Sie sind auf Seite 1von 28

Curso de Engenharia de Sistemas de Energias renováveis

Disciplina de Tecnologias das Energias Renováveis

Ano lectivo de 2009/2010


Relatório

Parque fotovoltaico na ESTG

Executado por:
Eva Kaná 6832
Fábio Oliveira 6844

Orientado por:
Duarte Alves

Entregue em:
21-10-2009
Parque fotovoltaico na ESTG

1. Resumo

Este relatório destina-se a projectar um parque fotovoltaico na Escola Superior de


Tecnologia e Gestão (ESTG), escola esta pertencente ao Instituto Politécnico de Viana
do Castelo (IPVC).
A área para o projecto será caracterizada mais à frente, e com ela iremos maximizar
a potência a instalar tendo em conta o tipo de painel fotovoltaico escolhido, o seu preço,
a sua área e como aspecto mais importante a direcção, a radiação e a altura do sol.
Para o painel fotovoltaico escolhido iremos apresentar a sua disposição no local bem
como a sua potência tendo em consideração a radiação solar incidente. O projecto será
alvo de uma crítica apresentando as principais razões/obstáculos para a sua
implementação.

ESTG/IP de Viana do Castelo


Página 2 de 28
Parque fotovoltaico na ESTG

Índice

1. Resumo .............................................................................................................. 2
2. Objectivo ............................................................................................................ 5
3. Parque fotovoltaico ............................................................................................ 6
4.1.1. Generalidades................................................................................................. 6
A energia solar como uma energia renovável ................................................ 6
Energia solar / Radiação solar ........................................................................ 7
Como se processa o aproveitamento da energia solar? .................................. 9
Energia solar fotovoltaica............................................................................. 11
Componentes de um parque solar ................................................................ 11
Silício monocristalino .................................................................................. 12
Silício policristalino ..................................................................................... 12
Silício amorfo ............................................................................................... 13
Vantagens e desvantagens da energia solar fotovoltaica ............................. 13
4. Projecto do parque fotovoltaico na ESTG ....................................................... 14
5.1. Caracterização da área para a implantação do parque fotovoltaico ................ 14
Terraço do edifício principal: ............................................................................ 14
Terraço da Biblioteca ......................................................................................... 14
Zona relvada do lago.......................................................................................... 15
Conclusão........................................................................................................... 15
Medidas do terreno na planta do local (em m) .................................................. 15
Dados da radiação do sol .............................................................................. 16
5. Projectos de colocação dos painéis fotovoltaicos ............................................ 16
6.1. Características do painel solar fotovoltaico .................................................... 16
Disposição dos painéis solares fotovoltaicos no terraço da Biblioteca ........ 17
6.2. Características do inversor .............................................................................. 19
6. Cálculos ........................................................................................................... 19
Ângulo dos painéis........................................................................................... 19
Energia recebida com painéis inclinados ......................................................... 20
Amortização do investimento .......................................................................... 21
7. Conclusão......................................................................................................... 23

ESTG/IP de Viana do Castelo


Página 3 de 28
Parque fotovoltaico na ESTG

Balanço custo/benefício ......................................................................................... 23


Dá para suprir as necessidades da biblioteca? ................................................... 23
Compensa o investimento de acordo com o tempo de amortização? ................ 23
Quantos kg de CO2/ano não seriam emitidos para a atmosfera? ....................... 23
Vender à rede ou utilizá-la directamente? ......................................................... 24
E a segurança? ................................................................................................... 24
8. Na nossa opinião… .......................................................................................... 24
9. Observações ..................................................................................................... 24
10. Bibliografia ...................................................................................................... 25
11. Anexos ............................................................................................................. 26
Anexo 1 – Trabalhar com o Google Earth e o GIMP ............................................ 26
Anexo 2 – SolidWorks como ferramenta .............................................................. 28

Tabela 1...................................................................................................................... 13
Tabela 2...................................................................................................................... 16
Tabela 3...................................................................................................................... 16
Tabela 4...................................................................................................................... 19
Tabela 5...................................................................................................................... 19
Tabela 6...................................................................................................................... 21
Tabela 7...................................................................................................................... 22
Tabela 8...................................................................................................................... 22

Figura 1 Número de horas de sol nos distritos de Portugal. ........................................ 7


Figura 2 Componentes da radiação solar ao nível do solo. ......................................... 8
Figura 3 Inclinação dos painéis solares. ...................................................................... 9
Figura 4 Orientação de painéis solares. ..................................................................... 10
Figura 5 Sistema solar fotovoltaico. .......................................................................... 12
Figura 6 Geometria do terraço do edifício principal da ESTG. ................................. 14
Figura 7 Distância entre painéis fotovoltaicos consoante a altura do sol .................. 17
Figura 8 Planta da disposição dos painéis solares ..................................................... 18
Figura 10 Relação superfície horizontal vs. Superfície inclinada. ............................ 20
Figura 11 Demonstração do programa GIMP............................................................ 27

ESTG/IP de Viana do Castelo


Página 4 de 28
Parque fotovoltaico na ESTG

2. Objectivo
Os objectivos do presente trabalho são:
a) Definir uma área na ESTG;
b) Estudo da implantação dos painéis fotovoltaicos:
Tipo;
Número;
Disposição;
c) Análise do potencial solar dos painéis fotovoltaicos:
Relação consumo/rendimento;
d) Análise económica para posterior amortização do investimento;
e) Impactos (visual e ambiental);
f) Conclusões sobre se o projecto será ou não rentável.

ESTG/IP de Viana do Castelo


Página 5 de 28
Parque fotovoltaico na ESTG

3. Parque fotovoltaico
4.1.1. Generalidades
Viana do Castelo estende-se entre o mar e o rio Lima, num amplo vale delimitado,
a norte, pelo monte de Santa Luzia. Nesta cidade situa-se o Instituto Politécnico de
Viana do Castelo (IPVC), com o pólo da Escola Superior de Tecnologia e Gestão
(ESTG) situada em frente à praia Norte. Este é um distrito com aproximadamente 2400
horas anuais de sol, em que não sendo o distrito de Portugal a beneficiar de mais tempo
de exposição solar, pode ultrapassar alguns países da Europa.

A energia solar como uma energia renovável


Nos últimos tempos tem-se acentuado fortemente a discussão acerca das Energias
renováveis. De facto, torna-se urgente o uso de fontes energéticas de origem renovável,
seja pelo elevado e incerto preço do petróleo, fonte de energia da qual o planeta é
fortemente dependente, seja pela necessidade de proteger o meio ambiente.
Contudo, e apesar de existir um leque muito vasto de tecnologias de aproveitamento
e conversão de energias renováveis, a verdade é que a sua utilização no nosso dia-a-dia
ainda é muito reduzida. Factores como o preço e desempenho limitam muito a utilização
directa pelo consumidor final de energias renováveis. A realidade é que cada vez mais
os peritos aceitam que o clima mundial se está a modificar. No século passado as
temperaturas globais aumentaram em cerca de 0,7 ºC e de dez em dez anos continuam a
aumentar desde 1990. Os cientistas acreditam que este aquecimento é devido, pelo
menos em parte, ao nosso aumento do uso de combustíveis fósseis desde a revolução
industrial. Os combustíveis fósseis ardentes lançam gases de efeito de estufa, tais como
dióxido de carbono (CO2), para a atmosfera, o que contribui para a deterioração do
ozono (O3). Felizmente a sociedade está a tomar consciência que os combustíveis
convencionais são um recurso limitado e que a contaminação coloca em perigo o nosso
estilo de vida. A verdade é que em consequência desta preocupação crescente,
principalmente pelos órgãos oficiais, surgiu uma aposta acentuada na utilização das
energias renováveis. Entre elas destaca-se a energia solar.
O aproveitamento da energia gerada pelo sol, inesgotável na escala terrestre de
tempo, tanto como fonte de calor com de luz, é hoje, sem sombra de dúvidas, uma das
alternativas energéticas mais promissoras para enfrentarmos os desafios do novo
milénio. E quando se fala em energia, deve-se lembrar que o sol é responsável pela

ESTG/IP de Viana do Castelo


Página 6 de 28
Parque fotovoltaico na ESTG

origem de outras fontes de energia. Quer isto dizer que as fontes de energia existentes
são, em última instância, derivadas da energia do sol. A vida na Terra depende
totalmente do sol.
Portugal é um dos países da Europa com maior disponibilidade da energia do sol.
Como se pode observar na figura 1, o nosso país tem uma insolação que varia entre os
2200 a 3000 horas de sol por ano, em termos energéticos,
a radiação diária média varia entre 14 a 17 MJ/m2. Assim,
Portugal está muito acima da média da Europa referente à
insolação, com apenas cerca de 1750 horas anuais.
Em conclusão, é fácil perceber que todas e quaisquer
medidas de desenvolvimento da energia solar têm de ser
feitas de forma coordenada, balanceada e em estreita
ligação com os vários agentes responsáveis nestas áreas e
em áreas anexas, fazendo também passar ao público em
geral este tipo de iniciativas de forma a criar sinergias
entre os utilizadores e os responsáveis, e não cometer
erros de isolamento do público em geral, que será o
verdadeiro motor de arranque do desenvolvimento deste
tipo de energia, uma vez que será ele o principal
Figura 1 Número de horas de sol
beneficiado em termos de economia energética,
nos distritos de Portugal.
monetária e de aumento de conforto.

Energia solar / Radiação solar


O sol é uma estrela anã composta essencialmente por ¾ de hidrogénio e ¼ de hélio e
tem 4,6 biliões de anos, prevendo-se que viva outros tantos, até à sua extinção.
A energia solar é uma energia proveniente do Sol e que se produz através de reacções
de fusão nuclear. No centro desta estrela, os núcleos de átomos de hidrogénio fundem-
se originando núcleos de hélio, atingindo, deste modo, a sua superfície a uma
temperatura de perto dos 6000 K. A energia resultante desta reacção é irradiada para o
espaço, e parte dela atinge a superfície terrestre com uma intensidade de
aproximadamente 1373 W/m2, sendo este valor designado por constante solar. Esta
energia é praticamente inesgotável e não altera o balanço térmico do planeta.

ESTG/IP de Viana do Castelo


Página 7 de 28
Parque fotovoltaico na ESTG

O total da energia solar que chega à superfície da Terra por ano é superior a 10.000
vezes o consumo total da energia da humanidade. Em apenas 20 minutos o sol fornece à
Terra tanta energia como a que toda a humanidade consome num ano.
A radiação disponível à superfície terrestre divide-se em três componentes:
1. Directa: a que vem directamente desde o disco solar;
2. Difusa: a proveniente de todo o céu excepto do disco solar, das nuvens, gotas de
água etc;
3. Reflectida: proveniente da reflexão no chão e dos objectos circundantes
(albedo).
A soma destas três componentes é a radiação global e representa cerca de 1000
W/m2, sendo este um valor considerado num dia de céu limpo ao meio-dia, o qual é
afectado fortemente pela posição do sol em relação ao local, ou seja, irá variar
significativamente em função da altura do ano (estações), em consequência do
movimento de translação do planeta. A restante radiação é absorvida ou reflectida para
fora da atmosfera pelos elementos atmosféricos.

Figura 2 Componentes da radiação solar ao nível do solo.

ESTG/IP de Viana do Castelo


Página 8 de 28
Parque fotovoltaico na ESTG

Como se processa o aproveitamento da energia solar?


Existem duas formas de aproveitar a energia do sol:
1. Activa: transformação dos raios solares noutra forma de energia: térmica ou
eléctrica;
2. Passiva: aproveitamento da energia para aquecimento de edifícios ou prédios
através de estratégias construtivas.
O aproveitamento da energia solar activa é feito por intermédio de painéis solares
térmicos ou fotovoltaicos. No entanto, para o aproveitamento da energia solar, não basta
colocar o colector ao sol. Alguns princípios básicos, mas muito importantes, devem ser
respeitados se queremos maximizar o aproveitamento de energia, nomeadamente a
inclinação e orientação do colector.
Na verdade, em condições ideais um colector deveria estar sempre “virado” para o
sol e com uma inclinação tal que permitisse a incidência perpendicular dos raios solares
na superfície absorvedora do colector. Contudo, e apesar de existirem equipamentos
capazes de seguir a trajectória do sol, colocando o painel solar no azimute e altura solar
correctos, nem todos os painéis beneficiam dessa tecnologia, como é o caso dos painéis
solares térmicos onde não é fácil nem viável o seu recurso.

Figura 3 Inclinação dos painéis solares.

A inclinação do colector em relação ao plano horizontal (fig.3) deve ser escolhida de


modo a maximizar o aproveitamento energético anual, caso seja esse o tipo de utilização
do sistema solar. Nesse caso, a inclinação do colector, β, deve ser a latitude do local
menos 5º.

ESTG/IP de Viana do Castelo


Página 9 de 28
Parque fotovoltaico na ESTG

Para que os colectores estejam “virados” ao sol o maior número de horas possível e
durante o período do dia em que a potência irradiada pelo sol é máxima, os colectores
devem ser orientados para sul geográfico (fig. 4), que actualmente para Portugal,
coincide praticamente com o sul magnético.

Figura 4 Orientação de painéis solares.

As regras expostas são básicas e ideais para uma correcta instalação de colectores
solares e devem ser o ponto de partida para avaliar o potencial de um determinado local.
O facto de, por vezes, não se dispor das condições de instalação óptimas referidas,
não é sinónimo de impossibilidade de instalação de um colector solar. Na prática podem
existir algumas condicionantes, como por exemplo, um telhado sem inclinação e
orientação ideais, sombreamentos, obstáculos, etc., o que não quer dizer que não se
possa aplicar energia solar. Por exemplo, um desvio de 30º na orientação do colector em
relação ao sul, traduz-se numa penalização na energia captada na ordem dos 4%.
O instalador, que deve ser certificado, estará em condições de analisar situações que
não se enquadrem nas situações ideais e identificar as soluções que melhor se adequam.
Deste modo, é de salientar que para a disposição dos painéis será necessário um
estudo prévio da radiação solar incidente no local para proceder à respectiva instalação
tendo em conta a inclinação, a área e o número de painéis fotovoltaicos.

ESTG/IP de Viana do Castelo


Página 10 de 28
Parque fotovoltaico na ESTG

Sendo assim, neste relatório, cujo objectivo é projectar um parque fotovoltaico,


iremos aprofundar a utilização activa da energia do sol para gerar electricidade
(energia solar fotovoltaica).

Energia solar fotovoltaica


A conversão directa da energia em energia eléctrica envolve a transferência de fotões
da radiação incidente para os electrões da estrutura atómica desse material.
Nos materiais semicondutores sob o efeito de uma radiação luminosa, a energia dos
fotões incidentes é directamente transferida para o sistema eléctrico do material,
podendo excitar electrões da banda de valência para a banda de condução e dando
origem à criação de pares de electrão (absorção). Para obter uma corrente eléctrica é
criada uma estrutura de separação dos portadores de carga fotogerados, por acção de um
campo eléctrico interno, antes de se recombinarem. Segue-se a extracção das cargas em
corrente contínua para utilização. A este processo dá-se o nome de efeito fotovoltaico.
Basicamente o efeito fotovoltaico traduz-se no aparecimento de uma diferença de
potencial nos extremos de uma estrutura de material semicondutor, produzida pela
absorção da luz, sendo a célula fotovoltaica a unidade fundamental do processo de
conversão, ou seja, a recolha da radiação solar é feita através de painéis solares
fotovoltaicos que podem ter várias tecnologias: silício monocristalino, silício
policristalino e silício amorfo, com grandes variações de eficiência e custo.

Componentes de um parque solar


Painel fotovoltaico: tem como função captar a energia solar e criar um potencial
eléctrico.
Controlador de carga: A função do regulador de carga é de proteger a bateria a ser
sobrecarregada ou descarregada profundamente e de prometer que a energia produzida é
armazenada com maior eficácia na bateria.

Inversor: dispositivo eléctrico ou electromecânico capaz de converter um sinal


eléctrico CC (corrente contínua) em um sinal eléctrico CA (corrente alternada).

ESTG/IP de Viana do Castelo


Página 11 de 28
Parque fotovoltaico na ESTG

Figura 5 Sistema solar fotovoltaico.

Silício monocristalino
Este é o colector historicamente mais usado e comercializado como conversor directo
de energia solar em electricidade e a tecnologia para a sua fabricação é um processo
muito básico. É constituído por fatias de blocos de monocristais de silício crescente.
Chegam a ter uma espessura de 2 µm. São, então, constituídos por células de silício
monocristalino, as quais apresentam uma estrutura cristalina com elevada pureza de
silício, cerca de 98%. São os que se distinguem por uma elevada eficiência mantendo a
sua capacidade durante anos e por isso os mais caros.

Silício policristalino
As células de silício policristalino são mais baratas relativamente às de silício
monocristalino, porque o custo de produção é inferior devido a necessitarem de menor
energia no seu fabrico e do seu processo de preparação ser menos rigoroso.
A eficiência, no entanto, cai um pouco em comparação com as células de silício
monocristalino. O processo de pureza do silício utilizada na produção das células de
silício policristalino é similar ao processo do silício monocristalino, o que permite
obtenção de níveis de eficiência compatíveis. Basicamente, as técnicas de fabricação de
células policristalinas são as mesmas na fabricação das células monocristalinas, porém
com menores rigores de controlo.
Ao longo dos anos, o processo de fabricação tem alcançado uma eficiência máxima
de 12,5% em escalas industriais e de 18% em laboratórios.

ESTG/IP de Viana do Castelo


Página 12 de 28
Parque fotovoltaico na ESTG

Silício amorfo
É constituído por células de silício amorfo que apresentam estrutura cristalina com
um grande grau de desordem na sua estrutura de átomos. São fabricados através de
metalização por vácuo de várias camadas de silício em cima de um material básico. É o
procedimento mais económico e de eficiência mais baixa.
Tabela 1

Neste trabalho vamos utilizar painéis solares fotovoltaicos de silício policristalino.

Vantagens e desvantagens da energia solar fotovoltaica


Actualmente a energia solar fotovoltaica é uma das alternativas mais credíveis na
produção de energia eléctrica, no âmbito das energias renováveis, pois é uma das
formas de produzir electricidade sem poluição ou consumo de combustíveis. A razão da
fraca procura desta solução, até aos dias de hoje, prende-se essencialmente por duas
razões: o investimento inicial elevado e o difícil e burocrático acesso ao estatuto de
micro produtor em regime bonificado, que é a única forma de obter retorno económico
razoável de uma instalação deste tipo. Ainda para mais, casos de sistemas isolados
necessitam de baterias acumuladoras de elevado valor monetário, e uma vez que as
baterias têm uma vida útil entre os 5 e os 10 anos então, teriam de ser substituídas neste
período. Em contrapartida, há uma elevada duração dos painéis, podendo chegar aos 40
anos, e a disponibilidade do sol dá-se em praticamente todos os locais do planeta, não
havendo o risco de se esgotar nem de precisar se importar energia solar. Sabe-se que
actualmente a maioria dos recursos para gerar electricidade no nosso país são
importados de fora, desta forma, o investimento na energia solar fotovoltaica para
produzir electricidade iria diminuir em grande escala a dependência de outros países,
diminuindo as emissões de CO2 para a atmosfera.

ESTG/IP de Viana do Castelo


Página 13 de 28
Parque fotovoltaico na ESTG

4. Projecto do parque fotovoltaico na ESTG


5.1. Caracterização da área para a implantação do parque fotovoltaico
Ao analisarmos e ponderarmos acerca de onde seria o melhor local da ESTG para
implantar o parque solar fotovoltaico, acabamos por nos deparar com as seguintes
situações:

Terraço do edifício principal:


O terraço do edifício principal da ESTG é constituído por telha de fibra de
cimento que já é bastante antiga. Para podermos implantar lá o nosso parque
fotovoltaico teríamos que requerer um estudo para verificar se, eventualmente, o
telhado aguentaria com o peso dos painéis;
Para além do material, o terraço tem uma geometria acidentada, visto que tem
forma em ”v”, como mostra a figura 6.

Figura 6 Geometria do terraço do edifício principal da ESTG.

O outro inconveniente seriam as clarabóias e um muro que pudemos identificar


na maqueta disponível na biblioteca da escola, as quais dificultariam a
implantação do parque, pela geração de sombras que iriam influenciar a
disposição dos painéis.

Terraço da Biblioteca
A biblioteca é constituída por 3 aglomerados em que o terraço nos dois
primeiros é completamente livre de obstáculos, deste modo, não haveria
impedimentos à instalação de painéis fotovoltaicos. Porém existe um baixo muro
à volta do terraço que seria facilmente corrigível com uma armadura em metal.
Além disso, no último existe uma série de clarabóias que, pelos mesmos motivos
anteriores, inviabilizariam a instalação de painéis.

ESTG/IP de Viana do Castelo


Página 14 de 28
Parque fotovoltaico na ESTG

Zona relvada do lago


Nesta zona não há obstáculos significativos. Apenas teríamos que ter em
consideração os balneários, que nos obrigariam a afastar os painéis o suficiente
para não serem afectados pela sombra dos mesmos, e a área do lago,
desperdiçando um pouco de área desse local.

Conclusão
Desta forma, concluímos que os melhores locais para a instalação dos painéis
fotovoltaicos, de modo a rentabilizar o espaço e tendo em conta a ausência de
obstáculos, seriam um dos primeiros aglomerados da biblioteca e a zona relvada do
lago.

Medidas do terreno na planta do local (em m)

Utilizando como auxílio o programa Google Earth e o programa GIMP – The


GNU Image Manipulation Program, foi-nos possível determinar a área dos locais a
considerar. Os passos utilizados para esta determinação poderão ser consultados no
anexo 1.

Biblioteca
Área a maximizar: 264,5 m2
Zona relvada
Área total: 14 310 m2
Área do lago: 1 474 m2
Área a maximizar: 12 836 m2

ESTG/IP de Viana do Castelo


Página 15 de 28
Parque fotovoltaico na ESTG

Dados da radiação do sol


Tabela 2
Energia por dia na horizontal
Mês Altura do Sol (º)
(kWh/m2)
Janeiro 28,97 0,8
Fevereiro 40,26 1,3
Março 47,62 2
Abril 58,96 2,6
Maio 67,69 3,2
Junho 71,64 3,9
Julho 69,55 4,1
Agosto 62,07 3,7
Setembro 51,42 2,5
Outubro 40,05 1,6
Novembro 30,67 1,0
Dezembro 26,53 0,7

5. Projectos de colocação dos painéis fotovoltaicos


6.1. Características do painel solar fotovoltaico

Tabela 3
Potência (W em teste -/8%) 222 W
Número de células em série 60
Corrente no ponto máximo de potência 7,44 A
Tensão máxima potência ponto 29,84 V
Curto-circuito 7,96 A
Tensão em circuito aberto 37,20 V
Preço 1.285,00 €
Dimensões
Comprimento 1,645 m
Largura 0,990 m

Espessura 0,050 m

Peso 20 kg

ESTG/IP de Viana do Castelo


Página 16 de 28
Parque fotovoltaico na ESTG

Disposição dos painéis solares fotovoltaicos no terraço da Biblioteca


Tendo como referência a altura máxima do mês de Dezembro que corresponde à
altura mínima anual, efectuamos os cálculos e chegamos à conclusão que a distância
entre os painéis solares deveria de ser 3,16 m, isto do início de um ao início do outro, ou
então de 1,77 do fim de um ao início do outro.

Figura 7 Distância entre painéis fotovoltaicos consoante a altura do sol

Para a disposição dos painéis solares fotovoltaicos tivemos em consideração que a


intensidade solar máxima se verifica a sul e por isso considerámos que seria sensato
colocá-los virados para essa coordenada com uma inclinação de 32,45º em relação à
horizontal, inclinação esta que será explicada mais à frente.

ESTG/IP de Viana do Castelo


Página 17 de 28
Parque fotovoltaico na ESTG

Figura 8 Planta da disposição dos painéis solares

ESTG/IP de Viana do Castelo


Página 18 de 28
Parque fotovoltaico na ESTG

6.2. Características do inversor

Tabela 4
Potência 5000 W
Potência pico 10 000 W
Tensão entrada 24 V DC
Tensão saída 220 V AC
Frequência 50 Hz
Dimensões
Comprimento 46 cm
Largura 21 cm

Profundidade 15,5 cm

6. Cálculos
Ângulo dos painéis
Tendo como referência a altura do sol no primeiro e último dia de cada mês,
calculamos a altura média do sol para o dito período e através do relatório climatérico
que nos foi fornecido fizemos a correspondência com a quantidade de energia que cada
dia de cada mês recebe por metro quadrado na horizontal.
Tabela 5
Irradiação Solar Diária
Mês Altura do Sol ( ) na horizontal
(kWh/m2)
Janeiro 28,97 0,8
Fevereiro 40,26 1,3
Março 47,62 2
Abril 58,96 2,6
Maio 67,69 3,2
Junho 71,64 3,9
Julho 69,55 4,1
Agosto 62,07 3,7
Setembro 51,42 2,5

ESTG/IP de Viana do Castelo


Página 19 de 28
Parque fotovoltaico na ESTG

Outubro 40,05 1,6


Novembro 30,67 1,0
Dezembro 26,53 0,7

Com os valores anteriores calculamos a altura média a que o sol se encontra todo o
ano tendo em consideração a quantidade de energia que cada mês recebe; para isso
usamos uma média aritmética, isto é:

Obtendo o seguinte valor,

Como a altura média é de e partindo do princípio que a normal ao plano


dos painéis vai ser paralela aos raios incidentes, então os painéis deverão estar
inclinados ( .

Energia recebida com painéis inclinados

Como os valores da irradiação solar diária são medidos na horizontal, vamos


ajustar esses valores para a inclinação de dos nossos painéis.

Figura 9 Relação superfície horizontal vs. Superfície inclinada.

ESTG/IP de Viana do Castelo


Página 20 de 28
Parque fotovoltaico na ESTG

Como , , por isso para obtermos os


respectivos valores de energia diária para cada mês, basta dividir o valor tabelado por
0,844, e actualizando a tabela:

Tabela 6
Irradiação Solar Diária Irradiação Solar
Mês na horizontal Diária a
2
(kWh/m ) (kWh/m2)
Janeiro 0,8 0,95
Fevereiro 1,3 1,54
Março 2 2,37
Abril 2,6 3,08
Maio 3,2 3,79
Junho 3,9 4,62
Julho 4,1 4,86
Agosto 3,7 4,38
Setembro 2,5 2,96
Outubro 1,6 1,90
Novembro 1,0 1,18
Dezembro 0,7 0,83

Nota: Esta é uma aproximação grosseira, visto que o plano do painel apenas
pontualmente faz com a radiação solar.

Amortização do investimento

Como o rendimento típico de um painel policristalino varia entre os 11 a 14 %, para


podermos calcular a energia que o painel fotovoltaico irá produzir, multiplicaremos a
energia disponível por 0,125, pela área dos painéis e pelo número de dias de cada mês.
Obtendo os seguintes resultados:

ESTG/IP de Viana do Castelo


Página 21 de 28
Parque fotovoltaico na ESTG

Área total dos painéis:

Tabela 7

Irradiação Solar Diária a Energia aproveitada


Mês
(kWh/m2) (kWh)

Janeiro 0,95 437,63


Fevereiro 1,54 640,76
Março 2,37 1077,94
Abril 3,08 1373,06
Maio 3,79 1745,90
Junho 4,62 2059,60
Julho 4,86 2238,81
Agosto 4,38 2017,69
Setembro 2,96 1319,57
Outubro 1,90 875,25
Novembro 1,18 526,04
Dezembro 0,83 382,35
Total 14 694,60

Tabela 8
N.º de painéis 73
Potência instalada
Preço total dos painéis 93 805 €
N.º de inversores
Preço dos inversores 3 744 €
Preço Total 97 549 €
Energia ao ano (segundo relatório climático) 14 694,60 kWh

Rentabilidade ao ano ( ), consumo próprio 1 616,41 €

Amortização (sem manutenção e instalação) 60,35 anos

Rentabilidade ao ano ( ), vender à rede 9 551,49 €

Amortização (sem manutenção e instalação) 10,21 anos

ESTG/IP de Viana do Castelo


Página 22 de 28
Parque fotovoltaico na ESTG

Possíveis impactos: Se considerarmos que os painéis solares vão ficar instalados no


terraço da biblioteca a uma altura considerável, então a sua presença mal se notará, não
criando assim impacto visual, além disso como não possuem partes móveis não
produzirão ruído e não haverá desgaste das peças.

7. Conclusão

Balanço custo/benefício

Dá para suprir as necessidades da biblioteca?


Para o projecto realizado, a potência disponibilizada pelos painéis seria
inferior à potência contratada à EDP para abastecer a biblioteca, representando
21,78 %, isto para a potência máxima que os painéis podem debitar na rede, o
que apenas se verificaria poucas vezes.

Compensa o investimento de acordo com o tempo de amortização?


Através dos cálculos realizados anteriormente vemos que o tempo de
amortização do investimento é muito elevado, o que nos leva a concluir que o
investimento não é economicamente viável, isto para um preço de venda do
kWh de 0,11 €. Por outro lado se a energia produzida for para vender à rede,
como o preço por kWh é seis vezes maior, o tempo de amortização do
investimento seria de mais ou menos 10 anos, o que torna a instalação do parque
solar economicamente viável. De referir também que o estudo não tem em
consideração a radiação difusa, e portanto esta iria aumentar significativamente
a energia produzida visto ser elevada ao longo de todo o ano.

Quantos kg de CO2/ano não seriam emitidos para a atmosfera?

13,59 toneladas
Carvão 800 ~ 1050 g/kWh

ESTG/IP de Viana do Castelo


Página 23 de 28
Parque fotovoltaico na ESTG

Vender à rede ou utilizá-la directamente?


Como já foi referido anteriormente, como o preço de venda por kWh é
muito superior ao preço de compra do mesmo, a venda da energia à rede pública
tornaria o projecto solar economicamente mais apelativo.

E a segurança?
Visto que o parque solar é constituído por partes estáticas, não existe
nenhum perigo subjacente.

8. Na nossa opinião…
No nosso ponto de vista, todas as medidas que incentivem e apoiem o
uso de energias renováveis são bem-vindas. Nesta linha de pensamento,
achamos que o projecto deveria de ser implementado, e para responder à
viabilidade económica, a energia produzida deveria ser vendida à rede.

9. Observações
Não foi realizado nenhuma disposição de painéis solares para a zona relvada visto
que esta tem uma área muito elevada e por isso seriam necessários vários painéis. Se se
pretender uma potência maior, então a área referida deverá ser escolhida. De referir
também que a biblioteca dispõe de dois terraços iguais, um dos quais faz parte do
estudo, e por isso se se pretender duplicar a potência instalada, pode-se aplicar este
estudo ao outro terraço.

ESTG/IP de Viana do Castelo


Página 24 de 28
Parque fotovoltaico na ESTG

10. Bibliografia

http://i.treehugger.com/images/2007/10/24/panel_fotovoltaico.jpg
http://mentenergica.com/index.php?option=com_content&task=view&id=21&Itemid
=20
http://pt.wikipedia.org/wiki/Inversor
http://www.ancruzeiros.pt/ancastros-sol-dec.html
http://www.apesen.pt/energiasolarfotovoltaica/energiasolarfotovoltaica.htm
http://www.astro.iag.usp.br/~maciel/teaching/artigos/sol2.jpg
http://www.cenfim.pt/doc/artigos/energia_solar.pdf
http://www.energiasealternativas.com/energia-solar.html
http://www.energiasrenovaveis.com/
http://www.smd.com.pt/smd_energy/energy/MODELO/regladores%20de%20cargas.
htm
http://www.teknosolar.com/painel-solar-atersa-a40m-p-
666.html?osCsid=9f89ee60a2646d1659659d13363bb80f

ESTG/IP de Viana do Castelo


Página 25 de 28
Parque fotovoltaico na ESTG

11. Anexos

Anexo 1 – Trabalhar com o Google Earth e o GIMP


Tanto o Google Earth como o GIMP podem ser descarregados gratuitamente a
partir da internet, nomeadamente o Google Earth através da página do fornecedor
Google e o GIMP de www.gimp.org.

Os passos são os seguintes:


1. Encontrar a imagem pretendida através do Google Earth.
2. Registar a largura e o comprimento dessa imagem.
3. Abrir o programa GIMP e ir a File / Create / Screen Shot e seleccionar Capturar
ecrã inteiro, para que o programa possa capturar a imagem do programa Google Earth
(deixar apenas a janela do Google Earth no ecrã).
4. Seleccionar através da ferramenta quadrado a área da imagem capturada, inverter a
selecção através das teclas CTRL + i, e ir a Image / Crop to selection, de forma a
eliminar os menus do Google Earth.
5. Calcular a área da imagem.
6. Ir a Windows / Dockable Dialogs / Histograma e ver o número de pixéis da
imagem.
7. Dividir a área pelo número de pixéis para desta forma encontrar o valor de área
que corresponde a cada pixel.
8. Para medir uma área usar a ferramenta Cerca e desenhar a área pretendida.
9. Voltar a Windows / Dockable Dialogs / Histograma e ver o número de pixéis que a
figura desenhada ocupa (a figura tem que estar fechada).
10. Multiplicar o valor encontrado no passo 7 pelo número de pixéis do passo 9.
11. O valor em 10 corresponde à área real da figura desenhada.

Importante realçar que quanto mais próxima a imagem do Google Earth estiver do
chão, mais preciso será este método.

ESTG/IP de Viana do Castelo


Página 26 de 28
Parque fotovoltaico na ESTG

Figura 10 Demonstração do programa GIMP

ESTG/IP de Viana do Castelo


Página 27 de 28
Parque fotovoltaico na ESTG

Anexo 2 – SolidWorks como ferramenta


O programa SolidWorks demonstrou ser de extrema importância na construção
das plantas do projecto visto que com ele é-nos possível trabalhar a uma escala real,
depois da disposição de todos os painéis movê-los em qualquer sentido e desta forma
maximizar o número a ser implantado.

ESTG/IP de Viana do Castelo


Página 28 de 28

Das könnte Ihnen auch gefallen