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Mantra OM / AUM
Introdução
Nos textos védicos o OM é representado pelos caracteres correspondentes às letras O
e M.
1) }Pa[aeM)( = OM (grafia 1)
}Pa[ae = O ; M)( = M
2) }Pa[aem = OM (grafia 2)
2
}Pa[ae = O ; m =M
3) AaeM)( = OM (grafia 3)
Aae = O ; M)( = M
4) Aae& = OM (grafia 4)
Aae = O ; & = M
AUM é uma outra transliteração possível para a sílaba OM, mas a pronúncia é a
mesma, porque a junção dos caracteres correspondentes ao A e ao U possui, neste caso, o
som de O. Existe uma regra em sânscrito, denominada regra gramatical de sandhi (juntar),
pela qual sempre que uma palavra terminada no caracter correspondente ao A se juntar a
outra começada com o caracter correspondente ao U, estas letras darão som de O─ deve-se,
no entanto, ter atenção para o fato de existir em sânscrito a vogal correspondente a AU.
Geralmente ela aparece no corpo da palavra (seja início, meio ou fim) e nesse caso não é
substituída pelo O ─ Assim, a regra gramatical mencionada, não se aplica nesse caso, pois,
não se trata de duas palavras, mas de uma só! A junção mística do A e do U, se você
quiser raciocinar nesses termos, é que dá um som que, em português, é representado pela
letra O. Entretanto, alguns autores fazem diferenças entre AUM e OM, muitas das
quais só se aplicariam se o sânscrito fosse escrito em letras latinas, e não é este o caso.
Talvez por isso, em muitos livros em inglês, você vai encontrar, a grafia AUM. Eu,
particularmente, nunca vi nenhum svāmī (guru indiano), e eu já estive com vários, pro-
nunciar AUM, mas sim OM.
Alguns dos autores que fazem diferença entre OM e AUM dizem que uma das
grafias corresponde a Deus imanifesto e o outro a Deus manifesto. Isto nem de longe é
verdade!
Também não existe essa história, conforme preconizada por certas pessoas, de juntar
o OM do Oriente com o AUM do Ocidente. O som, transliterado para o português é OM, e
é assim que deve ser pronunciado em qualquer parte do Universo. Sim, no Universo (Uno
e Múltiplo), pois este foi o som original de sua Criação.
O símbolo p(grafia 5), com a devida superposição de partes dos caracteres, foi
criado na fase intermediária. Podemos chamá-lo de caracter estilizado e unificado e é ele
que aparece comumente representando a sílaba sagrada.
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5) p pronúncia = OM (grafia 5)
A o M)(
6) A U M (grafia 6)
7) A o m (grafia 7)
8) A o & (grafia 8)
9) Oà (grafia 9)
No livro “The Serpent Power”, de Arthur Avalon (Sir John Woodroffe), a sílaba
sagrada aparece transliterada com acima, uma vez que a pronúncia da letra “m” deve ser
anasalada. Este é um detalhe importante, que falta nos textos de muitos “Gurus da Nova
Era”.
Etimologia
profundo, quando se pronuncia “OM”, o “A” e o “U” se dissolvem no “M” e este último
se dissolve no silêncio. O silêncio também está incluído em OM. O silêncio que sustenta a
entoação do OM é Brahman. Portanto, todos os três vêm Dele, são sustentados por Ele e
retornam a Ele. Por isso OM é Tudo, sendo também o nome fonético para o Criador
Primordial. O OM é considerado, dentro da cultura védica, o mais sagrado e básico entre
todos os nomes da Divindade Suprema.
5) As letras correspondem aos três tempos: passado, presente e futuro, e conjunto corresponde ao
Criador Primordial, que está além do modelo espacial-temporal.
6) As três letras representam, respectivamente, os ensinamentos transmitidos pela mãe, pelo pai e
pelo Guru, e a palavra toda representa Brahman Vidya, que é o conhecimento de Brahman, cujo
ensinamento é imperecível.
É a mais sagrada de todas as palavras da Índia. “É uma invocação, uma bênção e uma
promessa”, tão sagrada que era verdadeiramente a palavra em voz baixa da Maçonaria
oculta primitiva, e ninguém deve estar perto quando se pronuncia esta palavra para algum
fim.
Prática
O Rev. Charles Webster Leadbeater (vide referência bibliográfica B-7, página 119)
sugere que, ao entoar este mantra, o A comece no fundo da boca, seguindo pelo meio com o
U e terminando nos lábios com o M. Já o Prof. Paulo Murilo Rosas (vide referência
bibliográfica B-22, página 55), sugere que a entoação comece com a boca aberta,
procurando fazer o A da maneira mais gutural possível e que se vá dobrando a língua para
trás enquanto se pronuncia o U, e que a mesma seja encostada no palato mole enquanto se
pronuncia o M.
Tente e você vai ver que o som resultante é, exatamente, OM.
A repetição do mantra OM é uma prática denominada Namasmarana, e é
recomendada por Bhagavān Śrī Satya Sai Baba1 aos seus devotos. Existem ótimas
1
Sai Baba é um dos representantes do Ofício do Cristo e vive na cidade de Puttaparthi, na Índia. As
palavras sânscritas de seu nome são:
Bhagavān, que é pronunciada “B’ragavaan”, é às vezes romanizada como Bhagwan ou Bhagawan é uma
palavra sânscrita originária do termo Bhagavat e sua forma no singular na declinação nominal é Bhagavān.
Literalmente significa afortunado e vem da raiz "Bhaga", que significa fortuna, glória, etc., logo o termo
completo pode ser considerado equivalente a glorioso, afortunado, venerável, sagrado, divino, etc. De um
dodo bem sintético Bhagavān é aquele que tem todas as opulências, todas as glórias, todos os poderes,
etc.
Śrī como adjetivo significa “afortunado” e como pronome de tratamento significa “glorioso”.
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Com segurança,
Baba é uma designação bastante conhecida para pai, mas Sai não é tão fácil de definir. Alguns dizem que é
uma palavra oriunda do persa para designar “santo”, mas o significado mais profundo de Sai é mãe, isto
porque a palavra Sai é constituída por três sons: Sa, A e Yi. Sa significa sagrado e divino; Ayi significa
mãe. Sai Baba salienta que o nome inteiro significa Mãe-Pai Divino (ambos na mesma Entidade).
Para maiores detalhes recomendo o livro “Trilhando o Caminho com Sai Baba”, de Howard Murphet,
publicado pela Editora Nova Era, em 1996.
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