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VIOLAÇÃO DE COMUNICAÇÕES
TELEFÔNICAS, DE INFORMÁTICA
OU TELEMÁTICA E QUEBRA DE
SEGREDO DE JUSTIÇA
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A interceptação será feita por, no máximo, 15 dias, renováveis por outro tanto,
desde que comprovada sua indispensabilidade.
A lei contém outras normas importantes, que devem merecer a atenção do leitor. A
mesma lei criou, no art. 10, o tipo legal de crime objeto destes comentários.
A norma incriminadora é:
Qualquer pessoa pode ser sujeito ativo do crime. Na quebra do sigilo da justiça o
crime é cometido normalmente por pessoa que tenha acesso ao procedimento da
interceptação, como o juiz, o membro do Ministério Público, a autoridade policial, o
funcionário da empresa encarregada da interceptação, mas podem cometê-lo também
todos quantos tenham conhecimento das transcrições das comunicações, como os
serventuários da justiça, os advogados, ou qualquer pessoa que consiga obter acesso aos
autos.
São sujeitos passivos as pessoas que se comunicam, bem assim o Estado, se se tratar
de quebra de sigilo de interceptação legitimamente autorizada, ou quando é feita com
objetivos não autorizados em lei.
28.2 TIPICIDADE
omissão. Pode realizar-se pelas mais diversas formas, com os recursos tecnológicos mais
diversos que, a cada dia, tornam-se mais eficazes.
O erro sobre a existência da ordem judicial ou sobre sua extensão ou conteúdo, como
o que pode ocorrer em relação aos números das linhas telefônicas a serem interceptadas,
excluirá o dolo e, portanto, a tipicidade do fato.
Nas três figuras típicas o agente deve atuar com dolo, consciência da conduta,
consciência da sua ilegalidade e vontade livre de realizá-la para tomar conhecimento da
comunicação alheia.
1
GOMES, Luiz Flávio; CERVINI, Raul. Interceptação telefônica, São Paulo: Revista dos Tribunais, 1997, p. 100.
4 – Direito Penal II – Ney Moura Teles