Ano XXIII - Edição 233

EDITORIAL

Por democracia e consciência de classe

O Sindicato tem o dever
institucional de defender os
interesses de toda a categoria.
Para dar conta das suas
despesas, a entidade tem
três fontes de recursos: o
imposto sindical, a contribuição
assistencial e as mensalidades
dos sócios.
A contribuição assistencial
também é descontada de
todos. Todavia, essa decisão é
tomada e referendada de forma
absolutamente democrática
em assembléia da categoria.
Seus recursos destinam-se ao
ressarcimento das despesas
com a campanha salarial.
Conforme decisão da categoria,
a contribuição equivale a 1%
do salário, descontado em duas
parcelas, no primeiro e segundo
mês de reajuste, totalizando
2%. Ele é justo porque todos se
beneficiam com as campanhas.
As mensalidades dos sócios
dão conta das despesas ao
longo do ano, para manter sua
estrutura física, o atendimento, os
espaços sociais, os funcionários
e profissionais que assessoram e
assistem os trabalhadores.
É muito comum os
trabalhadores não terem
consciência de que os benefícios
expressos na Convenção
Coletiva de Trabalho são fruto
das lutas travadas pelo Sindicato.
Tanto os itens econômicos, como
os sociais. Há empresas – que
não oportunizam voluntariamente
essas vantagens – que
estimulam a alienação porque
não lhes interessa a unidade dos
trabalhadores e um sindicato
forte. Assim fica mais fácil
manipular seus funcionários e
descumprir a legislação.
Infelizmente, uma minoria
acredita neste discurso
enganoso dessas empresas e
apóia o oportunismo e a atitude
antidemocrática, uma vez que
todos têm oportunidade de
participar das assembléias e
defender suas posições. Ao não
contribuir com o Sindicato, por
coerência, deveriam abrir mão
das conquistas da campanha
salarial, cujo resultado foi
extremamente positivo frente
à conjuntura deste ano.
Mantivemos a tendência do
último período, na qual viemos
conquistando reposição de
perdas, através de reajustes
superiores à inflação.
O Sindicato está de braços
abertos a todos(as), mas pede
que reflitam sobre esse tema.
Quanto mais sócios tivermos,
mais forte é nossa entidade.
Felizmente, a grande maioria dos
aeroviários entende a importância
da contribuição assistencial e
apóia as ações do Sindicato.
Por estas razões, o Sindicato
passará a controlar, a partir
de março, a entrada dos
trabalhadores, exigindo a
apresentação da carteira de sócio
e documento de identidade. É
uma forma de valorizar nossos
associados frente àqueles que
buscam usufruir dos serviços na
sede, mas não se comprometem
com as lutas da entidade.

Marcha de abertura do Fórum Social Mundial reúne 30 mil

Henrique Lessa/Ag. Virya
Sob forte chuva, mais de 30 mil pessoas
participaram, nesta terça-feira (27/01),
da Marcha da África para a Amazônia,
na abertura do Fórum Social Mundial. A
caminhada reuniu pessoas de diversas
etnias e movimentos sociais, vindas de
vários lugares do país e do mundo, e durou
mais de quatro horas. Belém, capital do
Pará, é a cidade que abriga a edição do
Fórum deste ano.
O diretor Manuel Nascimento (TAM)
representa o Sindicato no evento, que
será encerrado no dia 1º de fevereiro. As
atividades organizadas pela CUT podem ser
conferidas no site da Central e do Sindicato.
Sindicato retoma negociações com SNETA no MPT
O Sindicato participou, nesta
terça-feira (27/01), de audiência
no Ministério Público do Trabalho
de São Paulo (MPT-SP). O
objetivo foi dar seguimento às
discussões sobre a campanha
salarial junto ao Sindicato
Nacional das Empresas de Táxi
Aéreo (SNETA).
Na ocasião, o SNETA
apresentou nova contraproposta,
mantendo o aumento do piso em
8% e subindo para 4% o índice
de reajuste dos salários, a serem
pagos em duas parcelas de 2%,
em dezembro (retroativo) e julho.
O MPT-SP sugeriu aos sindicatos
que este índice seja de 4% em
dezembro, complementado em
março com novo percentual a fim
de dar conta da inflação do ano
EPIs não podem ser compartilhados
Os equipamentos de proteção
individual (EPIs), como o próprio
nome diz, são individuais
e, portanto, não podem ser
compartilhados. O Sindicato
ressalta esse tema devido
às denúncias que chegaram
a entidade de que algumas
empresas estão obrigando
funcionários a assinar o termo de
recebimento do EPI e utilizá-lo
em grupo.
O descumprimento da
(de 7,2% segundo o INPC).
As entidades agendaram
nova audiência para o dia 17
de fevereiro, às 14 horas. Os
sindicatos de trabalhadores
irão consultar as categorias
para definir a posição que será
defendida nesta data.
Participaram da reunião
representantes do Sindicato
dos Aeroviários de Guarulhos,
Sindicato Nacional de
Aeroviários, Sindicato Nacional
de Aeronautas e Fentac/CUT,
além de representantes do
sindicato patronal. Segundo
a assessoria econômica das
entidades, as empresas de Táxi
Aéreo obtiveram juntas, desde
2000, um crescimento de 700%
em seu patrimônio.
norma sobre o EPI acarreta
contaminações, uma série
de outros riscos, e deve
ser informado. O Sindicato
irá contatar as empresas
denunciadas e tomará outras
providências se necessário. Os
trabalhadores devem denunciar
abusos e negar-se a dividir o
EPI, em beneficio de sua saúde
e segurança. As empresas têm
obrigação de garantir condições
adequadas de trabalho.
CURTAS
AEROMOT - O Sindicato
enviou oficio à empresa
solicitando reunião no dia 4
de fevereiro para tratar da
transferência de funcionários da
Aeroespaço, débitos trabalhistas
e situação da empresa. A
entidade aguarda confirmação
da Aeromot. Também foi
encaminhada denúncia à SRTE
(antiga DRT) sobre o não
pagamento da cesta básica.
GOL - A dirigente sindical
Janice Martinez Santana foi
reintegrada à companhia por
decisão judicial. A ação foi
movida pela assessoria jurídica
do Sindicato.
VEM - O Sindicato denunciou
a empresa à SRTE por
descumprimento do prazo de
entrega do Perfil Profissiográfico
Previdenciário (PPP), de dez
dias, e da cota de pessoas com
deficiência.
VARIG - Nesta quinta-feira
(29/01), às 10 horas, acontece
Assembléia Geral de Credores
da Varig, Riosul e Nordeste,
no Rio de Janeiro. Em pauta a
aprovação de debêntures. Os
sindicatos cutistas e a Fentac/
CUT participam da assembléia
representando os trabalhadores.

Reduzir salários é um tiro no pé do Brasil CNTT - A Confederação

O Sindicato ressalta a posição
correta da CUT contrária a
redução da jornada com redução
de salários. A Central conseguiu
convencer a Força Sindical
a retirar sua proposta neste
sentido. E, junto ao governo,
garantiu que as empresas que
buscarem financiamento público
deverão garantir empregos.
Uma onda de demissões é
tudo o que o Brasil não precisa
neste momento. E reduzir
salários é o mesmo que criar
sub-empregos, meio empregos.
O reflexo, com certeza, serão
demissões futuras e a retração da
economia. E isso não pode ser
bom para os brasileiros, mesmo
que a elite diga que sim. O Brasil
do futuro é agora e precisa ser
defendido por todos.
Nacional dos Trabalhadores em
Transporte (CNTT/CUT) realiza
nos dias 5 a 8 de março, em
Votorantim (SP), congresso
dos trabalhadores do ramo dos
Transportes. O Sindicato participa
das discussões. No dia 16 de
fevereiro, haverá assembléia
na sede da entidade, às 17
horas, para debater os temas
do congresso e escolher os
delegados que irão ao evento.

Aerofolha é uma publicação do Sindicato dos Aeroviários de Porto Alegre

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