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CAPÍTULO 6: TEORIA GERAL DA

ADMINISTRAÇÃO (TGA)

A ADMINISTRAÇÃO CIENTÍFICA
FORDISMO – PRODUÇÃO EM MASSA
A administração científica

Para alguns autores, a denominação Administração Científica deveria


ser substituída por estudo científico do trabalho;

Seleção científica Plano de incentivo


do trabalhador salarial

Determinação do Máxima eficiência


Estudos dos método de Padrão de Supervisão
tempos e trabalho Maiores lucros
produção funcional
movimentos
(the best way) Maiores salários

Condições
Lei da fadiga ambientais de
trabalho

Figura 1: A abordagem microscópica e mecanicista da Administração Científica


Fonte: Chiavenato, 2003
A administração científica

As principais críticas à administração científica são:

1. Mecanicismo da administração científica: pois esta se


restringiu às tarefas e aos fatores diretamente relacionados
com o cargo e a função do operário. Embora a organização
seja constituída de pessoas, deu-se pouca atenção ao
elemento humano e concebeu-se a organização como “um
arranjo rígido e estático de peças”. Ou seja, como uma
máquina: assim como construímos uma máquina como um
conjunto de peças e especificações também construímos uma
organização de acordo com um projeto. Daí a denominação
“teoria da máquina” dada à administração científica.
A administração científica

2. Superespecialização do operário: A administração científica


preconizava a especialização do operário por meio da divisão
e da subdivisão de toda operação em seus elementos
construtivos. As tarefas mais simples – o resultado daquela
subdivisão – podem ser mais facilmente ensinadas e a perícia
do operário pode ser incrivelmente aumentada. Por outro
lado, alcança-se uma respeitável padronização no
desempenho dos operários, pois na medida em que as tarefas
vão se fracionando, a maneira de executá-las torna-se
padronizada.
“Essas formas de organização de tarefas privam os operários da
satisfação do trabalho, e, o que é pior, violam a dignidade
Humana.” William G. Scott
A administração científica

3. Visão microscópica do homem: A administração científica


visualiza cada empregado individualmente, ignorando que o
trabalhador é um ser humano e social. A partir de sua
concepção negativista do homem – na qual as pessoas são
preguiçosas e ineficientes – Taylor enfatiza o papel monocrático
do administrador: “A aceleração do trabalho só pode ser obtida
por meio da padronização obrigatória dos métodos, da adoção
obrigatória de instrumentos e das condições de trabalho e
cooperação obrigatórias. E essa atribuição de impor padrões e
forçar a cooperação compete exclusivamente à gerência.” O
esquema de Taylor implica na proliferação do trabalho
desqualificado que coexiste com uma estrutura administrativa
monocrática, alienante, na qual a principal virtude é a
obediência às ordens.
A administração científica

• Os engenheiros americanos limitaram-se às características


físicas do corpo humano em trabalhos rotineiros, com
ênfase nos estudos dos movimentos e da fadiga;

• O trabalho do homem foi sendo abordado como um


processo acessório da máquina, substituindo a inicial
preocupação de se adaptarem mutuamente os recursos
humanos e mecânicos;

• O desempenho humano passou a ser estudado dentro de


seus limites físicos, em termos de cargas, velocidade e
fadiga.
A administração científica

• A utilização dos seres humanos na organização limitou-se


às tarefas que se executam na linha de produção e nos
escritórios, abrangendo apenas as variáveis fisiológicas;

• Por esse motivo, a administração científica é chamada de


teoria fisiológica da organização (James March e Hebert
Simon, 1973).

• Taylor considerou os recursos humanos e materiais não


tanto reciprocamente ajustáveis, mas sobretudo, o homem
trabalhando como apêndice da máquina industrial.
A administração científica

4. Ausência de comprovação científica: a administração


científica é criticada por pretender criar uma ciência sem o
cuidado de apresentar comprovação científica das
proposições e princípios. Os engenheiros americanos
utilizaram pouquíssima pesquisa e experimentação
científica para comprovar suas teses. Seu método empírico
e concreto, no qual o conhecimento é alcançado pela
evidência e não pela abstração: baseia-se em dados
singulares e observáveis pelo analista de tempos e
movimentos relacionados com o como e não com o porquê
da ação do operário.
A administração científica

5. Abordagem incompleta da organização: A administração


científica é incompleta, parcial e inacabada, por se limitar
apenas aos aspectos formais da organização, omitindo a
organização informal e os aspectos humanos da
organização. Essa perspectiva incompleta ignora a vida
social interna dos participantes da organização. As pessoas
são tomadas como indivíduos isolados e arranjados de
acordo com suas habilidades pessoais e com as demandas
da tarefa a ser executada. Também omite certas variáveis
críticas, como o compromisso pessoal e a orientação
profissional dos membros da organização, o conflito entre
objetivos individuais e organizacionais, etc.
A administração científica

6. Limitação do campo de aplicação: A administração


científica também ficou restrita aos problemas de produção
de fábrica, não considerando os demais aspectos da vida da
organização, como financeiros, comerciais, logísticos, etc.
Além disso, o desenho de cargos e tarefas retrata suas
concepções a respeito da natureza humana (homem
econômico) e se fundamenta em uma expectativa de
estabilidade e previsibilidade das operações da
organização.
A administração científica

7. Abordagem prescritiva e normativa: A administração


científica se caracteriza pela preocupação em prescrever
princípios normativos que devem ser aplicados como
receituário em todas as circunstâncias para que o
administrador possa ser bem-sucedido. Essa abordagem
prescritiva e normativa padroniza situações para poder
prescrever a maneira de como elas deverão ser
administradas. É uma abordagem com receitas
antecipadas, soluções enlatadas e princípios normativos
que regem como fazer as coisas dentro das organizações.
Essa perspectiva visualiza a organização como ela deveria
funcionar ao invés de explicar seu funcionamento.
A administração científica

8. Abordagem de um sistema fechado: A administração


científica visualiza as organizações como se elas existissem
no vácuo ou como se fossem entidades autônomas,
absolutas e hermeticamente fechadas a qualquer influência
vinda fora delas. É a maneira de ver tudo o que acontece
dentro de uma organização sob o ponto de vista de
algumas variáveis importantes apenas, omitindo-se outras
cuja influência não seja bem conhecida no conjunto.
A administração científica

9. Pioneirismo na administração: A administração científica


constitui o ponto de partida da administração nos
seguintes aspectos:
• É o primeiro esforço científico para analisar e padronizar
os processos produtivos com o objetivo de aumentar a
produtividade e a eficiência;
• Obteve enorme êxito na racionalização das empresas da
época;
• Complementou a tecnologia da época, desenvolvendo
técnicas e métodos que racionalizaram a produção, com
o forte aumento da produtividade.
A administração científica
ALICERCES FUNDAMENTAIS DA ADMINISTRAÇÃO CIENTÍFICA
COMANDO E CONTROLE A gerência funciona como uma ditadura benigna inspirada nos
modelos militares. O gerente planeja e controla o trabalho; os
trabalhadores executam. O gerente deve pensar e mandar; os
trabalhadores obedecer e fazer de acordo com o plano.

UMA ÚNICA MANEIRA CERTA O método estabelecido pelo gerente é a melhor maneira de
(THE BEST WAY) executar uma tarefa. O papel dos trabalhadores é utilizar o método
sem questioná-lo.

MÃO-DE-OBRA, NÃO RECURSOS A força de trabalho é a mão-de-obra, ou seja, a mão contratada


HUMANOS sem qualquer envolvimento da pessoa na organização. Como a
oferta de trabalhadores era abundante, a empresa nada devia a
eles, embora esperasse lealdade da sua parte.

SEGURANÇA, NÃO INSEGURANÇA Embora os operários não ganhassem reconhecimento ou


responsabilidade, havia um acordo tácito (subentendido) baseado
na segurança e permanência no emprego. As empresas davam uma
sensação de estabilidade dominando seus mercados. O futuro
parecia previsível e o destino de cada empresa no futuro ainda
mais previsível.
HENRY FORD E A LINHA DE MONTAGEM

• O taylorismo desenvolveu-se em uma época de


notável expansão da indústria e junto com outra
inovação revolucionária do início do século:

– a linha de montagem de Henry Ford.

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Henri Ford e a linha de montagem

• Henry Ford (1863-1947) iniciou sua vida profissional


como mecânico;

• Projetou um modelo de carro e em 1899 fundou sua


primeira fábrica de automóveis, que logo depois foi
fechada.

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Henri Ford e a linha de montagem

• Sem desanimar, fundou em 1903, a Ford Motor


Company;

• Sua ideia: popularizar um produto antes artesanal e


destinado a milionários. Ou seja, vender carros a preços
populares, com assistência técnica garantida,
revolucionando a estratégia comercial da época;

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Henri Ford e a linha de montagem

• Ford utilizou à risca os princípios de padronização e


simplificação de Frederick Taylor e desenvolveu outras
técnicas avançadas para a época.

• Suas fábricas eram totalmente verticalizadas. Ele possuía


desde a fábrica de vidros, a plantação de seringueiras,
até a siderúrgica.
Henri Ford e a linha de montagem

Embora não tenha inventado o automóvel e nem mesmo


a linha de montagem, Ford inovou na organização do
trabalho:

• Produção de maior número de produtos acabados;


• Com maior garantia de qualidade;
• Menor custo possível.
Henri Ford e a linha de montagem

• Entre 1905 e 1910, Ford promoveu a grande inovação do


século XX: mercado de massa para os automóveis.

• Sua obsessão foi atingida: tornar o automóvel tão barato


que todos poderiam comprá-lo!

• Fordismo é um modelo de Produção em Massa que


revolucionou a indústria automobilística;
Henri Ford e a linha de montagem

• Essa inovação teve maior impacto sobre a maneira de viver


do homem do que muitas das maiores invenções do
passado da humanindade;

• Em 1913 já fabricava 800 carros/dia;

• Em 1914, repartiu com seus empregados uma parte do


controle acionário da empresa.
Henri Ford e a linha de montagem

• Estabeleceu o salário mínimo de 5 dólares/dia e jornada


diária de 8 horas, quando na época, a jornada variava entre
10 e 12 horas.

• Em 1926:
• já tinha 88 fábricas;
• empregava 150.000 pessoas;
• Fabricando 2.000.000 carros/ano.
Henri Ford e a linha de montagem

• Utilizou um sistema de concentração vertical, produzindo


desde a matéria-prima inicial ao produto final acabado;

• Além disso, utilizou a concentração horizontal através de


uma cadeia de distribuição comercial por meio de agências
próprias;

• Ford fez uma das maiores fortunas do mundo graças ao


constante aperfeiçoamento de seus métodos e processos
de trabalho;
Henri Ford e a linha de montagem

• A racionalização da produção proporcionou a linha de


montagem que permite a produção em série;

• Na produção em série ou em massa, o produto é


padronizado, bem como o máquinário, o material, a mão-
de-obra e o desenho do produto, o que proporciona um
custo mínimo.

• Daí, a produção em grandes quantidades, cuja condição


precedente é a capacidade de consumo em massa, seja
real ou potencial, na outra ponta.
Henri Ford e a linha de montagem

Figura 1: Linha de montagem da Ford


Henri Ford e a linha de montagem

• Uma das principais características do Fordismo foi o


aperfeiçoamento da linha de montagem.

• Os veículos eram montados em esteiras rolantes que se


movimentavam enquanto o operário ficava
praticamente parado, realizando uma pequena etapa da
produção.
Henri Ford e a linha de montagem

• Juntamente com o sucesso das vendas do modelo "T" e do


fordismo, criou-se o chamado ciclo da prosperidade que mudaria a
economia EUA e a vida de muitos americanos da época.

• Muitos outros setores, como o têxtil, siderúrgico, energético


(combustível), entre tantos outros, foram afetados direta ou
indiretamente pelo desenvolvimento da indústria automobilística e
tiveram um crescimento substancial:
• Mais rodovias foram construídas, propiciando maior facilidade
de locomoção da população e dando lugar ao surgimento de
novos polos comerciais ao longo de sua extensão.
Henri Ford e a linha de montagem

• A condição-chave da produção em massa é a simplicidade.

• Três aspectos suportam o sistema:

1. A progressão do produto através do processo


produtivo é planejada, ordenada e contínua;
2. O trabalho é entregue ao trabalhador em vez de
deixá-lo com a iniciativa de ir buscá-lo;
3. As operações são analisadas em seus elementos
constituinte.
Henri Ford e a linha de montagem

Figuras 2 e 3: Linha de montagem da Ford


Henri Ford e a linha de montagem

Para obter um esquema caracterizado pela aceleração da


produção por meio de um trabalho ritmado, coordenado
e econômico, Ford adotou quatro princípios básicos:

1. Princípio da intensificação: Diminuir o tempo de


duração com a utilização imediata dos equipamentos e
matéria-prima e a rápida colocação do produto no
mercado;
Henri Ford e a linha de montagem

2. Princípio de economicidade: Reduzir ao mínimo o


volume de estoque da matéria-prima em transformação,
fazendo com o que o automóvel fosse pago à empresa
antes de vencido o prazo de pagamento dos salários e da
matéria-prima adquirida. A velocidade de produção deve
ser rápida: “o minério sai da mina no sábado e é
entregue sob forma de um carro ao consumidor, na
terça-feira, à tarde.” Henry Ford
Henri Ford e a linha de montagem

3. Princípio de produtividade: Aumentar a capacidade de


produção do homem no mesmo tempo período
(produtividade) por meio da especialização e da linha de
montagem. O operário ganha mais e o empresário tem a
maior produção.
Henri Ford e a linha de montagem

4. Princípio da execução: Taylor adotou um sistema de


controle operacional simples e baseado não no
desempenho médio, mas na verificação de exceções ou
desvios padrões normais. Tudo o que ocorre dentro dos
padrões normais não deve ocupar demasiadamente a
atenção do administrador. Esse deve ser preocupado
com ocorrências que se afastam dos padrões – as
exceções – para que sejam corrigidas. Os desvios
positivos ou negativos que fogem dos padrões normais
devem ser identificados e localizados para a tomada de
providências.
Henri Ford e a linha de montagem

• O método de produção fordista exigia grandes


investimentos e grandes instalações, mas permitiu que
Ford produzisse mais de 2 milhões de carros por ano,
durante a década de 1920.

Figura 2: Fábrica da Ford


Henri Ford e a linha de montagem

• O veículo pioneiro de Ford no processo de


produção fordista foi o Ford Modelo T, mais
conhecido no Brasil como "Ford Bigode".
Henri Ford e a linha de montagem

Henry Ford foi quem elevou ao mais alto grau os dois


princípios da produção em massa:

• Peças e componentes padronizados intercambiáveis.

• Especialização do trabalhador.
Peças e componentes padronizados

• Na produção massificada, cada peça ou componente


pode ser montado em qualquer sistema ou produto final;

• Para alcançar a padronização, Ford passou a utilizar o


mesmo sistema de calibragem para todas as peças, em
todo o processo de manufatura.

– Esse princípio deu origem ao controle de qualidade, cujo


objetivo era assegurar a uniformidade das peças.
Especialização do trabalhador

• Na produção massificada, o produto é divido em partes


e o processo de fabricá-lo é dividido em etapas.
• Cada etapa do processo produtivo corresponde à
montagem de uma parte do produto.
• Cada pessoa e cada grupo de pessoas tem uma tarefa
fixa dentro de uma etapa do processo predefinido.
• A divisão do trabalho implica a especialização do
trabalhador.
Henri Ford e a linha de montagem

• A grande aceitação dos princípios da Administração


Científica e da linha de montagem é responsável pela
notável expansão da atividade industrial em todo
mundo.

• Hoje em dia, a tecnologia sofisticou-se, há robôs ao


lado de pessoas, computadores, cronômetros digitais e
câmeras de vídeo.
Henri Ford e a linha de montagem

• No entanto, os princípios são exatamente os mesmos.

• Taylor continua a ter razão: as técnicas são apenas


auxiliares dos princípios.
Henri Ford e a linha de montagem

• O Fordismo teve seu ápice no período posterior à


Segunda Guerra Mundial, nas décadas de 1950 e 1960,
que ficaram conhecidas na história do capitalismo como
“Os Anos Dourados”.
Henri Ford e a linha de montagem

• Entretanto, a rigidez deste modelo de gestão industrial


foi a causa do seu declínio.
• Ficou famosa a frase de Ford, que dizia que poderiam
ser produzidos automóveis de qualquer cor, desde que
fossem pretos.
• O motivo disto era que com a cor preta, a tinta secava
mais rápido e os carros poderiam ser montados mais
rapidamente.
Henri Ford e a linha de montagem

• A partir da década de 70, o Fordismo entra em declínio.

• A General Motors (GM) flexibiliza sua produção e seu


modelo de gestão.

• Lança diversos modelos de veículos, várias cores e adota


um sistema de gestão profissionalizado, baseado em
colegiados. Com isto a GM ultrapassa a Ford, como a
maior montadora do mundo.
Henri Ford e a linha de montagem

• Na década de 70, após os choques do petróleo e a entrada


de competidores japoneses no mercado automobilístico, o
Fordismo e a Produção em massa entram em crise;
Henri Ford e a linha de montagem

• E começam gradativamente a serem substituídos pela


Produção enxuta, modelo de produção baseado no
Sistema Toyota de Produção (STP ou TPS).

• Em 2007 a Toyota torna-se a maior montadora de


veículos do mundo e põe um ponto final no Fordismo.
CURIOSIDADES

 http://www.youtube.com/watch?v=al9AZjSbIF8&feature=fvsr

 http://www.youtube.com/watch?v=S4KrIMZpwCY&feature=related

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EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO
1. Qual a importância de Henry Ford na história da
administração?
2. Quais são as idéias fundamentais da linha de
montagem?
3. Quais são os princípios adotados por Henry Ford
para atingir a alta produção e os baixos custos?

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