Sie sind auf Seite 1von 3

Assuntos Tratados

1º Horário:
 Usucapião (continuação): Requisitos Formais;

2º Horário:
 Modos de Aquisição da Propriedade Móvel: Tradição; Posse

1º HORÁRIO

USUCAPIÃO (continuação)

1. Requisitos Formais

Nessa passagem serão analisados os requisitos de acordo com cada modalidade de usucapião.

1.1. Usucapião Extraordinária (art. 1.238 do CC)

a. Posse Mansa, Pacífica e contínua;


b. Que essa posse seja exercida com animus domini, ou seja, possuir a coisa com a intenção de
um dia ser dono;
c. Posse por 15 anos consecutivos (caput do art. 1.238);
d. § único → a posse pode se diminuída em 10 anos, se for dada função social ao imóvel (posse
trabalho).

Obs.: a posse não necessariamente será manifestada pela ocupação da coisa. A posse manifesta
uma das faculdades do domínio. Só quem dá função social à coisa é o possuidor. A sentença da
usucapião é declarativa.

1.2. Usucapião Ordinária (art. 1.242 do CC)

a. Posse mansa, pacífica e contínua;


b. Justo título → é aquele que tem tudo para ser válido, mas em que há um vício intrínseco que
vai maculá-lo e não vai permitir que gere os efeitos jurídicos queridos;
c. Boa fé (art. 1.201 do CC) → presunção relativa de boa fé subjetiva, ou seja, a pessoa ignora
que existe um vício que contamina aquele título;
d. Posse por 10 anos (caput do art. 1.242 do CC);
e. § único → a função social reduz para 5 anos.

Observações sobre a usucapião extraordinária e ordinária


a) Alegando usucapião em defesa, o possuidor irá gerar a improcedência da Ação Reivindicatória
contra ele movida. Porém, para levar a registro essa aquisição originária que fora reconhecida
na reivindicatória, o possuidor deverá manejar ação de usucapião prevista em rito especial nos
art. 941 e seguintes do CPC. A usucapião em defesa não servirá como pedido contraposto.
b) Segundo a doutrina, o art. 193 do CC só é aplicável a prescrição extintiva, não sendo aplicável
a prescrição aquisitiva. Só pode ser alegada no prazo da defesa.
c) Regra de Direito intertemporal (art. 2.029 do CC) → se os prazos do art. 1.238, parágrafo
único e do art. 1.242, parágrafo único do CC forem completados entre 11/01/2003 e
11/01/2005, para evitar o efeito surpresa ao proprietário, haverá acréscimo de 2 anos aos
prazos ali previstos.

1
1.3. Usucapião Rural, Especial, Constitucional Rural, Pro labore (art. 291 da CR/88; art.
1.239 do CC e Lei 6.969/81)
a) Imóvel na zona rural (localização de acordo com a lei municipal);
b) Área menor que 50 hectares;
c) Posse por 5 anos (mansa, pacífica e contínua);
d) Produtivo pelo trabalho do possuidor ou de sua família;
e) Não ser proprietário de nenhum outro imóvel urbano ou rural.

1.4. Usucapião Especial Urbano, Pró-Morada, Pró-Moradia (art. 183 da CR/88; art. 1.240 do
CC e art. 9º da lei 10.257/01)
a) Imóvel localizado em área urbana;
b) Área menor que 250m²;
c) Posse por 5 anos;
d) Com a finalidade de moradia;
e) Não ser proprietário de outro imóvel urbano ou rural.

1.5. Usucapião Urbana Coletiva (art. 10 da Lei 10.257/01)


a) Área urbana;
b) Maior que 250m²;
c) Ocupação por população de baixa renda;
d) Ocupação para moradia;
e) Não ser proprietário de outro imóvel;
f) Não ser possível a identificação do terreno de cada possuidor.

Observações sobre usucapião Rural, Especial e Urbana Coletiva


a) Nessas modalidades, sendo a usucapião alegada em defesa, gera a improcedência da ação
reivindicatória. Poderá o possuidor levar essa sentença diretamente ao Registro de Imóvel por
expressa determinação legal. É possível formular pedido contraposto.
b) Enunciado 313 do CJF.
c) Art. 1.240, § 2º do CC → no caso da usucapião especial, só será concedida essa modalidade
uma única vez.
d) Estudar os art. 1.260 a 1.262 do CC → usucapião de bens moveis.

2º HORÁRIO

Usucapião Indígena → as reservas indígenas são bens da União, o particular não pode usucapir
área da reserva. Porém os índios podem usucapir propriedade privada, desde que possuam o
animus domini por 10 anos, e a propriedade for inferior a 50 hectares.

MODALIDADES DE AQUISIÇÃO DA PROPRIEDADE MÓVEL

1. Tradição (art. 1. 267, caput)

Modalidades de Tradição:

Real → ocorre quando efetivamente a posse é transferida pela entrega da coisa. Ex.: mútuo.

Simbólica → não há a entrega do bem contratado, mas, sim, de algo que o simbolize. Ex.:
entrega das chaves no caso do automóvel, há transferência dos riscos.

2
Ficta (Jurídica) → não ocorre nem pela entrega nem por algo que o simbolize; essa
transferência irá ocorrer apenas no campo abstrato (no papel). Existem duas modalidades:
a) Constituto-possessório → aquele que possuía em nome próprio passa a possuir em nome
alheio.
b) Traditio brevi manu → aquele que possuía em nome alheio passa a possuir em nome
próprio.

O contrato de alienação fiduciária em garantia que institui a propriedade fiduciária é um excelente


exemplo da ocorrência das duas modalidades de tradição ficta. Quando o bem sai das mãos do
devedor fiduciário e vai para a instituição financeira, ocorre através da cláusula constituti, o
chamado constituto-possessório. Já no momento que as prestações são adimplidas ocorrerá à
resolução da propriedade fiduciária e o bem voltará à propriedade do devedor fiduciário (vide art.
1.267, § único do CC).

Obs.: é comum, na prática, o alienante transferir ao adquirente em escritura pública a posse


através de constituto-possessório, para que o adquirente, apesar de nunca ter exercido a posse,
possa defendê-la de terceiros.

POSSE

Classicamente existem duas Teorias que procuram explicar quem é o Possuidor:

1. Teoria Subjetiva (Savigny) → possuidor é aquele que tem o corpus (visualização do domínio)
+ animus domini (vontade de ser dono). O locatório não é possuidor porque não tem o animus
domini, é mero detentor. Essa teoria reduz as possibilidades de ser possuidor.

2. Teoria Objetiva (Ihering) → para ser possuidor, é exigido apenas que se tenha o corpus. Essa
teoria amplia as possibilidades de ser possuidor.

A teoria adotada tanto pelo Código antigo como pelo atual foi a Teria objetiva de Ihering, mas são
feitas algumas concessões à teoria subjetiva de Savigny, como no caso de usucapião
extraordinária (art. 1.238 do CC). Pela lei Brasileira possuidor é aquele que detém o corpus, ou
seja, aquele que exerce de forma plena ou não um dos poderes inerentes à propriedade (art.
1.196 do CC).

Pela teoria Ihering, detentor será aquele que a lei disser ser; o problema da detenção não se
resolve pela averiguação do elemento anímico; o problema da detenção se resolve de forma
objetiva, ou seja, com base no ordenamento jurídico.

Ihering conceitua detenção como a posse juridicamente desqualificada.

A vantagem da teoria de Ihering, ao dispensar o elemento anímico, é permitir que pessoas como
locatário e arrendatário sejam consideradas como possuidores e possam se utilizar dos efeitos
jurídicos da posse.

Das könnte Ihnen auch gefallen