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José Manuel Moran http://www.eca.usp.br/prof/moran/utilizar.

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Como utilizar as tecnologias na escola


José Manuel Moran

Especialista em projetos inovadores na educação presencial e a distância [*]

1. Tecnologias para organizar a informação

Do ponto de vista m e todológico, o e ducador pre cisa apre nde r a e quilibrar proce ssos de
organização e de “provocação” na sala de aula. Um a das dim e nsõe s fundam e ntais do ato de
e ducar é ajudar a encontrar uma lógica dentro do caos de informações que te m os, organizá-las
num a sínte se coe re nte , m e sm o que m om e ntâne a, com pre e ndê -las. C om pre e nde r é organizar,
siste m atizar, com parar, avaliar, conte x tualizar. Um a se gunda dim e nsão pe dagógica procura
questionar essa compreensão, criar uma tensão para superá-la, para m odificá-la, para avançar para
novas sínte se s, outros m om e ntos e form as de com pre e nsão. Para isso, o profe ssor pre cisa
que stionar, criar te nsõe s produtivas e provocar o níve l da com pre e nsão e x iste nte .

No plane jam e nto didático, pre dom ina um a organização fe chada e rígida quando o
profe ssor trabalha com e sque m as, aulas e x positivas, apostilas, avaliação tradicional. O
profe ssor que “dá tudo m astigado” para o aluno, de um lado, facilita a com pre e nsão; m as, por
outro, transfe re para o aluno, com o um pacote pronto, o conhe cim e nto de m undo que e le te m .

Pre dom ina a organização abe rta e fle x íve l no plane jam e nto didático, quando o profe sso r
trabalha a partir de e x pe riê ncias, proje tos, novos olhare s de te rce iros: artistas, e s critore s... e tc.
Em qualque r áre a de conhe cim e nto, pode m os transitar e ntre um a organização inade quada da
apre ndizage m e a busca de novos de safios, sínte se s. Há atividades que facilitam a má
organização, e outras, a superação dos métodos conservadores . O re lato de e x pe riê ncias dife re nte s
das do grupo ou, um a e ntre vista polê m ica pode m de se ncade ar novas que stõe s, e x pe ctativas,
de se jos. E há tam bé m re latos de e x pe riê ncias ou e ntre vistas que se rve m para confirm ar
nossas idé ias, nossas sínte se s, para re forçar o que já conhe ce m os. Pre cisam os sabe r e scolhe r
aquilo que m e lhor ate nde ao aluno e o traz para um a conte m porane idade .

Há profe ssore s que privile giam a organização que stionadora, o que stionam e nto, a
supe ração de m ode los e não che gam às sínte se s, ne m m e sm o parciais, provisórias. Vive m no
ince ssante fe rvilhar de provocaçõe s, que stionam e ntos, novos olhare s. Ne m o siste m atiz ador
ne m o que stionador pode m pre vale ce r no conjunto. É im portante equilibrar organização e
inovação; sistematização e superação.

2. Tecnologias para ajudar na pesquisa

A m até ria prim a da apre ndizage m é a inform ação organizada, significativa: a inform açã o
transform ada e m conhe cim e nto. A e scola pe squisa a inform ação pronta, já consolidada e a
inform ação e m m ovim e nto, e m transform ação, que vai surgindo da inte ração, de novos fa tos,
e x pe riê ncias, práticas, conte x tos. Ex iste m áre as com bastante e stabilidade inform ativa: fatos
do passado, que só se m odificam diante de algum a nova e vidê ncia. E e x iste m áre as, as m ais
ligadas ao cotidiano, que são altam e nte susce ptíve is de m udança, de novas inte rpre taçõe s.

As te cnologias nos ajudam a e ncontrar o que e stá consolidado e a organizar o que e stá
confuso, caótico, dispe rso. Por isso é tão im portante dom inar fe rram e ntas de busca da
inform ação e sabe r inte rpre tar o que se e scolhe , adaptá-lo ao conte x to pe ssoal e re gional e
situar cada inform ação de ntro do unive rso de re fe rê ncias pe ssoais.

Muitos se satisfaze m com os prim e iros re sultados de um a pe squisa. Pe nsam que basta le r
para com pre e nde r. A pe squisa é um prim e iro passo para e nte nde r, com parar, e scolhe r, a valiar,
conte x tualizar, aplicar de algum a form a.

C ada ve z te m os m ais inform ação e não ne ce ssariam e nte m ais conhe cim e nto. Q uanto

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m ais fácil é achar o que que re m os, m ais te nde m os a acom odar-nos na pre guiça dos prim e iros
re sultados, na le itura supe rficial de alguns tópicos, na dispe rsão das m uitas jane las que
abrim os sim ultane am e nte .

Hoje consum im os m uita inform ação Não que r dize r que conhe çam os m ais e que te nham os
m ais sabe doria - que é o conhe cim e nto vive nciado com é tica, praticado. Pe la e ducação de
qualidade avançam os m ais rapidam e nte da inform ação para o conhe cim e nto e pe la
apre ndizage m continuada e profunda che gam os à sabe doria.

O foco da apre ndizage m é a busca da inform ação significativa, da pe squisa, o


de se nvolvim e nto de proje tos e não pre dom inante m e nte a transm issão de conte údos
e spe cíficos. As aulas se e struturam e m proje tos e e m conte údos. A Inte rne t e stá se tornando
um a m ídia fundam e ntal para a pe squisa. O ace sso instantâne o a portais de busca, a
disponibilização de artigos orde nados por palavras-chave facilitaram e m m uito o ace ss o às
inform açõe s ne ce ssárias. Nunca com o até agora profe ssore s, alunos e todos os cidadãos
possuíram a rique za, varie dade e ace ssibilidade de m ilhõe s de páginas W EB de qualque r lugar,
a qualque r m om e nto e , e m ge ral, de form a gratuita.

O e ducador continua se ndo im portante , não com o inform ador ne m com o papagaio
re pe tidor de inform açõe s prontas, m as com o m e diador e organizador de proce ssos. O pro fe ssor
é um pe squisador – junto com os alunos – e articulador de apre ndizage ns ativas, um
conse lhe iro de pe ssoas dife re nte s, um avaliador dos re sultados. O pape l de le é m ais n obre ,
m e nos re pe titivo e m ais criativo do que na e scola conve ncional.

O s profe ssore s pode m ajudar os alunos ince ntivando-os a sabe r pe rguntar, a e nfocar
que stõe s im portante s, a te r crité rios na e scolha de sites, de avaliação de páginas, a com parar
te x tos com visõe s dife re nte s. O s profe ssore s pode m focar m ais a pe squisa do que dar
re spostas prontas. Pode m propor te m as inte re ssante s e cam inhar dos níve is m ais sim ple s de
inve stigação para os m ais com ple x os; das páginas m ais coloridas e e stim ulante s para a s m ais
abstratas; dos víde os e narrativas im pactante s para os conte x tos m ais abrange nte s e a ssim
ajudar a de se nvolve r um pe nsam e nto arbore sce nte , com rupturas suce ssivas e um a
re organização se m ântica contínua.

Entre as iniciativas de disponibilização de m ate riais e ducacionais para pe squisa de staca-se


o Instituto de Te cnologia de Massachuse tts (MIT) de C hicago, que ofe re ce todo o conte údo dos
se us cursos e m várias línguas, facilitando o ace sso de ce nte nas de m ilhare s de alunos e
profe ssore s a m ate riais avançados e siste m atizados, disponíve is on-line
http://www.unive rsiabrasil.ne t/m it/[1]

Alunos, profe ssore s, a e scola e a com unidade se be ne ficiam . Atualm e nte , a m aior parte
das te se s e dos artigos apre se ntados e m congre ssos e stão publicados na Inte rne t. O e s tar no
virtual não é garantia de qualidade (e sse é um proble m a que dificulta a e scolha), m as am plia
im e nsam e nte as condiçõe s de apre nde r, de ace sso, de inte rcâm bio, de atualização. Tanta
inform ação dá trabalho e nos de ix a ansiosos e confusos. Mas é m uito m e lhor do que aco nte cia
ante s da Inte rne t, quando só uns poucos privile giados podiam viajar para o e x te rior e
pe squisar nas grande s bibliote cas e spe cializadas das m e lhore s unive rsidade s. Hoje pod e m os
faze r praticam e nte o m e sm o se m sair de casa.

A varie dade de inform açõe s sobre qualque r assunto, num prim e iro m om e nto, fascina,
m as, ao m e sm o te m po, traz inúm e ros novos proble m as: O que pe squisar? O que vale a pe n a
ace ssar? C om o avaliar o que te m valor e o que de ve se r de scartado?. Essa facilidade costum a
favore ce r a pre guiça do aluno, a busca do re sultado pronto, fácil, im e diato, che gando até à
apropriação do te x to do outro. Alé m da facilidade de “copiar e colar”, o aluno costum a le r só
algum as frase s m ais im portante s e algum as palavras se le cionadas, dificilm e nte lê um te x to
com ple to.

Jakob Nielsen e John Mork e s constaram e m um a pe squisa que 79 % dos usuários de


Inte rne t se m pre lê e m palavras ou tre chos e scolhidos, atravé s de títulos atrativos, e n quanto
som e nte 16 % se de tê m na le itura do te x to com ple to [2] .Na França: 85% dos alunos de
e nsino fundam e ntal (8ª sé rie ) se conte ntam com os re sultados trazidos pe lo prim e iro s ite de
busca consultados e som e nte lê e m rapidam e nte os prim e iros trê s re sultados trazidos. I sto que r

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dize r que a m aior parte dos alunos procura o que é m ais fácil, o im e diato e o lê de form a
fragm e ntada, supe rficial. E quanto m ais possibilidade s de inform ação, m ais rapidam e nte
te nde m os a nave gar, a le r pe daços de inform ação, a passe ar por m uitas te las de form a
supe rficial.
Por isso, é im portante que alunos e profe ssore s le vante m as principais que stõe s
re lacionadas com a pe squisa: Q ual é o obje tivo da pe squisa e o níve l de profundidade da
pe squisa de se jado? Q uais são as “fonte s confiáve is” para obte r as inform açõe s? C om o
apre se ntar as inform açõe s pe squisadas e indicar as fonte s de pe squisa nas re fe rê ncias
bibliográficas? C om o avaliar se a pe squisa foi re alm e nte fe ita ou ape nas copiada?
Um as das form as de analisar a cre dibilidade do conte údo da sua pe squisa é ve rificar s e
e le e stá de ntro de um portal e ducacional, no site de um a unive rsidade ou e m qualque r outro
e spaço já re conhe cido. E ve rificar tam bé m a autoria do artigo ou da re portage m .

Pe nsando m ais nos usuários jove ns e adultos, Nilse n e Mork e s propõe m algum as
caracte rísticas que um a página da W EB pre cisa apre se ntar para se r e fe tivam e nte lida e
pe squisada:

- palavras-chave re alçadas (links de hipe rte x to, tipo de fonte e cor funcionam com o re alce );

- sub-títulos pe rtine nte s (e não "e ngraçadinhos");

- listas inde x adas;

- um a inform ação por parágrafo (os usuários provave lm e nte pularão inform açõe s adicion ais,
caso não se jam atraídos pe las palavras iniciais de um parágrafo);

- e stilo de pirâm ide inve rtida, que principia pe la conclusão;

- m e tade do núm e ro de palavras (ou m e nos) do que um te x to conve ncional. A cre dibilida de é
im portante para os usuários da W EB, porque ne m se m pre se sabe que m e stá por trás das
inform açõe s ne m se a página pode se r digna de confiança. Pode -se aum e ntar a cre dibilidade
atravé s de gráficos de alta qualidade , de um te x to corre to e de links de hipe rte x to apropriados.
É im portante colocar links que conduzam a outros site s, que com prove m que há pe squisa por
trás e que dê e m suste ntação para que os le itore s possam che car as inform açõe s dadas.

O s usuários não valorizam as afirm açõe s e x age radas e subje tivas (tais com o "o m ais
ve ndido") tão pre dom inante na W EB hoje e m dia. O s le itore s pre fe re m dados pre cisos. Alé m
disso, a cre dibilidade é afe tada quando os usuários conse gue m pe rce be r o e x age ro.

Alé m do ace sso aos grande s portais de busca e de re fe rê ncia na e ducação, um a das
form as m ais inte re ssante s de de se nvolve r pe squisa e m grupo na Inte rne t é o webquest .
O conce ito de W e bque st foi criado e m 1995, por Be rnie Dodge , profe ssor da unive rsidad e
e stadual da C alifórnia, EUA, com o proposta m e todológica para usar a Inte rne t de form a criativa
[3] . Dodge a de fine assim a W e bque st: "É um a atividade inve stigativa e m que algum a ou
toda a inform ação com que os alunos inte rage m prové m da Inte rne t." Em ge ral, um a
W e bque st é e laborada pe lo profe ssor, para se r solucionada pe los alunos, re unidos e m g rupos.
[4]
A W e bque st se m pre parte de um te m a e propõe um a tare fa, que e nvolve consultar fonte s
de inform ação e spe cialm e nte se le cionadas pe lo profe ssor. Essas fonte s (tam bé m cham ada s de
re cursos) pode m se r livros, víde os, e m e sm o pe ssoas a e ntre vistar, m as norm alm e nte sã o
site s ou páginas na W EB. É com um que a tare fa e x ija dos alunos a re pre se ntação de pap é is
para prom ove r o contraste de pontos de vista ou a união de e sforços e m torno de um ob je tivo.
Be rnie Dodge divide a W e bque st e m dois tipos, ligados à duração do proje to e à dim e ns ão
de apre ndizage m e nvolvida:
Webquest curta - le va de um a a trê s aulas para se r e x plorada pe los alunos e te m com o
obje tivo a aquisição e inte gração de conhe cim e ntos.
Webquest longa - le va de um a se m ana a um m ê s para se r e x plorada pe los alunos, e m
sala de aula, e te m com o obje tivo a e x te nsão e o re finam e nto de conhe cim e ntos.

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R e solve r um a W e bque st é um proce sso de apre ndizage m inte re ssante , porque e nvolve
pe squisa e le itura; inte ração e colaboração e criação de um novo produto a partir do m ate rial e
idé ias obtidas.

A webquest propicia a socialização da inform ação: por e star disponíve l na Inte rne t, pode
se r utilizada, com partilhada e até re e laborada por alunos e profe ssore s de dife re nte s parte s do
m undo. O proble m a da pe squisa não e stá na Inte rne t, m as na m aior im portância que a e s cola
dá ao conte údo program ático do que à pe squisa com o e ix o fundam e ntal da apre ndizage m .

3. Tecnologias para comunicação e publicação

O s alunos gostam de se com unicar pe la Inte rne t. As páginas de grupos na Inte rne t
pe rm ite m o e nvio de corre io e le trônico e se u re gistro num a página W EB. Te m fe rram e nta s de
discussão on line (chat) e off-line (fórum ). O chat ou outras form as de com unicação on-line
são fe rram e ntas m uito apre ciadas pe los alunos e bastante de svalorizadas pe los profe ss ore s.
Ale ga-se a dispe rsão (e m ge ral, re al) e o não aprofundam e nto das que stõe s. Mas há a
pre disposição dos alunos para a conve rsa on-line . Faz parte dos se us hábitos na Inte rne t. C om
as novas soluçõe s, com o o vide ochat, o chat com voz e algum as form as de ge re nciam e nto
pode m se r m uito úte is e m cursos se m i-pre se nciais e a distância.

A e scola, com as re de s e le trônicas, abre -se para o m undo; o aluno e o profe ssor se
e x põe m , divulgam se us proje tos e pe squisas, são avaliados por te rce iros, positiva e
ne gativam e nte . A e scola contribui para divulgar as m e lhore s práticas, ajudando outras e scolas
a e ncontrar se us cam inhos. A divulgação hoje faz com que o conhe cim e nto com partilhado
ace le re as m udanças ne ce ssárias e agilize as trocas e ntre alunos, profe ssore s, instituiçõe s. A
e scola sai do se u casulo, do se u m undinho e se torna um a instituição onde a com unidad e pode
apre nde r contínua e fle x ive lm e nte .

Q uando focam os m ais a apre ndizage m dos alunos do que o e nsino, a publicação da
produção de le s se torna fundam e ntal. R e cursos com o o portfólio, e m que os alunos organizam
o que produze m e o colocam à disposição para consultas, é cada ve z m ais utilizado. O s blogs,
fotologs e videologs são re cursos m uito inte rativos de publicação, com possibilidade de fácil
atualização e de participação de te rce iros. São páginas na Inte rne t, fáce is de se de se nvolve r, e
que pe rm ite m a participação de outras pe ssoas. C om e çaram no “m odo te x to”, de pois
e voluíram para a apre se ntação de fotos, de se nhos e outras im age ns e , atualm e nte , e stã o na
fase do víde o. Profe ssore s e alunos pode m gravar víde os curtos, com câm e ras digitais, e
disponibilizá-los com o ilustração de um e ve nto ou pe squisa.

O s blogs, flogs (fotologs ou videologs) são utilizados m ais pe los alunos do que pe los
profe ssore s, principalm e nte com o e spaço de divulgação pe ssoal, de m ostrar a ide ntidad e , onde
se m isturam narcisism o e e x ibicionism o, e m dive rsos graus. Atualm e nte , há um uso cre sce nte
dos blogs por profe ssore s dos vários níve is de e nsino, incluindo o unive rsitário. Ele s pe rm ite m a
atualização constante da inform ação, pe lo profe ssor e pe los alunos, favore ce m a construção de
proje tos e pe squisas individuais e e m grupo, e a divulgação de trabalhos. C om a cre sce nte
utilização de im age ns, sons e víde os, os flogs tê m tudo para e x plodir na e ducação e se
inte grare m com outras fe rram e ntas te cnológicas de ge stão pe dagógica. As grande s plata form as
de e ducação à distância ainda não de scobriram e incorporaram o pote ncial dos blogs e flogs.

A possibilidade de os alunos se e x pre ssare m , tornare m suas idé ias e pe squisas visíve is,
confe re um a dim e nsão m ais significativa aos trabalhos e pe squisas acadê m icos. “São
aplicativos fáce is de usar que prom ove m o e x e rcício da e x pre ssão criadora, do diálogo e ntre
te x tos, da colaboração”, e x plica Suzana Gutie rre z, da UFR GS. “Blogs possue m historicidade ,
pre se rvam a construção e não ape nas o produto (arquivos); são publicaçõe s dinâm icas q ue
favore ce m a form ação de re de s”. [5]

"O s weblogs abre m e spaço para a consolidação de novos papé is para alunos e profe ssore s
no proce sso de e nsino-apre ndizage m , com um a atuação m e nos dire tiva de ste s e m ais
participante de todos." A profe ssora Gutié rre z le m bra que os blogs re gistram a conce pção do

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proje to e os de talhe s de todas as suas fase s, o que ince ntiva e facilita os trabalhos
inte rdisciplinare s e transdisciplinare s. "Pode -se assim , dar alte rnativas inte rativas e suporte a
proje tos que e nvolvam a e scola e até fam ílias e com unidade ." [6] O s blogs ta m bé m são
im portante s para apre nde r a pe squisar juntos e a publicar os re sultados.

Há dife re nte s tipos de blogs e ducacionais: produção de te x tos, narrativas, poe m as, análise
de obras lite rárias, opinião sobre atualidade s, re latórios de visitas e e x cursõe s de e studos,
publicação de fotos, de se nhos e víde os produzidos por alunos. A organização dos te x to s pode
se r fe ita atravé s de algum as fe rram e ntas colaborativas com o o W ik i, que é um software que
pe rm ite a e dição cole tiva dos docum e ntos usando um siste m a sim ple s de e scrita e se m q ue o
conte údo te nha que se r revisado ante s da sua publicação. A m aioria dos wik is são abe rtos a
todo o público ou pe lo m e nos a todas as pe ssoas que tê m ace sso ao se rvidor wik i. [7]

A Inte rne t te m hoje inúm e ros re cursos que com binam publicação e inte ração, por m e io d e
listas, fóruns, chats, blogs. Ex iste m portais de publicação m e diados, e m que há algum tipo de
controle , e outros abe rtos, base ados na colaboração de voluntários. O site www.wik ipe dia.org/
apre se nta um dos e sforços m ais notáve is, no m undo inte iro, de divulgação do conhe cim e nto.
Milhare s de pe ssoas contribue m para a e laboração de e nciclopé dias sobre todos os te m a s, e m
várias línguas. Q ualque r indivíduo pode publicar e e ditar o que as outras pe ssoas e scre ve ram .
Só e m portuguê s foram divulgados m ais de 30 m il artigos na wikipedia. C om todos os
proble m as e nvolvidos, a idé ia de que o conhe cim e nto pode se r co-produzido e divulgado é
re volucionária e nunca ante s havia sido te ntada da m e sm a form a e e m grande e scala. Aqui,
contudo, profe ssore s e alunos pre cisam validar a fonte , pois algum as ve ze s há inform a çõe s
incorre tas.

O utro re curso popular na e ducação é a criação de arquivos digitais sonoros, program as de


rádio na Inte rne t ou PodCasts. São arquivos digitais, que se asse m e lham a program as de
rádio e pode m se r baix ados da inte rne t usando a te cnologia RSS[9], que "avisa" quando há um
novo e pisódio colocado na re de e pe rm ite que e le se ja baix ado para o com putador. Há podcasts
e m todas as áre as[8] [9]

São m uitas as possibilidade s de utilização dos blogs na e scola. Prim e iro, pe la facilidade de
publicação, que não e x ige ne nhum tipo de conhe cim e nto te cnológico dos usuários, e se g undo,
pe lo grande atrativo que e stas páginas e x e rce m sobre os jove ns. "É pre ciso ape nas que os
profe ssore s se aproprie m de ssa linguage m e e x plore m com se us alunos as várias
possibilidade s de ste novo am bie nte de apre ndizage m . O profe ssor não pode ficar fora d e sse
conte x to, de ste m undo virtual que se us alunos dom inam . Mas cabe a e le dire cionar suas aulas,
aprove itando o que a inte rne t pode ofe re ce r de m e lhor", afirm a a e ducadora Gládis Le a l dos
Santos. [10]

Palloff e Pratt [11] afirm am que as chave s para a obte nção de um a apre ndizage m e m
com unidade , be m com o um a facilitação on-line be m suce dida, são sim ple s, tais com o:
hone stidade , corre spondê ncia, pe rtinê ncia, re spe ito, franque za e autonom ia, e le m e ntos se m
os quais não há possibilidade de se atingir os obje tivos de e nsino propostos.

[*] Este te x to faz parte do m e u livro A educação que desejamos: Novos desafios e como chegar lá
(Papirus, 2007, p. 101-111)

[1] O s cursos do MIT disponibilizados e m inglê s e stão e m http://ocw.m it.e du/O cwW e b
/inde x .htm
[2] Jakob NIELSEN. Como os Usuários Lêem na Web. Revista eletrônica Conecta, 22/02/2003. Disponível em http://www.revistaconecta.com
/conectados/nielsen_como_usuarios.htm .

[3] Uma das formas de organizar pesquisas em grupos de forma colaborativa é utilizando o Webquest, criado por Bernie Dodge, da Universidade de São Diego.
Páginas interessantes sobre o essa metodologia estão em www.webquest.futuro.usp.br, webquest.sp.senac.br/ e www.sgci.mec.es/br/cv/webquest.

[4] Veja a nota anterior sobre os endereços do WEBQUEST na Internet.

[5] Vale a pena ler o capítulo "Projetos de aprendizagem colaborativa num paradigma emergente" do livro Novas tecnologias e mediação pedagógica de
José Manuel MORAN, Marcos MASETTO e Marilda BEHRENS. 12ª ed.Campinas: Papirus, 2006. Também é interessante o livro de Goéry Delacôte, Enseñar y
aprender com nuevos métodos. Barcelona, Gedisa editorial, 1996.

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[6] Priscilla Brossi GUTIERREZ. Blogs na sala de aula; Cresce o uso pedagógico da ferramenta de publicação de textos na Internet. In
http://www.educarede.org.br/educa/revista_educarede/especiais.cfm?id_especial=221

[7] Blogs como ferramentas pedagógicas. In http://www.ead.sp.senac.br/newsletter/agosto05/destaque/destaque.htm

[8] http://pt.wikipedia.org/wiki/Wiki

[9] Através de um arquivo RSS os autores desses programas de rádio caseiros disponibilizam aos seus "ouvintes" possibilidade de ouvir ou baixar os novos
"programas", utilizando softwares como o Ipodder é possível baixar os novos programas automaticamente, até mesmo sem precisar acessar o site do autor,
podendo gravá-los depois em aparelhos de mp3, CDs ou DVDs e ouvir quando quiser.

[10] Blogs como ferramentas pedagógicas. Acessível em: http://www.ead.sp.senac.br/newsletter/agosto05/destaque/destaque.htm

[11] Construindo comunidades de aprendizagem no ciberespaço. p192-194.

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