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MÓDULO DE PÓS-GRADUAÇÃO EAD DE COACHING

DOCENTE: DOUTORANDA LÉIA CORDEIRO GAGLIONONE

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MÓDULO DE PÓS-GRADUAÇÃO EAD DE COACHING

DOCENTE: DOUTORANDA LÉIA CORDEIRO GAGLIONONE

Caro parceiro (a),


Pode parecer estranho chamá-lo (a) desta forma, mas sem dúvida é esta a
relação que gostaria de ter com você durante este Módulo.
Quando tratamos sobre COACHING, este conceito de parceria não deve
estar somente no nosso discurso, mas na nossa maneira de ser, sentir e agir,
sendo este posicionamento, um dos pilares para o êxito do nosso trabalho.
Este Guia de Estudos foi elaborado com muito carinho, enfocando os
aspectos que consideramos fundamentais sobre o assunto, mesmo sendo amplo e
complexo é de vital importância para enfrentar estes novos cenários.
Conto com sua disponibilidade para perceber-se e a partir deste
aprendizado, poder perceber o outro como ele é, passo inicial para o
desenvolvimento do COACHING.
Este Módulo tem por objetivo assegurar ao aluno o conhecimento de uma
nova metodologia, despertando o seu interesse para o autoconhecimento, bem
como, subsidiá-lo para uma atuação básica como FACILITADOR EM COACHING.
Iniciamos abordando aspectos como: ORIGEM, CONCEITO, PAPEL E
PERFIL DOS PROFISSIONAIS ENVOLVIDOS, VANTAGENS, CICLO DE
REALIZAÇÃO E O ICEBERG DO COACHING.
Seguiremos enfocando os aspectos como: CRENÇAS E VALORES,
ELEMENTOS BÁSICOS E TIPOS. Na seqüência, serão tratados de alguns
aspectos importantes como PRÉ-REQUISITOS, APLICAÇÃO E PROCESSO.
Trataremos ainda sobre Mudança, assunto este tão disseminado, mas que
desperta muitas dúvidas, bem como abordaremos aspectos relacionados à
COMUNICAÇÃO, dentre eles o feedback, finalizando com o LÍDER COACHING.
Cabe salientar que o material apresentado aborda os aspectos de forma
macro, mas que caberá a cada um aprofundar-se em cada aspecto,
desenvolvendo a sua visão sistêmica.
Além das nossas considerações, foram transcritos VÍDEOS, TESTES e
TEXTOS que consideramos importantes para o seu conhecimento.
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DOCENTE: DOUTORANDA LÉIA CORDEIRO GAGLIONONE

Seja bem vindo a esta reflexão, é um prazer contribuir no seu aprimoramento e


desenvolvimento.

Léia Cordeiro Gaglionone


MÓDULO DE PÓS-GRADUAÇÃO EAD DE COACHING

DOCENTE: DOUTORANDA LÉIA CORDEIRO GAGLIONONE

MINI CURRÍCULO

Assistente Social e Administradora de Empresas, Especialista em Treinamento em


Recursos Humanos, Especialista em Metodologia do Ensino Superior;
"Practitioner" na arte da Programação Neurolingüística; formada pela Sociedade
Brasileira de Dinâmica dos Grupos, Mestre em Marketing e Gestão Empresarial e
Doutoranda em Administração. Experiência de 26 anos na área Gestão de
Pessoas. Grande vivência em funções de liderança, no planejamento do
desenvolvimento organizacional, na formação de equipes gerenciais,
assessorando diretorias e gerências; liderando atividades da administração de
pessoal; formulação de políticas de cargos, salários e benefícios; desenvolvendo
estratégias de seleção, treinamento e desenvolvimento de pessoal; negociações
de relações humanas e do trabalho. Vivência como consultora, coach e docente
em cursos de graduação e pós-graduação.
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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ................................................................................................ 06

2. ORIGEM .......................................................................................................... 07

3. CONCEITO ...................................................................................................... 09

4. COACH ........................................................................................................... 09

4.1. PERFIL DO COACH ...................................................................................... 10

5. VANTAGENS .................................................................................................. 13

6. CICLO DA REALIZAÇÃO ............................................................................... 15

7. ICEBERG DO COACHING ............................................................................. 17

8. VÍDEOS ........................................................................................................... 19

VÍDEO 1 – O GUERREIRO GLADIADOR ...........................................................19

VÍDEO 2 – O PODER DA VISÃO .........................................................................21

9. DESCOBERTA ................................................................................................24

10. TEXTOS COMPLEMENTARES ...................................................................... 29

TEXTO 1 - FUNÇÕES DOS MODELOS MENTAIS ..............................................29

TEXTO 2 - O EXECUTIVO E O COACHING EM MARKETING PESSOAL ........ 38

TEXTO 3 - COACHING: AFINAL, ISSO FUNCIONA? ........................................ 41

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA E CITADA ....................................................... 45


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1. INTRODUÇÃO:

Neste cenário altamente competitivo, tanto as organizações quanto os


executivos, sentem a necessidade de possuir equipes de alta performance,
visando o sucesso empresarial.
Assim sendo, torna-se primordial a utilização de processos que viabilizem
este crescimento de forma otimizada, focada e integrada.
Muitos são os processos que podem atender a esta demanda, sendo o
COACHING um dos processos que se encontra em expansão.
Este processo está focado na interação de profissionais altamente
habilitados que ajudam pessoas a atingirem mais rapidamente seus objetivos,
através do desenvolvendo e aprimoramento de suas habilidades, com o
alinhamento aos valores e crenças próprios e organizacionais.
Neste processo são utilizadas ferramentas que permitem o
autoconhecimento, ou seja, a tomada de consciência de seus pontos fortes e dos
pontos a serem desenvolvidos, permitindo desta forma ações focadas para o
atingimento das metas pessoais e organizacionais, conciliando todas as áreas
através da sistematização de técnicas da Programação Neuro - Lingüística - PNL.
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2. ORIGEM:

A palavra COACH é inglesa, mas possui várias origens:


• Francesa - Coche,
• Alemão arcaico - Kotsche,
• Holandesa e Sul Africana – Koets,
• Húngara – kocsi.

Conta-se que no século XV, no condado de Komárom - Esztergom,


localizada na cidade de Kocs na Hungria, eram produzidas as melhores
carruagens. Eram chamadas de Kocsi szeke e ofereciam conforto por possuírem
suspensão com molas de aço.
A palavra COACH possui dois conceitos que são mais utilizados:
o “Veículo para o transporte de pessoas”.
o “Técnico ou treinador de profissionais”.

Conheça algumas histórias sobre a origem da palavra COACH:


• A história mais aceita refere-se à metáfora de que no século XVIII o
COACH era o tutor que guiava as crianças pelos campos do
conhecimento em analogia com relação às carruagens da época que
transportavam as pessoas pelos campos da Inglaterra.
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• Outra história de origem britânica conta que as famílias ricas quando em


viagem com suas carruagens (coaches) levavam os servos para lerem em
voz alta assuntos considerados importantes para a formação de seus
filhos. Desta forma, quando queriam referi-se sobre a maneira de
aprendizagem referenciavam que as crianças foram coached, ou seja, em
uma tradução livre: “foram instruídas dentro da carruagem”.

Assim sendo utiliza-se no meio empresarial a referência ao


desenvolvimento de alguém para a liderança como “fazer o coaching“.
A utilização do coach no sentido de treinador em esportes ocorreu no início
do século XX pelas universidades americanas.
Portanto temos:
• COACH - o profissional que conduz o processo de desenvolvimento.
• COACHING - o nome do processo.
• COACHEE - o nome que se dá ao cliente que contrata o coach.
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3. CONCEITOS:

Para um melhor entendimento sobre COACHING faz-se necessário


conhecer alguns conceitos utilizados:
- “Processo utilizado pela liderança quando se quer melhorar o
comportamento no trabalho ou perfil do colaborador” (BROCATO, 2003).
- “Atividade de aconselhamento ao executivo profissional visando orientar e
otimizar o desenvolvimento de sua carreira, à luz dos anseios pessoais, aptidões e
mapeamento das suas características e necessidades de aprimoramento”.
(EDUCAR MAIS, 2003).
Consideramos então que o Coaching é um processo estruturado que visa o
atingimento dos objetivos pré-definidos, desenvolvido através da relação
profissional entre COACH e COACHEE através de confiança mútua, dedicação e
entusiasmo.
Podemos considera que a criança passa por um processo de COACHING
no qual os pais são os primeiros COACHES, servindo de alicerce para o seu
desenvolvimento, estimulando-a desde o momento que inicia sua tentativa em
andar, reforçando as suas atitudes, que mesmos frente aos insucessos, nos
momentos em que cai, reforçam a sua capacidade de superar todos os obstáculos
para conquistar um novo mundo, não permitindo que desista frente a estes
obstáculos.

Pode ser considerado que um relacionamento produtivo de COACHING


começa com duas pessoas que possuem um grande desejo interior, de uma das
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partes o de seguir adiante e da outra o de ajudar a primeira a completar a jornada


desejada.
O sucesso no aconselhamento depende de como o COACHEE percebe a
necessidade de mover-se, crescer e estar verdadeiramente decidido a dedicar seu
tempo e energia para o seu desenvolvimento ou aprimoramento.
O COACHING não é algo que acontece com a pessoa, mas sim através
dela, tendo em vista de que a mesma deve ser participante ativa do jogo e não
uma espectadora.
O processo de COACHING exige profunda dedicação, ou seja, para ajudar
o cliente a conseguir o que quer faz-se necessário por parte do COACHEE
suportar momentos de silêncio do COACH enquanto este espera a sua resposta,
como também, por parte do COACH que consiga sobreviver aos olhares de
desapontamento do COACHEE que depois de muito falar escuta a pergunta: “E o
que você acha que seria melhor?”

4. COACHE:

Enquanto COACHEE é o nome que se dá ao cliente COACH é o


profissional que ouve atentamente, tentando descobrir e entender a maneira
como pensa o seu cliente através de perguntas consideradas corretas.
Conforme o site VCM, 2003 o COACH “... informa, motiva, guia, inspira e
apóia o treinando, no sentido de fazer mudanças entendidas como necessárias,
fazer planejamento estratégico, aperfeiçoar sua função cognitiva, alcançar
objetivos ou simplesmente, viver melhor!”.
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O objetivo do COACH é o de levar o COACHEE a criar estratégias que o


ajudem a alcançar suas metas de forma a alcançar um determinado nível
expandindo uma aptidão de forma a aumentar a performance ou mudar a forma
como a pessoa pensa.
É de responsabilidade do COACH ajudar o COACHEE a crescer, saindo do
que é hoje para o que quer tornar-se amanhã, atuando como um ombro sólido
sobre o qual o cliente se apóia de forma a conseguir enxergar mais longe do que
conseguiria sozinho.
Cabe ao COACH :
o Performance através dos relacionamentos,
o Criar uma ligação ao invés de divisão,
o Apelar para a paixão - brilho nos olhos,
o Tornar os outros poderosos,
o Trabalhar com uma visão que não impõe limites,
o Engajar os outros na visão,
o Não se leva a sério demais.
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4.1 PERFIL DO COACHE:

Para ser um COACHE ele necessita ter no seu perfil algumas


características como ser empático, honesto e possuir condições de manter seu
cliente focado no que deseja dentro da sua realidade atual, olhando sempre para o
futuro.
Assim sendo o COACHEE pode esperar por parte do COACH:
o Conhecimentos e treino específico em coaching,
o Experiência empresarial,
o Dedicação 100% ao seu sucesso,
o Profissionalismo,
o Ética,
o Integridade,
o Confidencialidade.
o Disponibilidade,
o Abertura,
o Flexibilidade,
o Confiança,
o Entusiasmo,
o Respeito,
o Boa disposição.
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O COACH faz mais que perguntar, em razão de conseguir enxergar as


diferentes possibilidades do COACHEE, as quais muitas vezes nem foram
percebidas pelo mesmo.
Desta forma ajuda a esclarecer quais as metas que o cliente deseja
alcançar e através de um questionamento cuidadoso e empático auxilia-o a trilhar
com maior rapidez a jornada da sua realização.
O COACHEE tem a condição de dar um direcionamento em sua vida,
vivendo conforme suas crenças e valores, conseguindo elaborar um plano de ação
eficazes, transformando em realidade os seus sonhos.

5. VANTAGENS:

No COACHING são trabalhados os anseios pessoais, ou seja, preocupação


em saber o que as pessoas da organização buscam, o que desejam, quais as
suas vontades, onde querem chegar e as aptidões através da busca pelas
potenciais competências essenciais de cada colaborador, pois como desenvolver
em alguém algo que ela não possui, nem mesmo algum potencial?
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Conheça algumas das vantagens em realizar o processo de COACHING:


o Facilitar o acompanhamento do desempenho pessoal para o indivíduo e
para a organização com melhoria da performance;
o Promover a aquisição e o aperfeiçoamento de competências;
o Promover a busca de melhores resultados;
o Promover o desenvolvimento integrado (pessoal e profissional) das
pessoas da organização e na organização;
o Fortalecer a confiança através da parceria;
o Favorecer o autoconhecimento e desenvolvimento de competências
conhecidas e desconecidas;
o Aumentar a satisfação profissional;
o Maximizar o crescimento pessoal e do negócio;
o Melhor a qualidade de vida;
o Reter os talentos da organização;
o Melhorar o clima organizacional;
o Melhorar o enfoque nos resultados;
o Aumentar a motivação das pessoas;
o Melhorar a adaptação à mudança;
o Melhorar o funcionamento das equipes.
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6. CICLO DA REALIZAÇÃO:

SONHO

OBJETIVOS AÇÃO

METAS

O ser humano possui sonhos, mas infelizmente, em sua grande maioria


não conseguem concretizá-los, por desconhecer a maneira como conduzir-se.
Sabemos que os sonhos são grandes demais para as pessoas, podendo
tornar-se um devaneio e, em alguns casos mais graves, em delírios? O que
acontece quando sonhamos de olhos abertos e na maioria das vezes ficamos
frustrados por não realizá-los? Qual é o segredo da transformação em realidade?
Através do desenvolvimento de cada uma das etapas do CICLO DA
REALIZAÇÃO, o COACHEE terá chances reais de concretizar os seus sonhos.
Para tanto não é necessário tornar-se ”ícone” como grandes nomes da nossa
história, basta que tenham um foco, ou seja, onde quer chegar, definindo de
forma clara e objetiva quais os objetivos e metas a serem atingidos.
Sonhar faz parte da vida, mas o COACHEE deve ter cuidado, pois viver é
muito mais do que sonhar. O sonho deve ser perseguido e avaliado
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conscientemente, não pode ficar na esfera inconsciente. Deve ser incluído no seu
rol de ações diárias e checado sempre.
Assim sendo, faz-se necessário que os objetivos não sejam muito amplos
nem de difícil execução e entendimento. Estes devem ser definidos de maneira
factível, ou seja, capaz de serem realizados, e quando o COACHEE estiver frente
a contratempos, em primeiro lugar deve ter humildade e flexibilidade para revisar
suas ações, confrontando com suas metas, redefinindo nova ações para que
possa atinja as metas previamente definidas, lembrando-se de nunca procurar
culpados e nem ficar esperando que os outros façam por ele.

Vale salientar que os sonhos podem ser compartilhados, mesmo que as


pessoas tenham sonhos diferentes, pois podem existir pontos em comum ou
similar.
Com certeza a percepção, os sentimentos e as emoções serão diferentes,
tendo em vista que somos por essência diferentes, mas cada um pode construir
um sonho maior de tal forma que seja compartilhado com as demais pessoas,
basta que se disponibilize em conhecer o sonho dos outros e as suas interfaces.
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Compartilhar sonhos e idéias é um ato de desenvolvimento do ser humano,


onde, transformar sonhos em realidade é retirar do seu tesouro particular, o que é
mais valioso e envolvê-lo com a energia dos sentimentos e emoção.

7. ICEBERG DO COACHING:

O ICEBERG DO COACHING

Conhecimentos,
Habilidades

Valores, Crenças, Atitudes

Conhecimento Orientar/
inadequado das Problema de
atitude ou redirecionar
expectativas (coaching)
organizacionais desempenho

O Iceber tem cerca de 80% de sua massa submersa, ou seja, não está
visível, ficando exposto somente 20% do mesmo.
De maneira metafórica, nos indivíduos, a parte visível, ou seja, os 20% são
formados pelos conhecimentos e habilidades e a parte invisível, os 80% são
formados pelos valores, crenças e atitudes do COACHEE.
Nesta linha de raciocínio para que o COACHING possa ter sucesso é
fundamental trabalhar primeiramente na clarificação dos valores, além do
levantamento das crenças do COACHEE, os quais atuam diretamente sobre as
suas atitudes.
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Independente se estes valores e crenças estão latentes ou conscientes, os


mesmos permeiam as suas atitudes, influenciando diretamente na forma como o
COACHEE fundamenta os seus conhecimentos e demonstra as suas habilidades.
Por tanto, se faz necessário que o COACHEE seja despertado para a
necessidade de conhecer o seu perfil e tenha vontade e iniciativa em mudar, pois
somente através da mudança é que poderá ocorrer o desenvolvimento do
processo de COACHING.
O COACH poderá focar somente sobre os dados e as situações que o
COACHEE e ou a organização trouxerem, tanto em relação às suas expectativas,
confrontando-as com as organizacionais, quanto com a confrontação das suas
atitudes com relação às atitudes esperadas pela organização.
. Por esta razão é muito comum que existam excelentes profissionais que
estacionam, não conseguem desenvolver-se e acabam desmotivados e por
conseqüência desestimulando as pessoas que os rodeiam, quer sejam suas
equipe, seus pares, amigos e familiares.
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8. VÍDEOS:

VÍDEO 1 – O GUERREIRO GLADIADOR (Transcrição das legendas do vídeo)

Sucesso, reconhecimento, fama, glória...


Muitos de nós lutamos por motivos assim, mas não se constrói um bom
nome da noite para o dia. É preciso trabalhar muito. Ainda que haja tropeços e
quedas, é preciso superar os obstáculos, é preciso ter motivação, perseverar,
insistir...
A vida é uma sucessão de batalhas: emprego, família, amigos, todos nós
temos um status atual.
-“O que fazemos na vida, ecoa na eternidade”.
E temos também expectativas com relação ao futuro.
- “Em três semanas estarei fazendo minha colheita. Imaginem onde
estarão, e assim será”.
No entanto, as reviravoltas do destino nos surpreendem.
- “Grandeza é uma visão”.
Nem sempre dá para se fazer só o que gostamos, mas aquele que gosta do
que faz e sente orgulho em fazer melhor, a cada dia vai mais longe. Há momentos
de calmaria, e há momentos agitados, decisivos, em que boa intenção não basta.
É quando a vida nos cobra coragem, arrojo, criatividade e um inabalável espírito
de luta. A verdade é que os problemas e os reveses ocorrem com maior
freqüência do que gostaríamos.
Os tempos mudam, surgem desafios e novos objetivos. Os guerreiros
olham nos olhos do futuro sem medo e sem arrogância, mas com a confiança de
quem está pronto para o combate. Viver é também estar preparado para as
situações difíceis. O modo como encaramos as dificuldades é que faz a diferença.
Às vezes nos perguntamos: como enfrentar as mudanças radicais que se
apresentam diante de nós? Como atuar num novo cenário, onde coisas que
fazíamos tão bem precisam ser reaprendidas?
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- “Força e honra”.
Como lutar sem deixar pra trás valores fundamentais? E mais: como saber
a medida exata a ser tomada no momento certo? O incrível é que justamente
diante de situações adversas, muitos redescobrem o que tem de melhor.
A ética, a amizade, a capacidade de criar novas estratégias fundamentadas
na experiência, o talento para promover alianças positivas, o espírito de liderança,
a consciência da força que reside no verdadeiro trabalho em equipe. Tudo isso
aflora quando as circunstancias exigem, quando se sabe que existe um objetivo
maior a ser alcançado.
Claro que não é fácil abandonar hábitos, costumes... não é fácil adaptar-se
aos novos meios, ou usar recursos aos quais não estávamos familiarizados. Mas
todo guerreiro sabe que pessimismo e insegurança nessa hora só atrapalham.
Ainda que a ameaça venha de vários lados, com agilidade, força e determinação,
podemos alcançar o resultado.
A combinação de energia e inteligência, assim como o equilíbrio entre a
razão e a emoção, são fundamentais para o sucesso. É uma sensação
extremamente agradável chegar ao fim de uma etapa com consciência do dever
cumprido. E obter a consagração, o respeito de todos, o reconhecimento dos
colegas, a admiração das pessoas que amamos. Ouvir o próprio nome com
orgulho. Aquele orgulho de quem viu nos obstáculos a oportunidade de crescer...
orgulho de quem soube enfrentar as turbulências da vida e vencer... orgulho de
ser um vencedor que não abriu mão dos seus valores fundamentais.
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VÍDEO 2 – O PODER DA VISÃO (Transcrição do áudio do vídeo)

Parece que nos encontramos novamente falando da grande e fantástica


evolução humana. É incrível, e ao mesmo tempo estranho, que toda vez que nos
deparamos com tudo isso, temos a sensação de que essa é uma história que não
nos diz respeito.
Às vezes parece que somos meros expectadores diante de todas essas
incríveis e maravilhosas transformações. A única certeza que temos, é que para
se viver nesse novo mundo que está surgindo será preciso mudar radicalmente
nossas atitudes, nosso modo de agir, nosso modo de pensar. Temos que
transformar limitações em ousadia... sonhos em ações... derrotas em vitórias....
dificuldades em oportunidades.... lágrimas em sorrisos... saudade em alegria...
dúvidas em certezas... medo em coragem... ódio em amor...
Será preciso que nossos olhos aprendam a ver o mundo de uma forma
diferente. Mais do que enxergar as mudanças, será preciso senti-las com a alma e
com o coração, muito acima da nossa própria razão.
Tudo isso tem nome: é o poder da visão, o poder de sonhar com aquilo que
ainda não existe, o poder de criar algo que nunca ninguém pensou antes, poder
de chegar aonde só os nossos pensamentos ousaram chegar. E é esse
sentimento que queremos que cada um, ao seu modo e ao seu tempo, descubram
dentro de si.
Tempo. Mais uma vez estamos diante desse insensível carrasco. Por isso,
é preciso encurtar o tempo para se fazer às coisas, para se aprender, para se
desenvolver, para se viver intensamente.
Você já se deu conta que muitas vezes deixamos de perceber o real
significado da nossa própria existência?
Toda essa correria maluca do mundo moderno tem vendado nossos olhos
para observar e compreender as coisas mais simples. E são nessas coisas tão
simples e tão singelas, que se esconde toda a essência do universo. É na
imaginação livre de uma criança que as fantasias se transformam em realidade. É
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nas asas leves dos pássaros que está guardado o segredo de voar. É na
fragilidade das flores que está o perfume, a beleza que adoça nosso espírito, é na
rudeza da terra que se transformam a sementes em frutos. É nas ondas invisíveis
do satélite, que se transmite uma nova forma das pessoas se comunicarem numa
linguagem universal. É no ranger obscuro e frenético dos carros, dos aviões, que
se encurtam as distancias. É nas teclas mágicas dos computadores e nos chips
cada vez mais rápidos, que surge um mundo incrível de elementos virtuais. E é
principalmente, na paixão pela vida que renasce a certeza de um novo amanhã.
O homem já ultrapassou os limites do nosso planeta, alcançou as estrelas,
e ruma cada vez mais em direção dantes da nossa própria nave. Iremos tentar
desvendar um pouco de um mundo grandioso e fantástico. Ao mesmo tempo tão
próximo e tão distante. Isso mesmo, cada um de vocês é um universo a ser
desvendado. Cada um de vocês trás dentro de si toda a sabedoria que só as
mãos hábeis de um deus foram capazes de criar. É preciso aprender a usar essa
força, muitas vezes adormecida dentro do nosso coração e da nossa mente.
Pare um instante e olhe atentamente ao seu redor, volte seu olhar para
dentro de si mesmo e se pergunte, o que eu realmente tenho feito para ser
melhor? Para ser diferente? Como tenho encarado os meus planos e objetivos?
Será que eu também não tenho sido um mero expectador da minha própria vida?
O poder da visão, nada mais é do que a capacidade de sonhar. É a alegria de
viver. É a vontade de aprender. É a paciência e o carinho de ensinar. É a
capacidade de compreender as falhas humanas. E é principalmente, o sentimento
sincero de carinho, de respeito e de amor para com o seu semelhante. Tudo isso é
o poder da visão. O poder que cada um de nós, com o passar do tempo, tem tido
mais ao alcance das mãos. Esse mundo que vivemos tem várias faces, vários
rostos, vários credos, vários costumes, mas o sentimento de amor é um só. Um
sentimento único, que resiste apesar das guerras, das injustiças, apesar do
egoísmo e da hipocrisia de muitos. E é esse sentimento que irá nos mostrar o
caminho mais seguro, para uma sociedade mais justa, mais humana.
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Um dia, os sonhos mais verdadeiros de todos os seres humanos irão se


juntar aos sonhos de muitos outros sonhadores que já se foram, liberando uma
corrente de energia tão forte e tão intensa, que será capaz de transformar nosso
planeta num lugar onde todos possam encontrar a sua felicidade. Mais do que
nunca, acreditamos que o caminho para que tudo isso se torne realidade, está no
desenvolvimento das pessoas, na sua preparação, na sua cultura, no seu
compromisso para com a qualidade. O que desejamos de verdade é um mundo
em que possamos dividir progresso, e não miséria.
Para que isso comece a acontecer, precisamos de pessoas com um perfil
diferente, pessoas que não se conformem com coisas mal feitas, pessoas que não
se intimidem diante das crises e das dificuldades. Pessoas que se utilizem da
criatividade, da compreensão, da humildade, da perseverança, da motivação, do
espírito de liderança, e principalmente, do amor. E é nesse sentimento, que está a
chave para se adentrar nesse novo mundo, não como um mero expectador
impotente diante de todas essas transformações. Pelo contrário, você pode ser um
dos personagens principais dessa maravilhosa peça a ser encenada, chamada
existência.
O poder da visão está em se plantar sementes de sonho no fértil solo da
esperança. Por que não começar a partir de agora a semear com muito carinho
essa frágil e delicada semente, que é a nossa própria vida?
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9. DESCOBERTAS:

Aproveite agora para iniciar o seu descobrimento através dos sistemas


sensoriais ou sistemas de representação, descobrindo como são utilizados e como
estão combinados.
Estes sistemas de representação são estruturas cerebrais que formam a
base das atividades e operações dos cinco sentidos.
A Programação Neurolingüística – PNL nos possibilita conhecer os passos
do processo mental (ativação de processos sensoriais), ou seja, o pensar é
formado pela combinação de imagens, sons, sentimentos, odores e sabores,
independente dos fatos de serem utilizados como um processo aprendizagem,
motivação, lembrança, decisão, formação criativa ou da convicção pessoal.
Albert Einsten, utilizou sua habilidade de visualizar a si mesmo em
movimento para o desenvolvimento da teoria da relatividade através da
imaginação de estar sentado na ponta de um feixe de luz sobre o qual viajava à
velocidade da luz pelo Universo.
A grande maioria das pessoas possui um dos canais sensoriais mais
desenvolvido que os demais, sendo assim, podemos ser mais cinestésicos,
visuais ou ainda auditivos.
Você sabe qual é o seu canal sensorial predominante? Caso não conheça
poderá descobri-lo agora, se já sabe poderá confirmar.
Aproveite e faça o teste abaixo para conhecer o seu canal sensorial
predominante. Lembre-se, este não deverá rotulá-lo, sobre a sua área de maior
intensidade.
O teste foi elaborado para o Programa de Gestão de Pessoas – PGP pelo
ISAD/PUC – PR.
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TESTE: CANAIS SENSORAIS

Responda às perguntas abaixo escolhendo apenas uma opção (a, b ou c),


marcando com um “X” a resposta que mais se aproxime da sua maneira de ser.

1. Eu gostaria mais de responder este questionário...


a) Verbalmente
b) Por escrito
c) Realizando tarefas

2. Para me agradar é só me dar algo...


a) Útil
b) Sonoro
c) Bonito

3. Eu tenho mais facilidade de recordar nas pessoas...


a) A fisionomia
b) O nome
c) As atitudes

4. Aprendo mais facilmente...


a) Lendo
b) Fazendo
c) Escutando

5. Atividades que mais me atraem...


a) Música - oratória
b) Fotografia - pintura
c) Escultura - dança

6. Na maioria dos momentos, eu prefiro...


a) Fazer
b) Escutar
c) Observar

7. Recordando os momentos felizes, me vêm à mente...


a) As cenas
b) Os sons
c) As sensações

8. Durante minhas férias, gosto de...


a) Repousar
b) Participar de atividades físicas
c) Viajar

9. Valorizo nas pessoas, principalmente...


a) O que elas dizem
b) O que elas fazem
c) A aparência
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10. Acho que alguém gosta de mim quando...


a) Me faz elogios
b) Me dá presentes
c) Tem atitudes positivas comigo

11. Das três ações seguintes, prefiro...


a) Movimentar
b) Sintonizar
c) Focalizar

12. Valorizo mais...


a) A coordenação
b) O aspecto
c) O ritmo

13. Meu carro preferido tem que ser...


a) Confortável
b) Charmoso
c) Silencioso

14. Quando me interesso por alguma coisa, procuro...


a) Olhar bem
b) Ouvir com atenção
c) Participar

15. Para decidir, utilizo mais...


a) O que escuto
b) O que sinto
c) O que vejo

16. O que mais me incomoda é...


a) Luminosidade forte
b) Roupa desconfortável
c) Barulho

17. Qualidade que me agrada:


a) Colorido
b) Afinado
c) Saboroso

18. Características fundamentais numa peça de teatro:


a) Eloqüente - texto
b) Gesticulação - movimento
c) Iluminação – cenário

19. Meu passatempo favorito é:


a) Dançar ou fazer exercícios
b) Observar o belo
c) Ouvir sons harmoniosos

20. Programa que eu escolheria com mais gosto:


a) Ir a um concerto
b) Visitar uma exposição
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c) Ir a um parque de diversões

Agora transcreva os resultados marcados com “X”, Faça a soma da coluna, multiplique o
resultado desta soma por 5 e anote o resultado final.

1 B A C
2 C B A
3 A B C
4 A C B
5 B A C
6 C B A
7 A B C
8 C A B
9 C A B
10 B A C
11 C B A
12 B C A
13 B C A
14 A B C
15 C A B
16 A C B
17 A B C
18 C A B
19 B C A
20 B A C

SOMA:

X5 X5 X5

VISUAL AUDITIVO CINESTÉSICO

Seu escore indica seu canal de Percepção predominante.


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Depois desta descoberta comece a perceber um pouco as pessoas que


estão à sua volta. Quais os seus canais sensoriais predominantes.
Reflita sobre qual é o seu grau de afinidade com elas?
Perceba como é o seu relacionamento com as pessoas que têm o canal
sensorial predominante igual ao seu? E as que têm o canal sensorial
predominante diferente do seu?
Para ampliar os seus conhecimentos leia os Textos 1 sobre este assunto.
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10. TEXTOS COMPLEMENTARES:

TEXTO 1 –- FUNÇÕES DOS MODELOS MENTAIS - Virgílio Vasconcelos Vilela


(site: www.possibilidades.com.br em 20.04.04)

Como eles nos apóiam e influenciam - percebemos, entendemos o


mundo e fazemos escolhas a partir dos nossos modelos mentais. Veja nesta
matéria vários papéis dos modelos mentais na nossa inteligência e uma atividade
para você comprovar isso no nível experiencial.
Os modelos mentais atuam na nossa inteligência exercendo as seguintes funções:
Guiar a percepção e a atenção – diante de uma situação qualquer, nossos
modelos nos conduzem a prestar atenção em algumas coisas em detrimento de
outras. Um jornalista político, por exemplo, será atraída prioritariamente para um
fato que possa virar uma notícia também política. Se ele passa por uma esquina e
percebe um acidente comum, talvez não vá conferir. Mas se o acidente envolve
um político famoso, ele simplesmente não vai poder deixar de lado o
acontecimento. Agora imagine que junto com o político acidentado havia uma
mulher que não era sua esposa...
Nossos modelos guiam nossa atenção de várias formas. De maneira geral,
prestamos atenção no que é importante, perigoso, útil (por exemplo, para algum
propósito que temos), novo, interessante ou no que a princípio nos parece ser
essas coisas. Note que tudo isso é muito pessoal; o que é importante, útil ou
perigoso depende dos modelos mentais e das intenções de cada um. Como disse
um humorista, não existe piada velha; existe gente que a conhece e gente que
não a conhece.
Veja a atividade abaixo para verificar melhor essas afirmações.
Guiar a cognição – O que significam os fótons, vibrações do ar e
sensações táteis que recebemos? Vibrações fortes do ar se chamam “vento”,
enquanto que outras mais fracas se chamam “som”. Alguns sons são “música”,
enquanto que outros são “falas” e devem ser compreendidos. Ventos fracos, ou
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“brisas”, não requerem ação, enquanto que ventos muito fortes, ou “ventanias” e
“furacões”, ensejam providências.
Sensações de dor na coxa podem ser um “problema no ciático” ou “uma dor
passageira”, e cada interpretação conduz a cursos de ação diferentes ou a
nenhum. Uma vez tive uma “dor de dente” e a dentista abriu onde indiquei sem
nada encontrar. Posteriormente a dor foi identificada como sintoma de uma
sinusite.
Nossa cognição vai mais além. Para sabermos o que fazer, muitas vezes
precisamos saber o que está acontecendo ou que acontecimentos conduziram à
situação atual. Por exemplo, Se o Windows inicia anormalmente com uma tela
azul de verificação de disco, posso compreender o porquê se me lembrar de que
desliguei o computador sem desligar o Windows. Se não fiz isso, posso deduzir
que outra pessoa o fez, ou que faltou energia. Tudo isso é guiado pelos modelos
mentais, que contém conhecimentos sobre como o Windows funciona, apoiados
pela lembrança de percepções e experiências.
Definir objetivos e estratégias – Percebemos, compreendemos e
interpretamos o mundo e agora precisamos fazer algo para conseguir o que
queremos. O que fazer? Como fazer? Quando fazer? É preciso mesmo fazer algo
ou podemos deixar as coisas acontecerem? Será melhor buscar informações? Ou
será melhor dizer alguma coisa? Em que tom de voz? Nossos modelos nos dizem
o que é possível, do que somos capazes, as ações possíveis em cada situação,
do que é provável que funcione e do que com certeza não vai funcionar.
Tomar decisões – Uma vez que temos disponíveis as ações possíveis,
temos que escolher. Nossos modelos mentais nos informam o que é mais
importante, o que é prioritário ou não, na forma de critérios de decisão. Por
exemplo, se você é um gerente de uma empresa e está negociando com outra, o
que é importante: atender ao interesse da sua empresa? Atender aos interesses
de ambas as partes de forma equilibrada? Existem pessoas que nessa situação
atendem prioritariamente aos seus próprios interesses...
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Sentir - Se você escuta um som suspeito lá fora, pode ser que sinta medo.
De onde vem o medo, do som? Na verdade o medo advém de você imaginar
algum perigo, do modelo mental que está elaborando da situação. Se você cria
coragem (usando também seus modelos), vai lá e verifica com certeza que é um
gato, seu modelo é atualizado e você volta à calma.
Boa parte do que sentimos é influenciado pelos nossos modelos mentais. Às
vezes temos consciência deles, outras vezes nem desconfiamos.
Teste isso e verifique por si mesmo: imagine por um momento que você está
morrendo de fome e saboreando sua guloseima predileta, com a melhor boa do
mundo. Eu fiquei com água na boca só de escrever... De quebra, note a
capacidade que você tem de facilmente fazer de conta que está em uma situação
diferente da atual, você vai usá-la a seguir.
Verificando a influência - como uma verificação mais apurada da
influência dos modelos mentais na percepção e cognição (e conseqüentemente
nas escolhas), note o direcionamento da sua atenção ao observar a imagem a
seguir com os olhos das pessoas indicadas. Preste atenção em algo ao seu redor
por um segundo antes de fazer o próximo, para desativar melhor a intenção
anterior.
a) Alguém que adora praia e há um ano não vai a uma;
b) O responsável pela segurança dos hóspedes do hotel-parque que existe ali
trabalhando;
c) O responsável pela segurança dos hóspedes do hotel-parque que existe ali de
folga;
d) Alguém que ama praia, está estressado e há cinco anos não vai a uma;
e) Um fisioterapeuta especializado em RPG (Reeducação Postural Global);
f) Alguém muito curioso, que tem uma compulsão por ler tudo que há para ler;
g) Alguém a quem foi pedido que criticasse a qualidade da fotografia, no que se
refere ao enquadramento;
h) Uma pessoa muito religiosa;
i) Alguém que está fazendo um jardim em casa e está procurando idéias;
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j) Alguém com medo fóbico de alturas.

Conteúdo dos Modelos Mentais

Modelando o que procurar - o que pode conter um modelo mental?


Detalhando-se os possíveis conteúdos de um modelo mental, sabemos o que
procurar e torna possível uma atuação útil sobre os nossos modelos mentais.
Você pode ver isso como dispor de um metamodelo mental, isto é, um modelo
para observar modelos mentais e ter melhores opções de ação, se for o caso.
Distinções - quando você olha para algo, é capaz de fazer distinções, isto
é, identificar objetos e coisas, individualizando-os em relação a outros. No nível
concreto, essas distinções são mais ou menos padronizadas: todos sabemos o
que é um CD, um carro ou uma rua. Algumas pessoas fazem uma distinção mas
sem reconhecer a utilidade de algo, como uma pessoa que mora em uma fazenda
e não sabe o que é ou para que serve um DVD.
No nível abstrato, as distinções que uma pessoa faz podem ser muito
diferentes. Um psicólogo freudiano, por exemplo, sabe distinguir entre ego, id e
superego, enquanto que um iunguiano distingue anima e inconsciente coletivo. O
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chaveiro ao tentar abrir uma porta e o mecânico do meu carro distingue coisas nas
fechaduras e nos motores com cuja existência eu sequer sonho.
Este é o primeiro ingrediente de um modelo mental: as distinções que ele
possibilita. Se algo existe, mas eu não tenho essa distinção configurada em meus
modelos, terei dificuldades de pensar a respeito.
Significados - o que significa uma mão fechada com o polegar estendido
para cima? O que significam os sinais e placas de trânsito? O que significa a
palavra “casa”? E “paz”? Nossos modelos devem conter significados para cada
distinção que fazemos. Imagine um motorista que não sabe o significado de uma
luz vermelha no semáforo. Os significados podem ser de várias ordens: palavras,
gestos com as mãos e com a cabeça, símbolos.
Os significados são quase sempre contextualizados. Uma pomba no chão
pode significar apenas uma pomba no chão, mas a imagem de uma pomba em
uma bandeira pode significar paz. Palavras com mais de um significado dependem
do contexto: “bacia d’água” significa uma coisa, enquanto que “bacia dolorida” é
outra coisa. Já expressões como “tudo que está ao seu redor” só podem ser
interpretadas adequadamente mediante informações do momento presente.
Os significados podem ser também pessoais. Se alguém diz “uma flor bem
bonita”, alguém pode imaginar uma rosa e outro uma violeta, conforme seu gosto
pessoal.
Relações e padrões - Fulano é esposo de Sicrana e pai de Beltrano.
Fulana é chefe de Sicrano, que por sua vez é subordinado a Fulana. Estas são
relações entre pessoas que nossos modelos nos informam, as relações sociais.
Outros exemplos: gosto de, não gosto de pertence a...
Depois de um raio, vem um trovão. Fogo queima a pele. A partir de
experiências repetidas, detectamos padrões de acontecimentos em que uma
causa provoca um efeito. Isso é essencial para qualquer um que esteja no mundo
e nossos modelos podem ter milhares desses padrões.
A capacidade de armazenar relações e padrões, que são relações entre
relações, pode ocorrer em graus variados de generalização. Uma criança pode
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inicialmente aprender o padrão “Fogo queima”, para posteriormente especificar


melhor essa relação: “Fogo e calor queimam se permanecerem em contato com a
pele por um certo período de tempo”. Algumas relações e padrões ensinados às
crianças são convenientes para os pais, mas suspeitos, como brincar com fogo e
fazer xixi na cama.
Alguns dos padrões podem se tornar crenças. Alguém que note em si um
padrão de timidez pode criar uma crença a partir dessas observações. Outros têm
crendices, como acreditar que comer arroz puro faz soluçar (para mim não
funciona) e que sair no sereno causa algum problema (idem).
Tem também as superstições, como a de que quebrar um espelho traz azar
e aquela famosa do gato preto. Resta saber se esses padrões entraram nos
modelos mentais das pessoas por experiência ou não.
Regras, critérios, valores e permissões - tem gente que não mata uma
mosca, enquanto outros não se importam com a vida dos outros. Uns são fiéis.
Outros educados e respeitosos por “natureza”. Nossos modelos mentais contêm
nossos valores e permissões, que estabelecem limites para o que podemos querer
e fazer. Nossos valores não são só em relação aos papéis sociais, podemos ter
também referências de importância em geral. Para alguns é importante que a casa
esteja limpa, enquanto outros não se importam. Para uns, é importante planejar,
enquanto outros preferem "fluir".
Podemos ter em nossos modelos também regras, que podemos usar como
referência para tomar decisões. Tem gente que nunca irá comprar carro de uma
certa marca, enquanto outros só compram um certo modelo.
Aqui também pode variar o grau de generalização das regras e valores.
Quem nutre o valor de “nunca matar” terá mais dificuldades em lidar com uma
barata na cozinha do que alguém que tem como valor “não matar seres humanos”.
As regras também têm um elemento dinâmico. Uma pessoa que definiu
para si mesma que nunca vai comprar um certo carro pode relaxar essa regra
diante de uma oportunidade de gastar menos. Isso mostra também que critérios
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de decisão possuem relações com outros elementos de decisão, e uma regra de


maior “peso” pode prevalecer sobre outro fator.
Pressuposições - enquanto os padrões, como os de causa e efeito, são
derivados e extraídos da experiência, outro tipo de elemento tem por base a
experiência, mas tem uma natureza diferente, por ser deduzido ou projetado a
partir dos padrões da experiência. Um investigador, por exemplo, não tem fatos,
apenas evidências, como fios de cabelos e impressões digitais. Quando efetua
deduções a partir das pistas disponíveis, essas deduções se tornam pressupostos
do seu modelo do caso, do qual fazem parte também as circunstâncias e o motivo.
Quando um economista analisa cenários futuros, está trabalhando com
pressuposições; não há garantia de que o que prevê vai acontecer, apenas
probabilidades. Neste caso, os padrões observados no passado são usados para
fazer pressuposições sobre o andamento das coisas no futuro. Como eles têm
consciência de que são cenários prováveis, em geral trabalham com vários
cenários alternativos.
Uma recomendação para pedestres ao atravessar a rua costuma ser para
que, uma vez que iniciem o movimento, não retrocedam, porque o pressuposto
natural dos motoristas é a projeção que o movimento irá prosseguir e ele se ajusta
a isso. Ao retroceder, o pedestre contraria os pressupostos do motorista e o risco
de uma colisão é maior.
Acontecimentos antecedentes e explicações - os acontecimentos
seguem a seqüência do tempo, de maneira que qualquer fato sempre teve
acontecimentos que culminaram na situação e outros acontecimentos que vão se
suceder, como conseqüência ou simples decorrência. Nossos modelos para tomar
uma decisão, por exemplo, podem conter tanto os fatos que observamos que se
relacionam à situação quanto pressuposições, sustentadas ou não por evidências.
Estratégias padronizadas - ao longo da vida, uma pessoa passa por
problemas e situações difíceis. No processo de lidar com elas, pode estabelecer
certas seqüências de ações para lidar com situações novas. Por exemplo, diante
de uma briga entre crianças, seu padrão de intervenção pode ser primeiro escutar
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as duas versões do ocorrido, elaborar ações possíveis e escolher a melhor


segundo um critério de justiça. Estratégias bem sucedidas entram para os
modelos mentais da pessoa.
Certos profissionais dispõem de completas metodologias ou conjunto de
estratégias para fazerem o seu trabalho, como os programadores de computador
e analistas de sistemas. Outros podem ter estratégias específicas para etapas do
seu trabalho, como os publicitários têm o brainstorm.
Casos particulares das estratégias são os hábitos, que são seqüências de
ações padronizadas, que repetimos diante de situações similares. O grau de
escolha quanto a seguir ou não o hábito, pode variar, e o hábito podem ou não ser
útil, mas certamente nossos modelos podem conter vários deles.
Impressões - nossos modelos mentais podem conter alguns resumos ou
sínteses de várias experiências, as chamadas impressões. Se você pergunta para
alguém como foi o filme, a pessoa terá que resumir tudo que viu, ouviu e sentiu
em poucas palavras, para que possa lhe responder. Podemos criar impressões
sobre qualquer coisa: pessoas, bichos, espécies inteiras, raças, músicas. Como
você bem sabe, impressões podem ser criados uma vez e durar pelo resto da
vida.
Emoções - onde entram as emoções nos modelos mentais? Na verdade,
estas parecem poder estar associadas a qualquer elemento. Um gesto pode estar
relacionado a um significado agressivo, e eu reagir a isso com alguma emoção.
Uma música pode ter para mim o significado especial de me lembrar de um
momento mágico, e assim eu me sinto feliz. Caso pressuponha que o ruído lá fora
é ou pode ser um perigo, posso sentir medo. Posso também não sentir nada antes
de verificar. Uma simples palavra pode ativar emoções prazerosas ou
desconfortáveis, conforme o modelo mental da pessoa.
Pode ocorrer também, por exemplo, que um valor é importante para mim
porque está associado a certas emoções, ele ocorreu a partir de experiências
terríveis, e eu sigo o valor por receio de que aconteça de novo. Mesmo a
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imaginação de algo perigoso, ainda que irreal, como um dragão, pode induzir
emoções.
Assim, a princípio, emoções podem estar conectadas a qualquer elemento
de um modelo mental, e muitas vezes causadas dentro do próprio modelo.
Outros modelos de conteúdo - as distinções descritas acima não são as
únicas formas de se buscar conteúdo em modelos, isso vai depender do modelo
que você aplica. Outro dia ouvi uma pessoa afirmar "sou muito id", o que não
entendi muito bem sem uma explicação. Já você pode ser que entenda o que ela
disse, por ter algum significado e um modelo mental mais rico dessa palavrinha. O
mais importante aqui é que tenhamos ações possíveis para cada descoberta. Se
você enxerga um "id" e isso lhe traz possibilidades úteis, ótimo. Esse é o tema de
uma próxima matéria: possibilidades de ação para cada tipo de conteúdo e
distinção que podemos fazer sobre um modelo mental.
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TEXTO 2 - O EXECUTIVO E O COACHING EM MARKETING PESSOAL (20 de


dezembro de 2007 às 00:05 - Canal Executivo)

De repente surge uma nova palavra no seu dicionário que você nem
sabia que estava lá: coaching. E ainda por cima querem saber se você tem um
coach, se é um coachee e como está seu coaching. Vida dura essa de executivo.
Enquanto você trabalha, outros criam palavras para infernizar.
Mas, felizmente, dessa vez criaram algo para ajudá-lo. Desde que você não
caia nas mãos desses que se auto-declaram coaches sem nunca terem se
preparado para isso. Vamos resumir o significado de cada uma dessas novas
palavras do "seu" dicionário:
Coaching é o processo de desenvolvimento de competências. Competência
é a capacidade de agir, de realizar ações em direção a um objetivo, metas e
desejos. É um processo de investigação e reflexão. Descoberta pessoal de
fraqueza e qualidades. Aumento da consciência de si. Aumento da capacidade de
responsabilizar-se pela própria vida com estrutura e foco. O processo oferece
feedback realista e apoio.
Coach, literalmente "técnico" em inglês, é o profissional especializado no
processo de desenvolvimento. É o coach que conduz o processo, levando o
cliente a refletir, chegar a conclusões, definir ações e, principalmente, agir em
direção a seus objetivos, metas e desejos. Curiosamente, coach significa também
veículo utilizado para transporte de pessoas de um lugar a outro. De certo modo, o
coach transporta seu cliente para seus objetivos.
Coachee é o nome que se dá ao cliente.
Portanto, não é difícil diante de todas esses elementos que compõem o
processo de coaching, entender porque grandes atletas, artistas de cinema e
agora empresários e executivos possuem um coach. Simplesmente porque os
ajudam a chegar lá mais rapidamente. Seja "lá" onde for.
Segundo Rhandy di Stéfano, fundador do Integrated Coaching Institute, o
processo de coaching surgiu devido ao histórico das organizações empresariais.
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Em resumo, durante as décadas de 1960 e 70, o empresário podia contar com a


solução dos problemas a partir de experiências sua ou de seus empregados.
A necessidade de crescimento levou-o ao mercado de ações e este
demandou maiores lucros que justificassem os investimentos. Além do
aprimoramento dos processos internos das empresas, a demissão dos
profissionais mais antigos e de maiores salários contribuiu para o aumento dos
lucros. Entretanto, o efeito colateral foi que a experiência deixou a empresa junto
com esses profissionais e os recém-contratados não tinham como lidar com todos
os desafios que o crescimento permanente exige. A solução foi recontratar os
funcionários antigos, mas como consultores externos.
Todavia, novos mercados significaram maiores mercados e o crescimento
contínuo transformou as organizações numa rede de mini-empresas espalhadas
por todo o planeta. Cada uma demandando essencialmente os mesmos recursos
da empresa-mãe. Entre eles, o mais escasso de todos: liderança.
Consultores trabalham com processos e a liderança exige, além dos
processos, a capacidade de trabalhar com pessoas em todas as suas dimensões,
inclusive com suas emoções. Daí a necessidade de um novo profissional, alguém
que seja capaz de desenvolver líderes: é o coach.
O coach desenvolve todos os aspectos da competência para que o líder
possa executar bem sua tarefa e preferencialmente atinja um desempenho
conhecido como peak performance. Ao contrário dos workaholics, pessoas
viciadas em atividades, a pessoa que trabalha em peak performance é focada em
resultados. O workaholic pode atingir uma fase conhecida como burn-out - é o
esgotamento de caráter físico, intelectual ou emocional.
Já a pessoa em peak performance é capaz de gerar resultados sem
comprometer sua existência humana. O que denota, portanto, que o
desenvolvimento exigido abrange todas as áreas da vida: profissional, financeira,
física, ontológica, social, relacionamento íntimo, intelecto, emocional e lazer. E é
justamente por atingir outros aspectos do ser humano que o coaching
desenvolveu-se para além das competências empresariais.
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Hoje, existem basicamente dois tipos de coaching:


O coaching executivo, direcionado para desenvolvimento de competências
de liderança, que foca as habilidades para produzir resultados e a modificação de
comportamentos que reduzam sua efetividade. Pode ser direcionado para
coaching de habilidades, performance, desenvolvimento ou negócios.
O coaching de desenvolvimento pessoal, direcionado para as competências
em outras áreas além da profissional. Neste sentido, o processo pode atingir
temas como: ser mais decisivo, melhorar a administração do tempo, valorizar
diversidade, desenvolver potenciais, resolver conflitos, aumentar autoconfiança,
comunicar-se com mais eficiência, entre outros.
Todo coaching é de desenvolvimento, não de respostas, entretanto, as
empresas em particular e o mundo estão procurando pessoas hábeis em postos
relevantes. Sendo assim, além do desenvolvimento propiciado pelo coaching, é
importante que as pessoas se sintam inspiradas a ocuparem esses postos de
destaque. É neste contexto que foi criado o coaching em Marketing Pessoal.
Acrescentando ao processo elementos oriundos do Marketing Estratégico e
trabalhos de autores como Al Ries, Jack Trout, Peter Drucker, Lester Thurrow,
Joseph Campbell entre outros, forma-se um conceito mais amplo sobre como se
atingir o sucesso no mundo repleto de desafios em que vivemos.
O Coaching em Marketing acrescenta aos processos executivo e de
desenvolvimento pessoal as competências necessárias para que o executivo seja
catapultado para uma posição relevante em sua carreira. Deste modo, será capaz
de perceber o mundo como um lugar de grandes oportunidades e compreender
como preenchê-las com responsabilidade e competência.
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10.3 TEXTO 3 – COACHING: AFINAL, ISSO FUNCIONA? (Paulo Angelim*)

"Mais uma palavrinha inglesa que virou moda entre as ferramentas da


administração", é o que dizem uns. "Uma tendência concreta e eficiente de
desenvolvimento de talentos" é o que respondem outros. Dessa vez, me rendo.
Fico com a segunda, apesar de várias ressalvas descritas abaixo. Afinal, que
"trem" é esse, sô?
A explicação para o coaching é muito simples. A palavra inglesa coach
significa treinador, instrutor. Aplicado às empresas, seria o mesmo que treinar o
atleta corporativo de uma maneira individual, pessoal. As palestras despertam,
sensibilizam, mas não treinam. O tempo é curto. Serve para chacoalhar, mexer
com a equipe. O treinamento de curto, médio ou longo prazo aprofunda mais as
questões, mas não acompanha se o que foi estudado está sendo aplicado
corretamente pelo aluno, e se houve algum progresso na execução das tarefas no
dia a dia do profissional. A solução encontrada então foi designar personal trainers
profissionais, a exemplo daqueles que encontramos nas academias de ginástica,
que, no corpo-a-corpo (às vezes, literalmente), orientam e acompanham o
desenvolvimento das formas de seus clientes.
No caso do coaching, a seara de trabalho não é só o corpo, mas
prioritariamente a mente. Digo que não só o corpo porque é impossível separar
corpo e mente quando falamos em equilíbrio profissional. E é exatamente o
equilíbrio que o coaching procura desenvolver nos profissionais. São as
competências intangíveis como saber ouvir e falar (nessa ordem), pensar no
futuro, organização e disciplina, pró-atividade, assertividade, liderança (em todas
as suas variantes), companheirismo, saúde física, familiar... “Opa, família? Isso
não é invasão de privacidade?” A resposta é NÃO! Do ponto de vista das filosofias
modernas de ‘desenvolvimento humano’ dentro das corporações (recuso-me a
usar RH porque não acredito que gente é recurso), os problemas para a baixa
produtividade ou dificuldade no relacionamento interpessoal do profissional podem
ter sua origem no desequilíbrio familiar. E se for assim, esses distúrbios precisam
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ser tratados. É por isso que a relação entre coach e aconselhado precisa ser
aberta e confidente.
"Sendo assim, nem pensar ter o meu chefe como coach?” É verdade, às
vezes não é ele a pessoa mais indicada para fazer esse trabalho. Seu coach pode
ser ou não uma pessoa de dentro da empresa, mas, necessariamente, precisa ser
alguém que:
Notadamente tenha experiências profissionais relevantes no passado ou
no presente, inclusive tendo assumido posições de liderança nas organizações
que já passou ou ainda trabalha. A melhor escola de coaching ainda é a da vida;
Tenha uma vida de testemunho positivo e coerente, para não correr o
risco de se enquadrar no faça-o-que-eu-digo-mas-não-faça-o-que-eu-faço;
Que inspire confiança e respeito no treinando, quase admiração. Jesus
só não fez milagres em Nazaré, sua própria terra, por causa da falta de fé dos
seus conterrâneos, não porque Ele não fosse capaz. Assim, o coach tem que
contar com a credibilidade do profissional. Ou seja, o atleta tem que acreditar que
seu coach é capaz de ajudá-lo. Caso contrário, os ouvidos e a mente se fecham.
Tenha sensibilidade para as coisas da alma, e não só da mente. Se for
espiritualista, muito bom. Se tiver uma formação em psicologia, melhor, mas não é
obrigatório, pois o coaching não tem o caráter de tratamento.
Se for o caso de tratamento (traumas, complexos, fobias, etc...), a indicação
é realmente um profissional da saúde, um psicólogo ou psiquiatra, que é inclusive
uma idéia que recomendo para todas as empresas que possam suportar o
investimento. Se existe consultor jurídico, de marketing, financeiro, porque não um
psicólogo para os casos mais graves? Afinal, não “discursam” que os
colaboradores são o principal ativo da organização? Pois tratem-no como tal.
Tenho certeza que pacientes com distúrbios de comportamento não vão faltar.
Basta olhar para o lado. Ou será que para você mesmo?
Do outro lado, é fundamental para o profissional que se submete às
sessões de coaching que:
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Admita que necessita de orientação profissional para evoluir em sua


atividade, não só como funcionário, mas também como ser humano. Afinal,
profissionais excelentes são, acima de tudo, pessoas excelentes.
Esteja comprometido em melhorar, em aprender, colocar em prática.
Não estou falando de intenção, estou falando de profissionais que estejam
dispostos a sofrer a dor do desaprendizado, e a pagar o preço do aprendizado.
No coaching não cabe o “comportamento de lagartixa”: balança, balança a
cabeça em sinal de aprovação, mas continua na mesma. Dá para fazer isso em
palestra e treinamento, mas em coaching nem pensar. Tem que evoluir, e mostrar
sinais disso nas atitudes, no comportamento, no relacionamento com os outros e
na condução das atividades profissionais. E para isso realmente acontecer, o
indivíduo tem que reconhecer os erros e estar comprometido com as mudanças
individuais. Não basta querer, tem que se comprometer. Sou partidário da filosofia
oriental que apregoa a não existência do ensino, mas somente do aprendizado.
Ou seja, se o sujeito não quiser aprender, não tem professor, orientador, ou
coach, por melhor que seja, que consiga ensinar alguma coisa a essa mula com
cabeça, e com cérebro fechado.
Penso que o coaching também pode ser visto como a profissionalização do
velho e bom conselho, que segundo o dito popular “se fosse bom não era dado,
era vendido”. Pois é exatamente por isso que pode você acreditar no coaching
profissional: ele é pago, e muito bem pago. Outro dia, ouvi no corredor de um de
nossos clientes o seguinte diálogo:
- Felipe, esse negócio de coaching é realmente bom? - pergunta Cláudio,
colega de departamento.
- É excelente! A gente muda mesmo. E para melhor! - respondeu Felipe,
com um ar de privilegiado per ter entrado no primeiro grupo a participar do
programa.
- Mas, ouvi dizer que boa parte do que é aconselhado ou sugerido lá nas
reuniões são coisas que o Sr. Manoel já nos dizia há muito tempo lá pelo
refeitório.
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- É verdade, tem muita coisa que bate com o que ele nos dizia.
- E por que você não colocava em prática antes, rapaz? - perguntou
Cláudio, intrigado.
- Ora, Cláudio, eram só conselhos, vindo de um mero contador, e não do
meu coach!!!

Moral da história: coaching é fácil de entender. Difícil mesmo é entender o


homem. Êta bicho estranho!
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BIBLIOFGRAFIA CONSULTADA E CITADA

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Ferramentas da Gestão. Ed. Campus, 2002.

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MONTENEGRO,E.F. Gestão Estratégica: a arte de vencer desafios. São Paulo:


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PAULO, Maurício de. O sucesso é inevitável: coaching e carreira. São Paulo:


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SHERVINGTON, Martin. Coaching integral: Além do desenvolvimento pessoal.


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– A Integração da Estratégia. Qualitymark, 2007.

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