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Administração Financeira
e eOrçamentária
Orçamentária
Anderson Luiz Rezende Mól
Gabriel Martins de Araújo Filho
Copyright © 2008. Todos os direitos desta edição reservados ao Sistema Universidade Aberta do Brasil. Nenhuma parte deste material
poderá ser reproduzida, transmitida e gravada, por qualquer meio eletrônico, por fotocópia e outros, sem a prévia autorização, por escrito,
do autores.
PRESIDENTE DA REPÚBLICA
Luiz Inácio Lula da Silva
MINISTRO DA EDUCAÇÃO
Fernando Haddad
ORGANIZAÇÃO DE CONTEÚDO
Anderson Luiz Rezende Mól
Gabriel Martins de Araújo Filho
DESIGN INSTRUCIONAL
Denise Aparecida Bunn
Patricia Regina da Costa
Rafael Pereira Ocampo Moré
PROJETO GRÁFICO
Annye Cristiny Tessaro
Mariana Lorenzetti
DIAGRAMAÇÃO
Annye Cristiny Tessaro
Victor Emmanuel Carlson
REVISÃO DE PORTUGUÊS
Patrícia Regina da Costa
Sumário
Apresentação....................................................07
Custo de Capital.................................................................................... 61
Atividades de aprendizagem...................................................................... 78
Aplicação prática........................................................................................ 79
Atividades de aprendizagem...................................................................... 106
Aplicação prática....................................................................................... 107
Orçamento de Capital.................................................................................111
Atividades de aprendizagem...................................................................... 150
Aplicação prática....................................................................................... 151
Risco e Incerteza na Avaliação de Alternativas de Investimento.........153
Atividades de aprendizagem...................................................................... 161
Teoria de Valor: Interdependência das Políticas de Financiamento e
Investimento...............................................................................162
UNIDADE 4 – Administração Financeira de Curto Prazo
Orçamento Empresarial.................................................................279
Planejamento e Controle de Resultados...................................................282
Etapas de Elaboração do Orçamento Empresarial....................................289
Referências.....................................................................................361
Minicurrículos.....................................................................................365
Apresentação
Saiba mais...
Para saber mais acerca da opinião de Peter Drucker sobre o
administrador, acesse:
<http://www.unicap.br/marina/profadm.html>.
UNIDADE
1
A
A Área
Área Financeira
Financeira no
no
Contexto
Contexto da
da Empresa
Empresa
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Curso de Graduação em Administração a Distância
Objetivo
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Módulo 5
Saiba mais...
Para conhecer melhor os significados das palavras utilizadas no
conceito de administração financeira e orçamentária, acesse: <http://
www.priberam.pt/dlpo/definir_resultados.aspx>.
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Módulo 5
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Curso de Graduação em Administração a Distância
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Módulo 5
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Curso de Graduação em Administração a Distância
em 1813 e em 1822, com apenas nove anos de idade, foi para o Rio de
Janeiro e iniciou sua carreira de sucesso no mundo dos negócios. Nes-
te mesmo ano, D. Pedro I foi aclamado na Praça Tiradentes.
Você já reconheceu quem é este personagem do mundo empre-
sarial brasileiro? Então conheça um pouco mais sobre ele. Nos anos
de 1849 e 1850, iniciou a Companhia de Rebocadores Barra do Rio
Grande, introduzindo a navegação no país. Também foi o primeiro
homem a promover o encanamento de águas, desta vez no rio
Maracanã, fornecendo os equipamentos para esse fim. No ano de 1851,
(re)criou o Banco do Brasil de Mauá, que havia sido extinto por falta
de investidores no capital social da empresa, após uma tentativa frus-
trada do imperador. Em 1853, no entanto, o império provocou a fusão
do Banco do Brasil de Mauá com o Banco Comercial do Rio de Janei-
ro, criando assim o Banco do Brasil que existe até hoje. Mas nós acha-
mos que agora vocês já sabem quem é ele: o Barão de Mauá, mais
tarde conhecido como Visconde de Mauá. Isso mesmo, ele foi o maior
empresário do império brasileiro. Ele realizou outras grandes obras,
como a Companhia Carris de Ferro Jardim Botânico, introduzindo no
Brasil o transporte férreo. Em 1867, voltou ao mundo bancário, crian-
do o Banco Mauá & Cia., que captava recursos para seus investimen-
tos e para emprestar aos demais empresários brasileiros e uruguaios.
Também tinha relações na Europa, de onde conseguia recursos mais
baratos. No entanto, apesar de todo o seu sucesso, chegou à falência e
conseguiu superá-la através de uma carta de reabilitação de comerci-
ante, em 1884. Possuía um estilo gerencial inovador para a época:
correta gestão dos recursos (lembra do conceito de gestão financei-
ra?), administração descentralizada, investimento no talento dos em-
pregados, distribuição dos lucros entre os funcionários, estímulo ao
empreendedorismo, fornecimento de crédito e apoio logístico aos no-
vos negociadores (ex-empregados). Com todo esse pensamento de
vanguarda, conseguiu, mesmo após falir, ser o homem mais rico do
país durante o império. E você vê alguma semelhança desse estilo de
gestão com os conhecimentos adquiridos até o momento no curso?
Voltando à evolução do pensamento financeiro, podemos levar
você ao contexto dos anos de 1980 e 1990, com o cenário da
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Módulo 5
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Curso de Graduação em Administração a Distância
Saiba mais...
Para conhecer melhor a história do dinheiro, você pode ver a
obra de ATALLI, Jacques. Os judeus, o dinheiro e o mundo. São
Paulo: Futura, 2005.
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Módulo 5
As Finanças no
Contexto Organizacional
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Curso de Graduação em Administração a Distância
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Módulo 5
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Curso de Graduação em Administração a Distância
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Curso de Graduação em Administração a Distância
Saiba mais...
Para compreender melhor o conceito de maximização de rique-
za, acesse o seguinte endereço: <http://www.bnb.gov.br/content/
aplicacao/Publicacoes/REN-Numeros_Publicados/docs/
ren2004_v35_n1_a2.pdf>.
Para conhecer estratégias de geração de riqueza inovadoras,
como a das Casas Bahia, veja a obra de PRAHALAD, C.K. A
riqueza na base da pirâmide. São Paulo: Bookman Companhia
Editora, 2005.
Para compreender melhor a gestão financeira na Terceira Onda,
acesse o endereço: <http://www.hsm.com.br/hsmmanagement/
edicoes/numero_15/entrevista_gest.php>.
Para conhecer o modelo de Peter Leitner mais detalhadamente,
visite o endereço: <http://www.hsm.com.br/hsmmanagement/
edicoes/numero_14/
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alem_numeros.php?marcabusca=al%E9m+dos+n%FAmeros#marcabusca>.
Módulo 5
Decisão Financeira:
dilema Risco X Retorno
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Curso de Graduação em Administração a Distância
GLOSSÁRIO
*Ativo – representa
O risco ocorre quando quem toma as decisões da aplicação de um
todos os investimen-
tos realizados por ativo* pode estimar as probabilidades relativas a vários resultados.
uma empresa ou in- Estas estimativas podem ser evidenciadas com base em dados históri-
vestidor. Ativos fi- cos na medida em que é possível inferir sobre o futuro a partir de
nanceiros, termo padrões históricos sistematizados por funções matemáticas e
mais usual em finan- probabilísticas. A esta perspectiva chamamos de distribuições
ças, representa os probabilísticas objetivas. Quando não temos dados históricos, ou que
diferentes produtos
não apresentam qualidade das estimativas, torna-se necessário a utili-
financeiros dispos-
zação de distribuições probabilísticas subjetivas. Neste caso, lidamos
tos para investimen-
to e à disposição no com a incerteza. Assim você pode perceber que a incerteza é um esta-
mercado financeiro do em que não se consegue estabelecer claramente as probabilidades
para os investidores de ocorrência de um evento qualquer.
e administradores Seria razoável, portanto, supormos que à medida que um ativo
das empresas. Cons- torna-se mais arriscado, as expectativas de ganho adquirem aumento,
tituem papeis com não é mesmo? Ou você aceitaria investir em um negócio que apresen-
diferentes caracte-
te maiores níveis de risco e menores expectativas de retorno? Assim,
rísticas como os ati-
não é difícil para você imaginar que o retorno esperado sobre o inves-
vos de renda variá-
vel (ações e deriva- timento deve ser proporcional ao risco envolvido. Em finanças, o ris-
tivos) e de renda co pode ser generalizado e estendido para o conceito de volatilidade*
fixa (caderneta de dos retornos e dos resultados futuros. Assim, você pode verificar que
poupança, CDB, quanto maior for a variabilidade esperada para os resultados de um
RDB, etc.). Para investimento qualquer, maior tendem a ser as possibilidades de perda,
maiores detalhes concorda? Assim sendo, maiores riscos de obtenção de resultados fu-
acerca de outras de-
turos devem estar associados às expectativas de maiores retornos.
finições sobre renda
fixa e variável con-
sulte o site de seu
banco. Fonte: Elabo-
rado pelos autores.
Por que Investimentos Diferentes
*Volatilidade – é a Pagam Retornos Diferentes?
quantidade e inten-
sidade de flutuações
e oscilações que Alguns investimentos pagam um alto retorno e outros um baixo
ocorrem com uma retorno. Certamente, você não pode esperar um elevado retorno de
série de retornos. uma “coisa segura”. Porém, existe uma razoável demanda por um re-
Estas flutuações re- torno elevado quando investimos dinheiro em um negócio arriscado
lacionam-se com a
média dos retornos.
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Fonte: Groppelli e
Nikbakht (2000).
Módulo 5
Exemplo:
Suponha que uma pessoa possua R$ 10.000,00 em caixa. Se R$
1.000,00 são emprestados ou investidos, a pessoa desiste da seguran-
ça do caixa por um retorno futuro incerto, e pode pedir, por isso, um
retorno de R$ 100,00 para emprestar esses R$ 1.000,00 iniciais. O
GLOSSÁRIO
*custo de capital – o retorno é equivalente a 10% .
custo de capital re-
O investidor agora se torna mais relutante em liberar o restante
presenta o custo efe-
do seu dinheiro. Se ele for solicitado a emprestar R$ 1.000,00, adicio-
tivo e os pós-impos-
tos das fontes com- nalmente, o investidor exigirá um retorno de R$ 110,00 para superar a
binadas de capitais crescente relutância em desistir da segurança de manter um caixa e as-
utilizadas para fi- sumir um risco crescente de um retorno futuro. A taxa de retorno sobre
nanciar os investi- a aplicação adicional de R$ 1.000,00 é 11% (R$ 110/R$ 1.000). O re-
mentos. As organi- torno total sobre ambos os investimentos seria 10,5% (R$ 210/R$ 2.000).
zações apresentam, O princípio é que o futuro é mais arriscado do que o presente.
de forma genérica,
Quando mais dinheiro é investido, o risco aumenta e os investidores
duas fontes de capi-
desejam ser compensados por assumirem esse risco extra.
tais: fontes próprias
de capitais e fontes A chave de todas as decisões de avaliação e de orçamento de
de capitais de ter- capital está na análise do risco e retorno. As decisões de orçamento de
ceiros. A combina- capital envolvem o ajuste dos investimentos pelo risco dos retornos
ção destes dois ca- esperados e a comparação com o custo de capital* desse investimen-
pitais forma o mix to. Dessa forma, é possível determinar se um projeto (investimento) é
de capitais utilizado aceitável ou não, e se ele é mais ou menos rentável do que algum
nas empresas. E o
outro projeto.
custo geral da fonte
é uma média ponde-
rada dos capitais uti-
lizados. Fonte:
Risco de Ativo Individual
Weston e Brigham
(2000).
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Módulo 5
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Curso de Graduação em Administração a Distância
Ativo A Ativo B
Pessimista 13% 7%
Amplitude 4% 16%
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Módulo 5
Valor Ponderado
Possíveis resultados Probabilidade (1) Retornos (2)
(%) [(1) x (2)] (3)
Ativo A
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Módulo 5
Aferição do Risco
Nível de Risco
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Módulo 5
Projeto A
1,00 320
Projeto B
Pessimista 80 0,25 20
Mais Provável 300 0,50 150
Otimista 600 0,25 150
1,00 320
Fonte: Adaptada de Gitman 2004. 39
Curso de Graduação em Administração a Distância
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Módulo 5
Cenários Pi
E(R) E(R) [E(R) – E(R)] [E(R) – E(R)]² [E(R) – E(R)]².Pi
(i) Probab.
Variância 16.261
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Curso de Graduação em Administração a Distância
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Módulo 5
Lembre-se
Lembre-se: O risco é medido, levando em conta a varia-
bilidade dos retornos projetados com vistas ao retorno es-
perado. Quanto mais os retornos flutuam, maior o risco.
Essa variabilidade pode ser mensurada pelo uso do desvio-
padrão. Quando os retornos são incertos, o procedimento
aceito para calcular os valores esperados e os desvios-pa-
drão prováveis atribuem pesos ou probabilidades aos valo-
res num intervalo projetado.
Coeficiente de Variação*
Variação*: GLOSSÁRIO
a compensação entre Risco X Retorno *Coeficiente de Va-
riação – é calculado
simplesmente divi-
dindo-se o desvio-
O uso do desvio-padrão como medida de risco, embora seja um
padrão, de um ativo
instrumental poderoso, apresenta limitações quando você estiver inte-
pelo seu valor espe-
ressado em comparar diferentes ativos. A partir deste ponto apresenta- rado E(R). Fonte:
mos um instrumental importante para a gestão financeira nas empresas. Groppelli e
Imagine o que aconteceria se o retorno esperado de um investi- Nikbakht (2000).
mento diferisse do retorno esperado de outro investimento? Nesse caso,
ficaria difícil comparar medidas absolutas de dispersão tais como as
fornecidas pelos desvios-padrão, não é mesmo? A maneira de enfren-
tar esse problema é determinar o risco de um investimento relativo ao
seu retorno esperado. Essa medida é chamada de coeficiente de varia-
ção ou índice de compensação entre risco e retorno. É calculada assim:
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Curso de Graduação em Administração a Distância
Risco da Carteira
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Módulo 5
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Módulo 5
Princípio da Covariância
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Curso de Graduação em Administração a Distância
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Módulo 5
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Curso de Graduação em Administração a Distância
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Módulo 5
O Coeficiente Beta
y = a + β.KM
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Curso de Graduação em Administração a Distância
KsA = 20% – retorno maior do que o mercado devido ao beta > 1,0
KsB = 10% – retorno igual ao mercado devido ao beta = 1,0
KsC = 6% – retorno menor que o mercado devido ao beta < 1,0
ou
Onde:
ρi,M = Covariância entre os retorno de ação i e o retorno de
mercado
σ²M = variância do mercado
σi = desvio-padrão da ação i
σM = desvio-padrão do Mercado
ri,M = coeficiente de correlação entre retornos da ação i e o
mercado
Portanto, dados os desvios-padrão (σi) das ações (A, B e C) e do
mercado (σM), mostrados acima, mais um coeficiente de correlação ri,M,
o Beta pode ser determinado nessa forma alternativa. Consideremos
que o coeficiente de correlação vale 1,0.
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Módulo 5
σA = 0,10
σB = 0,05
σC = 0,03
σD = 0,05
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Curso de Graduação em Administração a Distância
KS = rf + (KM – rf) βS
Onde:
KS = taxa requerida de retorno de um ativo
rf = taxa livre de risco
KM = retorno médio do mercado
βS = beta ou risco não – diversificável do ativo S com o mercado
Assumindo então, que a taxa livre de risco seja de 6%, que o
retorno esperado médio do mercado seja de 12% e o Beta seja de 1,5,
fica fácil precificar o valor da rentabilidade exigida para o ativo pelos
investidores:
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Módulo 5
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Curso de Graduação em Administração a Distância
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Módulo 5
Atividades de aprendizagem
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Curso de Graduação em Administração a Distância
Aplicação prática
Ativo A Ativo B
0,10 10 0,15 9
0,20 12 0,35 13
0,40 17 0,35 16
0,20 22 0,15 20
0,10 24 – –
Título Beta
A 0,53
B 1,35
C 0,85
D 1,05
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Módulo 5
UNIDADE
2
Decisões
Decisões de
de Financiamento
Financiamento
de
de Longo
Longo Prazo
Prazo
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Objetivo
Capitais.
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Módulo 5
Custo de Capital
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Módulo 5
(1)
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(2)
(3)
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Módulo 5
Onde:
Po = valor da ação = valor atual da série Dn;
Dn = dividendo por ação esperado para a data n;
KS = taxa de desconto ajustada ao risco.
ou 39,46% ao ano
ou 40,48%
ao ano.
Onde:
Ke = custo de capital próprio obtido com a emissão de novas
ações;
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Módulo 5
(6)
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Curso de Graduação em Administração a Distância
Onde:
rf = taxa livre de risco
Km = retorno de mercado; retorno da carteira de mercado de
ativos
KS = 8% = 1,5.(28,97% – 8%)
= 8,0% + 31,46%
= 39,46%
70
Módulo 5
Saiba mais...
Para maiores detalhes, busque nos sites de pesquisa como
www.google.com.br ou www.yahoo.com.br artigos que tratem
sobre os aspectos comparativos do método CAPM e modelo sugeri-
do por Gordon e Shapiro (1956), Modelo de Avaliação com Cresci-
mento para precificação do custo de capital próprio.
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Curso de Graduação em Administração a Distância
Kr = KS
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Módulo 5
Abordagem do Rendimento de
Títulos mais Prêmio pelo Risco
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Curso de Graduação em Administração a Distância
Custo de Empréstimos
Kd = Kd(1– IR)
Onde:
Kd = custo da dívida após impostos
Kd = custo da dívida antes do impostos de renda
IR = Alíquota de Imposto de Renda
Assim:
Kd = 10%.(1– 0,40)
Kd = 10%.(0,60)
Kd = 6%
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Curso de Graduação em Administração a Distância
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Módulo 5
ótima de capital; que ela utilize esse ponto ótimo como alvo e o finan-
cie de forma que permaneça constantemente no alvo. Estas questões
serão bem discutidas mais adiante.
As proporções-alvo da dívida, das ações preferenciais e das ações
ordinárias, juntamente com os custos componentes de capital, são usa-
das para calcular o custo médio ponderado de capital (CMPC). Para
ilustrar, suponha que uma empresa tenha uma estrutura-alvo de capital
que exija um endividamento de 45%, 2% de ações preferenciais e 53%
de ações ordinárias (lucros retidos mais ações ordinárias). Seu custo
da dívida antes dos impostos, Kd é de 10%; seu custo da dívida pós-
impostos Kd = 10%.(0,6) = 6,00% (derivado do desconto proveniente
da taxa de imposto de renda de 40%); seu custo de ações preferenci-
ais, Kp é de 30,31%; seu custo de ações ordinárias com base nos lucros
retidos, KS, é de 39,46%; sua alíquota de imposto de renda é de 40%;
e todo novo capital próprio virá dos lucros retidos. Agora podemos
calcular o custo médio ponderado de capital (CMPC) da empresa da
seguinte forma:
WACC = wd . Kd + wp . Kp + ws . KS
Assim:
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Curso de Graduação em Administração a Distância
Saiba mais...
Existe um conceito interessante de Custo Marginal de Capital
que amplia as discussões sobre o CMPC tratadas até aqui. Estes
custos são definidos como custos marginais ou adicionais para cada
incorporação de um novo capital na estrutura. Para maiores detalhes
promova uma pesquisa sobre o assunto em sites de pesquisa ou
verifique em algumas destas literaturas de finanças abaixo:
BRIGHAM, Eugene; EHRHARDT, Michael C. Administração
Financeira. São Paulo: Thomson, 2006.
MARTINS, E.; ASSAF NETO, A. Administração Financeira. São
Paulo: Atlas, 1985.
ROSS, Stephen A.; WESTERFIEL, Randolph; JORDAN, Bradford
D. Princípios de administração financeira. Tradução de Antonio
Zoratto Sanvicente. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2003.
ROSS, S. A., WESTERFIELD, R. W., JAFFE, J. F. Administração
Financeira: Corporate Finance. São Paulo: Atlas, 1995.
Atividades de aprendizagem
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Módulo 5
Aplicação prática
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Curso de Graduação em Administração a Distância
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Módulo 5
A Estrutura-alvo de Capital
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Curso de Graduação em Administração a Distância
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Módulo 5
Portanto, a estrutura ótima de capital é aquela que faz com que haja
um equilíbrio entre risco e retorno para maximizar o valor das ações.
Dessa forma podemos elencar alguns fatores principais que in-
fluenciam os gestores financeiros nas suas decisões sobre a estrutura
de capital.
83
Curso de Graduação em Administração a Distância
dem fazer com que a estrutura real de capital varie seu alvo em um
momento dado.
Por exemplo, uma empresa que tenha um índice de
endividamento de capital de aproximadamente 45%, mas grande per-
da associada a um negócio qualquer gerou a redução do valor de suas
ações ordinárias, e isso elevou a proporção do endividamento para
além do nível-alvo. Mas como? Simplesmente o fato das ações ordi-
nárias valerem menos faz com que o PL (Patrimônio Líquido) da em-
presa se contraia. E neste sentido, o nível da dívida passa a representar
de forma mais intensa no total do capital da empresa. Subseqüente-
mente, a empresa pode reduzir o pagamento de dividendos (reter mai-
ores quantidades dos lucros líquidos gerados) de forma a elevar nova-
mente a quantidade de PL promovendo-o ao nível-alvo. Cabe aqui
ressaltar que esta decisão envolve outros elementos como a política de
dividendos da empresa.
Risco Empresarial
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Módulo 5
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Curso de Graduação em Administração a Distância
Risco Financeiro
Alavancagem Financeira
Do que foi exposto até aqui fica evidente que algumas (ou to-
das) as empresas devem em princípio assumir um determinado grau
de risco financeiro para os seus proprietários, pois há certas vantagens
em fazer isso, não é mesmo? Mas você sabe dizer por quê?
A resposta é simples e está refletida no conceito ou princípio de
alavancagem financeira, que pode ser explicado da seguinte maneira:
Em épocas normais, o retorno sobre o capital próprio deve ser
superior ao retorno sobre o ativo total, devido ao uso de capital de
terceiros para financiar parte do ativo. Além disso, esse retorno sobre
o capital próprio deve ser superior ao custo que a empresa paga pelo
uso do capital de terceiros obtido.
O custo do capital de terceiros, como foi explicado anteriormen-
te, é limitado e fixo, e inferior ao do capital próprio (“custo”, para a
empresa; “retorno”, para o acionista), devido às diferenças entre os
riscos assumidos por um e outro tipo de fornecedor de capital.
Conseqüentemente, quando estamos nas mencionadas condições
normais de uma economia, o retorno sobre o ativo total também deve
ser superior ao custo do capital de terceiros. (Se não fosse, seria me-
lhor liquidar a empresa como empreendimento industrial ou comerci-
al, e aplicar recursos como terceiro; ou seja, emprestador). Por exem-
plo, a taxa de retorno sobre o ativo operacional é de 36% a.a. e o custo
do capital de terceiros é de 28% a.a. A diferença é um ganho que
pertence ao acionista ordinário. E, obviamente, quanto maior for a
proporção de recursos de terceiros que a empresa puder usar a esse
custo obtendo tal retorno, melhor será, pois o excedente estará recain-
do sobre um investimento próprio cada vez menor, entretanto, se a
taxa de retorno cair em 15 ou 20% a.a., poderá não ser possível pagar
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Curso de Graduação em Administração a Distância
Exemplo de Alavancagem
Financeira Favorável
(–) Custo dos Produtos Vendidos (R$ 2.100,00) (R$ 2.100,00) (R$ 2.100,00)
(–) Outras Despesas Operacionais (R$ 1.600,00) (R$ 1.600,00) (R$ 1.600,00)
(–) Imposto de Renda (35%) (R$ 105,00) (R$ 84,00) (R$ 70,00)
(ROE)
91
Curso de Graduação em Administração a Distância
(–) Custo dos Produtos Vendidos (R$ 1.050,00) (R$ 1.050,00) (R$ 1.050,00)
(–) Outras Despesas Operacionais (R$ 800,00) (R$ 800,00) (R$ 800,00)
(–) Imposto de Renda (35%) (R$ 105,00) (R$ 84,00) (R$ 70,00)
(ROE)
(ROE)
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Fonte: Elaborada pelos autores.
Curso de Graduação em Administração a Distância
Onde:
Δ% = Variação Percentual;
Ou alternativamente,
onde:
Q = representa as quantidades iniciais de venda;
P= Preço médio de vendas por unidade de produção;
CV=Custo variáveis totais
CF= custos operacionais fixos
ou baseando-se no valor das vendas, em vez de unidades:
Vendas R$ 200.000,00
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Curso de Graduação em Administração a Distância
Aplicando na fórmula:
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Módulo 5
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Curso de Graduação em Administração a Distância
Estrutura de Capital e
Valor Total da Empresa
100
Módulo 5
maior valor para a empresa. Lembre-se que para calcular o valor pre- Os benefícios fiscais
sente de um fluxo de capitais é necessário o uso de uma taxa de des- advêm da economia de
conto. Igualmente, quando a dívida aumenta, além disso, as chances impostos sobre a renda
de falência e a perda dos benefícios fiscais, resultam em uma maior da empresa à medida
taxa de desconto e em um menor valor para a empresa. Essa teoria de que ela aumenta a
Modigliani e Miller (1958) causou a maior ruptura em finanças e pro- porção relativa de
duziu os mais frutíferos estudos sobre o assunto, não obstante a natu- dívida na sua estrutu-
reza restritiva dos pressupostos subjacentes do modelo. ra. Lembre-se que uma
dívida gera pagamento
de impostos, contribu-
indo para reduzir o
A Abordagem do Lucro Líquido lucro tributável (lucro
antes do imposto de
renda) gerando menos
O grupo de pesquisadores que se associaram em torno desta abor-
gastos com pagamento
dagem fornece uma interpretação convenientemente tradicional: eles
de impostos.
dizem que mudanças na estrutura de capital influenciam o custo de
capital e, em conseqüência, o valor da empresa. Isso ocorre porque os
custos da dívida e das ações ordinárias (ou lucros retidos) permanece- GLOSSÁRIO
ram constantes, não obstante as mudanças na alavancagem financeira. *Ação Ordinária –
tipo de ação que
O custo da dívida, devido ao fato de ser ajustado aos benefícios
confere ao titular os
fiscais (1-IR), é, por isso, menor do que o custo de colocação de ação
direitos essenciais
ordinária* ou retenção de lucros. Portanto, quando a empresa emite do acionista, especi-
mais títulos, seu custo médio ponderado de capital (CMPC) fica menor. almente participa-
ção nos resultados
da companhia e di-
reito a voto nas as-
Solução Conciliadora sembléias da em-
presa. Cada ação
o r d i n á r i a
As posições extremadas das abordagens do Lucro líquido de corresponde a um
Modigliani e Miller (1958) podem ser reconciliadas. Atualmente, a voto na Assembléia
Geral. Fonte: Elabo-
idéia aceita é a de que a alavancagem financeira adiciona os benefíci-
rado pelos autores.
os fiscais ao valor da empresa – até certo ponto, porém dívida em
excesso causa efeito adverso sobre o custo de capital e o valor da
empresa.
101
Curso de Graduação em Administração a Distância
102
Módulo 5
103
Curso de Graduação em Administração a Distância
104
Módulo 5
105
Curso de Graduação em Administração a Distância
Atividades de aprendizagem
10. Cite duas indústrias que têm índices D/C elevados e duas que
têm índices de D/C baixos. Comentando de modo geral, por que
essas diferenças existem?
106
Módulo 5
Aplicação prática
107
UNIDADE
3
Decisões
Decisões de
de Investimento
Investimento
de
de Longo
Longo Prazo
Prazo
Objetivo
Curso de Graduação em Administração a Distância
Assim
110 sendo, esperamos que você ao final desta Unidade, tenha condições
Orçamento de Capital
111
Curso de Graduação em Administração a Distância
Ordenamentos Gerais do
Orçamento de Capital
112
Módulo 5
113
Curso de Graduação em Administração a Distância
Campanha publicitária
114
Módulo 5
115
Curso de Graduação em Administração a Distância
116
Módulo 5
117
Curso de Graduação em Administração a Distância
118
Módulo 5
119
Curso de Graduação em Administração a Distância
121
Curso de Graduação em Administração a Distância
Custos Irrecuperáveis e
Custos de Oportunidade
122
Módulo 5
Importância da Elaboração do
Orçamento de Capital
Do que foi exposto até aqui, você já pode inferir que para uma
correta elaboração de orçamento de capital, vários fatores combinam-
se, não é mesmo? Primeiramente, já que os resultados das decisões
123
Curso de Graduação em Administração a Distância
124
Módulo 5
125
Curso de Graduação em Administração a Distância
Técnicas de Avaliação de
Orçamento de Capital
126
Módulo 5
1 R$ 1.000
2 R$ 2.000
3 R$ 1.500
4 R$ 1.000
Assumindo que uma empresa (na maioria das vezes) gera fluxos
de caixa líquidos ao longo do ano, em termos redondos, 0,47 de um
ano é, aproximadamente, 24 semanas (0,47 x 52 semanas = 24 sema-
nas), perfazendo um total de dois anos e 24 semanas antes de o inves-
timento ser recuperado.
A seguir, comparamos esse período de recuperação com o perí-
odo-meta para ver se a empresa deve prosseguir com o investimento.
Nesse caso, o período de recuperação efetivo (dois anos e 24 sema-
nas) é menor do que o período-meta de três anos. Portanto, o projeto é
aceitável.
Vantagens e Desvantagens
128
Módulo 5
129
Curso de Graduação em Administração a Distância
perior para garantir que os projetos sejam viáveis. Neste caso sugeri-
mos que a TMA reflita sobre o custo médio ponderado de capital do
investimento (ou da empresa se a forma de financiamento seguir o
mesmo padrão da estrutura de capital adotada), concorda?
130
Módulo 5
Onde:
131
Curso de Graduação em Administração a Distância
1 R$ 500 R$ 100
2 R$ 400 R$ 300
3 R$ 300 R$ 400
4 R$ 100 R$ 600
132
Módulo 5
Saiba mais...
Procure nos sites de pesquisa na Internet como proceder para o
cômputo do Valor Presente Líquido por meio das calculadoras
financeiras. Outra alternativa seria buscar, na Internet, o manual da
HP12C, por exemplo.
133
Curso de Graduação em Administração a Distância
134
Módulo 5
Saiba mais...
Para mais informações sobre as Opções Reais, acesse o seguin-
te endereço:
<http://www.bndes.gov.br/conhecimento/revista/rev1107.pdf>.
135
Curso de Graduação em Administração a Distância
ou alternativamente:
e também:
Onde:
136
Módulo 5
137
Curso de Graduação em Administração a Distância
Taxa VPL
10% 78,82
TIR 0
20% -83,71
Por definição sabemos que a TIR é uma taxa que faz com que o
VPL seja zero. Neste sentido a verdadeira taxa da TIR para o projeto
C encontra-se entre estas duas taxas (10% e 20%), concorda?
Uma vez tendo as taxas calculadas, promovemos, então, a
interpolação. Neste sentido, subtraímos a primeira taxa da TIR e divi-
dimos pela diferença entre a primeira taxa e a segunda. Repetimos a
operação no outro lado da equação. Veja abaixo a operação.
Interpolação:
138
Módulo 5
139
Curso de Graduação em Administração a Distância
Perfis do VPL
140
Módulo 5
141
Curso de Graduação em Administração a Distância
Projetos Independentes
142
Módulo 5
143
Curso de Graduação em Administração a Distância
144
Módulo 5
TIR Múltiplas
equivalentemente a:
145
Curso de Graduação em Administração a Distância
146
Módulo 5
148
Módulo 5
149
Curso de Graduação em Administração a Distância
Atividades de aprendizagem
150
Módulo 5
Aplicação Prática
1 R$ 3.000,00
2 R$ 4.500,00
3 R$ 6.000,00
4 R$ 7.000,00
5 R$ 1.000,00
1 R$ 35.000,00
2 R$ 35.500,00
3 R$ 26.000,00
4 R$ 27.000,00
5 R$ 60.000,00
151
Curso de Graduação em Administração a Distância
Fluxo de Caixa
Ano
Projeto A Projeto B
0 (R$ 24.000,00) (R$ 24.000,00)
1 R$ 11.000,00 R$ 0,0
2 R$ 11.000,00 R$ 0,0
3 R$ 11.000,00 R$ 0,0
4 R$ 11.000,00 R$ 68.000,00
Fluxo de Caixa
Ano
Projeto 1 Projeto 2
0 R$ 34.000,00 R$ 44.000,00
1 R$ 15.000,00 R$ 22.000,00
2 R$ 10.000,00 R$ 1.000,00
3 R$ 20.000,00 R$ 35.000,00
4 R$ 45.000,00 R$ 68.000,00
152
Módulo 5
153
Curso de Graduação em Administração a Distância
Risco e Incerteza
Seleção de Alternativas:
Risco e Retorno Esperados
154
Módulo 5
155
Curso de Graduação em Administração a Distância
Onde:
σ = representa o risco do projeto
= o retorno esperado
156
Módulo 5
157
Curso de Graduação em Administração a Distância
Saiba mais...
Maiores detalhes sobre a teoria de carteiras e a fronteira eficien-
te de investimentos (propostos por Markowitz) acesse:
<http://www.iem.efei.br/ecofin/artigos/
AINV_SIMPEP2002Carteiras.pdf> ou
<http://www.alianti.com.br/pdf/
Diversificacao%20Internacional.pdf>.
Análise de Sensibilidade
158
Módulo 5
159
Curso de Graduação em Administração a Distância
160
Módulo 5
Saiba mais...
Para maiores detalhes sobre os métodos de simulação, acesse:
<http://www.eac.fea.usp.br/cadernos/completos/cad08/modelo.pdf>
ou <http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0103-
20032004000400005&script=sci_arttext&tlng>
Lembre-se
Lembre-se: A análise de sensibilidade mensura as mu-
danças no VPL na TIR e em outros indicadores de lucro
ou risco, como vendas, custos, taxa de desconto ou outras
variáveis. O propósito é descobrir quão sensível é o VPL
ou a TIR às mudanças em uma dada variável. De dois pro-
jetos, o mais sensível a uma mudança é o projeto conside-
rado de maior risco.
Atividades de aprendizagem
161
Curso de Graduação em Administração a Distância
Teoria de Valor:
Interdependência das Políticas de
Financiamento e Investimento
162
Módulo 5
163
Curso de Graduação em Administração a Distância
ou
Saiba mais...
Para saber mais e encontrar maiores detalhes acesse:
<http://teses.eps.ufsc.br/defesa/pdf/7427.pdf> ou
<http://pt.shvoong.com/social-sciences/1725648-eva-
m%C3%A9todos-para-medir-valor/>.
Lembre-se
Lembre-se: a criação de valor para o acionista somente
existirá se a empresa obtiver uma taxa de retorno sobre os
investimentos maior que a taxa que representa o custo de
capital total da empresa (CMPC). Neste sentido a empresa
pode, ao mesmo tempo, estar destruindo valor (quando
seu retorno está abaixo do custo de capital) e gerando
lucro contábil. Deste modo, avaliar o desempenho de uma
empresa pelo lucro contábil não é uma prática consistente
do ponto de vista empresarial.
165
UNIDADE
4
Administração
Administração Financeira
Financeira
de
de Curto
Curto Prazo
Prazo
Curso de Graduação em Administração a Distância
Objetivo
Esta Unidade tem como objetivo fazer com que você compreenda a
capital de giro.
168
Módulo 5
GLOSSÁRIO
*Administração do
Embora a geração de valor esteja associada, de forma mais Capital de Giro –
efetiva, às políticas de longo prazo das organizações, sua diz respeito à admi-
aferição se dá no curto prazo. Adicionalmente, você deve se nistração das contas
perguntar: existe perspectiva de longo prazo se não há gestão dos elementos de
eficiente no curto prazo? É verdade, nenhuma organização giro, ou seja, dos ati-
chegará muito longe se a gestão de seus ativos e passivos de vos e passivos cor-
curto prazo não forem geridos de forma eficiente. rentes (circulantes),
e às inter-relações
Entretanto, a administração financeira de curto prazo, em-
existentes entre
bora apresente uma estrutura de gestão própria, deve con-
eles. Fonte: Os au-
vergir para uma política de gestão de longo prazo, princi-
tores
palmente no que se refere aos custos estimados e utiliza-
dos para a determinação dos projetos, das previsões reali-
zadas, ao uso de capitais, às formas de pagamento e rece-
bimento determinadas tanto quanto de seus investimentos
em ativos cíclicos.
Podemos, aqui, nos referir à gestão de curto prazo como
sendo a gestão da execução financeira e operacional da
empresa. E por isso nada mais natural que as atribuições
de insucesso de uma organização sejam atribuídas a este
tipo de gestão. A gestão de curto prazo é que age pró-
ativamente e reativamente aos estímulos do mercado. De
forma mais ampla qualquer insucesso nos investimentos
de longo prazo tenderão a compor um efeito intenso nas
finanças de curto prazo. Por isso é preciso conhecer mais a
dinâmica das decisões de curto prazo.
Assim sendo, esta Unidade tem como objetivo fazer com
que você compreenda a administração de curto prazo e
seus itens constituintes como a gestão do capital de giro.
Para isso você precisará resgatar conhecimentos tratados
em disciplinas anteriores, tais como a contabilidade.
Se você reconhece dificuldades nos conceitos básicos de
contabilidade, como a leitura de demonstrativos financei-
ros e a estrutura dos princípios contábeis, é oportuno que
169
Curso de Graduação em Administração a Distância
É notável que uma boa gestão financeira, seja mediada pela ges-
tão efetiva de suas contas a pagar e receber. Neste sentido, pelos mo-
tivos apontados no início desta Unidade, a administração financeira
de um curto prazo configura como uma das atividades mais importan-
tes e intensas do administrador financeiro.
Não por menos todas as dificuldades operacionais serão eviden-
ciadas na gestão do capital de giro. E neste ponto, pesquisas têm apon-
tado número alarmante de fechamento de empresas por má gestão das
finanças de curto prazo como, por exemplo, a pesquisa conduzida por
Vale, Aguiar e Andrade (1998), que abordaram os fatores
condicionantes da mortalidade da empresas. Segundo essa pesquisa,
36% das micro e pequenas empresas morrem com até um ano de exis-
tência e 47% desaparecem até o segundo ano. O estudo revelou tam-
bém que 71% das empresas extintas iniciaram o empreendimento quan-
do identificaram uma oportunidade para o negócio. E aqui você pode
perceber que as decisões de longo prazo não dimensionado ou mal
170
Módulo 5
171
Curso de Graduação em Administração a Distância
172
Módulo 5
173
Curso de Graduação em Administração a Distância
174
Módulo 5
terem recursos aplicados em capital de giro. Mas por que isso? Vamos
a um exemplo: se todas as vendas fossem realizadas à vista, inexistiriam
investimentos em valores a receber. Identicamente, caso se verificasse
sincronização entre a produção e as vendas, isto é, se as atividades
ocorressem de maneira totalmente integrada, se tornariam desnecessá-
rios os investimentos em estoques de produtos acabados. Compreen-
deu a origem do problema? E porque sempre precisamos de necessi-
dades adicionais de giro? Lembre-se da contabilidade, as fontes de
recursos são originadas no lado esquerdo do balanço patrimonial. Por-
tanto, o Passivo mais Exigível Longo Prazo e Patrimônio Líquido são
os responsáveis pela origem de recursos a serem investidos na empre-
sa (e principalmente no curto prazo).
Desta forma, pelo fato de as atividades de produção, venda e
cobrança não serem sincronizadas entre si, faz-se necessário o conhe-
cimento integrado de suas evoluções como forma de se dimensionar
mais adequadamente o investimento necessário em capital de giro e
efetivar seu controle. O enfoque da área financeira para a realização
desta tarefa centra-se, basicamente, na procura da eficiência na gestão
de recursos, o que é feito através da maximização de seus retornos e
minimização de seus custos. Nada novo para você, não é mesmo?
O capital de giro, por sua vez, pode ser segmentado em fixo (ou
permanente) e variável (ou sazonal).
O capital de giro permanente refere-se ao volume mínimo de
ativo circulante necessário para manter a empresa em condições nor-
mais de funcionamento. O capital de giro variável, por seu lado, é
definido pelas necessidades adicionais e temporais de recursos
verificadas em determinados períodos e motivadas, principalmente, por
compras antecipadas de estoques, maior morosidade no recebimento
de clientes, recursos do disponível em trânsito, maiores vendas em
certos meses do ano, etc. Exemplo da cervejaria. Em momentos de
demanda constante há um nível específico de capital de giro. À medi-
da que se aproxima o final do ano estas empresas devem acelerar a
produção e reter estoques para suprir as demandas do fim de ano,
reveillon e carnaval, além da demanda elevada por conta do verão.
Estas operações promovem variações temporais no circulante, e são,
por isso, denominadas de sazonais ou variáveis.
175
Curso de Graduação em Administração a Distância
176
Módulo 5
ou
CCL = 40 – 15 = 25
CCL = (50+35) – (65+0) = 25
177
Curso de Graduação em Administração a Distância
178
Módulo 5
Ciclo Operacional
179
Curso de Graduação em Administração a Distância
Onde:
180
Módulo 5
181
Curso de Graduação em Administração a Distância
182
Módulo 5
Onde:
183
Curso de Graduação em Administração a Distância
Conflito Risco/Retorno na
Administração do Curto Prazo
184
Módulo 5
185
Curso de Graduação em Administração a Distância
Retorno sobre o PL
83.000/250.000 = 33,20% 39.000/352.410 = 11,06%
Lucro Líquido
Patrimônio Líquido
186
Módulo 5
Equilíbrio Financeiro
187
Curso de Graduação em Administração a Distância
188
Módulo 5
Alternativas de Financiamento do
Capital de Giro
189
Curso de Graduação em Administração a Distância
190
Módulo 5
tes. É uma abordagem de maior risco que pode ser compensada pelo
menor custo do dinheiro a curto prazo. Cabe ressaltar, aqui, que em-
bora os recursos de longo prazo devam ser naturalmente mais caros
(devido aos maiores riscos) que os de curto prazo, no Brasil há insti-
tuições bancárias (Bancos de Fomento como BNDES, Bancos Regio-
nais de Desenvolvimento e Cooperativas de Crédito) que praticam ta-
xas de juros de longo prazo subsidiados e, portanto, com custo efetivo
mais barato dos que as linhas de crédito de curto prazo da maioria dos
bancos comerciais. Para estes casos não vale a regra de que as taxas de
juro de curto prazo sejam menores que as de longo prazo. Neste senti-
do, você deve pesquisar cada uma das fontes de financiamento e decidir
pelo uso da fonte mais barata. Também vale ressaltar que nem toda
empresa tem acesso às fontes ofertadas por estas agências de fomento.
Outras opções de financiamentos poderiam, evidentemente, ser
desenvolvidas. A seleção da melhor estrutura de financiamento, con-
forme foi exposto é uma decisão inserida no contexto risco-retorno.
Ao optar por uma maior presença de recursos correntes e, conseqüen-
temente, assumir maiores riscos, a empresa deve ser recompensada
pela presença de dinheiro mais barato. Esta posição mais arriscada
deve ainda despertar na empresa a necessidade de operar com maior
nível de flexibilidade em levantar dinheiro no mercado sempre que
surgirem necessidades inesperadas de capital de giro.
191
Curso de Graduação em Administração a Distância
192
Módulo 5
Tabela 16: Evolução histórica da necessidade de financiamento para ativos fixos e sazo-
nais da FARMA MAIS.
Nota:
M = Nível Mínimo histórico do Ativo Circulante. Adotado como parcela fixa do Ativo
Circulante.
A C = Ativo Circulante.
A I = Ativo Imobilizado.
Financiamento Sazonal = Ativo Circulante no período – Parcela Fixa do Ativo Circulante.
Financiamento do Permanente = Parcela Fixa do Ativo Circulante + Ativo Permanente.
193
Curso de Graduação em Administração a Distância
194
Módulo 5
195
Curso de Graduação em Administração a Distância
196
Módulo 5
Atividades de aprendizagem
Aplicação prática
197
Curso de Graduação em Administração a Distância
Indicadores Financeiros
198
Módulo 5
199
Curso de Graduação em Administração a Distância
índices de liquidez;
índices de atividades;
índices de endividamento;
índices de rentabilidade; e
índices de mercado de ações.
Índices de Liquidez
200
Módulo 5
201
Curso de Graduação em Administração a Distância
202
Módulo 5
Índices de Atividades
203
Curso de Graduação em Administração a Distância
Empresa B 60 30 10
204
Módulo 5
205
Curso de Graduação em Administração a Distância
Giro do Estoque
206
Módulo 5
207
Curso de Graduação em Administração a Distância
Índices de Endividamento
Índice de Endividamento
208
Módulo 5
209
Curso de Graduação em Administração a Distância
210
Módulo 5
Onde:
211
Curso de Graduação em Administração a Distância
Índices de Rentabilidade
Margem Bruta
212
Módulo 5
Margem Operacional
213
Curso de Graduação em Administração a Distância
Margem Líquida
214
Módulo 5
215
Curso de Graduação em Administração a Distância
ções, tornando-se útil para uma análise financeira mais efetiva e clara.
A identidade Du Pont permite avaliarmos a rentabilidade de uma em-
presa de forma articulada e pode ser interpretada em vários níveis.
Perceba que, aqui, utilizamos o lucro líquido como referência à for-
mação do ROI. A decisão de manter o lucro líquido nesta cadeia foi o
de manter a sua originalidade teórica, embora possa ser interessante a
sua substituição pelo lucro. Neste caso utilizaríamos a Margem
Operacional.
Como a finalidade última da maioria das empresas é a
lucratividade e geração de valor, o centro da atenção é o ROE (lucro
líquido geral dividido pelo patrimônio líquido dos proprietários).
216
Módulo 5
Saiba mais...
Para maiores informações sobre os softwares citados, pesquise em:
<http://www.decisioneering.com/> ou
<http://www.palisade.com/risk/
?gclid=CLnU6vWFvpMCFQE4Ggodh036CQ>.
217
Curso de Graduação em Administração a Distância
218
Módulo 5
219
Curso de Graduação em Administração a Distância
220
Módulo 5
221
Curso de Graduação em Administração a Distância
222
Módulo 5
Atividades de aprendizagem
Conheça os conceitos:
223
Curso de Graduação em Administração a Distância
Aplicação prática
224
Módulo 5
LAJIR 350.000
Juros - 200.000
LAIR 150.000
225
Curso de Graduação em Administração a Distância
Análise e Dimensionamento do
Capital de Giro
227
Curso de Graduação em Administração a Distância
Necessidades de Investimento em
Capital de Giro e Saldo Disponível
230
Módulo 5
231
Curso de Graduação em Administração a Distância
SD = Saldo Disponível
SD = Passivo Permanente – NTFP
ou:
232
Módulo 5
Estrutura (1)
NIG R$ 20,00
233
Curso de Graduação em Administração a Distância
NIG R$ 20,00
NTFP R$ 80,00
SD R$ 10,00
234
Módulo 5
Estrutura (2)
NIG R$ 10,00
NIG R$ 10,00
NTFP R$ 120,00
SD R$ 30,00
235
Curso de Graduação em Administração a Distância
Matéria-prima R$ 2.000
Onde:
237
Curso de Graduação em Administração a Distância
A identidade aqui
apresentada pressupõe A matéria-prima representa a quantidade em estoques e o con-
que a agregação de sumo de matéria-prima, neste caso, representa a quantidade consumida
valor irá ocorrer no no período.
início do processo
produtivo. Caso a Prazo Médio de Fabricação (PMF)
agregação de valor
aconteça uniforme-
mente ao longo da
produção, faz-se
Produto em processo representa a quantidade de produtos sendo
necessário multiplicar
fabricados. Nos casos de empresas em que não há produção de bens e
a expressão por dois.
serviços ou que a produção de bens é muito rápida, não haverá este
De modo semelhante,
tipo de prazo, naturalmente.
admitiu-se que não
ocorreu variação no
Prazo Médio de Venda (PMV)
estoque de produtos
acabados, assumindo
que o custo de produ-
tos elaborados
corresponde ao custo Os produtos acabados são os mesmos que se encontram nos es-
de produtos vendidos. toques. O custo dos produtos vendidos são os custos alocados aos
produtos comercializados. Evidentemente há algumas distorções do
uso do Custo de Produtos Vendidos, pois estes só representam os pro-
238
Módulo 5
Estoques
240
Módulo 5
Saiba mais...
Para mais conhecimento sobre a gestão financeira por meio do
dimensionamento do capital de giro leia os artigos disponíveis em:
<http://www.nossocontador.com/Artigos/54.pdf>;
<http://www.congressoeac.locaweb.com.br/artigos62006/205.pdf>; e
<http://www.fae.edu/publicacoes/pdf/revista_da_fae/rev_fae_v8_n1/
rev_fae_v8_n1_09.pdf>.
241
Curso de Graduação em Administração a Distância
242
Módulo 5
Saiba mais...
Para melhor explicar as conseqüências de uma forte expansão
das vendas sobre o equilíbrio financeiro das empresas, acesse:
<http://www.coladaweb.com/admmaterial/tesoura.htm>;
<http://www.pg.cefetpr.br/ppgep/revista/revista2006/pdf/vol2nr2/
vol2nr2art9.pdf> ou
<http://www.grupoempresarial.adm.br/download/uploads/
Capital%20de%20Giro%20Relacao%20e%20Necessidade_M1_AR.pdf>.
243
Curso de Graduação em Administração a Distância
Saiba mais...
Para maiores detalhes sobre os conceitos de capital de giro,
acesse:
<http://www.congressoeac.locaweb.com.br/artigos72007/703.pdf>.
Atividades de aprendizagem
244
Módulo 5
2. Por que uma empresa deve sempre manter um CCL mais eleva-
do que seu NIG?
245
Curso de Graduação em Administração a Distância
Aplicação prática
Matéria-prima R$ 1.000
Vendas= $ 90.000;
Custo do Produto Vendido (CPV) = $ 24.000;
Matérias-prima consumidas no ano = $ 9.300;
Compras realizadas no ano = $ 95.000; e
Despesas Operacionais Incorridas no ano = $ 16.000.
246
Módulo 5
Administração das
Contas do Circulante
Administração do Disponível
247
Curso de Graduação em Administração a Distância
248
Módulo 5
O estudo dos fatores listados indica que uma empresa típica sem-
pre necessitará de um caixa mínimo para satisfazer a suas necessida-
des financeiras. Para determinar o valor que uma empresa pode deixar
em caixa existem diversos modelos de administração de caixa que
podem ser utilizados.
O fluxo de caixa, por exemplo, é uma metodologia que permite
à empresa determinar o fluxo de recursos futuros da empresa e, a par-
tir dessa informação, administrar o caixa e minimizar a necessidade de
recursos.
249
Curso de Graduação em Administração a Distância
250
Módulo 5
Modelo de Baumol
251
Curso de Graduação em Administração a Distância
252
Módulo 5
253
Curso de Graduação em Administração a Distância
254
Módulo 5
Saiba mais...
Outros modelos são propostos. Para maiores detalhes acesse:
<http://www.ead.fea.usp.br/Semead/3semead/pdf/Finan%E7as/
Art035.PDF> ou
<http://www.congressoeac.locaweb.com.br/artigos22005/113.pdf>.
255
Curso de Graduação em Administração a Distância
Administração de Recebíveis
(Contas a Receber)
256
Módulo 5
257
Curso de Graduação em Administração a Distância
258
Módulo 5
Monitoramento de Crédito
259
Curso de Graduação em Administração a Distância
tiver crescendo com o passar do tempo, ela terá motivos para se preo-
cupar com a gestão de contas a receber. Um primeiro passo na análise
de um problema de contas a receber consiste em calcular a “idade”
das contas. Por esse processo, a empresa pode descobrir se há algum
problema em suas contas a receber, em geral, e se tal problema é atri-
buível a algumas contas específicas.
Administração de Estoques
260
Módulo 5
261
Curso de Graduação em Administração a Distância
262
Módulo 5
263
Curso de Graduação em Administração a Distância
Onde:
D = desconto percentual
N = número de dias em que o pagamento pode ser adiado
quando o desconto não é aproveitado.
264
Módulo 5
Despesas a Pagar
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Curso de Graduação em Administração a Distância
Empréstimos Bancários
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Módulo 5
ciais (prime rate). Essa é a taxa mais baixa de juros cobrada pelos
principais bancos de empréstimos de seus melhores clientes no seg-
mento de pessoa jurídica. A prime rate flutua com a variação das con-
dições de oferta e demanda de fundos de curto prazo. Os bancos ge-
ralmente determinam a taxa que deve ser cobrada dos vários tomadores,
adicionando um prêmio ao prime rate para levar em conta o risco do
tomador. O prêmio pode chegar a 4 % ou mais, embora a maioria dos
empréstimos de curto prazo sem garantias contenha prêmios inferiores
a 2%.
Linhas de Crédito
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Módulo 5
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Módulo 5
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Curso de Graduação em Administração a Distância
Factoring
O factoring envolve sua venda pura e simples, com deságio, a
uma instituição financeira. Um factor é uma instituição financeira que
se especializa na compra de contas a receber de empresas. Alguns ban-
cos comerciais e algumas financeiras também fazem operações de
factoring de contas a receber. Embora não seja o mesmo obter um
empréstimo de curto prazo, o factoring de contas a receber é seme-
lhante ao empréstimo de fundos, usando essas contas como garantia.
Um acordo de factoring normalmente estipula as condições e os
procedimentos exatos para a compra de uma conta. O factor, tal como
um credor que conta com a garantia de contas a receber, escolhe con-
tas para compra, selecionando somente aquelas que parecem consti-
tuir riscos de crédito toleráveis. Quando se opta pelo factoring em
bases contínuas, o factor acaba assumindo a função de concessão de
crédito da empresa, porque isso garante que as contas sejam aceitá-
veis. As operações de factoring em geral são feitas com notificação, e
o factor recebe o pagamento da conta diretamente do cliente. Além
disso, a maioria das vendas de contas a receber a um factor é feita sem
recurso. Isso quer dizer que ele assume todos os riscos de crédito, ou
seja, se uma conta adquirida não for paga pelo cliente, a perda deverá
ser absorvida pelo factor.
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Módulo 5
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Curso de Graduação em Administração a Distância
Atividades de aprendizagem
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Módulo 5
Aplicação prática
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Módulo 5
UNIDADE
5
Orçamento
Orçamento Empresarial
Empresarial
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Curso de Graduação em Administração a Distância
Objetivo
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Módulo 5
Orçamento Empresarial
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Curso de Graduação em Administração a Distância
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Módulo 5
Saiba mais...
Para conhecer melhor os significados das palavras utilizadas no
conceito de orçamento empresarial, acesse:
<http://www.priberam.pt/dlpo/definir_resultados.aspx>
Para compreender melhor o conceito de organização, consulte a
obra de: MAXIMIANO, Antonio César A. Introdução à administra-
ção. 3. ed., São Paulo: Editora Atlas, 1992.
Para construir o seu conceito de empresa, utilize as sugestões
constantes do artigo que pode ser acessado no seguinte endereço:
<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-
69091999000300008&lng=pt&nrm=iso>.
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Curso de Graduação em Administração a Distância
Planejamento e
Controle de Resultados
O assunto que ora se inicia foi escrito para que você possa
ter uma compreensão mais sistêmica do orçamento empre-
sarial como função de planejamento e controle, conforme
foi estudado no conceito de administração financeira e or-
çamentária, na introdução do da Unidade. Desta forma,
Procure o significado você deverá atingir os seguintes objetivos ao concluir seu
das palavras planeja- estudo:
mento, controle e identificar as funções “planejamento” e “controle”
resultado, acessando o no orçamento empresarial; e
seguinte endereço: compreender a importância do orçamento empresari-
<http:// al para a administração dos resultados empresariais.
www.priberam.pt/ O que você entende por planejamento e controle de re-
dlpo/ sultados? Ainda está difícil responder? Então, vamos fazer
definir_resultados.aspx>. o mesmo percurso que temos feito até o momento, com o
intuito de compreender os significados das expressões que
utilizamos nesta disciplina.
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Módulo 5
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Módulo 5
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Módulo 5
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Curso de Graduação em Administração a Distância
Saiba mais...
Para conhecer uma pesquisa sobre a utilização de orçamento
empresarial numa região de São Paulo, acesse o endereço:
<http://www.unitau.br/cursos/pos-graduacao/mestrado/gestao-e-
desenvolvimento-regional/dissertacoes/dissertacoes-2003-1/ishisaki-
norio.pdf>.
Para saber mais sobre o Duplo Planejamento, acesse:
<http://www.hsm.com.br/hsmmanagement/edicoes/numero_16/
duplo_planejame.php>.
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Módulo 5
Etapas de Elaboração do
Orçamento Empresarial
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Curso de Graduação em Administração a Distância
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Módulo 5
( ) Orçamento de Vendas.
( ) Orçamento de Produção.
( ) Orçamento de Investimentos.
( ) Orçamento de Insumos.
( ) Orçamento de Mão-de-Obra Direta.
( ) Orçamento dos Custos Indiretos de Fabricação.
( ) Orçamento das Despesas Comerciais e Administrativas.
( ) Orçamento de Caixa.
( ) Orçamento de Resultados.
VENDAS: _________________________________________
PRODUÇÃO: _____________________________________
INVESTIMENTOS: _________________________________
CUSTOS/DESPESAS: _______________________________
RESULTADOS: _____________________________________
CAIXA: __________________________________________
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Módulo 5
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Módulo 5
Figura 48: Pedra recolhida no México, com idade aproximada de 900 a.C.
Fonte: <http://noticias.terra.com.br/ciencia/interna/0,,OI1140185-
EI238,00.html>. Acesso em: jul. 2008.
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Curso de Graduação em Administração a Distância
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Módulo 5
Saiba mais...
Para conhecer o modelo de plano de negócios do SEBRAE/
MG, acesse o endereço: <http://www.sebraemg.com.br/arquivos/
parasuaempresa/planodenegocios/plano_de_negocios.pdf>.
Para melhor compreender as etapas de elaboração do orçamento
empresarial, consulte a obra de: WELSCH, Glenn A. Orçamento
Empresarial. São Paulo: Atlas, 1983.
Para saber mais sobre a origem da pedra ilustrada na Figura 48,
acesse o endereço: <http://noticias.terra.com.br/ciencia/interna/
0,,OI1140185-EI238,00.html>.
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UNIDADE
6
Sistema
Sistema Orçamentário
Orçamentário
Empresarial
Empresarial
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Objetivo
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Saiba mais...
Para conhecer um modelo de orçamento empresarial, acesse:
<http://www.portaldecontabilidade.com.br/tematicas/
orcamentoempresarial.htm>.
Orçamento de Vendas,
Produção e Investimentos
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Módulo 5
Orçamento de Vendas
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Módulo 5
Total – – – 8.400,00
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Orçamento de Produção
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Módulo 5
PP = PV + EF – EI, onde:
Produtos EF EI PV PP
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Curso de Graduação em Administração a Distância
PP = PV + EF – EI = 1.980 + 20 – 18 = 1.982
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Módulo 5
Orçamento de Investimentos
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Curso de Graduação em Administração a Distância
Talvez seja cedo para você tirar sua própria conclusão sobre o
orçamento de investimentos, mas é importante destacar que os investi-
mentos que a empresa realiza ficam registrados no balanço patrimonial,
no grupamento do ativo, portanto envolvendo as seguintes rubricas:
ativo circulante, ativo realizável a longo prazo, ativo permanente, ati-
vo diferido e resultados de exercícios futuros. Portanto, podemos acres-
centar ao conceito de Welsch (1983) os investimentos em ativos não-
imobilizados, como aqueles recursos destinados às vendas a prazo.
Em outras palavras, o autor não destacou os investimentos no capital
de giro da empresa.
Também é importante destacar que o orçamento de investimen-
tos é peça fundamental para o estudo de viabilidade econômico-finan-
ceira, uma vez que ele determina o tamanho da empresa, conforme
pode ser verificado na Figura 49:
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Módulo 5
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Curso de Graduação em Administração a Distância
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Módulo 5
Saiba mais...
Para saber mais sobre regressão múltipla, consulte a seguinte
obra: MALHOTRA, Naresh. Pesquisa de Marketing: uma orienta-
ção aplicada. Tradução de Nivaldo Montigelli Jr. e Alfredo Alves de
Farias. 3. ed. Porto Alegre: Bookman, 2001.
Para conhecer a utilização do modelo de regressão múltipla na
previsão de vendas, consulte o endereço: <http://
www.congressoeac.locaweb.com.br/artigos72007/167.pdf>.
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Curso de Graduação em Administração a Distância
320
Módulo 5
Guarde sua resposta para conferir mais tarde, para que possa-
mos amadurecer a idéia juntos. Agora, na definição do orçamento de
mão-de-obra direta, você será levado a resgatar alguns conceitos e
opiniões anteriores, como a da administração científica. A preocupa-
ção do homem com a utilização dos recursos de produção remonta à
época de Frederick Taylor (lembra-se dele?). Essa constante obser-
vância dos custos primários é retratada na obra desse escritor, denomi-
nada de Os princípios de Administração Científica, em que ele escre-
veu o seguinte:
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Módulo 5
ência mostra que é muito comum essa prática no Brasil, mas não deve-
mos apoiá-la.
Com relação aos controles de mão-de-obra, Buffa (1972) resu-
me que esses controles se ligam ao ajustamento do pessoal aos atribu-
tos da tarefa, à manutenção de gamas salariais competitivas para atrair
e manter empregados de nível apropriado, à classificação apropriada
dos empregados nas tarefas e nos níveis de mão-de-obra e aos siste-
mas de avaliação de mérito para desenvolver e treinar o pessoal, bem
como para ajudar a determinar os níveis dentro das faixas salariais.
Nosso interesse, contudo, está fixado no controle dos custos com mão-
de-obra direta.
Existem, segundo o autor, dois tipos principais de controle de
mão-de-obra: o controle da folha de pagamento total e os controles de
desempenho e custos da mão-de-obra. No primeiro, os padrões de sa-
lários e de desempenho formam a base do controle geral da folha de
pagamento com relação ao nível da operação. Esses padrões tornam
possível determinar as necessidades de pessoal em vários níveis da
mão-de-obra e em vários níveis de operação. Esses orçamentos po-
dem servir para dois objetivos: fornecer uma base parcial de planeja-
mento financeiro correspondente a alterações de níveis operacionais e
servir de controle direto da importância da folha de pagamento de um
supervisor.
O outro controle é baseado nos padrões de desempenho forneci-
dos pela medida do trabalho. Quer se use ou não incentivos salariais,
os relatórios de desempenho estabelecidos individualmente para os
empregados, departamentos e divisões servem a um propósito valio-
so, permitindo que os empregados individuais verifiquem como é avali-
ado seu desempenho das tarefas, e auxiliando na avaliação do desempe-
nho global da mão-de-obra dos departamentos, divisões e fábricas.
E, então, você compreendeu o que antecede a elaboração do
orçamento de mão-de-obra direta? Agora, vamos conhecer a aborda-
gem utilizada para elaboração dos orçamentos de mão-de-obra direta,
que dependem do método de pagamento de salários, dos tipos de pro-
cessos de produção envolvidos, da disponibilidade de tempos-padrão
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Módulo 5
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Módulo 5
a) Métodos Cronométricos
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Amostragem de Trabalho
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Módulo 5
Total 75.960,00
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Módulo 5
Orçamento de Insumos
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Módulo 5
Total 1,8528
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Curso de Graduação em Administração a Distância
Custo Custo
Qte Unidade Material Preço Demanda
Unitário Anual
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Módulo 5
Saiba mais...
Para conhecer melhor os orçamentos de mão-de-obra direta e de
insumos, recomendamos a leitura das seguintes obras:
BUFFA, Elwood S. Administração da Produção. Rio de Janeiro:
Livros Técnicos e Científicos, 1972.
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Módulo 5
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Módulo 5
Orçamento de Resultados
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Módulo 5
onde:
LL = lucro líquido
V = vendas
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AT = ativo total
PL = patrimônio líquido
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Módulo 5
AR-CONDICIONADO
Nas lojas do Carrefour, a temperatura é de 24oC. No
Atacadão, o ar-condicionado é regulado para manter apenas
4oC abaixo da temperatura externa.
GÔNDOLAS
No Atacadão não há gôndolas e os produtos são expostos
em prateleiras nas próprias embalagens em que saíram das fá-
bricas.
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Curso de Graduação em Administração a Distância
PESSOAL
O número de funcionários no Atacadão é equivalente a
um quarto dos quadros do Carrefour. Há menos operadores de
caixa e repositores de produtos.
PERECÍVEIS
No Atacadão há pouca variedade de produtos perecíveis.
Com isso, o índice de perda de produtos é de apenas 0,5%, ante
a média de 2% dos hipermercados.
Fonte: Revista EXAME. Maquiagem às avessas. São Paulo: 20/09/2007. Disponí-
vel em: <http://portalexame.abril.com.br/revista/exame/edicoes/0902/negocios/
m0138814.html>. Acesso em: 15 jul. 2008.
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Módulo 5
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Curso de Graduação em Administração a Distância
le nível de produção em que não existe prejuízo nem lucro para a em-
presa, ou seja, aquele cujo o lucro líquido é igual a zero. E sabe como
é a fórmula do lucro líquido?
LL = lucro líquido
Qt = quantidade produzida
CVu = custo variável unitário
CF = custos fixos
qt × 50,00 – qt × 30 – 3.000,00 = 0
20qt = 3.000,00
qt = 3.000,00/20
qt = 150
Para que a empresa não tenha lucro nem prejuízo, basta vender
150 unidades. Vamos tirar a prova?
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Módulo 5
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Módulo 5
Menos: Aplicações – – – – – –
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Módulo 5
Saiba mais...
Para conhecer mais sobre orçamento de custos indiretos de
fabricação, despesas comerciais e administrativas, orçamento de
resultados e orçamento de caixa, consulte a obra de Welsch (1993),
indicada nas referências.
REFERÊNCIAS
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