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Mantra OM / AUM

Comentários: Professor Paulo Cesar Pfaltzgraff Ferreira, com a


consultoria da professora Annabella de Araújo Magalhães (Ārādhtā).

Introdução
Nos textos védicos o OM é representado pelos caracteres correspondentes às letras O
e M.

A letra correspondente a O, foi representada, inicialmente, pelo caracter }Pa[ae e

depois por Aae . A letra correspondente a M foi representada, primeiramente, pelo

caracter M)(, depois por m e atualmente por &.


É possível então encontrar as seguintes grafias:

1) }Pa[aeM)( = OM (grafia 1)
}Pa[ae = O ; M)( = M
2) }Pa[aem = OM (grafia 2)
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}Pa[ae = O ; m =M
3) AaeM)( = OM (grafia 3)
Aae = O ; M)( = M

4) Aae& = OM (grafia 4)
Aae = O ; & = M
AUM é uma outra transliteração possível para a sílaba OM, mas a pronúncia é a
mesma, porque a junção dos caracteres correspondentes ao A e ao U possui, neste caso, o
som de O. Existe uma regra em sânscrito, denominada regra gramatical de sandhi (juntar),
pela qual sempre que uma palavra terminada no caracter correspondente ao A se juntar a
outra começada com o caracter correspondente ao U, estas letras darão som de O─ deve-se,
no entanto, ter atenção para o fato de existir em sânscrito a vogal correspondente a AU.
Geralmente ela aparece no corpo da palavra (seja início, meio ou fim) e nesse caso não é
substituída pelo O ─ Assim, a regra gramatical mencionada, não se aplica nesse caso, pois,
não se trata de duas palavras, mas de uma só! A junção mística do A e do U, se você
quiser raciocinar nesses termos, é que dá um som que, em português, é representado pela
letra O. Entretanto, alguns autores fazem diferenças entre AUM e OM, muitas das
quais só se aplicariam se o sânscrito fosse escrito em letras latinas, e não é este o caso.
Talvez por isso, em muitos livros em inglês, você vai encontrar, a grafia AUM. Eu,
particularmente, nunca vi nenhum svāmī (guru indiano), e eu já estive com vários, pro-
nunciar AUM, mas sim OM.
Alguns dos autores que fazem diferença entre OM e AUM dizem que uma das
grafias corresponde a Deus imanifesto e o outro a Deus manifesto. Isto nem de longe é
verdade!
Também não existe essa história, conforme preconizada por certas pessoas, de juntar
o OM do Oriente com o AUM do Ocidente. O som, transliterado para o português é OM, e
é assim que deve ser pronunciado em qualquer parte do Universo. Sim, no Universo (Uno
e Múltiplo), pois este foi o som original de sua Criação.

O símbolo p(grafia 5), com a devida superposição de partes dos caracteres, foi
criado na fase intermediária. Podemos chamá-lo de caracter estilizado e unificado e é ele
que aparece comumente representando a sílaba sagrada.
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5) p pronúncia = OM (grafia 5)

A o M)(
6) A U M (grafia 6)

7) A o m (grafia 7)

8) A o & (grafia 8)

9) Oà (grafia 9)

No livro “The Serpent Power”, de Arthur Avalon (Sir John Woodroffe), a sílaba
sagrada aparece transliterada com acima, uma vez que a pronúncia da letra “m” deve ser
anasalada. Este é um detalhe importante, que falta nos textos de muitos “Gurus da Nova
Era”.

Etimologia

A sílaba OM vem do Veda, que é um corpo de conhecimento que foi cognizado


pelos primeiros sábios terrenos, há mais de 8000 anos segundo uns e 5000 anos segundo
outros, embora seja voz geral que ele tem mais 4000 anos de idade. Ele foi organizado em
quatro textos: Rg Veda, Yajur Veda, Sāma Veda e Atharva Veda, e cada um deles
Saˆhitā Brāhmana, Arānyaka e Upanisad. Por isso muita gente se
subdividido em Saˆhitā,
refere aos Vedas e não ao Veda, mas, em realidade, ele é um documento dividido em quatro
partes. O Veda, portanto, não foi criado pela mente humana, mas sim revelado pelo
Criador Primordial àqueles sábios. A origem do OM é védica.
OM é tudo o que existe, existiu e existirá. Tudo é OM. OM é Brahman, não–dual,
ÚNICO. A sílaba é também única e não–dual, significando que tudo está dentro dela: o que
existiu, o que existe agora e o que existirá. Tudo está incluído no OM.
Apesar do OM ser uma só sílaba, nela existem três partes fonéticas, correspondendo
aos caracteres latinos A, U e M. Existem várias interpretações, tais como:

1) O “A” representa todo o mundo físico; é o estado consciente, desperto ou de vigília


(jagrat-avastha) quando estamos cientes do mundo físico. O “U” é o mundo do sonho, o
mundo sutil, o estado de sono (svapna-avastha). O “M” é a experiência do sono profundo
(susupta-avastha). Tendo em vista que Brahman está em tudo e sustenta tudo, Ele está
nestes três estados. Assim como o mundo físico e o sutil se dissolvem no mundo do sono
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profundo, quando se pronuncia “OM”, o “A” e o “U” se dissolvem no “M” e este último
se dissolve no silêncio. O silêncio também está incluído em OM. O silêncio que sustenta a
entoação do OM é Brahman. Portanto, todos os três vêm Dele, são sustentados por Ele e
retornam a Ele. Por isso OM é Tudo, sendo também o nome fonético para o Criador
Primordial. O OM é considerado, dentro da cultura védica, o mais sagrado e básico entre
todos os nomes da Divindade Suprema.

2) Os caracteres correspondentes a A-U-M simbolizam, respectivamente, a fala (vak), a mente


(manas) e a energia sutil (prāna).
3) Os três caracteres representam as dimensões comprimento, largura e altura (ou profundidade),
enquanto o vocábulo inteiro representa o Atma (Alma Superior), que se encontra além das formas e
dimensões.

4) Os caracteres representam também os três gunas (qualidades, características): Sattvaa, Rajas e


Tamas, e o vocábulo completo simboliza um guanitita, ou seja, aquele que transcendeu a atração
dos gunas.

5) As letras correspondem aos três tempos: passado, presente e futuro, e conjunto corresponde ao
Criador Primordial, que está além do modelo espacial-temporal.

6) As três letras representam, respectivamente, os ensinamentos transmitidos pela mãe, pelo pai e
pelo Guru, e a palavra toda representa Brahman Vidya, que é o conhecimento de Brahman, cujo
ensinamento é imperecível.

É a mais sagrada de todas as palavras da Índia. “É uma invocação, uma bênção e uma
promessa”, tão sagrada que era verdadeiramente a palavra em voz baixa da Maçonaria
oculta primitiva, e ninguém deve estar perto quando se pronuncia esta palavra para algum
fim.

Na Cabalá existem os Setenta e Dois Nomes de Deus. O trigésimo Nome é


composto pelos caracteres Alef (a), Vav (wo) e Mem(o), escritos na seqüência hebraica
o w a (da direita para a esquerda), e que correspondem ao A-U-M. Assim esta é uma
palavra sagrada também em uma outra sabedoria milenar! Com esta construção, no
idioma hebraico, a pronúncia é igualmente OM!
É importante notar que, de modo semelhante, a palavra luz, em hebraico, é composta
pelos hieróglifos Alef (a), Vav (wo) e Resh (‫)ר‬, escrita da direita para a esquerda ‫ ר‬wo a,
que corresponde a A-U-R, mas que nem por isso é pronunciada AUR, mas sim OR,
embora em vários livros de Cabalá apareça a transliteração errada AUR. Qualquer
dúvida basta consultar um professor de hebraico! Devo também acrescentar que
transliterar uma palavra para um outro idioma não é, simplesmente, fazer uma
correspondência entre caracteres alfabéticos, se isso for possível. Não, claro que não!
A transliteração deve escolher no novo idioma os caracteres que propiciem uma
pronúncia igual ou pelo menos próxima da língua original.
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Prática

O Rev. Charles Webster Leadbeater (vide referência bibliográfica B-7, página 119)
sugere que, ao entoar este mantra, o A comece no fundo da boca, seguindo pelo meio com o
U e terminando nos lábios com o M. Já o Prof. Paulo Murilo Rosas (vide referência
bibliográfica B-22, página 55), sugere que a entoação comece com a boca aberta,
procurando fazer o A da maneira mais gutural possível e que se vá dobrando a língua para
trás enquanto se pronuncia o U, e que a mesma seja encostada no palato mole enquanto se
pronuncia o M.
Tente e você vai ver que o som resultante é, exatamente, OM.
A repetição do mantra OM é uma prática denominada Namasmarana, e é
recomendada por Bhagavān Śrī Satya Sai Baba1 aos seus devotos. Existem ótimas

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Sai Baba é um dos representantes do Ofício do Cristo e vive na cidade de Puttaparthi, na Índia. As
palavras sânscritas de seu nome são:

Bhagavān, que é pronunciada “B’ragavaan”, é às vezes romanizada como Bhagwan ou Bhagawan é uma
palavra sânscrita originária do termo Bhagavat e sua forma no singular na declinação nominal é Bhagavān.
Literalmente significa afortunado e vem da raiz "Bhaga", que significa fortuna, glória, etc., logo o termo
completo pode ser considerado equivalente a glorioso, afortunado, venerável, sagrado, divino, etc. De um
dodo bem sintético Bhagavān é aquele que tem todas as opulências, todas as glórias, todos os poderes,
etc.

Śrī como adjetivo significa “afortunado” e como pronome de tratamento significa “glorioso”.
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gravações dessa prática. A minha preferida encontra-se no CD “Kundaliní Meditation”,


do incrível músico e instrumentista Tomaz Lima, conhecido como Homem de Bem.
Pedidos pelo e-mail homemdebem@uol.com.br ou pelo telefone (21) 2511-2069.

“A repetição do Nome de Deus

É o meio para cruzar o ‘Mar de Saˆsārā


aˆsārā’.
aˆsārā

O Nome é a balsa que,

Com segurança,

O levará através dele.

O Nome removerá o véu da ilusão,

Que agora oculta o Universo do indivíduo.

Quando o véu se desvanece,

O homem descobre o Divino em si mesmo;

Ele contempla o Universo como sendo ele mesmo.

O mesmo tem poder e potencialidade infinitos,

Pois ele é uma onda


Satya significa verdade. Nos documentos e até na assinatura do avatāra, a palavra aparece grafada como
Sathya. Segundo a professora Annabella de Araújo Magalhães, é uma prática comum no sul da Índia, as
pessoas transliterarem as palavras sânscritas incluindo a letra “h”, mesmo onde não deveriam colocá-la, e que
para tentar coibir tais enganos as escolas mais rigorosas de sânscrito estejam localizadas nesta região daquele
país. A palavra em questão só tem “h” no idioma hindi, que é derivado do sânscrito.

Baba é uma designação bastante conhecida para pai, mas Sai não é tão fácil de definir. Alguns dizem que é
uma palavra oriunda do persa para designar “santo”, mas o significado mais profundo de Sai é mãe, isto
porque a palavra Sai é constituída por três sons: Sa, A e Yi. Sa significa sagrado e divino; Ayi significa
mãe. Sai Baba salienta que o nome inteiro significa Mãe-Pai Divino (ambos na mesma Entidade).

Para maiores detalhes recomendo o livro “Trilhando o Caminho com Sai Baba”, de Howard Murphet,
publicado pela Editora Nova Era, em 1996.
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E é uno com A Divindade-O Oceano da Infinitude”.

(Bhagavān Śrī Satya Sai Baba)

“Não é preciso retirar-se para uma floresta ou caverna a fim de conhecer


a verdade interna e vencer a natureza interior. De fato, lá você fica sem
chance de mostrar a sua raiva, sua luxúria e uma série de outras
imperfeições e, assim, a vitória alcançada lá pode não ser duradoura ou
verdadeira. Ganhe a batalha da vida permanecendo no mundo mas
mantendo-se livre dos seus tentáculos. Esta sim é uma vitória de mérito”!
(Adaptado de um pensamento de Svāmī Sādhana)

Fontes suplementares de consulta

• Māndukya-Upanisad - Comentários de Śrī Shankaracarya (O maior Mestre de


Vedānta Advaita)─Tradução: Profª. Gloria Arieira (www.vidyamandir.org)

O Significado do OM -Texto de Svāmī Dayānanda Sarasvatī (renomado mestre


contemporâneo de Vedānta Advaita (www.arshavidya.org)

Notas sobre o autor:

e-mail: paulotrully@infolink.com.br – tels: (21) 3601-5870 e (21) 9567-8936.

(1) É Engenheiro Eletricista Modalidade Eletrotécnica (CREA-RJ 52959/D), formado


pela Universidade Gama Filho em julho de 1976. Pós-graduado em Sistemas de
Energia Elétrica pela COPPE – UFRJ em 1984 e em Docência Universitária pela
Universidade Gama Filho em 1992.
(2) Pertenceu às seguintes ordens esotéricas: Ordem Cafh, Irmandade Espiri-
tualista Verdade Eterna (IEVE), Ordem Rosacruz-AMORC e Venerável Ordem
Fraternal Esotérica São Francisco de Assis (VOFESA).
(3) Foi estudante da Tradição Judaica (Cabalá).
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(4) Lecionou na Universidade Católica de Petrópolis, na Universidade Gama


Filho, no Centro de Instrução Almirante Wandenkolk (CIAW) e no Centro de
Instrução Almirante Graça Aranha (CIAGA-Escola de Marinha Mercante).
Atualmente pertence ao corpo docente da Univesidade Estácio de Sá.
(5) É terapeuta holístico filiado ao Sindicato Nacional dos Terapeutas-CRT 38481,
sendo mestre em Magnified Healing e nos seguintes estilos de Reiki: Usui Tradi-
cional, Tibetano, Karuna, Karuna Ki, Tera Mai, Seichim-Sekhem, Nwyre,
Supraluminar Magnificado e Integrado.

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