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Sujeito passivo é a pessoa que detém a coisa comum, seja o outro condômino, o co-
herdeiro, o sócio ou qualquer outra pessoa que a detiver. A detenção deve ser legítima.
34.2 TIPICIDADE
Os bens que integram o patrimônio da pessoa jurídica não são bens comuns, de
propriedade dos sócios. A pessoa do sócio não se confunde com a personalidade da
empresa. Não é o sócio o proprietário do veículo adquirido pela pessoa jurídica. Cometerá
furto se o subtrair, ou apropriação indébita, quando tem a sua posse. Aqui se trata de
sociedade na coisa, que é de propriedade comum dos sócios.
Materializa-se o crime quando o agente subtrai, para si ou para outrem, a coisa que
pertence ao condomínio, à herança ou à sociedade, estando ela, legitimamente, em poder
de seu consorte ou de terceira pessoa.
34.3 ILICITUDE
“São fungíveis os móveis que podem substituir-se por outros da mesma espécie,
qualidade e quantidade” (Código Civil, art. 85). É fungível, portanto, a coisa que, por sua
natureza, pode ser substituída por outra, de mesma espécie, qualidade e quantidade.
Somente será lícita a subtração da quota-parte a que tem direito o agente se a coisa
Furto de Coisa Comum - 3
puder ser substituída por outra de mesma espécie, qualidade e quantidade. É lícito,
portanto, subtrair dez reses da herança composta por cem animais, a ser partilhada por
cinco herdeiros irmãos. No caso, o agente terá tirado menos que a sua quota-parte, que
seria de vinte. Porém, se tiver ele subtraído os dez reprodutores, cujo valor exceda os vinte
por cento a que tem direito na herança, o fato será ilícito.
A coisa comum indivisível, uma jóia ou um veículo, ainda que possa ser substituída
por outra de mesma espécie e qualidade, se subtraída pelo sócio, herdeiro ou condômino,
não se enquadra na norma permissiva, porque impossível a subtração apenas da quota a
que tem direito o agente. Subsiste, na hipótese, o crime.