Beruflich Dokumente
Kultur Dokumente
07/03/13
legtimo. Com tal dissociao, alguns princpios ganharam vida prpria, independentemente do contexto terico no qual foram concebidos. Um deles o princpio de que o interesse coletivo e o processo histrico podiam legitimamente restringir - e at mesmo revogar - os direitos individuais. Quem alcanasse o poder, se auto-legitimasse - fosse indivduo, partido ou grupo organizado - e se autoinvestisse da condio de representante do interesse coletivo ganhava o poder de impor sua vontade sobre os indivduos, usando a fora, se necessrio fosse. Ao agir assim, nada mais estaria fazendo do que obrigando os indivduos a ser livres. Os totalitarismos do sculo 20 fartaram-se desse princpio, que, removido do seu contexto terico, transmutava-se numa aberrao, numa monstruosidade e numa violncia sem limites. Tal "princpio enlouquecido" tornou-se, na verdade, um claro indicativo da mente totalitria. Sempre que indivduos - ou grupos, ou partidos - arrogam-se a capacidade de conhecer melhor que os prprios indivduos seus interesses (aqueles que "deveriam ter", de acordo com sua ideologia, mas que na prtica, por alguma razo, "no tm"), estamos diante de um pensamento que no hesitar - se lhe for dada a chance - em "obrigar os indivduos a ser livres". Ditadores do sculo XXn Francisco Ferraz
Acesse: www.politicaparapoliticos.com.br copyright2006 - AD2000 Consultoria Poltica Editor Responsvel: Francisco Ferraz
www.politicaparapoliticos.com.br/imprimir.php?t=762122
2/2