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O Oposto de Jesus

“Honram-me com seus lábios, mas seus corações estão longe de mim”.
Mateus cap. 15, vers. 8

Venho acompanhando ao longo dos anos as pregações dos Pastores “Eletrônicos


Televisivos” ou em visitas às Igrejas sobre a doutrina e vida do nosso Salvador Jesus. Com o
ar de perplexidade, noto claramente, como os mesmos falam, demasiadamente, de Jesus, mas
percebo de imediato o distanciamento entre o que falam e o que realmente Jesus viveu e disse.

Com o intuito de não ser injusto, não quero citar nomes ou títulos dos seus programas,
pois, além de serem tantos, não tenho tempo o suficiente para testemunhar a todos, nem vou
entrar no polêmico assunto do dizimo. Retomando ao cerne da questão, é notório a diferença
entre o que Jesus viveu, e o que Ele buscava direcionar para a humanidade, ou seja, uma
doutrina de espiritualidade e consciência crítica; entretanto, esses Pastores ficam direcionados
nos cifrões, nas “curas” do corpo físico e prosperidade material. Qual seria a Religião “Cristã”
onde observamos o dirigente chegar de buzú nos Templos, Estádios e Estúdios de Rádio e TV
e os fiéis de carros luxuosos? Em que texto bíblico, observamos Jesus comendo filé e os fiéis
comendo pão dormido? Ao contrário, o que ele comia, o mesmo todos comiam. E o que me
indigna nas suas explanações doutrinárias, é a cara de pau, ao afirmarem que tudo pertence ao
mundo, enquanto o dindim, neca!

Durante os Cultos, só ouvimos histórias e testemunhos relacionados ao plano material:


“Não tinha nada, cheguei aqui cheio de dívidas”; “minha vida estava acabada, não tinha
dinheiro nem para o ônibus, hoje eu tenho um carro, bom emprego, pago o dízimo em dia,
etc.”. Haja blá, bla, é só riqueza material. Será que esses fiéis que andam, cotidianamente com
a Bíblia debaixo do sovaco, desconhecem como o nosso Salvador nasceu e viveu? Será que
não lembram quando Mateus nos narra fielmente aonde foi o seu nascimento? Será que não
lembram quando Jesus afirmou, que dificilmente um rico entrará no Reino dos Céus? ou
quando aconselhou seus discípulos a não acumularem tesouros, pois, as traças e as baratas
corroem? Ou se fingem de “inocentes” para enganarem aos outros ou a si mesmos? Será que
vocês “cristãos”, não lembram da célebre passagem, quando satanás tentou Jesus, oferecendo-
lhe todos os bens materiais do mundo? e Ele o negou numa boa!
Será que também não se lembram que Jesus era, especialmente, humilde no ato de curar,
não aspirando aparecer, nem fazer estardalhaço com a graça recebida e repassada aos que
mereciam? Ou ainda que em uma passagem bíblica, um enfermo lhe disse “se queres, o
senhor pode me curar” e Cristo Jesus lhe respondeu “eu quero” e a cura lhe foi dada? (Lucas,
cap. 5, 12 a 16) O que tem tudo isso a ver com “decrete agora mesmo a sua cura”, que a gente
anda vendo e ouvindo na mídia ou nas Igrejas? O decreto que a gente da Terra deve conhecer
e respeitar é aquele dos homens, da Presidência da República, por aí.

“Ai de vós os ricos! Porque já tendes a vossa consolação”.


Não quero também ficar pensando, que rico não vai para o céu, porque para Deus não
existe o impossível; ou como fiquei muitos anos da minha vida, com peninha do povo,
achando sempre que o mesmo é ignorante, manipulado ou inocente. Não resta dúvida, que
neste rebanho gigantesco religioso planetário, sempre existirão os chamados inocentes úteis;
entretanto, com o meu amadurecimento político, social e de vida, sei que a maioria das
pessoas que estão sintonizadas com essa forma de ver sua prosperidade material através do
Evangelho, são como eles (sacerdotes) ou muitas vezes até piores, pois, vivem morrendo de
inveja e lutando para chegar ao mesmo patamar material destes pregadores; são fiéis no
sentido da palavra ao evangelho material, não o espiritual; pois, objetivam essa meta,
prosperidade.
Dentro do que coloquei, vêm outros questionamentos: Para que vocês seguem esse
homem chamado Jesus? Dentro da visão de vocês, ele foi um fracassado. Nasceu num curral,
não tinha uma casa para morar, pediu emprestado um jegue para entrar em Jerusalém, e ainda
mandou dizer que iria devolvê-lo ao dono; pediu emprestado uma casa para fazer a última
ceia com os discípulos; só andava fazendo refeições na casa dos outros e geralmente, de
pecadores ou ricos; precisou pegar dinheiro dentro de um peixe para pagar imposto; foi traído
pelo dinheiro dos Sacerdotes e depois esse dinheiro foi devolvido e nem para as ofertas
serviu; foi lhe emprestado um manto para não morrer nú; sua coroa foi de espinho e a cruz
emprestada, e pra não fugir a regra, seu túmulo foi também emprestado por José de Arimatéia,
que por sinal era um homem rico e político, com o intuito de sacanear através da contradição,
e tornar-se pedra de tropeço para todos aqueles que não querem ser humildes.
Sintetizando: Então, o que é que vocês querem com esse Jesus “pobre”, que seu Reino
não é deste mundo, muito menos sua Doutrina e Evangelho; sem dinheiro no bolso, sem
parentes importantes, sem lenço e sem documento! Vocês tem é que seguir são esses Opostos
de Jesus, sim; realmente, pois, são a cara de um planeta habitado pela imoralidade e recheado
de hipocrisia. Como diz o ditado: nasceram um para outro, se amam. Deixem Jesus em paz e
corram para os bancos, os salões de beleza e as academias momescas; sejam mais coerentes
ou fiquem a esperar o Jesus que os Judeus esperam até hoje.

Prof. Luciano Filgueiras


Uneb-Téc. Universitário
Pós-graduado em Política e Estratégia-Uneb/Adesg
Jan/2008

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