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Daniel Bramatti
"IDH sobe e Brasil entra no clube do Alto Desenvolvimento Humano"; "Para ONU, Brasil já não é um país
pobre"; "Com PIB e renda maiores, país chega ao primeiro mundo da área social". Manchetes como estas
estarão em todos os jornais quando a ONU atualizar, com o novo PIB brasileiro, a base de dados que
alimenta o cálculo do IDH (Índice de Desenvolvimento Humano).
Para os leitores de Terra Magazine, a notícia não será novidade. Sim, o Brasil já entrou no seleto grupo de
países com "alto desenvolvimento humano" - em 2005, para ser mais exato.
Daniel Bramatti
O recálculo do PIB, com nova metodologia aplicada pelo IBGE, mostra que a economia brasileira é muito
maior do que se imaginava - para ser mais exato, R$ 211 bilhões maior. Em 2005, o Produto Interno Bruto
foi de R$ 2,148 trilhões - 10,9% acima do valor estimado pelo cálculo anterior.
Também foi muito maior do que se estimava o avanço da economia no governo Lula. Em 2003, 2004 e 2005,
respectivamente, o crescimento em relação ao ano anterior foi de 1,1%, 5,7% e 2,9% - pela metodologia
antiga, as taxas eram de 0,5%, 4,9% e 2,3%.
Daniel Bramatti
O FMI misturou alhos com bugalhos ao divulgar, ontem, o relatório Panorama Econômico Mundial. Os
dados sobre a renda dos brasileiros estão errados - foram "puxados para baixo" por conta de uma falha
metodológica, apontada por Terra Magazine e reconhecida ontem mesmo pelo Fundo Monetário
Internacional. "Vamos revisar nossos procedimentos em futuras edições do Panorama Econômico Mundial",
disse o economista Bennet Sutton, em e-mail a este repórter.
Para Nassif, criadores do Real buscaram enriquecer - Terra - economia
Daniel Bramatti
Às vésperas do lançamento oficial do Plano Real, em 1994, o então ministro da Fazenda, Rubens Ricupero,
assegurava publicamente que haveria paridade entre a nova moeda e o dólar. Não foi o que aconteceu. O
real entrou em cena valendo mais que a moeda norte-americana, e sua cotação subiu ainda mais com o
passar do tempo. As conseqüências da sobrevalorização foram desastrosas: explosão das importações,
déficit em conta corrente e desaceleração da economia, em razão da necessidade de manter juros altos para
atrais capitais especulativos. Para o jornalista Luís Nassif, não houve um simples erro na condução da
economia na época, mas uma "operação de mercado". Ele vê uma ação deliberada dos formuladores e
implementadores do plano com o objetivo de beneficiar a si próprios e a grupos aliados. "Eles tomaram um
conjunto de medidas técnicas cuja única lógica foi permitir enormes ganhos para quem sabia para onde o
câmbio ia caminhar. E o grande vitorioso desse período é o André Lara Resende, que é um dos formuladores
dessa política cambial", disse Nassif, em entrevista a Terra Magazine.
Daniel Bramatti
O presidente Fernando Henrique Cardoso e dois dos "pais" do Plano Real responderam com silêncio absoluto
à acusação, feita pelo jornalista Luís Nassif, de que houve manipulação do câmbio em 1994/95 com o
objetivo de favorecer com "centenas de milhões de dólares" o banco Matrix, do qual foram sócios os tucanos
André Lara Resende e Luís Carlos Mendonça de Barros.
Terra Magazine publicou uma entrevista com Nassif na segunda-feira. Nela, o jornalista, autor do recém-
lançado livro Os Cabeças-de-Planilha - Como o Pensamento Econômico da Era FHC Repetiu os Equívocos
de Rui Barbosa, fez um ataque direto a Lara Resende (leia aqui). "Eles (os formuladores do Real) tomaram
um conjunto de medidas técnicas cuja única lógica foi permitir enormes ganhos para quem sabia para onde o
câmbio ia caminhar. E o grande vitorioso desse período é o André Lara Resende, um dos formuladores dessa
política cambial."
Daniel Bramatti
Na contramão do que têm dito os principais líderes de seu partido, o ex-presidente Fernando Henrique
Cardoso (PSDB) afirmou recentemente que as críticas ao aumento da carga tributária são "choradeira".
"Aumento de carga tibutária... essa coisa é choradeira. Está mal gasta porque paga juros e déficit. Mas um
país como o Brasil tem que ter uma carga de 30% se não tem educação, saúde", disse o tucano, em
depoimento para o livro "Os Cabeças-de-Planilha - Como o Pensamento Econômico da Era FHC Repetiu os
Equívocos de Rui Barbosa", do jornalista Luís Nassif. A obra foi lançada ontem em São Paulo.
Daniel Bramatti
Houve um tempo em que sindicatos faziam campanhas nacionais em defesa do salário mínimo de US$ 100.
Candidatos a presidente eram acusados de populismo ao se comprometer com essa meta. Economistas
alertavam para o risco de aumento do desemprego e de colapso nas contas públicas caso a marca fosse
atingida. Foi-se a época. Nos últimos dias, o salário mínimo praticamente alcançou a marca histórica de US$
200 (atualização: em 1º de junho, chegou a US$ 199,79).
Daniel Bramatti
O empresário Maurício Rockfeller Jr., morador do Morumbi, na zona sul de São Paulo, mandou blindar o
carro novo na semana passada. Pagou R$ 16 mil pelo serviço, sem contar as peças. Ao preencher o cheque e
pedir uma nota fiscal eletrônica, ele ganhou automaticamente um desconto de R$ 210 em seu IPTU.
Enquanto esperava pelo motorista de seu segundo carro, Maurício telefonou para o banco e agendou o
pagamento da mensalidade da escola dos três filhos, no valor de R$ 5.000 - ganhou aí um desconto adicional
de R$ 30 no IPTU.
Como era tarde para ir ao escritório, o empresário se dirigiu à academia de ginástica, onde fez uma hora de
exercícios e pagou o mês de abril (R$ 600). Ao sair, depois de quitar a mensalidade do estacionamento (R$
150) e dispensar o guarda-costas (R$ 2.300), ligou para a mulher, para saber das novidades do dia. Ela contou
que havia ido ao cabeleireiro (R$ 400), ao acupunturista (R$ 300), à massagista (R$ 250) e ao veterinário (R$
200), já que seu poodle não andava muito bem.
Desconfiado, Maurício ligou para o detetive (R$ 3.800) e conferiu o roteiro. Era tudo verdade. Feitas as
contas, o casal gastou um total de R$ 25.000 em serviços naquele dia, e acumulou um crédito de R$ 390 para
descontar no IPTU do ano seguinte.
João, o guarda-costas de Maurício, é empregado de uma empresa de segurança, da qual recebe um salário de
R$ 1.200. João e a mulher gastam o que ganham com alimentação, moradia e roupas. Não são consumidor de
serviços. Não terão descontos no IPTU.
Os personagens citados acima são fictícios. Mas é real a situação em que contribuintes mais ricos têm
benefício tributário maior do que os pobres, graças a uma iniciativa da Prefeitura de São Paulo para reduzir a
sonegação e reforçar o seu caixa.
Daniel Bramatti
Não é a primeira vítima da valorização do real, mas é a maior. Uma das principais
fabricantes de calçados do Rio Grande do Sul vai encerrar sua produção em julho
e extinguir milhares de empregos - empresários e sindicalistas falam em 4.000
demissões, mas esse número não é confirmado nem desmentido oficialmente.
Daniel Bramatti
O Produto Interno Bruto cresceu 4,3% no primeiro trimestre deste ano, em comparação com
o mesmo período do ano passado. Em relação ao último trimestre de 2006, o PIB subiu
0,8%. Os dados, divulgados na manhã desta quarta-feira pelo IBGE, são o primeiro sinal
oficial de que é factível a meta de crescimento para 2007 estabelecida pelo governo ao
lançar o PAC, de 4,5%. Os novos números são os primeiros divulgados desde a revisão da
metodologia de cálculo do PIB, anunciada pelo IBGE em março (leia aqui), que revelou uma
economia maior e em crescimento mais acelerado do que se imaginava.
Daniel Bramatti
O anúncio do fechamento de fábricas da empresa Reichert em 11 municípios gaúchos não deve ser a única
má notícia do setor calçadista. Outras grandes indústrias devem seguir o mesmo caminho e jogar a toalha por
conta do câmbio desfavorável, afirma Heitor Klein, diretor-executivo da Abicalçados (Associação Brasileira
das Indústrias de Calçados).
A Reichert, cuja produção é destinada à exportação, vai encerrar sua produção em julho (leia aqui).
Empresários e sindicalistas estimam que possa haver até 4.000 demissões. Para Klein, outros 4.000 empregos
indiretos podem desaparecer.
Daniel Bramatti
O ministro da Fazenda aproveita todos os contatos com a imprensa para afirmar que as novas quedas do dólar
não são preocupantes. Mas empresários do setor industrial reclamam da perda de competitividade no
mercado de externo e da invasão de produtos importados. Nos jornais, cada economista dá um palpite
diferente sobre os benefícios e prejuízos da valorização do real.
O cenário descrito acima poderia ser o da semana passada, mas é exatamente o que ocorria em maio de 2005,
quando o dólar estava na faixa de R$ 2,40, ainda longe da chamada "barreira psicológica" dos R$ 2,00,
finalmente rompida nos últimos dias. "Desde janeiro de 2003 os críticos do câmbio prevêem uma crise três
meses à frente, e ocorreu o contrário", desabafou, na época, o então ministro da Fazenda, Antonio Palocci.
De 2005 para cá, muito mais tinta e saliva foram gastas em alertas sobre um eventual colapso nas
exportações brasileiras - que nunca aconteceu.
Etanol é oportunidade histórica, dizem cientistas - Terra - economia
Daniel Bramatti
Se o Brasil usar apenas 10% de suas áreas de pastagens para plantar cana, produzirá etanol suficiente para
substituir 5% da gasolina consumida no mundo e terá 5 milhões de novos empregos. Sem desmatamento,
sem "invasão" de áreas destinadas a outros plantios. Esse cenário - que nem pode ser tachado de otimista,
pois não leva em conta eventuais avanços tecnológicos e aumentos de produtividade - é considerado viável
pelos principais pesquisadores do setor de álcool combustível no Brasil.
Daniel Bramatti
Lídia Maria Pepe de Moraes, da Universidade de Brasília, e Adilson Roberto Gonçalves, da Faculdade de
Engenharia Química de Lorena (SP), estão entre os cientistas brasileiros que buscam uma forma
comercialmente viável para transformar também o bagaço da cana em álcool. Essa tecnologia, quando
dominada, poderá até dobrar a produção das usinas, que hoje produzem o combustível a partir do caldo
extraído da planta.
Em entrevista por e-mail a Terra Magazine, eles explicam o que é o chamado etanol celulósico, avaliam o
acordo entre Brasil e Estados Unidos e falam sobre os riscos ambientais associados à expansão dos canaviais.
Daniel Bramatti
Um dos maiores produtores mundiais de soja e milho, grãos que podem ser transformados em óleo diesel e
álcool, a Argentina começa a se mexer para não perder a onda dos biocombustíveis. Na semana passada, o
presidente Nestor Kirchner regulamentou uma lei que concede incentivos fiscais para a instalação de usinas
de biodiesel e torna obrigatória, a partir de 2010, a mistura de biocombustíveis com o diesel e a gasolina
consumidos no país, em proporção de pelo menos 5%.
Daniel Bramatti
A recente operação financeira que transferiu aos cofres do governo de São Paulo nada menos que R$ 2
bilhões para investimentos começa a sofrer contestações. Trata-se da "compra" da folha de pagamentos do
Estado pela Nossa Caixa, anunciada no último dia 27 - desde então, as ações do banco estatal chegaram a cair
20%, uma evidência de como o negócio foi mal recebido pelos investidores.
A Nossa Caixa, que é controlada pelo governo paulista, decidiu aceitar a proposta, feita pelo mesmo governo,
de pagar R$ 2,08 bilhões pelo direito de manter as contas bancárias de cerca de 1,1 milhão de servidores
públicos. O prazo do contrato é de cinco anos - ou seja, para não ter prejuízo com a operação, quitada à vista,
o banco terá de "arrancar" cerca de R$ 380 por ano de cada correntista, na forma de taxas, juros de
empréstimos e outras operações.
IBGE vai recalcular PIB de 1995 a 2006 - Terra - economia
Daniel Bramatti
Lembra do debate da campanha eleitoral sobre quem fez o Brasil crescer mais, Lula ou Fernando Henrique
Cardoso? Pois a discussão pode ter se dado em bases irreais. Sabe o esforço fiscal do governo para promover
um superávit primário de 4,25% do PIB e destinar esses recursos para o pagamento de juros? Pois o arrocho
pode ter sido exagerado ou insuficiente. Ouviu falar da famosa "relação dívida/PIB", que os economistas - e
credores - insistem que é preciso baixar? Pois ela pode não ser de 49,3%, como estima o chamado mercado.
As principais estatísticas econômicas do Brasil sofrerão um chacoalhão em março, quando o IBGE (Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística) vai estrear sua nova metodologia de cálculo do Produto Interno Bruto.
Todos os índices acima, além de outros relacionados ao PIB, como carga tributária e taxa de investimento,
serão ajustados à nova realidade.
Daniel Bramatti
Eternamente insatisfeitos com os juros, o câmbio e a carga tributária, os empresários do setor industrial terão
em breve mais um motivo para reclamar. O retrato da economia brasileira a ser divulgado em março pelo
IBGE vai mostrar um país menos industrializado, em termos proporcionais. Ainda não é possível saber se o
novo PIB será maior ou menor. Mas é dada como certa a perda de participação da indústria para o setor de
serviços e para a agropecuária.
Daniel Bramatti
Ao apresentar o Programa de Aceleração do Crescimento, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, fez duas
cobranças públicas. A primeira, pela continuidade da queda dos juros, foi dirigida ao presidente do Banco
Central, Henrique Meirelles. "O mercado está esperando uma redução da taxa Selic, a continuação, viu,
Meirelles?", afirmou, provocando risos na até então sisuda platéia da cerimônia. A segunda foi endereçada
aos governadores e parlamentares, que discutem há quase uma década, sem resultados práticos, uma reforma
tributária que simplifique a cobrança de impostos no país.
"Nós gostaríamos de discutir com os senhores governadores e com os senhores parlamentares uma reforma
tributária mais ambiciosa do que aquela que se encontra hoje no Congresso. Uma reforma tributária que
realmente possa atender os anseios de simplificação, de desburocratização, de agilização das operações do
setor produtivo, porque hoje nós temos um sistema tributário complexo, muito diversificado, que atrapalha a
produção", discursou Mantega, sem entrar em detalhes.
O ministro não disse, mas sonha com a unificação de tributos como ICMS, IPI, Cofins e PIS em um Imposto
sobre Valor Agregado, o IVA. Em entrevista a Terra Magazine, o secretário nacional de Política Econômica,
Júlio Sérgio Gomes de Almeida, detalhou as intenções do governo federal.
Governo prevê renúncia fiscal de R$ 18 bi até 2008 - Terra - economia
Daniel Bramatti
Ao anunciar o PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), o ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse
que haverá uma renúncia fiscal de R$ 18,1 bilhões até 2008 na tentativa de viabilizar os investimentos
públicos e privados previstos no pacote, de R$ 504 bilhões até 2010.
A renúncia fiscal em 2007 será de R$ 6,6 bilhões, o equivalente a 1,7% do volume recorde de R$ 392,5
bilhões que a Receita Federal arrecadou no ano passado. Em 2008, as isenções sobem para R$ 11,5 bilhões,
ou 2,9% da arrecadação de 2006.
PIB cresce 3,7% em 2006; sobe previsão para 2007 - Terra - economia
O novo PIB eleva para 3,35% a média de crescimento na economia no primeiro ... O fato é que a economia está maior e o
crescimento está mais acelerado. ...
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"Novo PIB" mostra Brasil crescendo mais com Lula - Terra - economia
Daniel Bramatti e Raphael Prado ... o país mudou desde então - ou, pelo menos, mudou a maneira pela qual se mede o tamanho
da economia e o crescimento dela. ...
terramagazine.terra.com.br/interna/0,,OI1499184-EI6579,00.html - 18k - Em cache - Páginas Semelhantes
Revolução energética é viável, diz Greenpeace - Terra - meio ...
Daniel Bramatti e Felipe Corazza Barreto ... que é possível reduzir pela metade a produção de gases-estufa mesmo sem paralisar
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