Ensino no DF).
Trata-se de uma constatação
óbvia o fato de os professores da
educação superior do DF estarem
bastante desarticulados no que diz
respeito aos interesses profissionais
da categoria. Isto, talvez, seja reflexo
do longo tempo em que a categoria
passou sem uma representação
efetiva.
Jornal do
CONSTRUIR O SINDICATO
Organização sazonal
Existem algumas associações de
professores no ensino superior em
algumas instituições. Entretanto, a
organização da categoria ainda é
muito incipiente. Nas salas de aula
fala-se da importância da demo-
cracia e da participação popular,
mas paradoxalmente há pouca
orientação para ações coletivas, em
especial para a construção de ins-
tâncias sindicais de representação
da categoria.
Assim, a partir destas consta-
tações importantes é que está em
construção o Sinproep — fundado
em 22 de outubro de 2005 — para
defender os interesses dos profes-
sores do ensino privado.
Demandas
As demandas profissionais da
categoria são de natureza e mag-
nitude diversas. Em relação aos
salários é preciso garantir as repo-
sições salariais, a partir das perdas
inflacionárias. E mais: é preciso
lutar por ganho real de salário, que
corresponda ao aumento de arre-
cadação das instituições de ensino,
cujos reajustes das mensalidades,
em geral, ficam acima dos índices
inflacionários.
Outro aspecto salarial impor-
tante se refere à necessidade de
implantação dos planos de carreira
institucionais. Exigência legal que
não é cumprida por grande parte
das instituições. Na maioria dos
casos, são arremedos de planos de
carreira constituídos sem discussão
com os professores. Outro problema
recorrente é o descumprimento dos
valores de horas-aula que tem sido
uma constante em várias instituições
de ensino. Outra demanda econô-
mica importante é a implantação de
planos de assistência médica para o
professor e sua família.
Quanto às condições de trabalho
é necessário implantar um regime
de contratação que assegure estabi-
lidade e segurança aos professores.
Neste sentido, a construção de uma
3
proposta que dê estabilidade ao pro-
fessor visa aumentar o seu vínculo
com a instituição, o que poderia
contribuir para aumentar a qualida-
de do ensino. Isto passa, inclusive,
pela garantia de horas para pesquisa
e extensão também exigências legais
que precisam ser incorporadas às
relações de trabalho.
Democratização
A participação dos professores
nas instâncias acadêmicas precisa
ser efetivada pelos mecanismos exis-
tentes e por outros que devem ser
construídos. O processo de demo-
cratização das instituições de ensino
superior tem relação direta com a
qualidade do ensino, pois o profes-
sor é um dos pilares fundamentais
do processo acadêmico e precisa ser
ouvido, a fim de contribuir com a
melhora do ensino.
Relações autoritárias e demis-
sões injustas também têm sido uma
constante em muitas instituições. O
discurso da qualidade do ensino não
se coaduna com essas práticas, que
precisam ser superadas por relações
mais maduras e respeitosas entre
professores e proprietários e gesto-
res das IES. As relações de trabalho
são parte constitutiva dessa luta per-
manente pela qualidade do ensino
superior e, portanto, interesse maior
de toda a comunidade acadêmica.
Esse vínculo não pode ser des-
feito, sob o risco de não se compre-
ender a dimensão maior da luta da
categoria, que é a construção de
uma educação de qualidade com
padrão acadêmico de alto nível. Esse
padrão deve corresponder às neces-
sidades da sociedade brasileira por
uma formação qualificada dos seus
filhos que ingressarão no mercado
de trabalho.
Como se vê, são muitas e de-
safiadoras as necessidades dos
professores do ensino superior. Por
isso, é necessário contribuir para
a construção do Sinproep. Faz-se
necessário um sindicato mais perto
do professor, com postura política
Julho de 2006
crítica, sem partidarismos, mas po-
litizado, para enfrentar as demandas
da categoria, e que também se posi-
cione em relação às questões gerais
da sociedade.
Comunicação
Um sindicato atualizado e em
permanente comunicação com a
categoria; que saiba lançar mão dos
meios avançados de relacionamento
com os professores, com presença
constante dos diretores do Sindica-
to nas salas dos professores, e que
tenha capacidade de ouvi-los e en-
caminhar suas reivindicações.
É necessário um sindicato com
planejamento estratégico para atuar,
com eficiência, em defesa dos inte-
resses da categoria.
A partir desses compromissos é
necessário construir e consolidar o
Sinproep. Agora, uma diretoria de
sindicato só é forte se tiver o apoio
e a mobilização do conjunto da cate-
goria. Nesse aspecto, a organização
por local de trabalho, por meio das
comissões de empresa, é elemento
essencial para a organização da
categoria.
Os desafios são enormes. Neste
momento inicial é necessário via-
bilizar, política e economicamente,
o Sindicato com a sua participação,
Professor. Neste sentido, a tarefa
“número um” é a filiação em massa
no Sinproep, para que possa se le-
gitimar e se estruturar de maneira
forte e perene.
Dessa forma, convidamos você
para junto conosco construir esta
nossa jornada. Sua participação é
fator estruturante e que legitimará a
presença do Sinproep como força em
defesa dos interesses da categoria.
Assinam este texto:
Rodrigo de Paula – presidente
do Sinproep, Marcos von Zuben
(Iesco), José Luiz Bianco Júnior
(Unip), Clerton Oliveira Evaristo
(Icesp), Olímpio Sabino Lourenço
(UniCeub), e Olgamir Amância
Ferreira de Paiva (Alvorada/Icesp)

Julho de 2006
OPINIÃO
Os equívocos
do voto nulo
Por Antônio Augusto de Queiroz*
O
clima de indignação
de parcela importante
do eleitorado nacional
poderá levar pessoas
sérias e bem intencionadas a
cometerem equívocos de graves
conseqüências, como o de votar
nulo.
O pressuposto para votar nulo,
inteiramente falso, é de que se
50% mais um dos eleitores anula-
rem seus votos, o pleito também
será nulo, devendo o Tribunal
Superior Eleitoral convocar nova
eleição no prazo de 20 a 40 dias.
Nada mais falso. Os votos vá-
lidos, considerados para eleger
presidente, governador, prefeito,
vereador, senador e deputado,
excluem os brancos e nulos.
Logo, o voto nulo não altera
absolutamente nada para efeito
de eleger e diplomar os eleitos,
pelos simples fato de que não será
considerado.
As expressões “se a nulidade
atingir mais de metade dos vo-
tos”, invocada como condição
para anular uma eleição, não se
referem aos votos anulados no ato
de votar, mas aos votos obtidos
de forma fraudulenta ou viciada.
Exemplo: se um candidato, con-
trariando a lei, doar, oferecer, pro-
meter ou entregar ao eleitor, em
troca do voto, bem ou vantagem
pessoal de qualquer natureza,
poderá ter seu registro cassado e
todos os seus votos anulados.
A eleição só será anulada, por-
tanto, se mais de 50% dos votos
forem obtidos por candidatos de
forma fraudulenta ou viciada, o
que, convenhamos, é muito pouco
provável. Logo, votar nulo, antes
Jornal do
de ser uma atitude de protesto, se
constitui em omissão e também
em alienação política.
O voto nulo, portanto, não é a
solução. Além de um desserviço
à democracia e à sociedade, é
uma inócua atitude como pro-
testo político, mas que poderá
ter conseqüências graves para a
população, especialmente para a
maioria pobre, menos organizada
ou pouco informada sobre o papel
dos titulares de mandatos nos po-
deres Legislativo e Executivo.
Em lugar do voto nulo ou bran-
co, recomenda-se o voto cons-
ciente. Pode-se votar em novos
candidatos ou nos atuais, e entre
os atuais há muita gente séria e
decente. Entretanto, qualquer
que seja a decisão, o eleitor deve
sempre buscar conhecer os candi-
datos, suas idéias, sua trajetória
política, seu compromisso com
valores como democracia, ética,
moral e, principalmente, com os
interesses da maioria do povo.
Os meios para fazer uma esco-
lha consciente são muitos e vão
desde os sistemas de busca na
internet, passam pela consulta a
organizações da sociedade civil
até a leitura de periódicos, como
jornais e revistas. Vivemos numa
democracia representativa e de-
vemos conhecer muito bem as
pessoas nas quais pretendemos
votar ou a quem vamos dar uma
procuração para nos representar,
inclusive para cobrar atitudes,
comportamentos e votos.
(*) Jornalista, analista
político e diretor de
documentação do Departamento
Intersindical de Assessoria
Parlamentar (Diap)
TAXA ASSISTENCIAL
Recursos para
estruturar o Sindicato
A assembléia dos professores
que aprovou a pauta de reivindi-
cações, realizada no último dia 15
de junho, decidiu pela inclusão da
cláusula de desconto assistencial
de 2% de todos os professores para
o fortalecimento institucional do
Sindicato e para cobrir despesas e
gastos com a campanha salarial.
Com a criação do Sinproep,
em novembro de 2005, a diretoria
do Sindicato empenha esforços
com vistas à estruturação polí-
tico-organizativa e material da
entidade.
Para fortalecer o Sinproep, é
necessária uma estrutura com-
PESQUISA
Escolaridade feminina
influencia taxa de
natalidade, segundo IBGE
Pesquisa realizada em abril passa-
do pelo IBGE (Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística) mostra que
aumento da escolaridade feminina
reduz fecundidade e mortalidade
infantil. Trata-se da Síntese dos Indi-
cadores Sociais, que traz dados alen-
tadores e contraditórios em relação à
realidade brasileira. Vale a pena ter
acesso à pesquisa para conhecer mais
e melhor o perfil do nosso povo, país
e relações.
A Síntese aponta ainda que em
relação ao mercado de trabalho, o
aumento da escolaridade feminina
acentua a desigualdade entre homens
e mulheres. Segundo a pesquisa,
“em 2004, as trabalhadoras com até
4 anos de estudo recebiam, por hora,
patível com os desafios de uma
categoria composta de aproxima-
damente cinco mil professores do
ensino superior, em mais de 60
instituições de ensino.
Dessa forma, os professores
presentes à assembléia, realizada
no último dia 15 de junho, en-
tenderam que para fazer frente
aos ataques e desrespeitos aos
direitos dos professores, é pre-
ciso um sindicato forte e atuante
para encaminhar de maneira efi-
ciente a luta da categoria. Assim,
a taxa assistencial é fundamental
para a estruturação financeira do
Sinproep.
em média 80,8% do rendimento dos
homens com este nível de escolari-
dade”. E mais: “aquelas com 12 anos
ou mais de estudo recebiam 61,6% do
rendimento-hora masculino”.
Moral da história: a mulher
estuda mais, porque demora mais
tempo a ingressar no mercado de
trabalho; o homem estuda menos,
porque se vê obrigado a vender sua
força de trabalho com mais tenra
idade – uma das causas da evasão
escolar, segundo a pesquisa.
Para obter as informações com-
pletas sobre os dados acima acesse
http://www.ibge.gov.br/home/
presidencia/noticias/noticia_visu-
aliza.php?id_noticia=580&id_pagi-
na=1