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VAPT-VUPT
Caricaturas Um corpo em
queda livre
MARCOS PAULINO
“
Nas minhas andanças para a caricatura do
opta por trocar cartões de boas
jornalista feita no
fazer palestras por esse computador festas virtuais, pela internet, o
mundão brasileiro, sempre que, imagino, deve ter diminuído
acabo descobrindo novos lugares e o trabalho dos Correios em de-
personagens, coisas que não conhe- zembro. É só um chute. Deveria,
cia. Já tinha visto muitos artistas que como rezam as cartilhas de jor-
trabalham ao vivo, como meu ami- nalismo, checar a informação
go Paulo Caruso, que faz este tra- antes de jogá-la assim, ao léu.
balho há anos no programa ‘Roda Mas, desculpem, não tenho tem-
Viva’, mas na semana passada en- po nem paciência para isso ago-
contrei uma novidade nesta área. ra. Além do mais, o assunto é
Em Limeira, no interior paulista, fi- outro e estou divagando.
quei conhecendo um cartunista que Assim como os demais usu-
também trabalha em tempo real, mas ários daquela agência, eu espe-
direto no laptop. É o jovem Renato rava, de olho no painel lumino-
Fabregat, professor do Instituto Su- so, o momento em que o núme-
perior de Ciências Aplicadas, onde ro da minha senha apareceria.
ele fez minha caricatura, enquanto eu Entre as várias fileiras de cadei-
participava da Semana de Comuni- ras, estava na quarta ou quinta,
cação”. contando a partir dos guichês.
O trecho acima foi publicado no Bem no meio. Passava os olhos
pelas pessoas sendo atendidas
“Balaio do Kotscho”, blog de Ricar-
quando vi aquela mulher, sem
do Kotscho, um dos mais respeita- mais nem menos, despencar.
dos jornalistas brasileiros. De fato, Não foi um tombo daqueles
como um dos palestrantes da em que a pessoa, vítima de uma
Secom 2008 do Isca Faculdades, queda de pressão ou algo que o
realizada em novembro, ele teve sua acabamento com programas como
DIVULGAÇÃO
muitas pessoas precisam tomar ati- toa. Fica mais fácil jogar a culpa
tudes drásticas, como destruir o car- em qualquer motivo disponível e,
tão de crédito ou até mesmo procu- como todo mundo pensa igual, a
rar ajuda de um psicólogo para con- cultura continua: não é possível
Dívidas - Parte 2
ter os impulsos de compras. Geral- enriquecer dignamente.
mente, os parcelamentos são feitos Mas as ferramentas estão aí:
por uma cultura embutida na cabe- reveja seus hábitos, faça o fluxo de
ELISSON ANDRADE
ça das pessoas, de que não é possí- caixa para ver onde está indo o
vel adquirir bens e serviços de outra dinheiro, converse com toda a fa-
forma. Espera-se que sempre será mília e se engajem na diminuição
Antes de traçar uma estratégia possível dar um jeitinho de pagar de gastos, conscientize os filhos,
para pagamentos de dívidas, a pri- depois. fique de olho em oportunidades de
meira atitude a ser tomada é parar Muitos relutam em aceitar que ganhar dinheiro, planeje-se. Viver
de fazê-las. Trocar uma dívida por não sabem se planejar: “Ganho pou- trabalhando para pagar dívidas não
outra até pode ser um interessante co; tenho um monte de contas para é algo salutar para nenhum ser hu-
primeiro passo, caso se consiga pagar; só com meus filhos gasto boa mano.
uma taxa de juros menor. Mas esse parte do salário; por enquanto não
serve para ser apenas o começo dá para guardar dinheiro”. Essas ELISSON ANDRADE É MESTRE EM ECONOMIA
de estratégia, porque dívida se são frases que escuto aos montes e APLICADA PELA USP E PROFESSOR DO
paga com sua renda mensal e não de pessoas das mais diversas clas- CURSO DE ADMINISTRAÇÃO DA FACULDADE
DOM BOSCO DE PIRACICABA
com outra. ses sociais e níveis culturais. É difícil WWW.EANDRADE.COM.BR
Quando o assunto é gastança, aceitar que gasta muito dinheiro à PERGUNTAS PARA EAPANDRA@UOL.COM.BR