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No art. 325 está o seguinte tipo penal: “revelar fato de que tem ciência em razão do
cargo e que deva permanecer em segredo, ou facilitar-lhe a revelação”. A pena é detenção,
de seis meses a dois anos, ou multa, se o fato não constitui crime mais grave.
101.2 TIPICIDADE
O caput do art. 325 contém o tipo básico, delito expressamente subsidiário. O § 1º,
acrescentado pela Lei nº 9.983/00, descreve condutas violadoras do sigilo funcional em
relação a sistemas de informações e bancos de dados da Administração Pública. O § 2º
contém a forma qualificada.
A revelação deve ser de um fato que o agente tem ciência em razão do cargo público
que exerce e, ao mesmo tempo, que deve ser mantido em segredo.
Além disso, o fato deve ser daqueles que devem permanecer em segredo. Fato sigiloso,
portanto. Sigiloso e que deve permanecer em segredo é o fato de interesse público cuja
revelação possa causar dano a um interesse da Administração Pública.
Crime doloso. O agente tem consciência de que o fato chegou ao seu conhecimento em
virtude da função que exerce, sabe que deve permanecer em segredo e, ainda assim, revela-
o a alguém com vontade livre, sem qualquer outra finalidade. A revelação ou a sua
facilitação por negligência não constitui crime.
“Nas mesmas penas deste artigo incorre quem: I – permite ou facilita, mediante
atribuição, fornecimento e empréstimo de senha ou qualquer outra forma, o
acesso de pessoas não autorizadas a sistemas de informações ou bancos de
dados da Administração Pública; II – se utiliza, indevidamente, do acesso
restrito.”
Violação de Sigilo Funcional - 3
a outrem”.